Política

ELEIÇÕES

Bolsonaro quer militar do Exército como primeiro-suplente de Tereza Cristina

Presidente prefere tenente Portela como primeiro substituto de Tereza, enquanto grupo local quer Cláudio Mendonça na vaga

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O prazo para a definição das chapas e das candidaturas termina nesta sexta-feira (5), e à medida que ele se aproxima do fim as definições sobre as complementações das candidaturas ganham força. 

No caso da candidatura de Tereza Cristina (PP) ao Senado, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já escolheu o nome de sua preferência: o tenente do Exército Aparecido Andrade Portela, que é do mesmo partido do presidente da República.  

Resta, porém, a confirmação do nome escolhido por Bolsonaro para a suplência da candidatura da deputada federal e ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina ao Senado, uma vez que a preferência dela e de seu grupo foi por Cláudio Mendonça, ex-diretor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Mato Grosso do Sul (Sebrae-MS), que se filiou recentemente ao PL justamente para fazer jus a esta pretensão.  

O Correio do Estado apurou que a definição do nome da suplência de Tereza Cristina só ocorrerá a poucas horas da convenção do PP, marcada para as 8 horas desta sexta-feira (5).

O PL, partido de Portela e de Mendonça, por sua vez, realiza sua convenção na noite de hoje, às 19h, e deve dar um caminho para a definição do suplente da candidata ao Senado.  

Tereza Cristina lidera praticamente todas as pesquisas de intenção de voto para o Senado divulgadas até aqui, e com uma confortável vantagem sobre os demais adversários.  

A candidatura da ex-ministra da Agricultura integra os planos de Bolsonaro, caso ele seja eleito para um segundo mandato. 

É no Senado, onde o presidente da República teve seus maiores problemas desde 2019, que Bolsonaro quer fazer uma boa bancada e construir uma maioria para ter tranquilidade para indicar novos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e até mesmo pedir o impeachment de alguns dos atuais.  

A disputa pela suplência de Tereza Cristina ganhou notoriedade entre o fim de março e o início de abril, mas a própria ex-ministra fez questão de adiar a discussão do assunto.

Na época, o pano de fundo para a disputa seria uma eventual participação de Tereza Cristina como ministra da Agricultura em um segundo mandato de Bolsonaro, o que a ex-ministra tratou de negar.

Tereza Cristina disse, na ocasião, que, caso seja eleita, cumprirá seu mandato de senadora e que já havia cumprido sua missão no Ministério da Agricultura.  

Neste período, o ex-senador Pedro Chaves, que chegou ao posto na década passada por ser suplente de Delcídio do Amaral (PT), filiou-se ao PP e chegou a afirmar que seria o suplente de Tereza Cristina. Informação que prontamente foi negada.  

Em seguida, o nome de Cláudio Mendonça, que sempre foi um aliado de primeira hora de Tereza Cristina, passou a ser cogitado. Mendonça é indicado como representante de federações de cadeias produtivas, como a da Indústria (Fiems) e da Agricultura e Pecuária (Famasul).

Por ser um plano de Bolsonaro, porém, o presidente exigiu que a suplência de Tereza fosse de seu partido, o PL, e que o substituto dela fosse uma pessoa de sua confiança.  

Levando em consideração o primeiro quesito, tanto Portela quanto Mendonça estão credenciados. No segundo quesito, porém, caberá a Tereza Cristina provar a fidelidade de Mendonça a Bolsonaro.

8 candidatos

Por enquanto, há oito pré-candidatos ou candidatos ao Senado em MS. Além de Tereza Cristina (PP), estão na disputa Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), Odilon de Oliveira (PSD), Tiago Botelho (PT), Sérgio Harfouche (Avante), Anizio Leite (Psol), Wilson Joaquim (PSC), Henrique Medeiros (PV) e Jefferson Bezerra (Agir36).

Política

Kits de robótica: ex-assessor de Lira pede de volta R$ 107 mil que PF confiscou

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores

21/09/2024 21h00

Fabio Rodrigues Pozzebom - Agência Brasil

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A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar no plenário virtual recursos de investigados para resgatar valores apreendidos pela Polícia Federal no inquérito dos kits de robótica. São reivindicados R$ 3.799.840,00 e US$ 24 mil, além de cheques. O dinheiro foi encontrado pela PF em cofres, malas e mochilas durante as buscas na Operação Hefesto, em junho de 2023.

O ministro Gilmar Mendes é o relator do processo e abriu a votação. Ele já havia negado, em decisão individual, a devolução do dinheiro. O ministro manteve o posicionamento e defendeu que, por "cautela", os valores permaneçam depositados em uma conta judicial até que os investigados comprovem a origem.

"Como condição para liberação do dinheiro, os interessados deverão ingressar com ação cível contra a União e comprovar a origem lícita do numerário", defendeu o ministro.

Em seu voto, Gilmar argumenta que "o contexto de desvio de verbas públicas e a existência de dúvida razoável acerca da origem dos recursos, justificam a remessa das partes ao juízo cível, para que ali discutam sua titularidade".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi contra a liberação dos valores. Em manifestação enviada ao STF, o órgão afirmou que a apreensão de altas somas de dinheiro vivo, no contexto da investigação sobre desvios de verbas públicas e lavagem de capitais, "suscita dúvidas razoáveis sobre a origem dos recursos e pressupõe um juízo de valor sobre a sua titularidade".

O julgamento foi aberto na sexta-feira, 20, e vai até o próximo dia 27. Integram a Segunda Turma, além de Gilmar Mendes, os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, André Mendonça e Kassio Nunes Marques.

O ex-assessor parlamentar Luciano Ferreira Cavalcante, e a mulher dele, Glaucia Cavalcante, pediram a restituição de R$ 107,5 mil. O motorista Wanderson Ribeiro Josino de Jesus requer a devolução de R$ 150 mil. O policial civil Murilo Sergio Juca Nogueira Junior busca recuperar R$ 3,5 milhões e US$ 24 mil, encontrados em um cofre.

A investigação se debruçou sobre suspeitas de desvios em contratos para a compra de kits de robótica para escolas municipais de Alagoas. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e aliados entraram na mira da PF. O inquérito foi arquivado por Gilmar Mendes, que considerou que a apuração não poderia ter começado na primeira instância.

Bens apreendidos, como automóveis e computadores, foram devolvidos. O dinheiro em espécie encontrado pela PF, no entanto, permanece sob custódia da Justiça.

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Política

Lula segue para 79ª Assembleia da ONU, em Nova York

Combate à fome e à crise climática serão temas de seu discurso

21/09/2024 20h00

Ricardo Stuckert / PR

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca na noite deste sábado (21) em Nova York (EUA), onde participa da 79ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas. Lula discursará na terça-feira (24) na abertura do evento e deve falar sobre o combate à fome e à crise climática. Por tradição, desde a 10ª sessão da cúpula, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar.

Na última terça-feira (17), o secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Márcio Cozendey, falou sobre os temas prioritários presentes no discurso de Lula. “Podemos esperar que eles [temas] sigam um pouco a agenda que o Brasil propôs para o G20, ou seja, que falem de inclusão, combate à fome, transição energética e reforma da governança global”, afirmou Cozendey.

A Assembleia Geral das Nações Unidas é um dos principais órgãos da ONU e reúne os 193 estados que fazem parte da organização, com cada nação tendo o direito a um voto. Para o Brasil, a abertura do Debate Geral da AGNU permite apresentar as prioridades do país, tanto internamente quanto internacionalmente.

Uma nova sessão da Assembleia Geral é iniciada anualmente, em setembro, com a abertura do debate geral. A 79ª AGNU será presidida pelo embaixador Philémon Yang, de Camarões, que conduzirá os trabalhos da Assembleia até setembro de 2025. É esperada a participação de chefes de Estado ou de governo, criando uma oportunidade para fortalecer relações e diálogos entre os líderes mundiais.

Pacto para o Futuro

Antes da Assembleia na terça, porém, Lula participa da abertura Cúpula do Futuro, que ocorrerá neste domingo (22). Ele será o segundo a discursar no encontro de dois dias. O evento reunirá líderes mundiais para debater formas de enfrentar as crises de segurança emergentes, acelerar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), e abordar as ameaças e oportunidades das tecnologias digitais.

Como resultado, a Cúpula do Futuro deve produzir o documento Pacto para o Futuro, negociado entre os estados-membros para reforçar a cooperação global e estabelecer compromissos para uma melhor adaptação aos desafios atuais, para o futuro do multilateralismo renovado e eficaz, para benefício das gerações futuras.

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