Política

VERIFICAÇÃO

Agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

Vídeo de 57 segundos acusa a empresa de publicidade "Diniz Ação em Marketing" de envolvimento em campanhas políticas de MS desde 2011

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 É enganoso o vídeo que afirma que a agência de publicidade Diniz Ação, pertencente a pré-candidata a deputada estadual por Mato Grosso do Sul, Iara Contar (PRTB), tenha recebido R$30 milhões durante o governo de André Puccinelli – entre 2007 e 2015 – e mais de R$60 milhões na gestão de Marquinhos Trad, no período que foi prefeito em Campo Grande – entre 2017 e 2022. 

Uma contratação de fato ocorreu, mas apenas no ano de 2012, durante o governo de André Puccinelli e o valor pago aos serviços prestados foi de R$300 mil. Por fim , o vídeo dá a entender que o objetivo de Iara seria ‘garantir’ a reeleição de seu marido Capitão Contar.

  • Conteúdo investigado: Vídeo de 57 segundos acusa a empresa de publicidade “Diniz Ação em Marketing”, da pré-candidata a deputada estadual Iara Diniz Contar (PRTB), de envolvimento em campanhas políticas de Mato Grosso do Sul desde 2011. O conteúdo afirma que, a partir do ano citado, a agência de Iara teria faturado mais de R$30 milhões em seis meses, apenas com contratos de publicidade para o governo de André Puccinelli, e mais de R$60 milhões na gestão de Marcos Trad como prefeito de Campo Grande. O vídeo informa que o objetivo desses contratos seria o de reeleger seu marido, atual deputado estadual e pré-candidato ao governo do Estado, Capitão Contar.
  • Onde foi publicado: Grupos de WhatsApp.
  • Conclusão do Correio Verifica: É enganosa a afirmação feita em vídeo de que agência de publicidade de Iara Contar tenha tido vínculo contractual no valor de R$30 milhões para fornecimento de serviços durante a gestão de André Puccinelli, enquanto governador de Mato Grosso do Sul, em 2011. A agência teve um único contrato com o político no ano de 2012, onde recebeu no período de 2013 a 2015, o valor de R$300 mil. Também é falsa a afirmação de que ela tenha fornecido o mesmo tipo de serviço durante a gestão de Marcos Trad, enquanto prefeito de Campo Grande.

Enganoso para o Correio Verifica é o conteúdo retirado do contexto original e usado em outro de modo que seu significado sofra alterações; que usa dados imprecisos ou que induz a uma interpretação diferente da intenção de seu autor; conteúdo que confunde, com ou sem a intenção deliberada de causar dano.

  • Alcance da publicação: Não foi possível calcular o alcance de circulação, por ter sido compartilhado em grupos do Whatsapp.
  • O que diz o autor da publicação: A equipe do Correio Verifica entrou em contato com telefones que poderiam ser dos responsáveis pela autoria da publicação. Entretanto, não obtivemos resposta até o fechamento desta apuração.
  • Como verificamos: Para fazer a verificação, pesquisamos no Google a palavra-chave “Iara Contar”, e encontramos o post onde havia seu pronunciamento sobre fake news em seu Facebook. Também fizemos buscas pelos termos “Iara Contar política” e “DZN”, além dos títulos de matérias que aparecem no vídeo.

Em seguida usamos a ferramenta de busca do Tweetdeck para ver se havia alguma publicação recente nos perfis do Twitter, sobre o suposto envolvimento da empresa de Iara com propaganda política de Mato Grosso do Sul.  

Também entramos em contato com o Portal Transparência do Estado para apurar sobre os dados contidos nas matérias, de onde não recebemos resposta até o fechamento desta investigação.

Por fim, entramos em contato com a Iara Contar, que nos encaminhou os processos que ela está movendo contra os autores de outras possíveis fake news.

Agência de publicidade de Iara Contar não recebeu R$ 90 milhões em publicidade para Marquinhos e Puccinelli, ao contrário do que é afirmado em vídeo 

A pré-candidata Iara Contar afirmou que tanto sua agência de publicidade “Diniz Ação”, quanto suas outras empresas, nunca tiveram contrato de publicidade junto à Prefeitura de Campo Grande, mas sim que já participaram das licitações, nas quais não saíram vitoriosas. 

Por mensagem, Iara informou que, em relação ao único contrato que teve com o governo do Estado, na gestão de André Puccinelli, foi do serviço que prestou em 2012, no processo 09/000.175/2012.

De acordo com o Portal da Transparência, os valores brutos recebidos de 2013 a 2015, foram de R$ 1.461.900,26. Por se tratar de uma agência de publicidade, o valor devido em cima do valor bruto foi de 20%, neste caso, em relação à empresa Diniz, foi pago cerca de R$ 300.000,00 durante todo o período no qual prestou serviços ao Estado.

Sobre os vídeos envolvendo Iara que circulam pelas redes sociais, a pré-candidata se pronunciou através do Facebook, afirmando que o vídeo se trata de uma fake news e que em relação a sua empresa e aos serviços prestados para o deputado federal Fábio Trad, houve uma única contratação para fazer a marca de seu escritório, mas que após seguir sua trajetória política em 2018, não tiveram mais nenhuma relação, tanto de amizade, quanto partidária.

A equipe de reportagem entrou em contato com o  Portal da Transparência do Governo Federal para confirmar os dados informados em relação às empresas contratadas em 2011 e o valor pago. No entanto, o órgão público não respondeu até o fechamento desta investigação.

Notícias utilizadas como referências do vídeo informam sobre gastos dos políticos com publicidade em contexto geral 

No vídeo desta verificação, aparecem prints de notícias que são atribuídas ao envolvimento de Iara e sua agência de publicidade durante a gestão dos governos de Puccinelli e Trad.

O vídeo acusa Iara de ter recebido mais de R$ 30 milhões de reais durante o governo de Puccinelli em 2011. 

Os criadores do vídeo mobilizam discursivamente títulos de matérias jornalísticas sobre fatos verídicos como forma de conduzir o leitor a uma interpretação que confirme os supostos valores repassados para a agência de Iara. Entretanto, as notícias utilizadas foram tiradas de contexto. 

Uma das matérias em questão é advinda do jornal Diário Corumbaense, e atribui como base, outra matéria publicada pelo jornal Midiamax, autor do conteúdo do jornal Midiamax. 

Ambos textos mostram os gastos do governo de André Puccinelli com agências publicitárias em um período de seis meses no ano de 2011, nas reportagens é afirmado que houve repasses financeiros para 14 empresas de publicidade, não sendo relatada nenhuma relação com a empresa Diniz - Ação em Marketing, de propriedade da candidata Iara Contar. 

Mesmo não havendo referências à empresa de Iara Diniz, o vídeo tenta associar as matérias publicadas sobre os gastos com propagandas publicitárias com a empresa DNZ. Localizamos outros sites de notícias que replicaram o conteúdo do print como o Dourados Agora, onde é possível encontrar um arquivo, o qual comprova que em nenhum momento é citado a agência DZN. 

A autoria da matéria é do “Lobo Digital”, nome que colocamos na busca e não achamos nada relacionado ao autor e muito menos à matéria. 

Questionada acerca do conteúdo do jornal Midiamax ser verdadeiro, o editor-chefe do portal afirma que é verdadeiro mas não se trata da empresa específica de Iara, e sim, de outras 14 empresas em períodos diferentes dos também citados no vídeo.

Na segunda aparição de prints no vídeo, são destacadas duas reportagens dos veículos Diário MS News e Midiamax, respectivamente. 

A primeira notícia apresenta o título: “Farra da publicidade”: Prefeitura de Campo Grande gastou mais de R$ 60 milhões com propaganda e o fio ressalta que os R$ 60 milhões foram gastos com sites, jornais, blogs, outdoor, revistas e televisão e foi publicada no dia 18 de dezembro de 2021. 

A matéria cita o discurso do vereador Marcos Tabosa (PDT), durante a Sessão ordinária do dia sete de dezembro de 2021, no qual ele se revolta no palanque afirmando que a Prefeitura de Campo Grande utilizou 60 milhões de reais em publicidade e propaganda durante cinco anos.

O vereador defendeu ainda que locais como a ponte de acesso ao Bairro Santa Emília estava caída e continuavam sem reparos enquanto aconteciam os gastos, entre outros assuntos relacionados ao contexto social de Campo Grande.

Tabosa utilizou como fonte o veículo Diário MS News ao ler uma matéria que alertava sobre o "dinheiro gasto com publicidade pelo prefeito Marcos Trad”. A publicação ainda usa dados do Portal da Transparência da Prefeitura de Campo Grande com valores de gastos com publicidade entre os anos de 2017 a 2020.

ANOVALOR
2017R$ 11.187.264,67
2018R$ 967.994,53
2019R$ 19.289.597,17
2020R$ 17.058.718,17

Fonte: https://diariomsnews.com.br/wp-content/uploads/2021/12/DISPESAS-COM-PUBLICIDADE-DA-PREFEIT.jpg

Já a segunda notícia destaca no vídeo e veiculada pelo jornal Midiamax tem como título: Governo de MS reajusta 11 contratos de publicidade. 

Enquanto o fio informa que “A Segov-MS (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul) reajustou em 25% 11 contratos com agências de propaganda. Os extratos dos termos aditivos foram publicados na edição desta sexta-feira (26) do DOE (Diário Oficial Eletrônico). Todas as contratações datam de 2015 e chegam ao 14º reajuste. Os acréscimos são […]” e foi publicada no dia 26 de fevereiro de 2021. 

No texto, o jornal aponta que a SEGOV realizou um reajuste de 25% para 11 agências de publicidade (Ramal Propaganda, Slogan Publicidade, Agilità Propaganda e Marketing, Comuniart Comunicação e Marketing, Origem Comunicação e Marketing, Novo Engenho Comunicação Integrada, B. W. Três Propaganda, Think Service Design, Art e Traço Publicidade e Assessoria, Let’s Comunicação Integrada e Compet Marketing e Comunicação) com contrato dentro da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica. 

A informação contida na matéria tem como base informações do Diário Oficial Eletrônico (DOE) n. 10.420 publicado no dia 26 de fevereiro de 2021 e pode ser localizada da página 6 à 9. A reportagem do Midiamax ressalta, ainda, que todas as onze agências de publicidade eram contratadas pelo governo desde 2015.

Já a terceira aparição de print associados a site de notícias é de uma matéria do Campo Grande News. Com o título “PSD de Marquinhos e Fábio Trad anuncia apoio a Bolsonaro, aponta no fio que Representantes do partido anunciaram que estarão junto com o candidato do PSL na disputa pela Presidência da República”, publicada no dia 08 de outubro de 2018. 

A notícia é sobre o comunicado do PSD de Mato Grosso do Sul declarando apoio a Jair Bolsonaro – que na época era filiado ao Partido Social Liberal (PSL), foi eleito pelo partido e posteriormente em novembro de 2019, anunciou em uma rede social a saída para fundar um novo partido: Aliança Pelo Brasil, que não conseguiu atingir o número de assinaturas necessárias para sua criação. 

Em novembro de 2021, Bolsonaro filiou-se ao Partido Liberal (PL) e concorre com o novo partido nas eleições de 2022. A reportagem menciona o evento que aconteceu no diretório do PSD em Campo Grande e menciona a presença de Iara Contar, apresentada como “mulher do deputado estadual eleito Capitão Contar” e Danny Fabrício, suplente da senadora Soraya Thronicke, ambos do PSL. 

A dupla acompanhou o anúncio, agradeceram pelo apoio e reforçaram que não apoiaram nenhum dos dois candidatos ao segundo turno da eleição para governador. Em nenhuma parte do texto é mencionado o vínculo de Iara e sua empresa de publicidade.

O ultimo print que aparece no vídeo diz respeito a uma notícia veiculada pelo site Campo Grande News com o título “Prefeitura vai contratar agências de publicidade por até R$ 27 milhões, no fio segue com Empresas serão responsáveis por criação, finalização, produção e veiculação em programas de rádio e TV, revistas e internet”, publicada no dia 08 de julho de 2019. 

No texto são encontradas informações sobre a abertura da licitação, porém, não associa a empresa de Iara em nenhum momento. 

Iara realmente teve vínculo com o PSD Mulher 

O vídeo também cita uma matéria publicada pelo PSD Mulher sobre a decisão de Iara Diniz de participar da política dentro do partido. O material tem como título “Publicitária Iara Diniz assume o núcleo do PSD Mulher em Campo Grande”, veiculada em 13 de abril de 2016. 

No conteúdo do texto constam informações sobre a trajetória da publicitária, além das motivações que levaram-na a fazer parte da coordenação do núcleo da cidade. 

Em sua página de política no Facebook, Iara se pronunciou a respeito da circulação do vídeo e afirmou que sua passagem pelo PSD Mulher foi uma “experiência breve” e que saiu no mesmo ano, em 2016, por não se encontrar no local. 

De qualquer forma, o vínculo dela com o PSD Mulher não estabelece nenhuma relação com trabalhos e contratos de publicidade de sua agência. 

  • Por que investigamos: O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. O vídeo aqui verificado induz a uma interpretação enganosa e faz associações, sem comprovação, entre os valores pagos à agência publicitária da pré-candidata Iara Contar e um suposto envolvimento ilegal com propaganda política estadual, com o objetivo de reeleger seu marido Capitão Contar. Conteúdos como esse podem influenciar a decisão de eleitores, que têm o direito de votar com base em informações verídicas, não boatos.

Saiba mais sobre o Correio Verifica

A três meses das eleições estaduais, o Correio do Estado decidiu criar o primeiro núcleo de verificação de Mato Grosso do Sul, o Correio Verifica, cujo objetivo é informar a população e desmentir informações enganosas que possam prejudicar o processo eleitoral no Estado. 

Você pode entrar em contato e mandar conteúdo que tenha dúvida para a equipe Correio Verifica por meio do WhatsApp, pelo número: (67) 9 9922-6705, ou por e-mail, pelo endereço: correioverifica@correiodoestado.com.br.  

 

PROJETO POLÊMICO

No PSDB de MS, anistia que pode alcançar Bolsonaro "perde" por 2 a 1

Governador Eduardo Riedel se manifestou favorável à anistia neste sábado (5), mas em seu partido, maioria dos deputados que podem votar o projeto é contra

06/04/2025 15h30

Deputados Geraldo Resende, Dagoberto Nogueira e Beto Pereira, respectivamente

Deputados Geraldo Resende, Dagoberto Nogueira e Beto Pereira, respectivamente Foto: Divulgação

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O Projeto de Lei que perdoa os condenados pelos atos de depredação e vandalismo nos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) mostra que é polêmico e divide opiniões dentro dos partidos. Dentro do PSDB em Mato Grosso do Sul, cujo governador Eduardo Riedel anunciou neste sábado adesão ao projeto que anistia os condenados pelo 8 de janeiro, e também a pessoas envolvidas na organização ou apoio às manifestações desde outubro de 2022, também há disputa. 

Dos três deputados tucanos de Mato Grosso do Sul, o placar é de 2 a 1 contra o projeto que anistia os envolvidos na tentativa de golpe de Estado, cuja redação abre brecha para livrar Jair Bolsonaro das acusações que recebeu recentemente. 

Levantamento do jornal O Estado de São Paulo, chamado “Placar da Anistia”, indica que Beto Pereira, que concorreu à prefeitura de Campo Grande no ano passado, e que teve apoio de Jair Bolsonaro (PL) é o único deputado federal tucano de Mato Grosso do Sul que apoia o projeto do deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ). 

Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende manifestaram-se contra o projeto no Placar da Anistia. Ambos têm formação em partidos de esquerda. Dagoberto foi por longo período do PDT, já Geraldo Resende, integrou o PPS, que hoje transformou-se no Cidadania. 

Na bancada federal, também há equilíbrio: Dagoberto, Geraldo Resende, Valder Loubet (PT) e Camila Jara (PT) são contra. Já Beto Pereira, Marcos Pollon (PL), Rodolfo Nogueira (PL) e Luiz Ovando (PP) são favoráveis. O placar é 4 a 4. 

A adesão de Riedel

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), na véspera da manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela anistia aos envolvidos na depredação e invasão da sede dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, decidiu apoiar o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional.

Para se manifestar favorável ao projeto, Eduardo Riedel publicou nas redes sociais uma foto ao lado de líderes de outros partidos, como a senadora Tereza Cristina (PP) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do Republicanos.

O Correio do Estado apurou que, ao longo da semana, Jair Bolsonaro atuou fortemente para ampliar a adesão de governadores, sobretudo em meio aos preparativos da manifestação da Avenida Paulista deste domingo, na qual Tarcísio de Freitas é anfitrião. Telefonemas de Tarcísio de Freitas e Tereza Cristina foram fundamentais para fazer Riedel, que tem integrantes do PT em seu governo, e em seu partido deputados federais que não concordam com o projeto da anistia, a se manifestar. 

Eduardo Riedel fala em questão “humanitária” e em rever a “dosimetria das penas”. Mas o projeto vai muito além e perdoa todos os envolvidos. “Não dá para errar de novo e no mesmo lugar: tentar reparar excessos cometidos naquele momento com excessos no atual momento.”

Com esse posicionamento, Riedel reconsidera a condenação feita por ele próprio aos atos de vandalismo e depredação do patrimônio, que classificou como “inaceitáveis” à época. 

O projeto 

Um relatório do Supremo Tribunal Federal (STF) de janeiro deste ano apontou que 371 pessoas haviam sido condenadas por crimes relacionados ao 8 de janeiro de 2023. Outras 527 teriam admitido a prática de crimes relacionados e feito acordos com o Ministério Público Federal (MPF) para não serem processadas.

O texto do projeto de Sóstenes Cavalcanti prevê a anistia para pessoas direta ou indiretamente envolvidas no 8 de janeiro e até mesmo por atos anteriores.

Isso, em tese, beneficiaria Bolsonaro, apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como o suposto líder de uma organização que teria tentado dar um golpe de Estado que teria culminado com o 8 de janeiro.

Bolsonaro é réu crimes como de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Manifestação

Vice-prefeita de MS é "voz" do estado em manifestações de direita em São Paulo

Recentemente, Bolsonaro declarou apoio à pré-candidatura de Gianni ao Senado Federal na eleições de 2026.

06/04/2025 14h35

Vice-prefeita de MS é

Vice-prefeita de MS é "voz" do estado em manifestações de direita em São Paulo Divulgação

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A vice-prefeita de Dourados, Gianni Nogueira (PL), assume papel de destaque no cenário político atual ao representar o Mato Grosso do Sul em ato contra a anistia dos presos do dia 08 de janeiro e em defesa da direita brasileira.

A parlamentar foi convidada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em entrevista à Rádio Capital 95FM a ser a voz sul-mato-grossense no evento de hoje (6), que deve reunir milhares de apoiadores. 

"Recebo essa missão com responsabilidade e orgulho. Nosso estado estará representado nesse momento decisivo para a união da direita brasileira", comentou Gianni. 

Recentemente, Bolsonaro declarou apoio à pré-candidatura de Gianni ao Senado Federal na eleições de 2026 e a participação da vice-prefeita fortalece seu nome para a corrida eleitora.

Ela representa uma aposta da banca bolsonarista em novos nomes e rostos para renovar sua bancada. O apoio antecipado de Bolsonaro indica a estratégia do grupo em fortalecer sua base regional desde agora. 

"Mato Grosso do Sul, eu tenho já uma pré-candidata ao Senado. Que uma vez chegando aqui, não vai fazer o que eu quero, vai fazer o que tem que ser feito... A Gianni está no radar da gente como a possível candidata nossa ao Senado", declarou Bolsonaro.

Manifestações

Organizadas por movimentos conservadores e nomes influentes da direita brasileira, os atos de 16/3 e 6/4 têm como bandeiras principais o pedido de anistia para os envolvidos nos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, além de defender pautas conservadoras como a liberdade individual, valores cristãos e crítica à atual gestão federal. 

A primeira manisfestação reuniu políticos e público de direita na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

No ato, Bolsonaro defendeu a anistia, disse que não vai sair do Brasil, comparou seu governo com o de Lula, fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes e pediu que seus apoiadores deem "50% da Câmara e 50% do Senado" nas próximas eleições para bolsonaristas. Cerca de 18 mil pessoas estiveram no evento, segundo levantamento do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap).

O movimento de hoje deve reunir adeptos na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento é, também, um termômetro para os líderes de direita, para saberem se apostam em mais movimentos para levar as pessoas às ruas, mesmo após Bolsonaro e mais sete aliados terem se tornado réus pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de estado.

Além da vice-prefeita Gianni Nogueira e do marido, Rodolfo Nogueira, outros políticos de Campo Grande e demais municípios de Mato Grosso do Sul confirmaram presença nos atos. Nomes como Coronel David (PL), Neno Razuk, Lucas de Lima, João Henrique Catan, os vereadores Rafael Tavares, André Salineiro e Ana Portela estariam confirmados. 

Gianni iniciou seu discurso fazendo apelo em favor dos presos políticos do 8 de janeiro e finalizou com um clamor a Deus, por meio da canção: Deus, Sara essa nação. 

“O povo brasileiro entendeu que existe um destino para o Brasil e o destino do Brasil é ser uma nação livre”, afirmou.

 

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