Colunistas

Giba Um

"Tarcísio tem feito grande trabalho em São Paulo. Somente após esse processo legislativo de...

anistia e esse desenrolar final é que iremos tratar de 2026. Não tem por que antecipar nome de nada", de Flávio Bolsonaro, avisando que até agora seu pai não fez do governador paulista seu herdeiro nas urnas"

Continue lendo...

Um dos alvos da Operação Carbono Oculto, que desarticulou um esquema bilionário de fraudes, sonegação e lavagem de dinheiro no setor de combustíveis foi a RBO Distribuidora de Solventes, na cidade de Diamantino, no Mato Grosso.

Mais: a cidade tem pouco mais de 20 mil habitantes e é a terra natal do ministro Gilmar Mendes (STF). Acusada de participar de um desvio de metanol, a empresa está localizada numa das principais  vias do município: Avenida Ministro Gilmar  Ferreira Mendes.

Plateia estrelada

No seu 52º ano a Paris Fashion Week que começou na segunda-feira (29) tem um desafio maior, a tentativa de impulsionar o mercado do luxo diante das novas dificuldades econômicas e comerciais que o mundo está enfrentando. Na edição primavera/verão 2026  que acontecerá até dia 7 de outubro mais de 76 desfiles acontecerão e 37 eventos  reunindo 100 marcas.  Entre os desfiles mais aguardados estão o da Dior que tem como novo estilista Jonathan Anderson, que apresenta sua primeira coleção feminina para a grife. Ele substituiu Maria Grazia Chiuri, que comandou as criações durante 8 anos. A Chanel também traz um novo diretor criativo, Matthieu Blazy, por isso também se enquadra na lista dos mais aguardados. Outras estreias desta edição são: a dupla Jack McCollough e Lazaro Hernandez (fundadores da Proenza Schouler) que agora estão à frente da Loewe; Pierpaolo Piccioli, ex-Valentino, que assumiu a Balenciaga; Mark Thomas também estreia na Carven; Demna, agora na Gucci; Miguel Castro Freitas assumiu a Mugler; Duran Lantink não irá apresentar sua coleção de marca homônima, mas vai comandar o desfile da Jean Paul Gaultier. Com tantas mudanças e claro que as primeiras filas  dos desfiles ficaram recheados de celebridades. Entre tantas estavam Hailey Bieber; a Alexa Chung; Renee Zellweger; Zoe Kravitz; Carla Bruni; Lila Moss; Charli XCX; Madonna e sua filha Lourdes Leon; Linda Evangelista; Eva Herzigova, entre tantas outras.

Depois de Tarcísio, Bolsonaro passa mal

Depois da visita que o governador Tarcísio de Freitas lhe fez, em sua casa em Brasília onde cumpre prisão domiciliar, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que estava acompanhado dos filhos Flávio e Renan, passou mal e a família tratou de acionar o médico Claudio Birolini, responsável pela última cirurgia abdominal do Capitão. O próprio Bolsonaro é que pediu que o médico fosse chamado, depois de uma crise de soluços (ele tem soluços o dia inteiro) e quatro episódios de vômitos, que considerou mais intensos. Melhorou depois e não foi necessário ser hospitalizado. Ao deixar a casa, Tarcísio avisou que a proposta de redução de penas em vez de anistia, "não satisfaz" o ex-presidente, mas negou que tenha tratado do assunto com Bolsonaro que, no encontro, falou que quer manter a candidatura de seu filho Eduardo à Câmara Federal, nem pensar no Planalto. Na cena política, nada de novo: um grande bloco do PL e o Centrão ainda querem que o ex-presidente aceite uma opção negociada. Flávio foi o único que falou abertamente sobre 2026. O pai prefere não comentar agora: "Ainda está distante". Mais: quando os demais aliados souberam que o ex-presidente voltará a passar mal chegaram a ironizar espalhando que "o culpado foi Tarcísio".

Outro destino

Tarcísio de Freitas continua garantindo que não concorrerá ao Planalto, preferindo partir para a reeleição ao governo de São Paulo em 2026. Mas, se os ventos forem outros o núcleo duro do bolsonarismo quer que Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública em São Paulo, seja o único nome ungido pelo bloco para o Palácio dos Bandeirantes. Traduzindo: nada de Ricardo Nunes, Gilberto Kassab ou André do Prado. Só que Derrite não topa a ideia: quer mesmo é disputar uma cadeira no Senado. Sabe, inclusive, que as pesquisas para governo não lhe são generosas.

Passarela estrelada

Ainda falando de Paris Fashion Week, um dos primeiros desfiles da edição foi o da L’Oreal que apresentou pelo 8º ano consecutivo seu tradicional Le Défilé,  em frente ao Hôtel de Ville, sede da prefeitura da capital francesa. E a empresa de cosméticos francês, trouxe para sua passarela uma legião de celebridades, incluindo, modelos e grandes atrizes como  Helen Mirren,  Jane Fonda,  Kendall Jenner, Eva Longoria, Viola Davis, Cara Delevigne, Naomi King, Gillian Anderson, Marie Bochet e Philippine Leroy-Beaulie, entre muitas outras. O evento também contou com a presença de duas representantes brasileiras: a cantora Anitta que levou sua música ao evento, cantando dois de seus maiores sucessos, Girl From Rio e Envolver na abertura do evento e a atriz Tais Araújo, que deu uma escapadinha das gravações finais do remake de Vale Tudo. Tais aproveitou para agradecer em suas redes sociais a parceria com a marca francesa: “Cruzar essa passarela mais uma vez me dá uma sensação poderosa. A de trazer comigo toda a riqueza da nossa existência enquanto mulheres brasileiras. Hoje celebro cada passo que me trouxe até aqui. Celebro todas nós! Obrigada, @lorealparis pela parceria de tantos anos. Orgulho imenso de fazer parte desse movimento que amplia o conceito de beleza no mundo inteiro. Dia inesquecível!”

Anistia ou "Dosimetria"

Está azeda a relação entre Paulinho da Força (SD-SP) e Hugo Motta, presidente da Câmara (Republicanos-PB), que deu ao deputado a relatoria do projeto de anistia, rapidamente rebatizado de "PL da Dosimetria", Paulinho condicionou a votação do texto que amplia isenção de IR à votação do projeto que relata, o que estressou governistas e aliados de Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto do IR. Deu até barraco: líder da oposição, Zucco (PL-RS) subiu o tom com o deputado do Solidariedade.

R$ 3 bilhões em emendas

Apenas desde o último dia 12 de setembro, o governo petista distribuiu 3 bilhões em emendas parlamentares, segundo dados do Tesouro Nacional. O esforço governista não conseguiu impedir votações no Congresso como a criação da CPMI do INSS e a urgência do projeto da anistia, mas emplacou o relator amigável ao petismo e faz andar a isenção do imposto de renda. Até essa data, o governo havia distribuído R$ 10,3 bilhões em emendas este ano. Saltou para R$ 13,4 bilhões até o dia 26.

Pérola

"Tarcísio tem feito grande trabalho em São Paulo. Somente após esse processo legislativo de anistia e esse desenrolar final é que iremos tratar de 2026. Não tem por que antecipar nome de nada", 

de Flávio Bolsonaro, avisando que até agora seu pai não fez do governador paulista seu herdeiro nas urnas"

"Defesa da soberania" 1

Lula tem usado a  expressão "defesa da soberania" em seus discursos contra o tarifaço e as sanções determinadas por Trump. Muita gente que não tolera essa estratégia do presidente petista lembra que é uma cópia de um caso ocorrido na ditadura militar. E esses até tratam de reavivar a memória dos mais esquecidos: em 1977, o governo do general Geisel chamou de ditadura volta a Brasília o embaixador em Washington, João Augusto de Araújo Castro para "consultas", em reação às denúncias do Departamento de Estado sobre violações de direitos humanos no Brasil.

"Defesa da soberania" 2

Na época, o Departamento de Estado de Jimmy Carter (Democrata) denunciou perseguições, prisões ilegais e tortura. Aí, o regime rotulou o relatório americano de "interferência indevida na soberania nacional", exatamente como Lula faz contra Trump. Em razão dessas tensões, o governo Geisel abandonou em março de 1977 o Acordo de Cooperação Militar Brasil-EUA assinado em 1952. Os muitos que lembram todo esse episódio, dizem que Lula usa a mesma expressão "defesa da soberania" de olho nas pesquisas, o que a ditadura também fazia para não admitir que violava mesmo direitos humanos. 

"Ordem superior”

Parlamentares da CPMI estão querendo saber quem mandou soltar rapidamente Rubens Costa, sócio e braço-direito de Antônio Carlos Antunes, o "Careca do INSS", horas depois de ter recebido ordem de prisão por mentir à comissão. A Polícia legislativa levou preso, mas logo se soube que estava solto e sem pagar fiança. Teria sido uma demonstração do esquema do "Careca" que tem apoio político e "costas largas". Os parlamentares querem explicações de Davi Alcolumbre, único que eles acham capaz de haver dado a "ordem superior". 

Marconi de volta

O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, quer voltar a governar Goiás. Ele já anunciou sua pré-candidatura ao governo de lá para as eleições de 2026, durante um evento na Assembleia Legislativa de Goiás, em Goiânia, que marcou 30 anos de filiação do político ao partido. Marconi aproveitou e fez um discurso sobre as quatro gestões que comandou no estado (de 1999 a 2002, 2003 a 2006, 2011 a 2014 e 2015 a 2018)  destacando obras de infraestrutura, programas sociais implantados ao longo de seus governos.

Vende-se

Os executivos da Americanas estão quebrando a cabeça em relação à Uni.Co, controlada que detém as marcas Imaginarium, Mind e Lovebran. A empresa repousa sobre o balcão há meses, à espera de um comprador. Até agora, não surgiu nenhuma proposta como aceitável. Na Americanas, já se cogita uma alternativa: a venda de um pedaço do negócio para um fundo de investimentos. Por ora, a Uni.Co segue como uma máquina de moer dinheiro do grupo varejista de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Recentemente, a Americanas precisou fazer um aporte de R$ 54 milhões na controlada para "manutenção de caixa e viabilização de operações no curso normal dos negócios".

Jogo de empurra

Um problema a mais na venda da participação do Casino no Pão de Açúcar: candidatos ao negócio, como Cencosud e Supermercados BH, estão pressionando os franceses por um acordo que os exima do eventual pagamento de indenizações ao Assaí, ex-integrante do mesmo grupo econômico. É mais uma das complicações criadas pelo Casino. O Assaí entrou na Justiça exigindo garantias de que não terá de arcar com tributos anteriores a seu spin-off com o Pão de Açúcar. Só que, passados cinco anos, a Procuradoria-Geral da Fazenda imputou ao Assai responsabilidade solidária em R$ 36 milhões em débitos tributários do Pão de Açúcar. 

Mistura Fina

Alexandre de Moraes (STF), depois que ninguém conseguiu localizar Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, determinou que fosse notificado por edital de denúncia, acrescentando: "Encontra-se fora do território nacional, exatamente conforme consta da denúncia, para reiterar na prática criminosa e evadir-se de possível responsabilização judicial evitando aplicação da lei penal". Bolsonaro acompanhou, através dos dois outros filhos, todo o episódio. E sabe que Eduardo, se vier, será preso e admite que o pessoal da Câmara tem deixado o ainda deputado de lado”.

Celso Sabino demorou para cumprir a determinação do presidente do União Brasil, Antônio Rueda (ele agora usa e uma quase franja na testa) e pedir as contas do Ministério do Turismo, feudo do partido desde o começo do governo Lula. Sabino tinha argumentos, como a manutenção dos indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, em seus respectivos cargos. Ele até tentou deixar a secretária-executiva Ana Carla Machado Lopes em seu lugar.
 
O ex-ministro precisa de aliados na pasta para garantir holofotes: ele é candidato ao Senado em 2026 e queria ficar ministro até abril. Sabino também tentou empurrar sua saída para depois de C0P30, em novembro. O União Brasil não topou. as pesquisas, malgrado Sabino acredite que possa ser "um ministro paralelo" por algum tempo, funcionando solo, não são animadoras: beira em torno de 10%. Detalhe: Lula prometeu atrair caciques do União Brasil para uma conversa. Sabino já fez até promessa.
 
Especulações sobre uma possível visita de Donald Trump ao Brasil têm circulado entre apoiadores próximos de Bolsonaro. A ideia partiu de Eduardo Bolsonaro, com apoio de Paulo Figueiredo, seu parceiro nos Estados Unidos. Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro e também aliado de Eduardo tratou de reforçar: "Que tal uma visita de Trump ao presidente Bolsonaro na sua casa para que ambos evidenciem uma "química perfeita" atualizando a prosa? Obviamente a Corte e os advogados do presidente seriam consultados com antecedência". 

In – Cinema: Missão Pet

Out – Cinema: Crônicas de Exorcismo: O Início

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

Continue Lendo...

Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

Continue Lendo...

A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).