Polícia

CLONAGEM

Golpes estão sendo aplicados na Capital pelo WhatsApp; saiba como se proteger

Golpistas clonam conta e pedem dinheiro para os contatos da vítima

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Várias ocorrências de clonagem de contas de WhatsApp estão sendo registradas em Campo Grande. Se trata de um golpe onde estelionatários invadem a conta de uma pessoa e pedem dinheiro para amigos e familiares da vítima, se passando por ela.  

Em muitos casos, os golpistas conseguem o número das vítimas por meio de anúncios no site de vendas OLX. Os golpistas ligam para o anunciante e pedem um código para, supostamente, confirmar a publicação da postagem no site. Mas também há registros de ocorrências que a vítima clicou em spam recebido por conhecidos, e teve o aplicativo clonado.

O pesquisador e docente da Faculdade de Computação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Brivaldo Junior explicou como acontece a clonagem. “Depois de conseguir o número de celular, ele é clonado. Aí eles enviam o pedido de ativação do WhatsApp em outro celular e pedem a mensagem para o dono original (que supostamente seria o código de ativação do anúncio). Quando conseguem o código, usam um mecanismo de clonagem e o aplicativo do dono original fica desativado, para de funcionar”.

Foi o que aconteceu com o estudante Alexandre Gomes de Macedo, que fez um anúncio no site e foi vítima do golpe. “Atendi a ligação que era supostamente da OLX, o homem falava muito bem sabe, e nem desconfiei. Foi falta de atenção da minha parte porque estava ocupado quando ele me ligou, mas eu não estava esperando”. Quando o estudante tentou acessar o aplicativo depois de receber a ligação, já não estava mais funcionando, “foi muito rápido, quando parei para perceber já tinha acontecido”.  

Amigos de Alexandre receberam mensagens do número dele falando que precisava realizar uma transferência, mas o aplicativo do banco não estava funcionando. “Ele pediu dinheiro para um monte de gente, sempre o mesmo valor, R$1.850. Que eu saiba ninguém depositou o que pediram”.

Foram registradas 302 ocorrências de invasão de dispositivos informáticos em Campo Grande, de janeiro até início de maio. Houve um aumento de 358% em relação ao mesmo período do ano passado, quando houve 68 ocorrências. Segundo informações da secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), este número pode ser ainda maior, pois na hora do registro, o golpe pode entrar como furto qualificado mediante fraude, estelionato ou tentativa de estelionato. “Às vezes, em muitos casos, é necessário perícia nos aparelhos, mas as vítimas não permitem, o que acaba dificultando o registro deste crime. Ou então nem sabem que tiveram o aparelho invadido”, informou a assessoria da Sejusp.

Saiba como se proteger

O pesquisador Brivaldo explica que há duas maneiras de evitar cair no golpe. “É bom evitar disponibilizar o número de telefone nos anúncios da OLX ou em redes sociais, e também ativar o 2FA do WhatsApp (autenticação de duplo fator)”.

Por meio da autenticação, o usuário consegue criar uma segunda senha que só ele sabe, e também cadastrar um e-mail de recuperação. Essa senha é de quatro dígitos e vai passar a ser requisitada regularmente em momentos aleatórios, para confirmar se é realmente o dono da conta que está utilizando o aplicativo. Confira como ativar:

  • Clique em “Ajustes” ou “Configurações”, em seguida em “Conta”;
  • Em seguida, vá em “Confirmação em duas etapas” e “Ativar”;
  • Depois de ativar, cadastre o e-mail de recuperação em “Mudar endereço de e-mail”.

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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