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"Se a pessoa olha para mulheres empoderadas, que fazem o que querem, e vê apenas um corpo..."

de MARIA QUITÉRIA // rainha da Império Serrano, sobre nudez das mulheres na Marquês de Sapucaí

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A rede Casino poderá ofertar no mercado mais um bloco de ações da Assaí. No fim de novembro, o grupo francês se desfez de cerca de 140 milhões em papéis, reduzindo sua participação na rede de 41% para 30,5%.

Mais na época embolsou pouco mais de R$ 2,7 milhões. No próximo dia 28, acaba o lock-up de 90 dias previstos na oferta anterior. Traduzindo: já no dia 1º de março, o Casino estará livre para nova venda em bolsa.

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Abraço, não

De Kissimmee, na Grande Orlando, onde “descansa” segundo sua mulher Michele Bolsonaro, o ex-presidente mal conseguiu engolir ao ver o abraço entre o presidente Lula e o governador Tarcísio de Freitas celebrando acordo de socorro às vítimas das inundações e deslizamentos de morros no litoral de São Paulo, especialmente São Sebastião. Se bem que os dois lados tratavam o abraço de maneira protocolar quase referendando a liberação das primeiras verbas para ajuda das famílias. Jair Bolsonaro teria mandado recados especiais a Tarcísio, através de aliados, lembrando que “Fui eu que te elegi”.

RESISTÊNCIA

Para um presidente que, durante seu mandato, gozou de 15 miniférias, com passeios de jet-ski e moto, Orlando não poderia ser melhor destino para o auto exílio de Jair Bolsonaro. Ele divide seus dias entre passeios a supermercados (onde fala portunhol), fotos com apoiadores que aparecem na casa onde está hospedado e encontro com conservadores em restaurantes e igrejas evangélicas, onde autografa camisetas. Aos chegados, diz que está ensaiando a resistência, que voltará em março e faz novas críticas ao processo eleitoral.

Desmonte

O currículo do Novo Ensino Médio deverá sofrer desmonte no Ministério da Educação. Ou seja: quer “qualificar o debate” e “corrigir distorções”. A grade curricular foi atualizada no governo de Michel Temer em 2017 e implantada em 2022, acabando com a obrigatoriedade de matérias como sociologia e filosofia, onde alunos viram presas fáceis de doutrinação política. O novo modelo deixa que alunos optem por disciplinas que o direcionam ao ensino técnico, cada vez mais valorizado.

MUDANÇA

Reviravolta à vista no BNDES: a gestão de Aloízio Mercadante deverá suspender o processo de venda da participação da BNDESPar na Energisa, iniciado na gestão anterior. A instituição detém algo em torno de 11% da empresa de energia da família Botelho. À cotação atual do mercado, a fatia equivale a cerca de R$ 1,7 bilhão. Para a nova diretoria do BNDES, trata-se de uma posição estratégica, sobretudo diante do boom de energia renovável e da entrada no Brasil do hidrogênio verde.

Correndo atrás

Apesar do chanceler Mauro Vieira ter escolhido a embaixadora Maria Laura da Rocha como a primeira mulher a ocupar a Secretaria Geral do Itamaraty e de alguns outros avanços em janeiro, igualdade de gênero da diplomacia, prioridade do novo governo, ainda patina no terceiro mandato de Lula. De um total de 1.539 diplomatas ativos, apenas 354 são mulheres (23%). Entre os 210 embaixadores, o número é de 43 (20%). Entre as embaixadas estratégicas, contudo, a nomeação de Maria Luiza Viotti para Washington é considerada uma mudança de postura.

Tradicional baile

O hotel Copacabana Palace (que hoje pertence ao grupo Belmond Hotel) começou a comemoração de seus 100 anos com seu tradicional Baile do Copa, na época do carnaval, no sábado dia 18. A música ficou por conta do Cordão da Bola Preta, Serjão Loroza, DJ Ronnie Borges e Carol Emmerick. Com poucas celebridades Izabel Goulart (que teve seu momento de estrela não interagindo com outros convidados e cercada de seguranças) recebeu a faixa de rainha do baile das mãos de Sabrina Sato (última rainha antes da pandemia), ambas na primeira foto, que como sempre deu um show de simpatia e brincou com sua fantasia dizendo que era “Sabrineca”.

Sua fantasia era inspirada na Barbie. Enquanto outros convidados como Jade Picon, deu um show de antipatia e grosserias, quando algum jornalista se aproximava. Também passaram por lá, da segunda foto a esquerda para direita, Isabeli Fontana, a jornalista Ana Paula Araújo, a ex-modelo Luiza Brunet e a apresentadora Adriane Galisteu, que segundo as más línguas, teve problemas com seu vestido, então resolveu ir somente com um biquini fio dental , cobrindo os seios com o cabelo, e um casaco invisível cujas mangas imitavam grandes asas pretas.

Toda nudez não será castigada

Na contramão de Nelson Rodrigues, “toda nudez não será castigada”, a se julgar famosas e candidatas à fama expondo seus corpos ao limite nas escolas de samba, mais do Rio. E sem castigo, muitos aplausos. Há muitos anos, incluindo Luma de Oliveira, Monique Evans e Enoli Lara, entre outras, o que se via no sambódromo foi um festival de seios nus até em grupos adornando os carros alegóricos – e na época, sem fio dental. Na sequência, alguns anos de puritanismo.

Agora minúsculos pedacinhos de tecido cobrindo mamilos (com silicone, o efeito era mais estético) e na área genital. À derrière a consagração do fio dental. E muito cuidado na pista, para os recursos não descolarem. As mulheres conquistavam o direito de tirar a roupa, de tão empoderadas. Entre as famosas da TV mais seminuas, de Sabrina Sato (em diversas fantasias com seus tecidinhos estratégicos) à Paolla Oliveira ganharam páginas de jornais e espaços nas redes sociais na condição de grandes campeãs de novo uniforme oficial do sambódromo – e até de alguns camarotes. Há poucos anos, Juliana Paes (com autorização do marido) usava um fio dental tão minúsculo que teria de avisar que estava usando. Desta vez Diogo Nogueira, músico e um dos autores do samba-enredo da Grande Rio, espiava de longe sua Paolla, rainha da bateria da escola.

Curtindo o camarote

Como todo o ano os camarotes nos sambódromos são uma atração à parte para quem vai acompanhar os desfiles das escolas de samba no Rio e São Paulo. Muitos dos camarotes são patrocinados e atraem celebridades pagas para estarem lá, ou para quem quer realmente apreciar a festa carnavalesca e por causa da fama conseguem acessar estes locais de pouco acesso.

Entre tantas que estiveram presentes estavam por lá Camila Queiroz, Juliana Paes, Bruna Marquezine e Suzana Pires (à esquerda) que aproveitaram juntas os desfiles na madrugada do dia 21; e Gisele Bündchen (à direita), que venho para o Brasil para curtir a festa e esteve em um dos camarotes com as irmãs e algumas amigas, mostrando sua boa forma ao deixar barriga de fora, causando alvoroço. “Foi muito especial voltar ao Carnaval e prestigiar esta festa tão linda da nossa cultura”.

Original e cópia

Nos anos 80, o deputado federal Roberto Cardoso Alves, queria mais cargos no governo de José Sarney e para defender suas pretensões, resolveu repetir trecho da Oração de São Francisco de Assis: “Dando que se recebe”. Na semana passada, o deputado Luciano Bivar, presidente do União Brasil, resolveu ressuscitar a frase, com adaptação, para apoiar projetos enviados pelo Planalto. E não deixou por menos: “Quanto mais espaços tivermos no governo, mais apoios poderemos garantir”.

Carnaval lá fora

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e o senador Ciro Nogueira (PP-PI) passaram o carnaval em Las Vegas, cidade dos Estados Unidos conhecida por seus hotéis luxuosos e seus cassinos. Também viajou com eles o vice-presidente do União Brasil. Antônio Rueda. Mais: PP e União Brasil caminham para uma federação e Ciro foi ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro (PL). no Piauí, berço eleitoral de Nogueira, os resultados das eleições não foram a seu favor.

Sem mulata

Uma legião de brasileiros sentiu falta da tradicional mulata nua que ilustrava a vinheta Globeleza no carnaval da Globo. Nos últimos anos, já havia sido substituída por cenas de desfiles. Desta vez, só o logotipo colorido, que também identificava jornalistas da cobertura do sambódromo e dos blocos. A primeira mulata sambando toda nua estimulando a folia foi Valéria Valenssa, ex-mulher de Hans Donner, que criou a vinheta nos anos 90. A última foi Erika Moura, que apareceu de 2015 a 2020. Motivos: pressão estética e racismo. Diziam que as mulatas estavam sendo usadas.

PUDOR

Em tantos anos anteriores, qualquer demonstração de nudez nos desfiles das escolas, era mostrado – com muita eficiência – no ar, embora com certa elegância. Nos últimos anos (e não se conta a época da pandemia), a emissora teve, segundo os mais assanhados, uma espécie de ataque de pudor. Seus câmeras eram instruídos para economizar na nudez. Apenas takes rápidos, melhor de frente porque por trás a festa era maior e jamais recorrendo a closes. Muito até lembravam da TV Manchete dos anos 80 que democratizava a nudez (ou parte dela) das atrações especiais.

MISTURA FINA

ALGUNS governadores exibem seus novos rumos: Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Cláudio Castro (PL-RJ) e Ratinho Jr. (PSD-PR) tratam de aumentar o diálogo com Lula sem romper, contudo, com o bolsonarismo. Jorginho Melo (PL-SC) e Antônio Danarium (PP-RR), estimulam pautas conservadoras e – surpresa – Romeu Zema (Novo-MG) acha que será o substituto natural de Jair Bolsonaro em 2026.

O GOVERNO trará de volta o imposto de importação sobre pneus de caminhões. Em 2022, a Câmara de Comércio Exterior zerou a alíquota, até então de 16%. A medida decorreu de um pedido do então ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, um dos agrados de Bolsonaro aos caminhoneiros. Puxou o cobertor para transportadoras de carga e deixou trabalhadores da indústria de pneus ao relento. Há demissões em massa no setor. De 2020 a 2022, a compra de pneus no exterior saltou de 1,2 milhões para dois milhões de unidades.

PARA quem tem memória curta: hoje, Lula dispara sua metralhadora giratória em cima da autonomia do Banco Central e contra Roberto Campos Neto. Em 2015, quando Renan Calheiros assumiu a presidência do Senado, Lula ligou pedindo que incluísse na pauta da votação a autonomia do BC. Na época, queria enfraquecer Joaquim Levy, então ministro da Fazenda.

BALANÇO do IBGE sobre alimentos que tiveram maiores altas no período de janeiro de 2022 a janeiro de 2023 revela que cinco são considerados os maiores vilões da inflação na área. O primeiro colocado é a maçã com 58,92% de aumento no período, seguindo-se por ordem a tangerina com 49,76%, feijão carioca (34,71%), mamão (31,71%) e a banana prata (17,37%).

AINDA sobre as campeãs do tapa-mamilo, fio dental e tapa-sexo: a atriz Deborah Secco, fantasiada de “Bobo da Corte”, musa do camarote da Quem/ O Globo era outro grande exemplo da democratização da nudez feminina no carnaval (elas dizem que mais do que esbanjar sensualidade, significa liberdade), exibindo reforço na estética da chamada linha de frente. Já fez duas cirurgias de implante e troca de prótese de silicone, contribuem para estética da área (e ela não esconde). Paolla Oliveira, à propósito, garante que nela tudo é natural.

DO alto de seus 60 anos, Luiza Brunet viu, pela primeira vez, sua filha Yasmim, de biquíni (mais comportado) e um pouco de pluma e paetês, aos 34 anos, debutar no carnaval. Na maioria dos anos anteriores, ela acompanhava a mãe na preparação das roupas (sempre poucas, porém conservadoras).

Desta vez, Yasmim resolveu cair na gandaia enquanto a mãe desfilava na Portela, ela estreava na Sapucaí como musa da Grande Rio. Nada de novo: acontece nas famílias de políticos, artistas e dependendo, até esportistas. É uma “nepo baby”, expressão importada dos Estados Unidos.

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

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Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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