Polícia

NOVA TENTATIVA

Com várias derrotas judiciais, Jamil Name agora apela para insanidade mental

Deputado ajuíza incidente processual para alegar que o pai preso apresenta demência senil

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Após colecionar diversas derrotas judiciais na tentativa de ser retirado da cela de isolamento no Presídio Federal de Mossoró (RN) e ser devolvido para Campo Grande, Jamil Name, suspeito de chefiar uma organização criminosa acusada de vários crimes, principalmente pistolagem. 

Insanidade mental

Desta vez a medida foi requerida pelo filho, o deputado estadual Jamilson Lopes Name, que pediu instauração de “incidente de insanidade mental” contra o pai perante a 1ª Vara Criminal Residual da Capital.

Jamil Name está preso desde setembro do ano passado, tendo sido logo depois colocado sob custódia do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em cela de isolamento no presídio de Mossoró. 

A transferência foi determinada após um suposto plano para matar delegados que participavam das investigações.  

Para pleitear a medida, o Deputado estadual e filho de Jamil, Jamilson Name alegou que o pai tem mais de 81 anos e é portador de diversas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial e doença pulmonar obstrutiva crônica.

No pedido é alegado que, em várias situações, Jamil Name teria demonstrado algum grau de demência senil, o que seria suficiente para apontar dúvida razoável em torno de sua integridade mental.

Ao solicitar a instauração do incidente processual, além de requerer que seja nomeado curador do pai, Jamilson chegou a reivindicar que a tramitação ocorresse em segredo de justiça, “visando a proteção de sua intimidade e vida privada [de Name]”.

SEM SEGREDO

O juiz Roberto Ferreira assinalou que um dos princípios do processo penal e de seus incidentes são justamente o da publicidade e que as ações penais abertas contra Jamil Name já são públicas, não havendo necessidade de decretação de segredo de justiça.

No mesmo despacho, o magistrado destacou logo no início: “Não verifiquei, ao menos prima facie, indicação concreta, segura, embasada, por exemplo, em laudos médicos (mesmo que não recentes), receitas médicas ou mesmo declarações que pudessem apontar para eventual existência de doença, ou perturbação mental”.

Ainda de acordo com o juiz, tal pedido é perfeitamente compreensível pela sucessão de eventos traumáticos na vida de Name nos últimos meses, como prisão, distância da família, colocação em isolamento, existência de quadro de estresse, perda de peso, além de doenças de outra ordem e preexistentes.

Roberto Ferreira destacou também que, em uma entrevista psicológica feita com Name em Mossoró, foi observado que “a sensopercepção do ora requerente é normal; que apresentava-se orientado no alo e autopsíquico; que sua memória recente e remota estava preservada; que seu pensamento estava organizado; que seu juízo crítico estava apropriado”.

Mesmo assim, o magistrado determinou envio de ofício ao Presídio Federal de Mossoró requisitando, em no máximo 15 dias, a apresentação de um novo relatório psicológico a respeito do preso.  

DERROTAS

Jamil Name lista uma série de derrotas judiciais, desde as varas criminais em que tramitam seus processos, passando pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até no Supremo Tribunal Federal (STF).  

A sua pretensão tem se resumido em ser retirado de presídio federal e colocado em regime domiciliar. A única vitória até agora foi exatamente no STF, que autorizou a sua devolução a um presídio do Estado. 

Porém, a ordem acabou não sendo cumprida, pois, ele teve uma recente decisão determinando uma nova inclusão em presídio federal, optando-se por Mossoró, onde pode ficar por mais 360 dias.

No Rio Grande do Norte também estão presos Jamil Name Filho, os policiais civis Vladenilson Olmedo e Márcio Cavalcanti, além do guarda municipal Marcelo Rios.

OPERAÇÃO OMERTÀ

Jamil Name e outros suspeitos foram presos em setembro passado na Operação Omertà, realizada pelo Gaeco. 

Antes, em maio, a polícia apreendeu um arsenal em casa que seria de propriedade dos Name. 

O grupo é suspeito de execuções ocorridas em Campo Grande, como a do estudante Matheus Coutinho Xavier, em abril de 2019. Também é suspeito de outras mortes, como do segurança da Assembleia Legislativa, Ilson Martins Figueiredo, do comerciante Marcel Hernandes Colombo, o “Playboy da Mansão”, e do ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat, Orlando Silva Fernandes, o Bomba. 

ACIDENTE FATAL

Idoso morre atropelado na BR-060, saída para Sidrolândia

Vítima não portava documentos pessoais, mas havia uma pulseira de atendimento médico em seu pulso, em nome de Joaquim Alves Cordeiro

21/11/2024 08h45

BR-060

BR-060 Paulo Ribas - ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Joaquim Alves Cordeiro, de 60 anos, morreu atropelado na noite desta quarta-feira (20), na BR-060, saída para Sidrolândia, zona rural de Campo Grande.

Conforme apurado pela reportagem, o idoso, que estava a pé, foi atingido por um veículo que seguia no sentido Sidrolândia-Campo Grande, na BR-060. Ao que tudo indica, o motorista fugiu sem prestar socorro.

Havia uma pulseira de atendimento médico no pulso da vítima em nome de Joaquim Alves Cordeiro e data de nascimento 8 de fevereiro de 1964. Ele não portava documentos pessoais.

O acidente aconteceu por volta das 23 horas e o óbito foi constatado às 23h28min.

Polícia Rodoviária Federal (PRF), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil, Polícia Científica e funerária estiveram no local para efetuar os procedimentos de praxe.

O caso foi registrado como “Morte a Esclarecer” na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC-CEPOL).

Dados do Batalhão de Polícia Militar de Trânsito (BPMTran) apontam que 10.548 acidentes de trânsito e 65 mortes foram registrados, neste ano, em Campo Grande.

Do total de mortes registradas neste ano, 44 são motociclistas, 8 pedestres, 6 ciclistas, 3 motoristas e 4 passageiros.

BR-060Escreva a legenda aqui

Polícia

Em 24 horas, dois morrem em confronto com a polícia

Confrontos policiais ocorreram em Bataguassu e Dourados

20/11/2024 12h00

Marcas de sangue na parede decorrente do confronto em Bataguassu

Marcas de sangue na parede decorrente do confronto em Bataguassu Portal O Cenário MS

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Dois homens, um de 32 anos e outro de 33, morreram em confronto com a Polícia Civil nas últimas 24 horas. O primeiro confronto ocorreu à tarde e o segundo à noite, nesta terça-feira (19).

Homem, de 32 anos, foi baleado e morto por policiais civis após reagir ao cumprimento de um mandado de busca e apreensão, na tarde desta terça-feira (19), em Bataguassu, município localizado a 310 quilômetros de Campo Grande.

A Polícia Civil não divulgou muitos detalhes a respeito da ocorrência, apenas que o confronto ocorreu durante cumprimento de mandando de busca e apreensão.

Outro homem, de 33 anos, morreu após reagir a abordagem de policiais civis do Setor de Investigações Gerais (SIG), na noite desta terça-feira (19), próximo ao Aeroporto de Dourados, município localizado a 229 quilômetros de Campo Grande.

Conforme apurado pela mídia local, o criminoso estava sendo monitorado pela polícia por ameaçar uma família por conta de uma dívida.

Nesta noite, o autor trafegava em uma rua quando recebeu ordem de abordagem dos policiais, mas, desobedeceu, sacou a arma e disparou contra a equipe.

Para se defender, foi baleado e desarmado. Ele foi encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

Na noite de segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva, de 27 anos, responsável pelo assassinato do médico Edivandro Gil Braz, de 54 anos, foi baleado e morto por policiais, após resistir à prisão e tentar fugir da delegacia, em Dourados, município localizado a 229 quilômetros de Campo Grande.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 70 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 11 de novembro de 2024, em Mato Grosso do Sul.

Das 70 mortes,

  • 36 ocorreram em Campo Grande
  • 34 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 6 em outubro
  • 5 em novembro

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

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