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GIBA UM

"Nunca pensei em ter problemas com as Forças Armadas e não acredito que eu tenha."

de LULA // sobre suas relações com os militares.

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“Nunca pensei em ter problemas com as Forças Armadas e não acredito que eu tenha. Não me deixo basear por futrica e por Twitter”, 

de LULA // sobre suas relações com os militares.

A ausência de banheiros chega também às escolas brasileiras. Segundo o Censo Escolar de 2020, o número de escolas públicas sem banheiros é de 4,3 mil – indicador que aumentou em relação ao ano anterior, que era 3,2 mil.

Mais: a  Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostra que o atraso escolar é uma das consequências da ausência dos serviços básicos. E que a falta de banheiro também na casa aumentou em 1,5 % o atraso escolar dos jovens.

In – Esmalte: cor framboesa 
Out – Esmalte: cor coffee

Fotos: Reprodução

Além da artista

Ela começou sua carreira aos 9 anos, mas só ganhou o estrelato aos 17 ao interpretar Gabriella Montez nos longas High School Musical. Hoje aos 33 anos Vanessa Hudgens já provou de sobra seu talento como atriz, cantora e apresentadora. E de uns tempos para cá anda investindo em seu lado empresarial. Em 2021 (em plena pandemia) ela mergulhou no empreendedorismo e lançou Cali Water (água extraída a partir de cactos 100% orgânica e considerada extremamente saudável) em sociedade com o também ator Oliver Trevena. Também entrou para linha de cosméticos criando a marca KNOW em parceria com a Diretora Médica, Dra. Avnee Shah, com produtos voltados para pele.  Seguindo ainda seu lado empreendedor Vanessa Hudgens em maio se tornou cofundadora da marca de drinks alcoólicos Thomas Ashbourne, em parceria com Sarah Jessica Parker, Ashley Benson, Rosario Dawson, John Cena e Playboi Carti, onde cada uma das celebridades assina uma bebida da linha - que inclui whisky, margarita, cosmo e vodka. Hudgens junto com Benson e Dawson assina o drink Margalicous Margarita. E ainda a atriz está assinando coleções de roupas esportivas Fabletics, que tem entre os sócios a atriz Kate Hudson. 

Barrado no baile

No governo de Dilma Rousseff, foram feitas mudanças no Ministério dos Transportes, comandado na época pelo PL de Valdemar Costa Neto, por conta de sucessivos episódios de corrupção na Pasta. Aí, ela pediu a Bernardo Figueiredo da Agência Nacional de Transportes Terrestres, sugestões de nomes para as diretorias do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte. Meses antes, Figueiredo havia recebido um relatório descrevendo os problemas do órgão. O autor, que impressionou Figueiredo era Tarcísio de Freitas, que passou a chefiar uma diretoria-executiva do Dnit. A entrada de Tarcísio de Freitas no Dnit custou o desafeto de Valdemar Costa Neto e o homem do PL nunca esqueceu o episódio. Em março deste ano, Tarcísio se ligou ao Republicanos porque Valdemar barrou sua filiação ao PL. A sigla era a primeira opção de Bolsonaro para abrigar seu afilhado político. Mais forte do que o Republicanos, o PL elegeu 99 deputados federais este ano, Tarcísio também não esqueceu da porta fechada, ou seja, o PL não participará de seu secretariado em São Paulo.

Sem prêmios

Na segunda feira (21) foi a vez do tapete vermelho ser estendido para a cerimônia do 50º International Emmy Awards, no New York Hilton Midtown. O Brasil concorria em três categorias, todos do Grupo Globo, infelizmente não levou nenhum . Na categoria novela a Nos Tempos do Imperador perdeu para Yeonmo (Afeição Do Rei) produção da Coreia do Sul, no documentário o vencedor foi o Enfants De Daech, Les Damnés De La Guerre, da França e o Brasil estava representado por Caso Evandro. Na categoria atriz, para muitos a maior injustiça da premiação, Leticia Colin (à esquerda), que concorria por sua atuação no Onde Está o Meu Coração perdeu para Lou De Laâge  que  atuou no Le Bal Des Folles. Taís Araújo (à direita) também esteve presente na premiação para apresentar a categoria Programas de Língua Não-inglesa Para o Horário Nobre Americano, que consagrou Buscando a Frida.

Tomando sol

No final de semana, as redes sociais multiplicavam o dolce far niente do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE e membro do STF: era “Xandão”, como é chamado pelos bolsonaristas, tomando banho de sol (com um boné protegendo a cabeça) na piscina do Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. E isso depois de dias em Nova York, onde foi uma das estrelas do evento do Lide e ter ganho um festival de xingamentos nas ruas de Manhattan.


 

Não vai dar

Com uma certa constância, o presidente Lula ainda encontra tempo para conversar por telefone, com o ex-ministro da Casa Civil de seu primeiro mandato, o polêmico José Dirceu, que o ajudou, à distância, na campanha e está longe da equipe de transição. Aos mais chegados, Lula tem dito que “é impossível” o antigo companheiro fazer parte de seu terceiro governo. Bolsonaristas, à propósito, espalham que Dirceu tem um assento à sua espera no Planalto.

Problemas na defesa

Generais como Augusto Heleno, Braga Netto, Paulo Sérgio de Oliveira ou mesmo Luiz Eduardo Ramos não estão dispostos a conversar com representantes do grupo de transição de governo e nem mesmo com o futuro ministro da Defesa já escolhido. Com os comandantes militares, é a mesma coisa. Lula, do seu lado, também não tem nomes para dialogar com a cúpula militar que faz ameaças nas entrelinhas. Nelson Jobim seria o nome certo, mas ele não quer deixar suas atividades no banco. Agora, começa a ganhar força o nome de Aldo Rebelo (PDT), candidato derrotado ao Senado, ex-ministro do Esporte, das Relações Institucionais e da Defesa em governos petistas. Tem trânsito na caserna, não tem restrições de militares e, por enquanto, é o homem da vez.

PARA LEMBRAR

Muita gente na equipe de transição não conhecia o hábito de Geraldo Alckmin de anotar tudo num caderno escolar, de nomes recrutados (ou a recrutar) até propostas de economistas para o país. Foi o que aconteceu numa conversa com Felipe Salto, secretário da Fazenda de São Paulo e cotado para a Secretaria do Tesouro. Lula, não tem celular e nem é chegado ao mundo digital, sempre pede a assessores que registrem o teor de suas conversas no computador – e depois lhe entreguem, quando pedir, num paper.

Dois andares

Já está ficando quase pronta a sala (dois andares e recepção) que vai acolher Jair Bolsonaro e seus assessores diretos na sede do PL, em Brasília. Para Valdemar Costa Neto, dono do partido, custará menos do que alugar um conjunto em algum prédio do centro da Capital. Reformado, sem ter para onde ir, o general Braga Neto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, também terá seu espaço lá. Ainda não está definida uma área para Michelle Bolsonaro. O ainda presidente quer manter a mobilização do eleitorado da direita de olho nas eleições de 2024.

BATALHA PRECOCE

Na campanha, Lula afirmou que era necessário recriar o Ministério das Cidades (extinto por Jair Bolsonaro) para tratar dos “problemas urbanos” do país. O deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP) e o ex-governador de São Paulo, Márcio França, são cotados para assumir o futuro Ministério das Cidades. A dupla já está envolvida, precocemente, na briga pela Prefeitura de São Paulo em 2024. Boulos procura uma vitrine e França foi um dos que levaram Geraldo Alckmin para ser o vice de Lula.

Também quer

A futura primeira-dama do país Rosângela Lula da Silva, a Janja, também quer ter uma sala no Planalto, como outras mulheres de presidentes – e próxima de Lula, como acontecia na época de Marisa Letícia. Michelle Bolsonaro tem uma sala no terceiro andar do Planalto, onde fica o gabinete presidencial, e igualmente Marcela, mulher de Michel Temer também tinha a sua, só que nunca ocupou.

MUITAS HORAS

O bilionário Elon Musk, novo dono do Twitter, anunciou que os empregados da companhia terão de trabalhar até 80 horas por semana para readequar a empresa a seu perfil. E disse que não haverá mais almoço grátis nem outros benefícios para os funcionários. Quem não aceitar, será demitido. 80 horas por semana significam 12 horas de trabalho nos sete dias da semana. No Brasil, Musk se daria mal.

MISTURA FINA

O AINDA ministro da Economia, Paulo Guedes, a quem Gleisi Hoffmann já “mandou para casa”, num de seus últimos eventos em Minas Gerais com empresários, resolveu criticar o economista Pérsio Arida (cotado para a Fazenda no novo governo), um dos autores do Plano Real. E ironizou: “Ele fez congelamento de preços, congelamento de ativos financeiros e depois acertou uma, porque atira dez e acerta uma – que foi o Plano Real”.

O MINISTÉRIO da Cultura, dizimado pelo governo Bolsonaro, tem uma lista de nomes cotados para ser ocupado no novo governo petista. O mais forte deles é o de Daniela Mercury (seria uma espécie de reedição do efeito diplomático de Gilberto Gil na pasta), mas também são cogitados Alê Youssef, o ex-ministro Juca Ferreira (é o menos provável porque Lula não quer um governo requentado) e a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB).

VALDEMAR Costa Neto, presidente do PL, tem se referido ao senador Wellington Fagundes (PL-MT) de “quinta coluna para baixo”. Nome forte da bancada ruralista, Fagundes vem deslizando na direção de Lula, inclusive intermediando a interlocução entre assessores do futuro governo e empresários do agronegócio.

O SINDIFISCO, formado por servidores da Receita Federal, tem mantido interlocução com parlamentares e auxiliares de Lula, buscando apoio para o reajuste salarial da categoria. Outra reivindicação é o aumento do orçamento da Receita. Neste ano, recursos disponíveis do Fisco atingiram o menor valor em uma década. Uma das consequências é que postos de aduana nas fronteiras estão em situação precária. E mais: desde o último concurso em 2014, nada menos do que 3,2 mil auditores e 1.461 analistas deixaram seus cargos.

O PRESIDENTE eleito Lula já avisou que é sua intenção (o que também foi mais do que confirmado por Flávio Dino, futuro ministro da Justiça) revogar decretos que facilitam o acesso às armas no país. O principal lobby armamentista do país, o Pro-Armas, garante que irá resistir. Nas redes sociais, os mais irônicos estimam que os defensores das armas poderão fazer protestos, no estilo dos bolsonaristas que querem derrubar o STF, pelas ruas também de verde-amarelo – só que com suas armas à mão.

O GENERAL da reserva Luiz Eduardo Ramos está, como Diógenes, com lanterna na mão, procurando emprego em futuros gabinetes de senadores bolsonaristas eleitos. E procura emprego também para o genro e para o atual ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que poderá ir para o secretariado de Tarcísio de Freitas em São Paulo.

RICARDO Nunes (MDB), que virou prefeito de São Paulo com a morte de Bruno Covas, já está em campanha para sua reeleição em 2024, onde terá rivais do PT e do bolsonarismo. Os aliados dizem que a marca de seu governo será o projeto de tarifa zero para ônibus que deverá sair do papel no ano que vem. Uma das ideias é que seria custeado por uma taxa municipal e o subsídio da prefeitura.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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