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Giba Um

"Vou fazer 80 anos, mas estou parecendo um jovem de 30. O meninão aqui... estou a 180 por hora...

a 180 por hora, estou que nem carro de Fórmula 1. Estou assim porque tenho uma causa. Vocês são a minha causa", de Lula, lançando o programa Gás do Povo, em BH.

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Para um programa que saiu do ar há muitos anos, sem se preocupar com a repercussão e já tentou voltar outras vezes, a informação de que o novo "Aqui Agora" já está arrumando as gavetas para cair fora, não chega a ser novidade. A produção é pobre, quadros como "Para quem você puxaria a descarga? São indigestos.

Mais:  a "casa assombrada" é de rir (restou pouco da casa) e por aí vai com comando de Geraldo Luís, que entrou em cena na última hora. Dani Brandi é competente, Mauro fim Pagetti parece estagiário. E ainda tem o policialesco "Brasil Urgente", da Band, levando a melhor.

"Direito à defesa"

José Luis Oliveira Lima, o Juca, advogado de Braga Netto, anunciou o curto prazo para a defesa analisar  provas, disponibilizadas na íntegra só recentemente: são quase 80 terabytes de dados, sendo 225 milhões de mensagens, equivalente a 17 mil filmes longa-metragem. Mais: a notificação do governo dos EUA aos bancos brasileiros, sobre sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, faz prever que essas medidas podem ser estendidas a outras pessoas.

"Para inglês ver"

Deputados da federação União Progressista, que desembarcou do governo, garantem que a decisão terá pouco impacto no Congresso. O anúncio é visto por alguns como "para inglês ver". A avaliação de parlamentares do União Brasil e do PP é que os alinhados a Lula em temas como isenção do IR, dificilmente haverá resistência, por ser pauta popular. E mais: muitos não vão se descolar totalmente por interesse em emendas. 

Pé na estrada

A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) retomou, na semana passada, as Caravanas Federativas, nas quais representantes do governo Lula se reúnem com gestores locais. O evento aconteceu em Natal, com a presença de mais de 2.500 pessoas. Para este ano, estão previstas ainda as caravanas em  São Luiz (MA), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR) , Pelotas (SC), Mauá (SP) e Rio de Janeiro (RJ). 

Parceira certa 1

A entrada da Acciona no leilão de concessão do túnel Santos-Guarujá trouxe um certo alívio ao governador Tarcísio de Freitas. A participação dos espanhóis foi vista no Palácio dos Bandeirantes como estratégica para atenuar a percepção de fracasso que ronda um dos maiores projetos de infraestrutura da gestão Tarcísio – um investimento total de R$ 7 bilhões. 

Parceira certa 2

Mais Santos-Guarujá: na hora H, outros, grandes players do setor, como a chinesa CCCC, a italiana WeBuild, Andrade Gutierrez e Odebrecht, recuaram e desistiram de apresentar proposta. A Acciona terá como único concorrente a portuguesa Mota Engil, que tem uma operação bem menor no  Brasil. Por sinal, parece que há uma sintonia entre espanhóis e Tarcísio de Freitas. Responsável pela linha 6 (laranja) do metrô de São Paulo, o grupo é apontado como  forte candidato a assumir também a implantação da linha 19 (celeste), orçada em mais de R$ 12 bilhões. 

"Virou um inferno"

Com pouco mais de 20 anos como atriz e vivendo Heleninha Roitman no remake de Vale Tudo, a atriz Paolla Oliveira, abriu seu coração para  falar sobre a cobrança excessiva sobre sempre estar em boa forma no videocast 'Conversa vai, conversa vem', da  jornalista Maria Fortuna. “O inferno que se tornou a minha vida. O desagrado, a insuficiência. Quando se coloca uma roupa em que se sente bonita e não está bonita para os outros. Quando ia fazer um trabalho e me perguntavam sobre quantos quilos ia emagrecer e não sobre o personagem. O carnaval era sobre a dieta que faria. Respondia no modo sobrevivência, tipo: “Sabem mais que eu, preciso responder”. Uma hora era bonita, outra hora não era mais. Aqui era padrão, ali era gorda. Foi uma confusão tão grande que falei: “Não quero mais”. Foi uma crise gigante”. Foi então que se deu conta que não precisava mais se preocupar com a opinião dos outros, resolvendo simplesmente parar de escutar as críticas negativas, principalmente,  pelo seu corpo e revelou o quanto isso foi libertador. “Comecei a me reconhecer e falar “preciso estar de acordo com o que penso e não com a expectativa dos outros”. Foi libertador. A régua continua cruel demais, temos que ser mais magra, mais jovem, mais bonita. Mas a partir do discurso posto, conseguimos arrumar lugar de mais conforto. O ano mais lindo foi o da onça, quando fiz vídeo falando: “Quero que se dane meu peso, a dieta que vou fazer, não vou fazer nada, parem de me perguntar”. 

STF pronto: anistia é inconstitucional

A responsabilização dos envolvidos é fundamental para que nada parecido se repita". É o ministro Gilmar Mendes em um evento acadêmico, na semana passada, na Suprema Corte di Cassazione Corte institucional da Itália, antecipando a posição da 1ª Turma do STF sobre o julgamento da trama golpista. E emendou: "A Corte está preparada para enfrentar, uma vez mais e sempre, com altivez e resiliência, todas as ameaças contra si e sua independência venham de onde vierem". Na Câmara, com Centro e oposição, o clima é de otimismo (!) porque as planilhas registram 300 votos. Resumo da ópera: por mais que Hugo Motta negue, a proposta para a anistia será pautada e pode sair ainda em setembro. E Gilmar Mendes continua à espera: anistia em caso de tentativa de violação do estado democrático "morre na praia". O que poderá acontecer na sequência, é outro problema. A senha para o projeto da anistia andar foi a visita de Arthur Lira, ainda influente no Centrão a Bolsonaro. A sentença pode sair esta semana, sexta-feira , dia 12.

Olho no futuro

Analistas de plantão apostam que, se for colocado em prática hoje, com ou sem Tarcísio, o projeto de anistia não sobrevive. Se o Congresso aprovar, a PGR contestará a medida no STF. A Alta Corte julgaria inconstitucional o perdão a golpistas recém condenados. Mais: Em dois anos, Alexandre de Moraes será presidente do Supremo. Se a direita for maioria no Congresso em 2027, poderá abrir um processo de impeachment contra o ministro. Com Moraes nas mãos dos parlamentares, o Judiciário e o Congresso precisarão conversar.

Novos trabalhos

A atriz e modelo Pamela Anderson, hoje com 58 anos, ficou internacionalmente conhecida por sua interpretação de "C.J." Parker na série de TV SOS Malibu (1992–1997). Apesar de nunca ter parado de atuar tem quase 30 filmes e muitas participações em séries, longas e programas de TV, viu seu nome ganhar o noticiário de novo com a atuação na nova versão do filme Corra que a Polícia Vem Aí (considerado pela crítica uma das melhores comédias de 2025). E com esse novo reconhecimento ela está sendo chamada para fazer outros trabalhos, já está escalada para mais três longas o Rosebush Pruning (A Roseira podada),Place to Be (Lugar para estar) além de  protagonizar Queen of the Falls, um longa-metragem independente que contará também com a presença de Guy Pearce no elenco principal.  Mais: Pamela que fez o programa Pamela's Garden of Eden agora comanda uma outra atração, desta vez na área culinária, o Pamela's Cooking with Love exibido pela plataforma de streaming Prime Video. Na atração nomeados chefs a acompanha em um passeio por  propriedade rural na Ilha de Vancouver, onde juntos preparam refeições à base de plantas..
 fundamentais para viralização na internet, e isso realmente me interessa. Acho que tenho tido bastante sucesso nisso”.

Michelle senadora

Michelle Bolsonaro vem ganhando força como uma das principais lideranças da direita no Brasil, ampliando sua relevância eleitoral. Pesquisa do instituto Gerp diz que, num segundo turno, Michelle venceria Lula com 48% de intenções de voto contra 37% do presidente. O marido nunca permitiria uma candidatura à Presidência: Michelle disputará o Senado, enquanto Lula tem sua reprovação aumentada. E mais agora, sua articulação com Celina Leão pode ter impacto significativo nas eleições do ano que vem. Detalhe: Michelle ainda sonha com o Planalto.

"Buenos Wines"

Considerado um dos maiores narradores de futebol de todos os tempos, Galvão Bueno continua dando voz à emoção como contratado da Amazon Prime Video. E decidiu recalcular a rota e expandir seus investimentos. Hoje, é um dos principais produtores de vinho do país. Aos 75 anos, dono da Fazenda Bellavista Estate, em Candiota, no Rio Grande do Sul, Galvão contempla, em mais de 100 hectares, uma variedade de uvas. Dentre os cultivos estão merlot,  Petit verdot, cabernet sauvignon, Pinot Noir, sauvignon Blanc e Chardonnay. Sua marca é inspirada em seu prestígio nos esportes: "Bueno Wines".

Quatro em dez

Mudanças no Jornal Nacional: William Bonner sai entra César Tralli em novembro e permanece Renata Vasconcellos com o novo maior salário da emissora. A audiência do Jornal Nacional já teve tempos melhores. Em 2025 é de 22 pontos com 37% de share no chamado PTN (audiência no Brasil como um todo). O JN fala com quase 30 milhões de brasileiros todos os dias. De janeiro até agora, já foram mais de 150 milhões de brasileiros alcançados. Em 2025 (até o momento) de 10 televisores ligados, 4 estão sintonizados no JN durante a exibição do telejornal.

Mistura Fina

Logo na largada do processo sobre trama golpista, os advogados dos réus produziram saldo negativo para Bolsonaro. Tentaram reduzir a responsabilidade e sem negar a citada trama golpista. O caso mais emblemático foi na defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa. Advogado e ex-secretário de Comunicação, Fábio Wajngarten não deixou por menos: "Essa turma criava e  distribuía teorias conspiratórias para se manter vivos dentro de suas insignificâncias".

Donald Trump quer fazer da caça aos imigrantes uma marca de seu governo. No caso dos imigrantes brasileiros, segundo a PF, já se pode traduzir em números. Nos primeiros oito meses deste ano, 1.817 brasileiros foram expulsos dos Estados Unidos. Isso representa mais que os 1.660 mandados embora em todo o ano de 2024. E muito mais que os 1.256 obrigados a retornar em 2023.
 
Os executivos da Reag Investimentos que articulam a aquisição da gestora estão amarrando um contrato de risco com o atual controlador, João Carlos Mansur. A proposta não prevê qualquer desembolso de imediato no negócio. Haveria um tempo de carência, de 12 a 24 meses, para o pagamento. O valor, por sua vez, só seria fixado ao final desse prazo e calibrado em função da carteira de ativos retidos e dos resultados financeiros.
 
Ou seja: do que estará da Reag após a grave crise reputacional deflagrada com as denúncias de investimentos com o PCC. E mesmo assim, com todas essas amarras, os executivos da gestora ainda não estão certos de que assumirão esse risco apenas entre si. O que corre no mercado é que eles buscam parceiros externos para a compra do controle da Reag. O que já é, em grande parte, outra história.
 
Daniela Beyruti, presidente do SBT e filha do apresentador Silvio Santos, mudou sua assinatura profissional Ela pediu para ser chamada, daqui para a frente, de Daniela Abravanel.
 
In – Lasanha de palmito à bolonhesa
Out – Lasanha de chuchu e carne moída

Giba Um

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da...

...direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço", de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez

12/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) já trataram de avisar equipes de senadores que devem usar todo o prazo de 180 dias para concluir uma auditoria nos Correios, iniciada em setembro. O que significa que informações perigosas ainda não reveladas da estatal.

MAIS: as informações perigosas ainda não apresentadas, como prejuízo bilionário que virão à tona em março do ano que vem, podendo implodir no colo de Lula no começo da campanha. Este ano, a super dívida dos Correios bate em quase R$ 10 bilhões.

Giba Um

Ainda tem tapete

Já estamos em contagem regressiva para o ano de 2026, só que ainda dá tempo de alguns tapetes vermelhos. Um dos últimos foi estendido no Farmasi Arena para a entrega do 32º Prêmio Multishow. O comando geral ficou por conta de Tadeu Schmidt e Kenya Sade. A noite também contou com uma homenagem à Gilberto Gil que recebeu um troféu pelo conjunto da obra de sua carreira, e claro que lembrou da filha Preta Gil, que nos deixou este ano, assim como Kanalha (suposto último affair de Preta) que levou seu troféu na categoria Axé/Pagodão do Ano que dedicou sua premiação para a filha de Gil. O grande ganhador da noite foi João Gomes, que levou 4 estatuetas das 6 indicadas, sendo três delas ao lado de Mestrinho e Jota.pê. Entre as premiações está a do álbum do ano. Individualmente João Gomes se destacou como Artista do Ano. A cantora Wenny, que é irmã de Lexa chamou a atenção com um look que tinha 120 mil pedrarias, e acessórios, incluindo chupeta, mamadeira e andador que custou cerca de R$ 60 mil. Na redes sociais explicou o look: “No meu andador, dando meus primeiros passinhos, eu chego hoje ao Prêmio Multishow!". Entre os muitos que estiveram presentes, entre concorrentes, apresentadores e convidados estavam, Sabrina Sato, Lexa, Ana Morais, Tati Machado, Iza, Lexa, Bruna Griphao, Marina Sena, Nicole Bahls, Giulia Costa, Melody, Luedji Luna entre tantos.

Lula vs. Tarcísio é cabo de alta tensão

A discussão sobre a possível intervenção na Enel São Paulo tornou-se um teste de força entre o governo federal e a gestão de Tarcísio de Freitas. Embora critique publicamente a empresa, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem atuado nos bastidores para conter um possível ímpeto intervencionista do órgão regulador. Na visão de Silveira, o afastamento do grupo italiano da operação traria desgaste para o próprio governo Lula por desencadear uma corrente elétrica de insegurança jurídica às vésperas do ano eleitoral. Politicamente, a intervenção é vista dentro do governo como um presente para Tarcísio, que posaria junto ao eleitorado como aquele que "solucionou" os apagões na capital. Tarcísio, do lado oposto, tem feito pressões sobre a Aneel pela ingerência administrativa ou até mesmo pela cassação da concessão da Enel. O governador tem também mobilizado a bancada parlamentar e prefeitos do estado para fechar o cerco à agência reguladora.

Alta tensão 2

Ainda a guerra contra a Enel: fechar o cerco significa forçar uma punição contra a distribuidora de energia. E nesse circuito, há ainda um fio que leva ao TCU. Há poucos dias, o tribunal recomendou que a Aneel analise prós e contras de uma intervenção na Enel São Paulo. O pedido fez subir a temperatura, aumentando a percepção de que o TCU levantou uma bola para o órgão regulador cortar, decretando, assim, o afastamento da Enel da operação. Por enquanto, é melhor aguardar novos capítulos.

Giba Um

Se gosta mais

Fazendo grande sucesso com o programa “Angélica ao Vivo”, às quintas-feiras na GNT em entrevista ao videocast “Conversa vai, conversa vem”, do GLOBO, a apresentadora abriu seu coração. Ela garantiu que hoje aos 52 anos, agora presta mais atenção as suas vontades. “O trabalho sempre foi me levando. Sempre fiz análise, gostei de meditar, sempre fui meio holística, mas nunca me dediquei tanto ao meu interior. Vivia o externo, o dia a dia dos programas de TV, emendava uma coisa na outra. Fiquei dos quatro aos 48 sem parar de trabalhar. Parar para sentir, saber o que estava rolando comigo, passei pelas mudanças da vida vivendo, sem olhar para elas. Quando olhei um pouco para dentro, pouco antes da pandemia, comecei a prestar atenção nos meus quereres”. Olhando mais para dentro de si e se conhecendo mais ela disse que ficou mais à vontade para falar de assuntos que são considerados tabus e que se gosta mais: “Acho que hoje gosto mais de mim. Não sei se gostava. Gostava do que eu via ali, do que as pessoas gostavam. Hoje, gosto quando eu vejo. Quando não gosto, mudo. Mas hoje sei que sou eu, que não é o que as pessoas querem que eu seja”.

Giba Um

Aldo 2026

Sem maior alarde - pelo menos, por enquanto, o ex-ministro de vários governos (foi da pasta de Relações Institucionais à Defesa), Aldo Rebelo está se preparando para anunciar sua candidatura à Presidência nas eleições do ano que vem. Ele e o grupo que aposta em sua vitória - sobre Lula e eventuais governadores contra a esquerda - acham que a candidatura não ganharia ataques de  presidente e tampouco do ex-presidente encarcerado, agora achando que ganha a liberdade em pouco mais de dois anos. Aos poucos, Aldo vai montando uma estrutura de comunicação: tem até um podcast para encantar apoiadores (nesses dias, entrevistaram Chiquinho Scarpa). Mais: ele é o único político sem laços genéticos com indígenas, que fala fluentemente tupi-guarani.

Festival, de cassações

O presidente da Câmara, Hugo Motta (ninguém sabe se ele tem mais medo de Lula, do clã Bolsonaro ou de Davi Alcolumbre) deverá analisar só na semana que vem os pedidos de cassação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). As cassações de Carla Zambelli (PL-SP) e Glauber Braga (PSOL-RJ) poderão ser avaliadas antes. Os pedidos passarão pela CCJ - Comissão de Constituição e Justiça da Casa e, depois, pelo plenário. Motta quer liquidar esses assuntos antes do final do ano. No caso de Eduardo, poderá usar o excesso de faltas. Com isso, poderia escapar da inelegibilidade e até ficar livre para retomar a cadeira em 2026.

Pérola

"Quando disse que minha candidatura tem um preço, foi um ato isolado. Vou convencer líderes da direita que meu nome é o mais viável para derrotar o PT. Meu preço é Bolsonaro livre e nas ruas. Ou seja, não tem preço",

de Flávio Bolsonaro, mudando tudo, outra vez.

Presidente frágil

Ainda Hugo Motta, presidente da Câmara: no péssimo episódio deflagrado por Glauber Braga e esticado pela truculência dos policiais da Casa, ele mandou desligar luzes, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas à força. A imagem de Motta piorou. Sem liderança sobre os colegas, vem se mostrando um presidente frágil, tutelado, segundo analistas, pelos padrinhos Ciro Nogueira e, claro, Arthur Lira. A troca usada para abortar a candidatura de Flávio Bolsonaro serviu para mostrar, de novo, sua dependência do Centrão. Nem a "demonstração de coragem" no episódio Glauber Braga ajudou.

Faltou gente 1

O senador Flávio Bolsonaro ofereceu, esta semana, um jantar para dirigentes do Centrão, em sua mansão em Brasília, comprada, segundo ele, por seu trabalho como advogado. O secretário do Governo da gestão Tarcísio de Freitas, Gilberto Kassab, dono do PSD e Marcos Pereira, que comanda o Republicano, partido de Tarcísio, não deram as caras. Analistas acham que Kassab não đá ponto sem nó: quis evidenciar que está fora dessa "candidatura" do Zero Um. A jornalista Vera Rosa lembrou, nesses dias, que Antônio Carlos Magalhães costumava dizer: "Jantar ao qual não vou, não vale”.

Faltou gente 2

Presidente do PP, Ciro Nogueira, foi ao jantar de Flávio, acompanhado de Antônio Rueda, que dirige (e muita gente não sabe como chegou lá) o União Brasil. Ciro não vê chance na candidatura de Flávio, mas disse que pode contar com ele. A maioria dos presentes concordou que, malgrado ele tenha desmentido, Flávio negociou mesmo a redução da pena de Bolsonaro como condição de dar um passo atrás. Detalhe: nenhum dos convidados leva a sério mesmo toda essa "ópera bufa".

Com incentivos fiscais

Ministros como Fernando Haddad e Luiz Marinho ficaram "de cabelos em pé" com o modelo de montagem de carros elétricos, com incentivos fiscais, que Lula e Geraldo Alckmin visitaram no Ceará, no novo polo da GM voltado apenas para carros elétricos. Os dois primeiros deverão ser Spark e Captiva, montados na antiga palma da Toller. A empresa quer produzir 10 mil carros elétricos por ano. Para a Fazenda, é mais uma renúncia de receita que deve ser repensada. E sem investimento da indústria, tampouco gera os empregos que se esperariam.

Duas caras 1

A luz do dia, o pastor Silas Malafaia diz que não vai trabalhar contra a indicação do evangélico Jorge Messias para o Supremo e até faz críticas a Davi Alcolumbre pelas tentativas de brecar a nomeação; nas trevas da noite, no entanto, Malafaia e lideranças religiosas ligadas a ele fazem campanha contra o advogado-geral da União. Nos últimos dias, circulam entre parlamentares da bancada da Bíblia textos associando Messias membro da Igreja Batista Cristã de Brasília à textos falsos.

Duas caras 2

Nesses textos, o indicado religioso de Lula tem seu nome ligado, falsamente, à defesa do aborto e de bandeiras LGBT. Um dos principais disseminadores dos ataques a Messias é o deputado bolsonarista Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). A mobilização chegou aos corredores do Congresso onde foi arquitetada uma contraofensiva comandada pelo Pastor e deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ), ex-aliado de Bolsonaro e hoje amigo de fé de Lula. Também o ministro André Mendonça, evangélico, desmente falsidades espalhadas contra Messias.

Mistura Fina

Agora já se sabe por que o PT entrou em desespero, em outubro, para impedir a convocação à CPMI do roubo dos aposentados do desconhecido Edson Claro Medeiros Jr. que recebia o tratamento de "testemunha-bomba". Ex-braço-direito de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", Edson Claro foi barrado pelos petistas no CPMI, mas acabou contando à Polícia Federal que Careca pagou a políticos e gente influente. O filho de Lula, Lulinha, teria recebido R$ 25 milhões, mais R$ 300 mil mensais.

Edson Claro levou pânico a petistas como Paulo Pimenta (RS), o que fez Adriana Ventura (Novo-SP) concluir: "Chegamos ao cara". Edson é uma das 60 testemunhas vetadas pela CPMI e o Planalto, conheceria o "poder destruidor" de cada uma delas. O senador Rogério Marinho (PL-RN) disse que Edson Claro não falou à CPMI, mas prestou depoimento à PF de mais de 70 horas, dando detalhes -  e nomes. E o petista desavisado Rogério Correia (MG) foi obrigado a pagar mico e retirar o requerimento.

O advogado Augusto de Arruda Botelho, que fazia a defesa de um dos diretor do Banco Master e que esteve com o ministro Dias Toffoli, do STF, em um voo a Lima, é conhecido na Alta Corte desde outros processos, como a Lava Jato. Ele defendeu Márcio Faria, da Odebrecht e que até foi preso no processo sobre a pilhagem da Petrobras. A investigação foi anulada por canetadas de Toffoli.

Botelho foi também personagem em trama com dossiê desqualificando delegados da PF na Lava Jato, acusados de criticar o PT e elogiar o PSDB. O rolo foi tamanho que, em abril de 2016, o advogado chegou a ser indiciado criminalmente. A PF não provou que ele pagou pelo dossiê. E mais: Botelho é membro do "Prerrogativas", grupo de advogados petistas que atuou no desmonte da operação Lava Jato.

A Bombril ganhou um fôlego com a aprovação do plano de recuperação judicial. verdadeiro teste de resistência, contudo, está prevista para Brasília. Trata-se da dura negociação com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. A fabricante de produtos de limpeza comandada pelo empresário Ronaldo Sampaio Ferreira busca um acordo para a renegociação de cerca de R$ 2,3 bilhões em dívidas tributárias. O valor equivale a quase oito vezes o total das dívidas incluídas na recuperação judicial, em torno de R$ 330 milhões.

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Out – Natal: sangria de saquê

artigos

A escalada do jogo de soma zero em Brasília

11/12/2025 07h30

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A recente indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do advogado-geral da União, Jorge Messias, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) reacendeu o debate sobre a crescente dificuldade de governabilidade no âmbito do Poder Executivo.

Embora a escolha para o STF seja prerrogativa presidencial e tradicionalmente aprovada pelo Senado – gesto que reforça a legitimidade institucional e a harmonia entre os Poderes –, trata-se de um processo que raramente encontra resistência. Em 134 anos, apenas cinco indicações foram rejeitadas pelo Senado, todas ainda no início da República, sob Floriano Peixoto.

Desde o início do terceiro mandato de Lula, o governo tem registrado o pior índice de aprovação de suas pautas no Congresso desde a redemocratização. Esse enfraquecimento ganhou corpo a partir do governo de Dilma Rousseff e se ampliou nos anos seguintes.

Michel Temer foi o único a obter vitórias relevantes, ainda que ao custo de ampliar o protagonismo de deputados e senadores. Nem Jair Bolsonaro nem Lula – apesar de sua força política e carisma – conseguiram frear o avanço das emendas parlamentares, que comprimem a margem de ação do Executivo, especialmente na área econômica.

Para tentar contrabalançar o peso crescente do Congresso sobre o Orçamento, Lula vem optando por indicar nomes alinhados ao governo para posições estratégicas, inclusive no Judiciário. A nomeação de Flávio Dino ao STF é um exemplo emblemático dessa estratégia. Em movimento inverso, o presidente também trouxe ao Executivo figuras do Judiciário, como o ex-ministro Ricardo Lewandowski, atual titular da Justiça. Essa dinâmica de avanços e recuos, porém, contribui para bloquear a capacidade dos Três Poderes de exercerem integralmente seus papéis constitucionais.

O Executivo, pressionado, tem recorrido cada vez mais à judicialização de suas políticas. O Legislativo, por sua vez, consolidou-se como um “Executivo paralelo”, operando quase como um sistema parlamentarista informal. O Judiciário, ao atuar como intérprete expansivo da Constituição, muitas vezes assume funções legislativas, criando contorcionismos jurídicos para suprir lacunas políticas.

O que emerge desse arranjo é um jogo de soma zero, que compromete a formulação de um projeto nacional coerente e moderno. Cada Poder avança sobre a esfera do outro, mas nenhum amplia, de fato, sua capacidade de governar. O resultado é um país paralisado por impasses institucionais que corroem a eficácia do Estado e dificultam a construção de consensos duradouros.
 

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