Política

NOVA GESTÃO

Apesar de votos a favor da PEC da Transição, Trad e Soraya refutam ir para base aliada de Lula

Ambos reconheceram a necessidade de garantir o Auxílio Brasil de R$ 600,00

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Apesar de terem votado a favor da aprovação da PEC da Transição no Senado Federal, os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Soraya Thronicke (União-MS) refutaram que passarão a fazer parte da base aliada ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ambos disseram ao Correio do Estado que votaram pela aprovação da PEC por entender que a elevação do valor do Auxílio Brasil de R$ 400,00 para R$ 600,00 é extremamente necessária neste momento.

Nelsinho Trad disse que não é o momento de polarizar eternamente essa situação. “Os indicadores de fome, pobreza e miséria das pessoas mais vulneráveis aumentaram e temos de apoiar quem precisa de ajuda.

Todos os candidatos a presidente da República prometeram R$ 600,00 em vez dos atuais R$ 400,00, então, quem ganhasse a eleição precisaria fazer ajustes fiscais”, ressaltou.

O senador acrescentou que esteve com o presidente Jair Bolsonaro (PL) na semana passada e ouviu dele que, caso tivesse vencido a eleição, teria de fazer um ajuste para viabilizar o pagamento, usando saldo de dividendos.

“Reduzimos para dois anos o que estava previsto para quatro anos e ainda cortamos R$ 30 bilhões para ficar ajustado a fim de pagar somente o benefício e os R$ 150,00 por criança menor de 6 anos de idade”, lembrou.

Nelsinho ressaltou ainda que a fome dói e que os governantes precisam ter pressa ao combatê-la. “Vou continuar por aqui vigilante aos princípios morais cristãos e da família, fiscalizando atentamente o governo do presidente eleito Lula, mas fiel sempre ao meu lado e às minhas convicções”, pontuou.

Já Soraya Thronicke reforçou que a promessa da manutenção do Auxílio Brasil no valor de R$ 600,00 foi feita por vários candidatos a presidente da República, inclusive o próprio Jair Bolsonaro.

“Portanto, qualquer um que vencesse o pleito precisaria de uma PEC. Na verdade, Bolsonaro reservou dentro do Orçamento da União o valor de R$ 405,00 para o Auxílio Brasil, então, ele precisaria sim de um valor maior para cumprir a promessa de campanha”, argumentou.

A senadora garantiu que votou com independência e pelo Brasil. “Tudo o que for para ajudar o Brasil, eu vou votar favorável, como fiz durante o Governo de Bolsonaro, que inclusive encaminhou várias Medidas Provisórias ao Senado para atender questões emergenciais, como a pandemia da Covid-19, por exemplo.

O Congresso sempre votou a favor, flexibilizando a questão do teto de gastos, então, o meu voto não significa que estou na base aliada do Lula, eu voto com o Brasil e com os brasileiros”, finalizou.

Biografia

Simone Tebet conta em livro como frente democrática derrotou Bolsonaro

A ministra sul-mato-grossense, que se autodefiniu como "advogada da democracia", lança o livro no dia 25 de novembro e deve promover evento de autógrafos no Estado

09/11/2024 11h30

Reprodução Redes Sociais

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A Ministra do Planejamento e ex-senadora Simone Tebet lança, ainda este mês, o livro "O Voo das Borboletas", que fala sobre sua trajetória política até a disputa pela Presidência em 2022, quando se uniu à chamada frente democrática em apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de machismo que sofreu, e narra situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Mesmo assim, as senadoras, desde o primeiro dia, permaneceram até o final para garantir o direito de fazer perguntas.

Com a anuência do presidente da comissão, o senador Omar Aziz (PSD-SP), ficou acordado entre os pares da casa que uma senadora da bancada abriria os trabalhos, inquirindo os convocados.

No primeiro dia, a participação da bancada feminina sofreu intervenção de senadores bolsonaristas que se opunham, em especial o senador Marcos Rogério (PL-RO). A discussão levou à suspensão da sessão por alguns minutos.

 

 

 

Com o transcorrer da CPI da pandemia, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando Ciro Gomes (PDT).

Imagem Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O lançamento ocorrerá no dia 25 de novembro.

O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

Sessão de Autógrafos

Conforme apurou a jornalista Mônica Bergamo, Simone Tebet fará sessões de autógrafos em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Brasília.

A ministra também virá a Mato Grosso do Sul, onde planeja um evento para o lançamento do livro.

O livro pode ser comprado na pré-venda por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

 

 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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ELEIÇÕES NO SENADO E NA CÂMARA

Alcolumbre e Motta unem senadores e deputados da direta e da esquerda de MS

Apenas a senadora Soraya Thronicke não faz parte da dobradinha, pois ela também é candidata à presidência do Senado

09/11/2024 08h00

Apenas a senadora Soraya Thronicke não faz parte da dobradinha, pois ela também é candidata à presidência do Senado

Apenas a senadora Soraya Thronicke não faz parte da dobradinha, pois ela também é candidata à presidência do Senado Foto: Reprodução

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A maioria da bancada sul-mato-grossense no Congresso Nacional vai seguir as orientações de seus partidos e votar nos candidatos que as legendas declaram apoio ao cargo de presidente nas duas Casas de Leis.
Na Câmara dos Deputados, o nome indicado é Hugo Motta (Republicanos-PB), enquanto no Senado é Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Ambos têm a maior parte das legendas referendando suas respectivas candidaturas.

Na Câmara, Motta está construindo uma base ampla, com partidos que apoiam o governo e de oposição, consignando até esta sexta-feira 15 legendas. Esse compromisso pode garantir até 385 votos, quando são necessários 257 deputados em votação secreta, registrada em cabines eletrônicas nos plenários. Ou seja, teoricamente, ele já tem 128 votos a mais do que necessário para vencer a eleição.

Apenas a senadora Soraya Thronicke não faz parte da dobradinha, pois ela também é candidata à presidência do Senado

Do PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o deputado federal sul-mato-grossense Vander Loubet afirmou que vai seguir a orientação partidária e votar em Motta.

“Eu vejo que o governo agiu corretamente, pois nós não temos uma maioria para indicar uma candidatura mais próxima da gente. A candidatura do Hugo foi construída com todas as forças da Câmara e interessa ao governo, uma vez que ele tem a posição ideológica dele, mas assumiu compromisso de pautar os projetos de interesse do governo. Se vamos conseguir aprovar ou não aprovar, aí é uma outra história”, disse.

“Mas é importante o governo ter a tranquilidade de que suas propostas de interesse vão tramitar lá na Câmara, e isso é um passo para buscar uma certa tranquilidade para governar. Com todos os desafios 
e problemas que tivemos com o [Arthur] Lira [PP-AL, atual presidente da Câmara], o governo não enfrentou grandes obstáculos nas suas pautas de interesse, principalmente na área econômica. Então, eu acredito que o Hugo foi o melhor caminho para o PT e para o Lula”, declarou.

A também petista e vice-líder da Federação Brasil da Esperança, deputada federal Camila Jara, reforçou que seguirá o partido. “Vou seguir a orientação partidária, entendendo que o mandato do Hugo será um mandato que tenta fazer com que a política volte a orientar as decisões da Câmara e evite que o extremismo domine as pautas internas”, pontuou.

Outros três deputados federais que anunciaram que seguirão seus partidos são os tucanos Geraldo Resende, Dagoberto Nogueira e Beto Pereira. O PSDB declarou apoio à candidatura de Motta nesta terça-feira.

Geraldo Resende, que está em viagem, disse que “o partido apoia Hugo Motta”. “Eu, por defender a fidelidade partidária, sigo a orientação do partido”, afirmou, explicando que, ao retornar, vai “discutir de forma mais detalhada o posicionamento”.

Já Dagoberto foi categórico: “Sim, eu voto em Hugo. Ele é meu amigo, vou acompanhar o partido”. Por sua vez, Beto Pereira argumentou que “apoio a indicação do Hugo para a presidência da Câmara dos Deputados, principalmente pelo acordo partidário celebrado”.

O deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) disse que, “a princípio, vou seguir a orientação do partido quanto à candidatura do Hugo”. Já Marcos Pollon (PL), filiado a partido de oposição ao governo, não se pronunciou, mas tem seguido a orientação do partido.

Já Rodolfo Nogueira (PL) disse que não seguirá a orientação partidária, que apoia Motta, mas sem apontar em quem votaria.

“Minha posição em relação à eleição para a presidência da Câmara estará alinhada à orientação do presidente Jair Bolsonaro. Meu voto será no candidato que se comprometer de forma clara e firme com a defesa das prerrogativas parlamentares, fundamentais para a autonomia do Legislativo, e com a anistia aos presos do 8 de Janeiro, uma pauta que considero justa e essencial para a pacificação e a estabilidade democrática no País. Precisamos de uma liderança na Câmara que priorize essas bandeiras e defenda nossos princípios”, frisou.

Até sexta, o deputado federal paraibano tem o apoio de parlamentares do PDT (18), do PSB (14), do PSDB (12), do Cidadania (5), do PL (92), do PT (68), do PP (50), do Republicanos (44), do MDB (44), do Podemos (14), do PCdoB (7), do PV (5), do Solidariedade (5), do Rede (5) e do PRD (6).

Com a adesão, Motta já tem 15 partidos em sua campanha e contabiliza 385 votos, 128 a mais que o necessário para vencer a eleição. Essa sua ampla base de apoio é explicada pelo líder do PSDB, Adolfo Viana (BA), em virtude da “capacidade de construir convergências” que o candidato tem:

“Queremos estar ao seu lado pelos próximos dois anos, ajudando o País a encontrar os caminhos que merece”.

Líder do Cidadania, Alex Manente (SP) disse que o partido confia “na condução, nos princípios e nos valores” de Motta. “Certamente, estaremos aqui na Câmara dos Deputados para colaborar, agregar valor”, afirmou.

Em defesa de sua candidatura, Motta enfatizou que o desafio é ter a Casa “funcionando”, apesar do extremismo no Brasil. Para ele, ter a Câmara construindo uma candidatura consensual “é um ponto positivo”.

“É poder ter no parlamento a condição de sermos um Poder protagonista, e não apenas um Poder que analisa o que chega do Executivo. Ter a nossa agenda própria, ter um alinhamento com o Senado”, complementou Motta, dizendo que “eu quero deixar aqui de maneira muito precisa que o nosso compromisso é com o País”.

SENADO

Já no Senado, dos três parlamentares sul-mato-grossenses, dois afirmam que votarão em Davi Alcolumbre para presidente, seguindo a orientação de seus partidos. Ele é o candidato que mais angariou apoio na disputa pelo cargo.

O senador Nelsinho Trad (PSD) enfatizou que, a princípio, apoia a candidatura de Alcolumbre. “Fui uma das pessoas que ajudaram a construir essa candidatura, e 80% dos integrantes do PSD estão com o David. Desses 80%, um deles sou eu”, declarou, explicando que no dia 12 os senadores do partido vão se reunir para bater o martelo.

Já a senadora Tereza Cristina (PP) disse que vota em Alcolumbre porque “é o nome que dialoga com a oposição e o governo e unifica o Senado neste momento”.

“Ele se comprometeu a respeitar a proporcionalidade das bancadas na composição da Mesa Diretora, de comissões e relatorias”, falou, emendando que seguirá a orientação do partido.

“Foi uma decisão democrática em que todos os senadores do PP foram ouvidos, inclusive pelo próprio Alcolumbre, que esteve reunido conosco”, assegurou.

A parlamentar agradeceu ter sido cogitada para disputar o cargo, mas disse que abre mão dele. “Não vejo outro nome neste momento e não pretendo disputar a presidência do Senado. Agradeço por meu nome ser lembrado”, garantiu.

Se Tereza Cristina abre mão da disputa, a senadora sul-mato-grossense Soraya Thronicke (Podemos) afirmou que mantém a sua candidatura e que vai disputar a vaga com Alcolumbre – portanto, ela votará em si mesma.

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