Política

DESENTENDIMENTO

Bolsonaristas insultam deputado federal Fábio Trad durante voo

Parlamentar foi questionado o motivo de ter sido contra a CPI da Toga

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O deputado federal Fábio Trad, do PSD, foi alvo, durante um voo comercial de Campo Grande para Brasília, nesta terça-feira (29), da ira de um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, do PL.

A discussão começa com um dos bolsonaristas questionando a razão de o parlamentar não ter apoiado a CPI da Toga. O diálogo perde o rumo e o protestante é empurrado para longe do deputado, que ameaçou chamar a Polícia Federal (PF) caso fosse agredido.

A CPI em questão, que não seguiu adiante, teria como objetivo "investigar condutas ímprobas, desvios operacionais e violações éticas por parte de membros do Supremo Tribunal Federal e de tribunais superiores do país”.

Depois de ouvir um extenso questionamento do bolsonarista, Fábio respondeu. O apoiador do presidente, durante a pergunta, ficou de pé. O parlamentar sentado na poltrona.

"[votou contra] porque o governo Bolsonaro quer fragilizar o poder judiciário para implantar uma ditadura corrupta no país. Na minha opinião, Bolsonaro é um ladrão", retrucou o deputado.

Daí, surge um terceiro bolsonaro, que disse: "ladrão é o que foi eleito [Lula, no caso]".

A partir daí, o bate-boca fica intenso. O bolsonarista que primeiro abordou o deputado, enquanto era tirado de perto do parlamentar, diz:

"Ladrão é o senhor [o deputado, no caso]. Por isso é que o senhor não foi eleito", afirmou o bolsonarista, aos gritos. Fábio Trad, advogado, que já presidiu a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional MS (OAB-MS), não conseguiu a reeleição em outubro.

Veja o vídeo: 

A reportagem tentou ouvir Fábio Trad nesta tarde, mas não conseguiu.

Trad vem criticando os manifestos bolsonaristas, antidemocráticos, desde o fim do segundo turno.

Um dia depois da eleição de Lula, Trad publicou em suas redes sociais: "respeitem a vontade das urnas. Democracia significa saber perder no voto. Diga Não ao golpe. Diga Não à ditadura que querem implantar em nosso país. Coragem para defender a Democracia!".

Desde a vitória de Lula, apoiadores de Bolsonaro promovem manifestos Brasil afora. Em Campo Grande, o protesto ocorre com bloqueios de estradas e atos em frente a um dos quarteis, na Avenida Duque de Caxias, em Campo Grande.

Os bolsonaristas não admitem a vitória do petista e pedem por intervenção federal, ou seja, que as forças armadas assumam o país e que o resultado das urnas seja desprezado.

Política

Depois que aprovar a PEC da Segurança Pública, vamos recriar o ministério, diz Lula

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher

17/12/2025 21h00

Presidente da República, Lula

Presidente da República, Lula Divulgação/Ricardo Stuckert

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 17, que não discute segurança pública por falta de competências previstas ao governo federal. Segundo Lula, é necessária a aprovação da PEC da Segurança Pública para definir as atribuições do Planalto sobre o tema. Ele voltou a prometer a criação do Ministério da Segurança Pública caso a emenda constitucional passe pelo Congresso.

"Eu nunca quis discutir segurança pública porque não era papel do governo federal porque a Constituição não dá ao governo federal o direito de se interferir na segurança pública. (...) Por isso que eu quero aprovar a PEC, porque depois que aprovar a PEC, que definir o papel da União na questão da segurança pública, nós vamos criar o Ministério da Segurança Pública", afirmou o presidente.

Lula ainda reclamou da dificuldade de ministros em discutir a violência contra a mulher. Segundo o petista, os ministros homens não conseguem discutir o tema com a ministra das Mulheres, Márcia Lopes.

O presidente também declarou que os possíveis adversários dele em 2026 não possuem novidades para oferecer aos eleitores. "Quero saber quais as novidades que eles vão propor", declarou Lula.

 

Política

Ex-advogado de Bolsonaro é condenado por injúria racial

Prisão foi convertida em penas alternativas

17/12/2025 19h00

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro

Advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro Pedro França/Agência Senado

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A Justiça do Distrito Federal condenou nesta quarta-feira (17) o advogado Frederick Wassef, ex-defensor de Jair Bolsonaro, por injúria racial contra uma atendente de pizzaria.

O advogado foi condenado a 1 ano e 9 meses de prisão, convertida para penas alternativas, e ao pagamento de R$ 6 mil por danos morais.

Ele foi denunciado pelo Ministério Público após ofender a atendente. O episódio ocorreu no dia 8 de novembro de 2020, em Brasília. 

De acordo com o processo, Wassef chamou a funcionária de “macaca” após ficar insatisfeito com o sabor da pizza.

“Após ser atendido e concluir a refeição, o denunciado dirigiu-se ao caixa e disse para a vítima que a pizza estava uma merda, tendo ela dito que apenas ele teria reclamado. O denunciado retrucou, ofendendo a vítima com termos preconceituosos, nos seguintes termos: Você é uma macaca, você come o que te derem”, diz a denúncia.

Ao julgar o caso, o juiz Omar Dantas Lima, 3ª Vara Criminal de Brasília, entendeu que o insulto ofendeu a dignidade da atendente.

“A expressão macaca, tão bem retratada na prova oral, carrega intenso desprezo e escárnio. A palavra proferida é suficiente para retratar a intenção lesiva”, afirmou o magistrado.

Cabe recurso contra a decisão. 

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