Política

Campo Grande

Adriane "herdou" 9 mil funcionários comissionados de Marquinhos Trad

Prefeitura de Campo Grande enfrenta dificuldades financeiras e deve se desfazer de parte dos funcionários nomeados

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), herdou nada menos do que 9 mil servidores comissionados e funcionários do Programa de Inclusão Profissional (Proinc) da administração de seu antecessor, Marquinhos Trad (PSD).

Esse expressivo número de funcionários, o qual a atual prefeita ainda não conseguiu cortar, tem sido a grande “dor de cabeça” da atual gestão para encontrar equilíbrio fiscal e buscar espaço no orçamento para honrar compromissos assumidos no início do ano, como o de oferecer reajuste para os servidores públicos.

Fontes informaram ao Correio do Estado que o contingente de servidores não efetivos da Prefeitura de Campo Grande resulta em um custo mensal de mais de R$ 35 milhões.

Atualmente, a folha de pagamento dos servidores públicos da Capital é de aproximadamente R$ 180 milhões por mês, e a cidade encontra-se acima do limite prudencial de gastos com pessoal, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Nos bastidores, a informação é de que o corte de comissionados poderia ser a única forma viável para que o município honrasse seus compromissos com os servidores efetivos. Por não cumprir o reajuste de 10,39% pactuado com os professores no início do ano, a classe anunciou greve a partir desta sexta-feira (2). 

O problema para a administração municipal seriam os “custos políticos” destes cortes, informou uma fonte que tem acesso tanto aos vereadores quanto aos gestores do município. 

Apesar de os vereadores afirmarem que não têm funcionários indicados na atual gestão, muitos se irritariam ao ver pessoas de suas bases nomeadas por Marquinhos exoneradas por Adriane.

Já a atual prefeita, apesar da pouca margem de negociação com servidores efetivos e também com os vereadores, prefere ir negociando mais lentamente, sem atingir Marquinhos Trad e sem criticar uma suposta “herança maldita”. 

PROINC

Os cortes de contratados via Proinc começaram ainda durante a campanha eleitoral, em que Marquinhos Trad saiu derrotado e nem sequer chegou ao segundo turno. O Correio do Estado apurou que a manutenção de um elevado número de comissionados na Prefeitura de Campo Grande integrava a estratégia de campanha do ex-prefeito.

O caso do Proinc tornou-se processo judicial e foi necessário que Adriane iniciasse os cortes e que a Câmara mudasse a lei, reforçando os critérios de admissão, para evitar mais gastos públicos e funcionários fantasmas.

Quanto aos que são nomeados pela administração pública e que são contratados da forma convencional (servidores comissionados), o plano da prefeitura é realizar cortes graduais e enxugar o quadro. 

Só não serão exonerados todos os comissionados, conforme informou uma fonte, porque a administração pública paralisa sem eles. 

Em maio deste ano, havia mais de 30 mil pessoas na folha de pagamento da Prefeitura de Campo Grande, número que pode ser enxugado para que o município possa ter fôlego fiscal e orçamentário para os próximos anos. 

Negociação

Para viabilizar os planos de enxugar a máquina, porém, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), deverá afinar, nos próximos dias, o discurso com a Câmara Municipal. 

Há duas semanas, conforme publicou o Correio do Estado, o presidente da Câmara, Carlos Augusto Borges, o Carlão, mandou alguns recados afirmando que os vereadores gostariam de participar mais e serem mais consultados sobre as decisões tomadas no Paço Municipal, na Avenida Afonso Pena. 

Esse maior entendimento entre a prefeita Adriane Lopes e os vereadores, que deve dar mais margem financeira a investimentos, mas com corte de comissionados, é a ação mais esperada neste fim de ano no Executivo municipal para o destravamento de medidas importantes da administração. 

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Política

Isa Marcondes incomoda servidores ao expor suposta "zona" na saúde em Dourados

A fiscalização da vereadora eleita pelo Republicanos, em resposta a denúncias da população nas UPAs, acendeu alerta entre os funcionários da saúde

24/11/2024 08h30

Reprodução redes sociais

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A vereadora eleita Isa Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como Cavala, tem incomodado alguns servidores públicos, que expressaram preocupação em grupos de WhatsApp.

Após tirar alguns dias de descanso, Marcondes retornou a Dourados e, atendendo a denúncias da população, esteve fiscalizando o atendimento nas UPAs, o que tem gerado desconforto em parte dos servidores da saúde.

O teor das conversas chegou ao conhecimento de Isa, nas quais os profissionais chegaram a mencionar que ela estaria promovendo  “discurso de ódio”.

A vereadora eleita rebateu, alegando que estava apenas relatando a verdade sobre a situação da saúde oferecida aos munícipes de Dourados.

Na conta dela no Instagram diariamente recebe várias reclamações de pessoas falando desde falta de médicos a destrato por parte de alguns servidores no atendimento. 

As mensagens recebidas são publicadas no story, preservando a identidade de quem enviou. 

Durante a campanha, a principal bandeira defendida pela "Cavala do povo douradense" foi justamente a luta pela melhoria no atendimento da saúde pública do município.

Para pôr fim ao burburinho, Isa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que os servidores que destratam a população são uma minoria e que esses devem mudar de atitude. Ela ressaltou que, no próximo ano, em janeiro, será diplomada vereadora e seguirá com o trabalho de fiscalização.

"Servidores públicos, eu não sou contra vocês. Estou fazendo este vídeo para explicar certinho. Vocês estudaram, passaram no concurso para servir o povo", pontuou Marcondes, e completou:

"Porque é o povo que paga o salário de vocês. O ano que vem serei uma funcionária pública, servirei o povo. O que acontece com o povo de Dourados é muito triste."

Ela também frisou que a maioria dos funcionários públicos trabalha corretamente, enquanto uma minoria "faz o que quer" com a população.

"São esses aí que eu vou fiscalizar, porque é o povo que paga nosso salário. Então, vocês, minoria, que estão fazendo conversas em grupo, só precisam mudar [a forma] de atendimento ao povo. Vocês que estão preocupados, não estou perseguindo ninguém, não. Vocês que são a minoria, mudem porque vou fiscalizar e levar as denúncias ao prefeito e ao Ministério Público. Comecem a mudar."

Zona na saúde?

Com o slogan da campanha "Dourados está uma zona e de zona eu entendo", para demonstrar a insatisfação da população, Isa chegou a publicar outro vídeo com merendeiras que afirmaram já foram maltratadas ao procurar atendimento médico em Upas.

Incomodando muito antes da diplomação, Isa pontuou que, a partir de 2025, será uma “autoridade" e que aqueles que não se enquadrarem serão expostos nas mídias sociais.

Além disso, reforçou que tomará providências dentro do âmbito da lei.

 

 

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Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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