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"O Zema é um falso humilde, tenta vender uma humildade que não tem"

de Lula, defendendo a candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas Gerais

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Um super jato Falcon 2000, capaz de atravessar oceanos, permaneceu dias em Brasília, gerando disse-me-disse na cidade: o prefixo adesivado PS-LRM não corresponde ao registro na Anac, a agência reguladora de aviação civil.

Mais: o avião aguardava registro definitivo. Antes de Brasília, o Falcon decolou de Genebra e fez um pit-stop em Cabo Verde. A aeronave pertencia a empresa americana, sob prefixo N152SM à uma austríaca sob prefixo OE-HER.

De paz com a estranheza

 Antes de se entregar de vez para a música, como cantora e compositora, Lara, filha do apresentador Faustão e da artista plástica Magda Colares, trabalhou com audiovisual, fotografia e direção criativa. Lançando seu primeiro álbum  “Mundo da Lua” conta que sempre sonhou em ser cantora, mas adiou muito o sonho por medo, achava que sua personalidade reservada não condizia com a carreira.

“Não foi uma questão de um momento, foi um processo que se acumulou. Um acúmulo de certeza. Eu fui tentando traçar outra carreira, achei que faria outra coisa nesse meio criativo. Fui percebendo que não era nisso que estava meu propósito, e que esse medo que eu tinha de me expor como cantora estava apontando o que realmente importa. Tomei coragem e nunca mais olhei para trás, e foi um alívio”.

E completa “O título vem muito dessa memória minha, porque sempre ouvi isso, que vivo no mundo da lua, criticando, às vezes brincando, obviamente. Mas assumir que vivo no mundo da lua foi a base de criação. Hoje, sinto que fiz as pazes com essa estranheza que me acompanha desde cedo, de não sentir que faço parte dessa casa, desse ambiente ou desse grupo. Assumir isso foi importante, assumir com compaixão, sem a crítica”.

Lara conta que sempre teve apoio dos pais e por eles serem pessoas públicas sabe que a pressão e a crítica serão maiores, mas que está pronta para enfrentar. “Sinto que estou numa fase muito segura comigo, me sinto mais confiante para me desafiar, experimentar, errar. Houve uma evolução muito grande como vocalista, compositora, artista mesmo. Espero que as pessoas consigam sentir isso, porque é muito importante estar melhorando, estudando a cada projeto novo. Estou numa fase muito mais madura, me vejo como uma pessoa completamente cheia de falhas, que sou, mas, mesmo assim, consigo me carregar com respeito, admiração”.

Farra de emendas na CPMI do INSS

Foi só ser instalada a CPMI para investigar a roubalheira contra idosos do INSS para que o governo Lula pagasse a parlamentares titulares na comissão. Só no mês de agosto, quando a investigação começou, teve parlamentar que viu o pagamento das emendas passar dos R$ 17 milhões, caso do senador Izalci Lucas (PL-DF). Lula também fez a felicidade de outros quatro senadores, dos partidos PT, PDT, MDB e Republicanos e liberou mais de R$ 10 milhões para cada um.

O governo também pagou dois senadores que quase emplacaram no comando da CPMI: Omar Aziz (PSD-AM), R$ 5 milhões, e Ricardo Ayres (Republicanos-TO), mais R$ 1 milhão. Dos 32 titulares, o governo não pagou nada a sete e um dos tratados a pão e água foi Marcel van Hattem (Novo-RS), ferrenho opositor. Lula liberou pagar mais de R$ 200 milhões em emendas, só este mês. O total pago em emendas este ano disparou para R$ 9,22 bilhões. Há uma semana, a conta era de R$ 8,1 bilhões.

Cotado

Em um jantar com prefeitos e outras autoridades, na semana passada, o ex-presidente Michel Temer  elogiou o prefeito Ricardo Nunes, dizendo que "um dia, ele governará o estado de São Paulo". Nas entrelinhas, Temer avisa que, em 2026, Nunes, que anda cotado para disputar o governo paulista, caso Tarcísio de Freitas corra atrás do Planalto (nas pesquisas, ele vai mal), poderá falhar. Mais: se Tarcísio sai para a Presidência, Gilberto Kassab também quer disputar o governo de São Paulo e tem um superesquema pronto em todo o interior do estado.

 Longe da aposentadoria

Aos 92 anos a atriz e escritora Joan Collins, mostra que  idade é uma questão de número, porque quem está sempre em movimento não envelhece. Com mais de 71 filmes para o cinema, 59 participações em TV, entre filmes e seriados e 19 livros, a atriz que ganhou fama por interpretar Alexis Carrington Colby na série de televisão americana Dynasty, não tem  pretensão nenhuma de parar.

E mostra sua plena forma ainda atuando no seu 72º filme A Murder Between Friends (Um Assassinato Entre Amigos) está sendo finalizado e está filmando o seu 73º longa para o cinema, The Bitter End  (O Amargo Fim). E não para por aí, já está com outros trabalhos em vista.

"O produtor está pensando em fazer uma sequência de Murder Between Friends. Eu interpretei Francesca Carlyle, que é uma estrela de TV e também detetive particular. Enquanto isso, estou relaxando no sul da França, sob 90° de calor, pensando no meu próximo passo ou filme!". Mais:  Joan foi casada 5 vezes. Seu quinto casamento já dura  23 anos  com produtor e ator, Percy Gibson, que é 32 anos mais novo.

Substituta

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está sendo cotado para disputar uma cadeira no Senado em 2026 (se Lula não disputasse seu quarto mandato, Haddad poderia concorrer em seu lugar para o Planalto), não está muito convencido de que seria eleito  facilmente. Mas esse é o plano de Lula e ele terá de entrar no páreo. O partido vem procurando nomes competitivos para São Paulo no ano que vem. No lugar de Haddad, para o Senado, o nome alternativo seria o de Marina Silva (Meio Ambiente).

Porta fechada

Na semana passada, emissários de Sidney  Oliveira (Ultrafarma) tentaram falar com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes e encontraram a porta fechada. A preocupação de Nunes em evitar qualquer aproximação levou até o cancelamento de sua participação em um evento de varejo farmacêutico, há duas semanas em São Paulo. No ano passado, Oliveira manifestou publicamente seu apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, gravando um vídeo para a campanha. Agora, tornou-se um personagem "radioativo" após denúncias de seu envolvimento em esquema de sonegação de impostos em conluio com auditores da Secretaria da Fazenda de São Paulo.

 

PÉROLA

"O Zema é um falso humilde, tenta vender uma humildade que não tem. Durante oito anos, ele não pagou nenhuma dívida. Minas merecia um governador melhor",

de Lula, defendendo a candidatura de Rodrigo Pacheco ao governo de Minas Gerais.

Carlucho, candidato

Jair Bolsonaro quer que seu filho Carlos, o "Zero dois", saia candidato pelo PL ao Senado, por Santa Catarina. Há resistências no partido e seu presidente, Valdemar Costa Neto, preferia lançá-lo por Roraima ou até São Paulo, diante da expectativa de que Eduardo, seu irmão, permaneça nos Estados Unidos. Carlucho quer sair pelo Rio de Janeiro, mas Valdemar tem outros planos. Agora, Bolsonaro tratou de enquadrá-lo: avisou Valdemar que quer o filho disputando o Senado por Santa Catarina – e não "se fala mais nisso" (Carlucho vai se mudar para lá).

Marido e mulher

Ronaldo Caiado, governador de Goiás e pré-candidato a presidente, confirma que sua mulher, Gracinha, será candidata ao Senado em 2026. Ele diz que "ela é uma candidata muito forte, será eleita com toda certeza e por mérito próprio". A primeira-dama de Goiás é considerada favorita dada à alta aprovação da gestão do marido. Os mais irônicos  endossam que Gracinha deverá ser eleita. Já Caiado, conforme as pesquisas, há dúvidas.

Anistia disfarçada

O anunciado projeto de afrouxamento da Lei da Ficha Limpa acena com a possibilidade de anistiar políticos condenados por crimes de corrupção. Já deveria ter sido votado, mas foi adiado pelo relator senador Weveryon (PDT-MA), que tenta "eliminar resistências". E não por acaso, o projeto é de autoria de Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-deputado Eduardo Cunha, também punido pela Ficha Limpa. Os próprios defensores do afrouxamento da lei, dizem que a medida contém "anistia disfarçada".

Malafaia ameaça

O pastor Silas Malafaia garante que tem negócios inadiáveis na Arabia Saudita e ameaça Alexandre de Moraes (STF) por ter aprendido seu passaporte. Malafaia diz não ter medo do ministro do Supremo e grita: "Devolva meu passaporte, senão vou fazer uma desgraça. começo uma greve de fome feroz. E não adianta insistir, eu não vou comer nada até morrer". Nem seus mais chegados acreditam e lembram que, em outras tantas vezes, Malafaia sempre garante que fará "uma greve de fome até morrer" - o que nunca acontece.

Diagnóstico demorado

Segundo dados da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia o tempo médio para receber o diagnóstico de um linfoma no Brasil pode chegar a 149 dias e a demora afeta diretamente às chances de sucesso no tratamento e qualidade de vida dos pacientes com esse tipo de câncer que aparece no sangue, mais especificamente no sistema linfático. Existem mais de 40 tipos diferentes de linfoma. Os mais comuns são Linfoma não-Hodgkin e linfoma de Hodgkin. Neste ano, no Brasil, são esperados 12 mil casos do primeiro tipo e cerca de 3 mil do segundo. Na rede pública, o tratamento começa em 70 dias em média.

Novos contratados

A Globo está trazendo de volta através de contratos de longo prazo conhecidas figuras das novelas, afastadas nos últimos dois anos - e até  contratando novos, considerados talentosos. É o caso de Bella Campos, a vilã Maria de Fátima da novela "Vale tudo", que se prepara para assinar seu contrato. Também Paola Oliveira (Heleninha Roitman) será novamente contratada e o ator Renato Góes (Ivan) já assinou o dele por três anos. Com referência a Bella Campos, o público anda dividido.

Mistura Fina

O governo federal iniciou processo que pode levar à aplicação da Lei da Reciprocidade  Econômica contra os Estados Unidos pela aplicação de tarifaço contra produtos brasileiros exportados para os americanos. A Câmara de Comércio Exterior foi avisada que o Brasil iniciou consultas e medidas para aplicar a legislação e a Camex tem 30 dias para avaliar se é possível a aplicação da lei. Diplomatas acreditam na medida como forma de abrir um caminho de diálogo com os americanos.

Lula já havia solicitado avaliações sobre possíveis medidas nos setores de óleo e gás, farmacêutico e agrícola. Entre as alternativas discutidas por especialistas nesses setores está a suspensão de direito de propriedade intelectual - o que poderia incluir a quebra de patentes de medicamentos e defensivos agrícolas. No mês passado, o governo anunciou um pacote de medidas para socorrer setores afetados pelo tarifaço, incluindo prorrogação de prazos para pagamento de impostos.

Por conta da pressão da cúpula da federação União Progressistas pelo desembarque do governo Lula, integrantes do União Brasil avisam que o partido só entregará seus ministérios "quando o PP deixar o comando da Caixa". O banco é presidido por Carlos Vieira, indicado por Arthur Lira (PP-AL) e ele não tem a menor intenção de deixar sua cadeira na instituição. Aí, a União mantém titulares do Turismo, Desenvolvimento Regional e Comunicações.

Jair Bolsonaro, que continua acometido de soluços, quer assistir os primeiros passos de seu julgamento, que começa amanhã. Seus mais chegados, inclusive Michelle e filhos, acreditam que ele não  suportaria por muito tempo. A nova edição da revista britânica The Economist traz uma foto dele na capa, de terno e cara pintada, mais um arranjo de cabeça feito à base de pelo de búfalo e no topo, dois chifres do mesmo animal. A chamada é direta: "O que o Brasil pode ensinar aos EUA (ou "America)".

O ex-presidente não gostou de vários trechos da matéria publicada. A revista levantou mais dados sobre a trajetória de  Bolsonaro em torno da chance de se manter na Presidência através de um golpe de Estado. Outro trecho: "Bolsonaro e seus aliados provavelmente serão considerados culpados. Isso faz do Brasil um exemplo para a recuperação dos países afetados pela febre populista".

In – Segundo furo: brincos pontos de luzOut – Segundo furo: brincos Ear Bling

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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