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Dois criminosos de Mato Grosso do Sul aparecem na lista dos mais procurados do Brasil

A lista dos 10 criminosos mais procurados do Brasil foi atualizada pelo governo após prisão de assaltante de bancos

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Mato Grosso do Sul tem dois criminosos na lista com os nomes dos 10 criminosos mais procurados do Brasil pelo Ministério da Justiça e Segurança Públicados. Leomar de Oliveira Barbosa, conhecido como Leozinho da Vila Ipiranga ou "Playboy" e Juanil Miranda Lima estão foragidos.

Leozinho que é de Ponta Porã e é braço direito de Fernandinho Beira-Mar e chegou a ser preso em 2011 e cumpriu pena no Presídio Estadual de Formosa, no estado de Goiás, porém foi solto de forma indevida em 2018 após decisão da Suprema Corte Brasileira. Contra ele, existem outras duas condenações na 1ª Vara de Execução Penal do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás.

Segundo o relatório do Ministério da Justiça, "Playboy" foi acusado de atuar na fronteira com a maior facção do Rio de Janeiro, o Comando Vermelho (CV), além de possuir conexão com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ser um dos operadores da Conexão Atibaia, sendo um dos responsáveis pela logística de operações que envolviam o envio de cocaína do Paraguai para um aeroclube de São Paulo.  

Nos anos 2000 caso foi investigado em São Paulo por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) estadual do Narcotráfico.

Procurado desde 2020, Juanil Miranda Lima é sul-mato-grossense que aparece na lista. De Campo Grande, Juanil é ex-guarda civil municipal e integrante de uma milícia que é ligada ao jogo do bicho. Ele foi condenado por crimes contra a vida (pistolagem), pela execução do delegado Paulo Magalhães Araújo. 

Também é suspeito de ter tido envolvimento na morte do ex-chefe de segurança Orlando da Silva Fernandes, conhecido como "Bomba" em outubro de 2018, e do também ex-chefe de seguranã Jorge Rafaat Tuomani.

Ele é um dos foragitos da Operação Omertá, que investigou uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, homicídio, corrupção ativa e passiva. Juanil também é procurado por países do Mercosul.

O criminoso recebeu auxílio emergencial pago pelo Governo Federal durante o auge da pandemia de Covid-19.

Atualização

A atualização da lista ocorreu após a prisão de Danilo dos Santos Albino, que era um dos homens mais procurados do Brasil. Ele era integrante da maior facção criminosa paulista, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e assaltante de bancos na modalidade "novo cangaço”.

Haviam quatro mandados de prisão em aberto contra ele, pelo crime de assaltos a bancos em quadrilha de novo cangaço. O suspeito também era foragido do sistema penal de São Paulo.

A lista

Além dos sul-mato-grossenses, quase todos os criminosos que aparecem na lista têm atuação no Brasil e em países do Mercosul. A maioria foi condenada ou é suspeita de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. São eles:

Baixinho

Willian Alves Moscardini, conhecido como "Baixinho" é procurado no Brasil e também em países do Mercosul. Ele responde a oito processos por assalto, roubo, sequestro e agressões em São Paulo. Além de ter participado do assalto à transportadora de valores Prosseguir, em Ciudad Del Este, no Paraguai, em 2017, de onde foram roubados US$ 11 milhões.

Moscardini também é conhecido na região de Indaiatuda (SP) como "Calabresa", local onde participou do assalto a um grande centro de distribuição de bebidas e ataque a agências da Motorola e Samsung.

 

Caipira

Álvaro Daniel Roberto, foi preso acusado de comandar um núcleo que enviava cocaína para a Europa com rotas que partiam do Paraguai, Bolívia e Peru. Também conhecido como Caipira, foi denunciado junto com mais 20 pessoas acusadas de tráfico internacional e associação para o financiamento ao tráfico. Álvaro controlava o tráfico a partir de São Paulo. Foi preso em 2013 em Fortaleza (CE) porém foi transferência para Juiz de Fora (MG) onde conseguiu prisão domiciliar.

 

Maria do Pó

Na lista, Sonia Aparecida Rossi, a Maria do Pó, está foragida desde 2006. Com 61 anos, ela também é a mais velha da lista de procurados. Sonia foi condenada a mais de 33 anos e 11 meses, Maria do Pó escapou da Penitenciária Feminina de Sant'Anna, no Carandiru, zona norte de São Paulo, em março de 2006.

João Cabeludo

João Aparecido Ferraz Neto, conhecido como "João Cabeludo", de 64 anos tem envolvimento em roubos a carros fortes e tráfico de drogas, além de crimes contra o patrimônio e lavagem de dinheiro.

Segundo o relatório que lista os criminosos mais procurados divulgado pelo governo federal, ele foi expandindo a área em que age e atualmente atua na região sudeste do Brasil e também em países do Mercosul.

 

Tião

Lourival Máximo da Fonseca, o Tião, é procurado pela Justiça Federal pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de armas. Ele usa identidades falsas de Sebastião Miranda Cardoso e Andress Gonçalves de Oliveira. Segundo o MJSP, ele é considerado um dos principais traficantes da Rota Caipira(Goiás, Minas Gerais e interior de São Paulo). Além disso, Tião opera no narcotráfico desde a década de 90, abastecendo essas regiões com cocaína e traficando armas.

Xixi

Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido como "Xixi", Atua no Sudeste e no Mercosul, com tráfico de drogas e, por consequência, organização criminosa e lavagem de dinheiro. É responsável pela logística do transporte de cocaína da Bolívia para o Brasil.

Tandera

O miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como Danilo do Jesuítas ou Tandera, se tornou o miliciano mais procurado do Rio após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko.

Tandera, que ganhou o apelido por ter uma tatuagem com o olho de Tandera, do desenho Thundercats, chefia a milícia no bairro do Jesuítas, em Santa Cruz, Manguariba e Palmares.

André do Rap

Foragido desde o dia 10 de outubro de 2020, quando saiu da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP) pela porta da frente, André de Oliveira Macedo, mais conhecido como André do Rap, é o criminoso mais procurado da capital paulista e do Brasil. Ele foi condenado a 15 anos e seis meses por tráfico internacional de drogas.

André do Rap foi solto depois de um habeas corpus concedido pelo então ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Marco Aurélio Mello. A liberdade dele foi cassada pela própria Suprema Corte, horas depois, mas Rap já estava solto.

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RONNIE-LESSA

Justiça nega novo pedido para transferência de Ronnie Lessa ao RJ

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande

12/04/2024 15h00

Ronnie Lessa, acusado de ser autor dos disparos contra Marielle Foto: Reprodução

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A Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da defesa de Ronnie Lessa para que ele deixasse a Penitenciária Federal de Campo Grande e fosse transferido para um presídio da PM no Rio de Janeiro.

Decisão que indeferiu pedido da defesa foi da 5ª Vara Federal de Campo Grande. A informação foi confirmada ao UOL pela Justiça Federal do Mato Grosso do Sul.


Defesa é procurada. O UOL tenta contatar o novo advogado de Ronnie Lessa, que assumiu o caso desde que ele assinou acordo de delação e foi abandonado pela defesa anterior. O espaço segue aberto para manifestação.

PRESO EM CAMPO GRANDE DESDE 2020

Ronnie Lessa está preso em Campo Grande desde 2020. O ex-policial foi transferido para o Mato Grosso do Sul após ficar 1 ano e 8 meses no presídio de Porto Velho.

Delação feita pelo ex-PM à PF colocou os Chiquinho e Domingos Brazão na prisão. Além dos irmãos, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa também foi preso em 24 de março e levado para a Papuda.

Lessa disse que os irmãos garantiram lotes em uma zona de tráfico e milícia como pagamento pelo crime. Na ocasião, ele também citou Chiquinho como mentor do assassinato.

Irmãos Brazão negam envolvimento com a morte de Marielle. O advogado Ubiratan Guedes, que representa Domingos, disse que tem "certeza que ele é inocente". "Ele não tem ligação com a Marielle, não a conhecia". Já Chiquinho disse que foi "surpreendido" com a prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal.

A investigação do caso já foi comandada por cinco delegados diferentes e três grupos de promotores. O Ministério da Justiça e Segurança Pública escalou uma equipe para investigar o caso logo nos primeiro meses do governo Lula (PT).

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Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

11/04/2024 18h33

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302. Divulgação/Correio do Estado/Gerson Oliveira

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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