Colunistas

GIBA UM

"Um exemplo de vida, solidariedade e dedicação no combate à fome e desigualdade."

de LULA // parabenizando o Papa Francisco pelos 86 anos, chamando-o de amigo. 

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No meio da tempestade contra a ida de Aloizio Mercadante para o BNDES, o ex-presidente Maílson da Nóbrega disse à CNN que “Lula pensa e age como se estivesse nos anos 50 e precisa se modernizar”. 

Mais: Maílson foi ministro no governo José Sarney no final dos anos 80. Quando assumiu a Fazenda prometeu uma política econômica “arroz com feijão”. Sentou-se com uma inflação de 415% ao ano e se levantou com o índice de 1.037%.

“Um exemplo de vida, solidariedade e dedicação no combate à fome e desigualdade. Que suas palavras sigam nos inspirando na busca por um mundo mais fraterno, de amor e paz”, 

de LULA // parabenizando o Papa Francisco pelos 86 anos, chamando-o de amigo. 

In – Peru ao champanhe
Out – Peru na cachaça

Fotos: Thais Vandanezi // Reprodução

Dupla do barulho

Atrizes e apresentadoras e agora juntas pela primeira vez numa capa (e recheio) de uma revista, a Glamour Brasil, Giovanna Ewbank, 36 anos, e Fernanda Paes Leme, 39 anos, não iam uma com a cara da outra quando se conheceram. O ponto em comum entre as duas é Bruno Gagliasso, marido da primeira e amigo de longa data da segunda. As duas agora são amigas (Fernanda é até madrinha de Bless) agora apresentam o podcast Quem Pode, Pod, no qual Giovanna que queria apresentar um novo formato de apresentação após a sua gravidez e a pandemia. “Com o Quem Pode, Pod, vi a presença da Fernanda como algo que somasse muito à apresentação, até por sermos diferentes. Queria que não só nós, como também os convidados, se sentissem à vontade para se sentir vulneráveis, mostrar as falhas, os medos, as forças”. Já Fepa (seu apelido) fala que foi uma grande surpresa o sucesso do podcast. “Não imaginava, mas sabia que daria certo. Dar certo é diferente de ser um hit, e isso é válido também para nossa amizade que, antes, sempre teve um Bruno no meio. Celebro não apenas o sucesso do projeto e, sim, o sucesso da nossa relação. Nós conseguimos transformar uma história que não existia em algo tão potente”. 

Bolsonaro no ataque

Até aliados próximos do presidente Jair Bolsonaro estão comentando nas redes sociais que ele “não está bem” e que vive repetindo que “ganhou as eleições”. Avisa ainda que, no período entre Natal e final de ano, “haverá um grande acontecimento nacional que mudará tudo” – só que não antecipa nada. Esta semana – e espalhando que “não precisa de Valdemar”, referindo ao presidente do PL – voltará a atacar as urnas eletrônicas e clamará por novas eleições. O mesmo Valdemar Costa Neto, à propósito, ainda não resolveu o problema da casa e do escritório para o presidente: o partido continua com o dinheiro do fundo bloqueado. E Michelle, sua mulher, está procurando casa para alugar, com escritório e sala para reuniões. Bolsonaro não esconde dos mais próximos que está com medo de ser preso tão logo deixe a Presidência. Acha que “não escapará do Xandão” (Alexandre de Moraes). Por isso pediu a Valdemar Costa Neto, com o qual conversa todos os dias, que caso ele seja preso, cuide financeiramente de Michelle. O presidente do PL avisou que criará um cargo para ela, presidente do PL Mulher, com salário e uma assessora.

Cuidar do planeta

A cantora Billie Eilish já admitiu na revista na  Highsnobiety Magazine, que se sente mais feminina usando roupas é ligada na moda Billie agora estampa a nova campanha da Nike em comemoração aos 40 anos do tênis Air Force que traz um modelo que tem design que ressoará em diferentes gerações, e que incorpora práticas ambientalmente responsáveis usando o excesso de material do processo de produção do AF1 High. “Quero que minha colaboração com a Nike conte uma história que não apenas destaque a importância da reciclagem, mas também nos lembre de que precisamos cuidar melhor do nosso planeta”.

Também quer

O ex-candidato a vice-presidente da chapa de Jair Bolsonaro, general Walter Braga Neto, que teria um gabinete no escritório do Capitão, agora ameaçado de não sair, avisou Valdemar Costa Neto que também quer uma casa para morar (e fazer lá seu escritório) em Brasília, salário (como Bolsonaro) e três assessores, tudo pago pelo PL. Por outro lado, Valdemar está desistindo dos meios jurídicos para reaver a parte do fundo  partidário, bloqueado por Alexandre de Moraes e pedirá auxílio ao vice Geraldo Alckmin, muito amigo do presidente do TSE.

Acerto de contas

O ex-ministro Paulo Bernardo está cotado para assumir a presidência da Itaipu Binacional. Tem apoio de Dilma Rousseff, de quem foi ministro das Comunicações e da presidente do PT, Gleisi Hoffman, com quem foi casado. Dando certo, seria quase um acerto de contas com o passado. Em 2015, Dilma nomeou Paulo Bernardo para Itaipu e teve de voltar atrás na semana em que ele iria tomar posse. Sérgio Moro enviara para o STF documento com suposto repasse de recursos ilícitos para Gleisi, então casada com Bernardo.

Critério

Os ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes já estão sendo assediados por eventuais candidatos à vaga de Ricardo Lewandowski no STF, devido às suas relações com Lula. Além disso Gilmar é o decano da Alta Corte e maior liderança do Supremo. Toffoli tem história no PT: foi advogado e ministro da AGU no governo Lula. Mais: o presidente eleito cultiva o hábito de consultar aliados para escolher ministros do STF. Quando presidente, o ministro Márcio Thomas Bastos selecionava nomes e o ministro Nelson Jobim escolhia o futuro ministro.

SEM TRABALHAR

Paulo Guedes já saiu de  férias e seu afastamento oficial do Ministério da Economia já foi publicado no Diário Oficial da União (em seu lugar até a mudança do governo fica o número 2 do Ministério, Marcelo Guaranys). O ex-ministro receberá pagamento por 15 dias de férias (tem direito a um mês) e a partir de janeiro o mesmo salário mensal de R$ 31 mil por seis meses, tempo em que ficará de quarentena. Só depois poderá retornar à iniciativa privada. Detalhe: Guedes morava na Granja do Torto.

Memória

O último general-presidente João Figueiredo ofereceu a Tancredo Neves a residência oficial do Riacho Fundo antes  ocupada por  Golbery do Couto e Silva, para ele morar no período de transição. E destacou o embaixador Tarso Flecha de Lima para acompanhar Tancredo numa viagem internacional com custos arcados pela União. Também Lula, em seu primeiro mandato, recebeu de FHC apoio indispensável para a transição. Da mesma forma, foi oferecida a ele uma residência durante a transição, a Granja do Torto. Hoje, o presidente eleito está hospedado em Brasília em hotel.

NOVELA

A nomeação (ou não) de Simone Tebet, que ajudou muito Lula no segundo turno das eleições presidenciais, já virou novela. Até o fim de semana, o presidente eleito fazia ar de paisagem quando Simone avisava que, se convidada, aceitaria apenas o Ministério do Desenvolvimento Social (que inclui o Bolsa Família e tem orçamento de R$ 273,8 bilhões). O PT resiste, achando que ela ganhará projeção maior e será candidata ao Planalto em 2026. E até sugere nomes do partido: Tereza Campello e André Quintão.

Quer mais

Arthur Lira, presidente da Câmara e candidato à reeleição no ano que vem, está tentando mais cargos no novo governo. Quer um aliado do PP no Ministério da Saúde, acenando com 20 a 25 votos da bancada em favor da PEC da Transição e apoia o líder da União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA) para o Ministério de Minas e Energia (Elmar também é relator da proposta na Câmara). Não vai dar: para Minas e Energia deverá ir o senador eleito Renan Filho (MDB-AL) e para a Saúde, a favorita é Nisia Trindade, ex-presidente da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

Paraíso cafona

Colunistas mais voltados para celebridades e novos milionários estão divididos: alguns elogiam o Balneário Camboriú, com seus colossais prédios mais do que altos (que encobrem a praia com suas sombras); outros, consideram a cidade um verdadeiro paraíso cafona, onde não há nada a fazer a não ser comprar grandes apartamentos em andares altos. Agora, devido às grandes chuvas, as praias ficaram proibidas: estão cheias de coliformes fecais. De quebra, abriu lá um restaurante Paris 6, que completa a fama de Camboriú.

UM A UM

Depois de um longo período um tanto desaparecido, um dos filhos de Lula, Luis Claudio, está de volta à cena nacional. Resolveu reforçar a área de redes sociais, nas quais o presidente eleito não é muito forte, apesar dos esforços do deputado André Janones. Sua estreia foi os disparos de uma metralhadora giratória para os lados de Carlucho Bolsonaro, filho do ainda presidente que sempre cuidou do segmento. Até agora, os dois têm trocado tweets fermentados, com direito a algumas palavras chulas.

MISTURA FINA

A EQUIPE de transição recebeu, na semana passada, de 20 movimentos do campo, entre eles o Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Teto (MST), sugestão de dois nomes para o Ministério do Desenvolvimento Agrário: deputado Valmir Assunção (PT-BA) e Maria Fernanda Coelho, ex-presidente da Caixa Econômica Federal.

EX-governador de Alagoas e senador eleito Renan Filho (MDB) entrou para a lista dos bem cotados para o Ministério do Planejamento. Também nessa lista e igualmente bem cotado está o ex-governador  do Piauí e senador eleito Wellington Dias (PT), que é próximo de Lula. os dois são vistos como gestores testados no comando de seus estados.

LUIZ Marinho, futuro ministro do Trabalho, levou a Lula uma proposta para fortalecer a Pasta transformando-a numa espécie de Ministério do Emprego. A ideia é a migração para o Ministério do Trabalho da Economia Solidária, hoje administrado pelo Ministério da Cidadania, no âmbito do projeto Inclusão Produtiva Urbana. Ele quer transformar, o Economia Solidária num vetor para geração de postos de trabalho, notadamente do primeiro emprego.

OS mais observadores costumam dizer que o advogado Cristiano Zanin está para o futuro presidente Lula, assim como, no passado, o então advogado Alexandre de Moraes estava para o presidente Michel Temer. Os mais irônicos já dizem que Zanin estaria preparando a toga. Ele é genro do Roberto Teixeira, outro advogado que ajudou muito Lula no passado (ele até morava de graça numa de suas casas).

A REDE D’Or quer investir na natalidade da população de alta renda. O grupo pretende abrir, em 2023, mais duas maternidades São Luiz Star em São Paulo. Trata-se da bandeira voltada para público de bom saldo bancário. Neste ano, a empresa investiu R$ 500 milhões na abertura de uma unidade com a marca na Vila Olímpia. No Rio, há planos de abertura de mais um hospital da Perinatal. Desde que a Rede D’Or comprou a maternidade carioca em 2019 já duplicou de duas para quatro unidades.

O PRESIDENTE da Fiesp, Josué Gomes da Silva, não aceitou convite de Lula para assumir o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e viajou para os Estados Unidos onde passará as festas de final de ano. Volta dia 6, depois da posse de Lula. Josué alegou dificuldade para encontrar um sucessor para suas empresas, especialmente no exterior. A Coteminas tem 22 fábricas, 15 no Brasil, cinco nos Estados Unidos, uma na Argentina e uma no México – e mais 15 mil funcionários. A Coteminas tem empréstimos no BNDES. Nos tempos de Lula, seu pai José Alencar, que era vice-presidente, levantou R$ 421 milhões no BNDES, usando dois tipos de crédito subsidiado (até crédito rural).

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

In – Natal: coquetel de pêssego            
Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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