Política

MENSAGENS VAZADAS

Citado em mensagens, Marun diz que vai representar contra procuradores

Ex-deputado foi mencionado em novos trechos de vazamentos da Lava Jato

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O ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República e atual conselheiro da Itaipu Binacional, Carlos Marun, estuda representar contra procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato. Ele foi citado em novos trechos de conversas vazadas do aplicativo Telegram, publicados nesta terça-feira (10) pelo portal UOL, em parceria com o site The Intercept Brasil.

Marun ainda analisa com advogados e integrantes da bancada do MDB se deve representar na Justiça ou ao Conselho Nacional do Ministério Público. Ele criticou os atos dos procuradores. “Não é possível que o Ministério Público continue dando guarida a estes maus elementos, que não vacilam em se transformar em criminosos sob o pretexto de combater o crime”, declarou.

A reportagem do UOL e do Intercept apontou que a Lava Jato optou por desconsiderar denúncia do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, a uma denúncia de fraude na escolha do relator de seu processo de cassação de mandato.

Esta denúncia constava na proposta de colaboração premiada de Cunha. Ela foi rejeitada porque não citou fatos e pessoas de interesse do Ministério Público Federal (MPF), incluindo o então deputado federal Marun. “Cunha se recusou a mentir e por isto está preso. Se ele tivesse concordado em me caluniar estaria solto e eu com a minha vida destruída. Eu, minha família e meus verdadeiros amigos estaríamos sofrendo em função de uma mentira exigida por homens e mulheres que deveriam zelar pelo respeito a Lei”, afirmou o conselheiro.

Ao UOL, os procuradores citados nas mensagens preferiram não se manifestar. Os deputados mencionadas na denúncia negaram a acusação.

MENSAGENS

Em um dos trechos das conversas, no dia 30 de julho de 2017, o procurador Ronaldo Pinheiro de Queiroz escreveu para o grupo intitulado Acordo Cunha: “Cunha apresentou anexo sobre compra de votos para a liderança do PMDB e não apresentou sobre compra de votos na eleição da presidência da Câmara, em que há anexo da JBS sobre o tema. Cunha cita mais de 70 deputados que ele angariou dinheiro de caixa 2, mas deixou Carlos Marun, seu fiel escudeiro, de fora. Deve ser amor mesmo o que Marun sente por Cunha”.

Em resposta, o também procurador Rodrigo Telles disse: “Caráter genérico e falta de elementos de corroboração, a rigor, estão em outros acordos com políticos que foram fechados: Pedro Corrêa e Delcídio do Amaral”.

Eduardo El Hage escreveu em seguida: “Concordo que os anexos de um sejam prejudiciais ao do outro [Lúcio Funaro]. Com relação ao RJ, nossa opinião é que estão muito aquém do que poderia ser oferecido”. Ao que Telles respondeu: “Se forem negar pro Cunha, seria bom dar uma motivação a mais”.

DENÚNCIA

Conforme apurou o UOL, o ex-presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA) ,foi acusado por Cunha de indicar um relator mais favorável ao próprio ex-presidente da Câmara. O procurador Orlando Martello mencionou supostas "bolas mais pesadas no sorteio da relatoria" do Conselho de Ética.

"Bola mais pesada" é uma expressão que sugere manipulação (por ser mais "pesada", ela se destaca demais) – o sorteio, no entanto, foi feito com papéis. Juristas ouvidos pelo UOL dizem que não é cabível uma denúncia dessa magnitude. Isso poderia ser considerado crime, já que o Ministério Público não pode escolher o que pode ou não investigar.

FORMAÇÃO

Assomasul oferece mentoria gratuita para capacitação municipal

O presidente Thalles Tomazelli explicou que a Iniciativa fortalece gestões e prepara servidores para o e-Sfinge do TCE-MS

28/02/2025 16h12

O presidente da Assomasul, Thalles Tomazelli, prefeito de Itaquiraí, reforçou que o sucesso de um município está diretamente ligado à sua equipe técnica

O presidente da Assomasul, Thalles Tomazelli, prefeito de Itaquiraí, reforçou que o sucesso de um município está diretamente ligado à sua equipe técnica Arquivo

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Com a finalidade de qualificar as equipes das prefeituras municipais para atuarem de forma eficiente, garantindo maior rapidez nos processos administrativos e o atendimento adequado às demandas municipais, a Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul) lançou um programa de mentoria gratuita voltado à capacitação dos servidores públicos municipais. 

Segundo o presidente da Assomasul, Thalles Tomazelli (PSDB), prefeito de Itaquiraí, a iniciativa abordará temas recorrentes da administração pública, como compras e licitações, finanças públicas e recursos humanos, além de preparar os técnicos para as exigências do sistema e-Sfinge do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS). 

“Nós sabemos que o sucesso de um município está diretamente ligado à sua equipe técnica. Por isso, desenvolvemos essa ação para garantir que os servidores municipais estejam preparados para os desafios da administração pública, principalmente neste início de mandato e com as novas exigências do TCE-MS”, declarou. 

Ele reforçou que não se trata de uma simples mentoria, mas de um programa estruturado para promover a profissionalização do setor público. “Além de proporcionar troca de experiências entre os técnicos dos municípios e garantir que os processos administrativos sejam conduzidos com eficiência e dentro das normas legais", destacou.

A capacitação contará com três encontros presenciais em março, abril e junho de 2025, na sede da Assomasul, além de suporte online por 90 dias para esclarecimento de dúvidas e disponibilização de modelos de documentos.

E-Sfinge

O novo sistema e-Sfinge do TCE-MS exige maior precisão e transparência na gestão pública. Para auxiliar os municípios, a mentoria abordará planejamento, atos jurídicos, execução orçamentária, registros contábeis, gestão fiscal e atos de pessoal.

A Assomasul segue investindo na qualificação dos servidores municipais, oferecendo suporte técnico e promovendo iniciativas que contribuem para o fortalecimento da administração pública em Mato Grosso do Sul.

Os interessados podem se cadastrar clicando aqui.

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Eleições 2026

Democracia Cristã articula lançar a bolsonarista Raquel Portioli como pré-candidata a governadora

O presidente municipal do partido, Fernando Moraes, já alinhou com a advogada a construção do projeto político

28/02/2025 15h46

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a advogada Raquel Portioli, pré-candidata a governadora pelo DC

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a advogada Raquel Portioli, pré-candidata a governadora pelo DC Reprodução

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A advogada bolsonarista Raquel Portioli reapareceu no cenário político de Mato Grosso do Sul como a primeira a se colocar como pré-candidata a governadora nas eleições gerais do próximo ano pelo partido Democracia Cristã (DC).
 
A informação foi repassada ao Correio do Estado pelo presidente municipal do DC em Campo Grande, Fernando Moraes, explicando que ao longo desta semana se encontrou com a bolsonarista e teriam alinhado o lançamento da pré-candidatura dela ao cargo de chefe do Executivo estadual.
 
Ele explicou que Raquel Portioli é da extrema direita e seria um bom nome para disputar votos com o atual governador Eduardo Riedel (PSDB), que tentará a reeleição no próximo ano. “Ela tem uma trajetória política consolidada e, em 2018, foi a primeira suplente da chapa que elegeu os deputados estaduais Coronel David e Capitão Contar”, recordou.
 
Além disso, conforme Fernando Moraes, a advogada bolsonarista ocupou cargos de relevância partidária, tendo sido tesoureira estadual do extinto PSL e presidente municipal do Novo em Campo Grande. 
 
Agora, ele explica que o trabalho será para conseguir o apoio dos demais partidos de direita e de centro direita em Mato Grosso do Sul para consolidar o nome de Raquel Portioli, afinal, faltam concorrentes para tentar impedir que Riedel seja reeleito.

Raízes no agro

Advogada tributarista e produtora rural, Raquel Portiolli é uma militante bolsonarista de Mato Grosso do Sul. Ela tem vasta experiência na política e é referência na defesa dos interesses do agronegócio. 
 
Sua atuação também se estende às regiões de fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, onde conhece de perto os desafios econômicos e sociais enfrentados pelas comunidades locais. Por ser mulher, empreendedora e ter um forte histórico de liderança, Raquel tem sido apontada como um nome promissor para administrar o Estado.
 
Com forte influência junto ao agronegócio sul-mato-grossense, a advogada também tem uma grande capacidade de articulação política e pode dar trabalho nas eleições gerais do próximo ano no Estado.

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