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"Que o PT e o Lula não queiram a ex-presidente por perto era sabido."

de AÉCIO NEVES (PSDB-MG) // sobre o novo emprego de Dilma no "Banco dos Brics".

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“Que o PT e o Lula não queiram a ex-presidente por perto era sabido. Mas enviá-la a Xangai com tantas boquinhas mais próximas, chega a ser cruel”,

de AÉCIO NEVES (PSDB-MG) // sobre o novo emprego de Dilma no “Banco dos Brics”.

O salário que Dilma poderá ganhar no “Banco dos Brics” com mordomias e outros penduricalhos, pode chegar a R$ 290 mil por mês. A instituição financeira, agora chamada de Novo Banco de Desenvolvimento.

Mais: tem carteira de R$ 32,8 bilhões financiados em 96 projetos pelo mundo. Os US$ 4 milhões por ano pagos em salários e benefícios a seis postos de chefia (incluindo presidência) ou seja, para cada um US$ 55,5 por mês, equivalente a R$ 290 mil.

Contra-ataque

As investidas de Lula contra o Banco Central e especialmente contra seu presidente Roberto Campos Neto têm provocado também reações de empresários, banqueiros e até milionários. Flávio Rocha (Riachuelo) diz que “isso é quebrar o termômetro”. Já o banqueiro Ricardo Lacerda lamenta que os ataques à independência do BC e define Campos como “nosso último bastião contra a insanidade”. De quebra, o milionário e ex-presidenciável do Novo, João Amoedo, reaparece para dizer que Lula precisa receber “aulas de economia”. Os três são bolsonaristas.

MULHERES NA FILA

Cristiano Zanin, advogado de Lula durante os últimos anos, começa a achar que sua indicação para a sucessão de Rosa Weber no STF, em outubro, está ameaçada. O presidente está sendo pressionado a indicar uma mulher para substituí-la no Supremo. E a lista de cotadas tende a aumentar: já constam dele a desembargadora Simone Schreiber (TRF da 2ª Região, no Rio), a jurista Caroline Proner e a criminalista Dora Cavalcanti. Para sua vaga (maio), Ricardo Lewandowski está indicando nomes para Lula.

Guerra interna

Rui Costa (Casa Civil) e Jaques Wagner, líder do governo no Senado, têm travado uma queda de braço por preenchimento de cargos políticos na Bahia. Para a indicação de Aline Peixoto para o Tribunal de Contas de Salvador, Wagner perdeu a parada para Costa. Novos embates estão previstos para cargos na Embasa e na Bahiagás, o que faz um terceiro petista ficar de saia justa. É o governador baiano Jerônimo Rodrigues, que não quer desagradar nem um, nem outro.

De volta

Gilberto Carvalho, que comandou a Secretaria Geral da Previdência no primeiro mandato de Dilma Rousseff e foi conselheiro de Lula nos primeiros mandatos do petista, está de volta: acaba de ser nomeado titular da Secretaria Nacional de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego.

E não foi o único petista histórico a ganhar uma nomeação: também Clara Ant, ex-assessora especial de Lula no primeiro mandato, agora retorna, aos 75 anos, para o mesmo cargo do gabinete pessoal do presidente.

Revisão

O Ministério do Desenvolvimento Social está fazendo uma revisão nos dados do Bolsa Família: há indícios de que 2,5 milhões de família estejam recebendo o benefício de forma irregular. São 10 milhões de beneficiados que estão sendo investigados e entre eles, já se sabe que é grande o número de pessoas com renda elevada, com até nove salários-mínimos, que recebem o Bolsa Família. Por outro lado, é igualmente grande o número de pessoas sem renda, com fome e que não conseguem acessar o programa.

Grito de Carnaval 

Assim como os blocos ocuparam as ruas do Rio e de São Paulo, o tradicional Baile da Vogue que acontece desde 2020 no Rio de Janeiro, depois de 17 anos em São Paulo, ocupou os salões do Copacabana Palace na sexta-feira (10). O evento sob o tema “Sonho de Uma Noite de Verão” teve transmissão pelas redes sociais sob o comando de Fernanda Paes Leme (que até pintou o cabelo para combinar com o look vermelho) e Hugo Glos. A festa contou com shows de Silva, Pedro Sampaio e Ludmilla. Com vários patrocinadores, entre eles Beefeater Brasil, Havaianas, Eudora, Walt Disney Studios BR, Instagram. Entre tantas celebridades (da esquerda para à direita) com looks comportados e outros mais ousados como – quem diria – Patricia Poeta, Ana Paula Padrão, Bruna Gonçalves, que encontrou com Valéria Valenssa, a inspiração para sua fantasia, Deborah Secco que relembrou uma personagem que interpretou, Sabrina Sato e Fabiana Karla numa fase mais ousada depois de sua separação.

Campanha contra a fome

No ano passado, segundo estudos sobre segurança alimentar no Brasil, cerca de 58% dos brasileiros enfrentavam alguma situação de insegurança alimentar (alimento insuficiente e de baixa qualidade). Desses 15,5% convivem com a fome, o que corresponde a 33 milhões de pessoas.

O problema é mais acentuado em 18,6% em domicílios rurais e quase a metade dessa população faminta vive no Norte e Nordeste do país. Por conta desse quadro, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil escolheu, de novo, o tema da fome para a Campanha da Fraternidade.

E pela terceira vez, entra nessa guerra nos 60 anos de campanha: 1975, 1985 e 2023. No último ano do governo anterior, quando os jornais anunciaram 33 milhões de famintos, o então presidente Jair Bolsonaro afirmou que “não existe fome no Brasil” e que “nunca viu alguém entrar numa padaria para pedir comida”. Seu sistema de comunicação distribuiu material garantindo que “os dados eram mentirosos”.

Quando aumentou o Auxílio Brasil estava pensando apenas na reeleição e o pagamento ficou para o governo de Lula que, por sua vez, falou muito de fome na campanha – e agora anda mais preocupado com o Banco Central. E nos discursos não fala mais em “picanha para todos”.

Surpresa na final

A cantora e atriz Rihanna, fez o tradicional show da final do Super Bowl, a 57ª decisão disputado no State Farm Stadium, entre Kansas City Chiefs e o Philadelphia Eagles, cujo primeiro se sagrou campeão.

O evento agora patrocinado pela Apple Music, após anos sob o comando da Pepsi. A cantora subiu ao palco num look monocromático composto por dois casacos personalizados de Maison ALAÏA e um macacão Loewe. Mas o que mais chamou a atenção, de muitos inclusive de amigos que foram prestigiá-la, entre tantos Adele, Billie Eilish, Jay-Z, Cara Delevingne além da ótima performance da cantora, que fez sua última turnê há 6 anos (dedicou-se a seu lado empreendedor à frente da Savage X Fenty (lingerie) e Fenty Beauty), foi sua forma física, ou melhor a ausência dela. Depois do show representantes da cantora confirmaram sua segunda gravidez com o ASAP Rocky. Eles já são pais de um menino (que até hoje não revelaram o nome) de oito meses.

Mapa da fome

A ONU reconhece que a alimentação é um direito humano fundamental a ser assegurado a todas as pessoas, uma vez que é indispensável para sua sobrevivência. No Brasil, esse direito está na Constituição, garantido pela Emenda Constitucional nº 64, de 4 de fevereiro de 2010.

No Brasil, pouca gente leva a sério e a distribuição de comida aos miseráveis está reduzindo devido à situação de muitas empresas. O país voltou a figurar no Mapa da Fome e está longe de alcançar a meta de eliminação da fome no mundo até 2030, um dos objetivos do milênio.

 

“Consultor”

Quem vê o ex-deputado Eduardo Cunha, sete anos depois de ter seu mandato cassado, circulando pela Câmara em Brasília, já sabe que ele está lá para acompanhar sua filha e herdeira política Dani Cunha (União-RJ) eleita deputada federal pela primeira vez (78,5 mil votos).

Ela também herda alianças do pai: está cada vez mais próxima de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Casa, amigo de Cunha, que também já liderou o Centrão. E é coautora do livro Tchau, Querida: O diário do impeachment” (Matrix). Traduzindo: ele é “consultor” da filha

Fortalecimento

No último dia 10, o PT comemorou 43 anos de sua fundação. Para comemorar a data a sigla promove hoje um jantar que contará com presença de Lula, governadores, prefeitos e parlamentares da legenda e de outros partidos da base aliada.

Para participar do jantar no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília foram disponibilizados apenas 300 convites (venda via WhatsApp) que tinha quatro faixas de preços: R$ 500,00, R$5.000,00, R$ 10.000,00 e R$ 20.000,00. Segundo a presidente do partido, Gleisi Hoffmann, a renda será usada para fortalecimento das estruturas e bases partidárias pelo país.

INTERVENÇÃO

Marcado por demissões em várias partes do mundo e mudanças das regras de postagem, Elon Musk vai mexer na matriz do Twitter Brasil. Um dos executivos chegará a São Paulo para conduzir uma reestruturação na operação brasileira, o que já levanta dúvidas sobre a permanência de Fiamma Zarife no comando do Twitter por aqui. O Brasil detém a quarta maior base de usuários do microblog, com cerca de 200 milhões de contas, atrás dos Estados Unidos, Japão e Índia.

MISTURA FINA

O EX-presidente Jair Bolsonaro ainda não pediu oficialmente os dois carros que têm direito em sua nova posição fora do poder. Em Orlando, quando necessita de transporte, ele chama um táxi de lá. Já quem está aprendendo a andar de Uber quando precisa se locomover é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. No jantar (antes da derrota) para Rogério Marinho, que disputava a presidência do Senado, ela estava sem carro e avisou que teria de pedir um Uber. O também derrotado Walter Braga Neto é que lhe deu carona.

O GRUPO sleeping Giants Brasil, criado em 2020, promove campanhas para que empresas privadas deixem de patrocinar canais e veículos que propaguem discurso de ódio. Desde o ano passado, estão em cima da Jovem Pan e, num único mês, a emissora perdeu dois contratos no valor de R$ 837,7 mil (Toyota e Caoa-Cherry).

NA Justiça, a Jovem Pan tentou barrar a campanha da Sleeping Giants Brasil, perdeu em primeira instância e tentou recurso, também negado. Pelas contas dos ativistas, em 2020, primeiro ano do movimento, foram quase R$ 15 milhões não repassados por anunciantes aos veículos denunciados. Em 2021, quase R$ 42 milhões. Além de cobrar publicamente patrocinadores, a Sleeping Giants Brasil notificou extrajudicialmente o Google para que a plataforma interrompa a monetização de todo conteúdo produzido e disponibilizado pela Jovem Pan em seus canais.

A DIMENSÃO do problema dos garimpeiros em Roraima vai além da grave questão envolvendo as aldeias do Yanomamis. Estima-se que o estado tenha mais de 50 mil garimpeiros, a maioria na clandestinidade. No meio deles, tentáculos de esquemas criminosos e grandes quadrilhas que operam na região. E há também um considerável contingente de “foras da lei” por falta de opção. Mais: grupos de garimpeiros que se afastaram das terras de Yanomamis estão voltando e muitos estão se fixando em outras áreas indígenas.

JORGE Paulo Lemann e Marcel Telles ficaram pouco tempo na gestão da Americanas, saíram e quem ficou lá foi Carlos Alberto Sicupira que, depois de certo tempo, retirou-se oficialmente do comando da companhia, mas era quem “dava ordens até agora”, segundo o ex-CEO (desaparecido) Miguel Gutierrez. Sicupira acompanha o dia a dia da Americanas, o que não compete ao conselho da administração da empresa, onde tinha posto. No mercado, ele tem fama de esticar pagamentos até mesmo para 120 dias.

PELA primeira vez em seus 74 anos de história, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade (Abap) deve ter uma mulher na presidência. A indicada pela atual diretoria é Márcia Esteves, executiva-chefe da Lew’Lara/ TBWA. O nome ainda precisa ser referendado pelas 160 agências associadas em eleição marcada para 30 de março. O histórico da associação é de chapa única.

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"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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