Colunistas

Cláudio Humberto

"Reparou que só os da direita levam tiro, facada?"

Jair Bolsonaro sobre atentado a Miguel Uribe, candidato à presidência da Colômbia

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Lula em Paris: aluguel de carrões custou R$974 mil

De volta ao Brasil, Lula traz na bagagem amarga fatura da estada de alto luxo e gastança dos dias que desfrutou com a primeira-dama Janja em Paris (França). A coluna informou em primeira-mão que o custo da hospedagem do “casal esbanja”, como Lula e Janja são chamados em Brasília, passou de R$1,2 milhão. Não bastasse tal desfeita ao pagador de impostos, o petista torrou outra fortuna, por nossa conta, em aluguel de belos carrões para zanzar pela “Cidade Luz”: foram R$ 974.459,71.

Quartos adicionais

Com tanta gente na comitiva, o cerimonial de Lula pediu quartos extras para hospedar a turma. Por isso, a fatura disparou mais R$144,4 mil.

Nunca foi tão caro

Aos poucos, mais e mais notas da passagem de Lula vão aparecendo. Só a hospedagem da tripulação que levou Lula nos custou R$76,4 mil.

Monoglotia salgada

Foi contratado intérprete para Lula inclusive para evento sobre oceanos, talvez por isso o custo do monoglotismo saiu tão salgado: R$38,8 mil.

Ele se trumbica

O ministro interino Frederico de Siqueira Filho (Comunicações), com dificuldade para se comunicar, teve o próprio intérprete: R$4 mil o dia. 

Haddad quer punir, taxando, quem investe no Brasil

A conclusão mais frequente, nesta segunda (9), nas conversas entre políticos e economistas, é a de que não há limites para estupidez no governo Lula (PT), quando o maior objetivo não é o equilíbrio fiscal, mas vingança ou justiçamento. Na reunião de domingo, na residência do presidente da Câmara, foram várias as referências raivosas à classe média e isso explica a decisão de taxar quem investe nos setores imobiliário e agrícola, em lugar do governo, por meio de LCIs e LCAs.

Xô, investidores

Do mesmo modo, taxar debêntures incentivadas parece ter o objetivo suicida de afugentar investidores, como nos casos da LCI e da LCA.

‘Desincentivadas’

As “debêntures incentivadas” foram criadas para a atrair investimentos onde há crônico desinteresse do governo: infraestrutura.

Abestados vencidos

A estratégia foi vencer Motta e Alcolumbre pelo cansaço, em 5 horas de reunião, para empurrar mais impostos goela abaixo dos abestados.

Coisa de gente infeliz

Gleisi na reunião era mau presságio: ela tem visão preconceituosa dos investidores. Chamou de “rentistas” os que investem no Brasil, pessoas que, como poupadores, têm a legítima expectativa de rendimentos.

Não sabem o que fazem

É constrangedora a lista dos participantes da reunião de domingo (8) sobre alternativas ao decreto do IOF: nenhum deles entende de economia. A começar pelo ministro, ignorante confesso no tema.

Papagaios de pirata

Os políticos que invadiram a casa do presidente da Câmara, alguns sem convite, não estavam nem aí para discutir supostas alternativas ao desastroso decreto do IOF. Eles queriam apenas aparecer na foto final.

Roedor de corda

Presidente da Câmara, Hugo Motta afirmou não ter compromisso de aprovar as “alternativas” para o aumento do IOF. No projeto da anistia, sua garantia à oposição é que “não iria impedir a tramitação...”. Anrã.

Gasta sem dó

Não bastasse a milionária gastança de Lula na França, Margareth Menezes (Cultura), aboletada na comitiva, também teve seus momentos de opulência: van com motorista para a ministra custou R$19,4 mil.

Itamaraty passa vergonha

“Itamaraty” virou assunto do dia na rede social “X”, após reagir ao caso do veleiro de ativistas (incluindo um brasileiro) apreendido por Israel. O mesmo Itamaraty fez silêncio vergonhoso quando terroristas do Hamas mataram covardemente cerca de 1.200 pessoas, incluindo 5 brasileiros.

EsbanjAir

Enquete do Diário do Poder aponta que, na opinião de 94,4% dos participantes, viagens de Lula e Janja só servem parar torrar dinheiro dos pagadores de impostos. Só 5,6% acreditam que trazem benefícios.

Reta final

Caminha para melancólico fim a CPI das Bets, com pouca chance de dar em alguma coisa. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), relatora da comissão, lê o relatório final nesta terça-feira (10).

Pensando bem...

...aumentar impostos em vez de cortar despesas é o que Elon Musk chama de “abominação repugnante”.

PODER SEM PUDOR

Pimenta malagueta

Logo que assumiu o governo paulista, o sempre desmemoriado Franco Montoro, fez a defesa de mudanças no IVC (finado Imposto sobre Vendas e Consignações), durante uma solenidade. Queria referir-se ao ICMS. Mas ninguém conteve as gargalhadas quando resolveu saudar um ilustre visitante: “Seja bem vindo, deputado Pimenta do Reino!” Era o deputado Pimenta da Veiga (MG), como ele, fundador do PSDB.
 

Editorial

Cabo de guerra pela saúde pública

É lamentável constatar que, do alto da burocracia, muitos gestores parecem enxergar o cidadão que aguarda por atendimento apenas como um número

19/06/2025 07h45

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A disputa pelo controle da regulação de vagas hospitalares entre a Prefeitura de Campo Grande e o governo do Estado de Mato Grosso do Sul ganhou mais um capítulo. O leitor terá mais detalhes deste embate institucional nas páginas seguintes, mas o que já é possível afirmar com clareza é que o que está em jogo vai muito além de questões técnicas ou logísticas. Trata-se, na essência, de uma disputa por poder e dinheiro.

No universo da gestão pública, controlar a regulação de leitos significa, na prática, decidir quem será internado, quando e onde. Para os gestores, é uma posição de força, pois representa ter influência sobre os fluxos de atendimento e sobre os recursos que envolvem cada internação. A cada paciente encaminhado, há cifras em jogo, contratos em execução e, claro, visibilidade política.

Enquanto os órgãos públicos trocam acusações e disputam atribuições, o que sobra para a população é o ônus dessa ineficiência. Para quem está na ponta aguardando uma cirurgia ou uma vaga em UTI, a discussão entre prefeitura e Estado não passa de mais um motivo para o sofrimento se alongar. São famílias inteiras presas a uma fila que, muitas vezes, não anda – e, quando anda, é por força de indicações políticas pontuais.

É lamentável constatar que, do alto da burocracia, muitos gestores parecem enxergar o cidadão que aguarda por atendimento apenas como um número. As pessoas que estão sofrendo nas filas públicas de saúde não são vistas como pacientes em situação de vulnerabilidade, mas como estatísticas. Ou pior: como potenciais votos nas próximas eleições.

Aliás, esse é outro problema crônico dessa disputa: o uso político da regulação de vagas. Não é raro ver vereadores, deputados e até assessores de parlamentares comemorando a conquista de um leito como se fosse um favor pessoal. Para as famílias beneficiadas, é claro, fica a sensação de gratidão. Mas é importante lembrar: garantir vaga para quem precisa é uma obrigação do poder público, e não um presente concedido por benevolência política.

A saúde pública é uma das áreas que mais consome recursos do orçamento estadual e municipal. Talvez por isso haja tanto interesse em controlar suas engrenagens. Infelizmente, nem sempre esse interesse vem acompanhado de compromisso com a eficiência, a equidade ou a sensibilidade social que a situação exige.
É preciso que os gestores públicos, de todas as esferas, tenham a coragem de colocar a população acima das disputas políticas. A saúde não pode continuar sendo palco para estratégias eleitorais nem moeda de troca em negociações de bastidores. Enquanto essa realidade não mudar, o preço continuará sendo pago, todos os dias, por quem mais precisa do serviço público: o povo.

artigos

A arte faz política

19/06/2025 07h30

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O escritor austríaco Hugo von Hofmannsthal dizia que nada aparece na política de um país sem ter antes aparecido na sua literatura. Não é que a literatura crie a realidade política, é que a linguagem poética, na medida em que seja uma síntese artística do real, torna comunicável experiências humanas que, antes, passavam despercebidas para o conjunto da sociedade. E a política só pode operar em cima dessas experiências que fazem parte do imaginário comum. Ou, de outro modo: é preciso primeiro que as pessoas sejam capazes de imaginar e verbalizar os problemas para só então se engajarem em solucioná-los.

Euclides da Cunha escreveu “Os Sertões” para nos dar a conhecer nossos irmãos sertanejos, aqueles fortes embrutecidos pela aridez do ambiente e a ambição dos senhores. Depois dele, pintaram também a vida nesses rincões a Rachel de Queiroz, o Graciliano Ramos, o José Lins do Rêgo e outros.

De posse dessa galeria de imagens, fica-nos impossível ignorar os dramas e agruras daquele povo – dos que retiram e dos que ficam.
O abolicionismo, por exemplo. A causa ganhou vulto, sim, por causa da prosa inflamada de um José do Patrocínio, ou da temperada de um Joaquim Nabuco, mas principalmente pela poesia inescapável de um Castro Alves.

Daí que também por vias literárias é que se deva registrar e divulgar o fracasso sistemático da organização social brasileira no pós-abolição. Foi isso o que fez, por exemplo, Carolina Maria de Jesus. Preta, favelada e semianalfabeta, ela revelou, com sua arte, as condições de miséria – física e moral – em que viviam os descendentes dos alforriados nas periferias da maior cidade do País. Aliás, Audálio Dantas, jornalista que descobriu a escritora e fez a edição dos seus diários, dando-lhes forma de livro (“Quarto de Despejo”), conta que a publicação da obra, um absoluto sucesso de vendas, suscitou debates entre políticos e técnicos e levou à formação de iniciativas como o Movimento Universitário de Desfavelamento (MUD). Como dizia Hofmannsthal: dos livros para a política.

No caso das favelas brasileiras, ainda há muito que se falar. Tivemos nas últimas décadas registros artísticos importantes, como os filmes “Cidade de Deus” e “Tropa de Elite” e os álbuns dos Racionais MC’s. Mas ainda carece, esse tema, de boa literatura. E literatura que não seja exatamente de protesto. Porque a linguagem poética é menos eficaz quando transmutada em deslavada retórica política. Não que a retórica política não tenha o seu lugar – citamos Patrocínio e Nabuco–, é só uma questão de hierarquia.

Daí que a literatura social, que se objetive a falar da vida difícil daqueles que vivem nas periferias, deva ser não uma central de denúncias – como não raro se faz –, mas um mosaico sincero e realista, com cenas, sim, de violência, de abandono e de miséria, mas também de ternura, de heroísmo, de sabedoria e de esperança.

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