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Com rejeição petista, Simone Tebet já admite ficar fora do governo Lula

Determinante para a vitória do candidato do PT no 2º turno, a senadora rejeita Meio Ambiente e "cargo decorativo"

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A rejeição petista ao nome da senadora sul-mato-grossense Simone Tebet (MDB) para comandar o Ministério do Desenvolvimento Social pode terminar com a parlamentar ficando fora da gestão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

Fontes próximas a Tebet informaram à reportagem do jornal Correio do Estado que ela não está satisfeita com a negociação nesse sentido que está sendo tratada pelas lideranças do MDB e PT e está pensando seriamente em não participar do futuro governo.

Simone Tebet teria confidenciado a amigos de longa data que não sabe mais se deve compor com Lula ou fazer política fora do seu governo, porém, reforçou que, independentemente da escolha que fizer, fará o seu melhor para ajudar o Brasil. 

A senadora confessou ainda que o PT quer todas as pastas ligadas à área social e não quer dividir nada com os partidos aliados, o que teria feito com que as lideranças do MDB negociassem com os petistas, e ambos estão conversando.

Para a senadora sul-mato-grossense, conforme essas mesmas fontes, a conversa sobre o assunto será entre ela e o presidente eleito, pois foi com quem definiu o apoio à candidatura dele no 2º turno da eleição presidencial, sendo primordial na vitória do petista.

Tebet estaria aguardando para ter uma conversa particular com Lula e definir de uma vez por todas essa questão, já que, desde o início da transição, ela já foi cotada para diversas pastas, como Educação, Agricultura, Desenvolvimento Social e Meio Ambiente.

O PT quer o Ministério da Educação e resiste em entregar o Ministério do Desenvolvimento Social, que cuidará do Bolsa Família, principal marca dos governos de Lula. 

No entanto, aliados do presidente eleito estão trabalhando para que Tebet ocupe essa segunda vaga, pois sabem o tamanho do desgaste de deixá-la de fora do governo. 

No caso do Ministério do Meio Ambiente, a senadora, que ficou próxima da deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) durante a campanha, não quer, pois entende que seria um desgaste aceitar uma vaga que a ex-ministra gostaria de ocupar novamente.

Com relação à Agricultura, pesa contra Simone o fato de as pautas dela serem por um agronegócio sustentável, desagradando boa parte dos produtos rurais.

Para a 3ª colocada na eleição para presidente da República, ocupar um outro cargo que não seja um ministério seria depreciativo, e ela já afirmou que não quer “cargo decorativo”, preferindo seguir outro rumo.

Garantia de Alckmin

O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) representou o futuro governo em um jantar promovido na noite de quarta-feira (14) pelo ex-presidente do Senado e deputado eleito Eunício Oliveira (MDB-CE), junto de outros emedebistas.

Ele afirmou que a senadora Simone Tebet tem uma vaga garantida na Esplanada dos Ministérios do presidente eleito.

A senadora sul-mato-grossense foi o principal reforço do campo de centro na campanha lulista no 2º turno e, antes mesmo de o MDB adotar uma posição, a parlamentar já indicou na noite do resultado do 1º turno que embarcaria na campanha petista.

Diferentes alas do partido estavam representadas no jantar e o encontro contou a presença de nomes como o da própria senadora Simone Tebet, do presidente da legenda, Baleia Rossi, dos senadores Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Eduardo Braga (AM) e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.

Lula não pôde participar do jantar porque teve de viajar de Brasília para São Paulo para participar da festa de Natal da associação dos catadores de lixo, evento que ele participa tradicionalmente desde 2003.

Alckmin ficou no jantar até cerca de meia-noite, mas o evento continuou até as 2 horas de ontem (15), com a presença de Eunício, o anfitrião, de Renan, Braga, Ricardo Nunes e outros.

A legenda tenta fazer três indicações para ministérios, uma feita por senadores, outra por deputados e uma terceira bancada pela presidência nacional do partido, que se mobiliza pela escolha de Tebet. 

Lula já sinalizou que haverá espaço para apenas duas escolhas, mas o partido tenta negociar. Os próprios integrantes do MDB dizem que o cenário ainda está indefinido e vai depender de como o presidente eleito equacionará as demandas de outros partidos.

Saiba: O vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) afirmou ontem que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) tem vaga garantida no ministério no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ainda não se sabe, porém, qual pasta será oferecida a ela. 

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Política

Isa Marcondes incomoda servidores ao expor suposta "zona" na saúde em Dourados

A fiscalização da vereadora eleita pelo Republicanos, em resposta a denúncias da população nas UPAs, acendeu alerta entre os funcionários da saúde

24/11/2024 08h30

Reprodução redes sociais

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A vereadora eleita Isa Marcondes (Republicanos), popularmente conhecida como Cavala, tem incomodado alguns servidores públicos, que expressaram preocupação em grupos de WhatsApp.

Após tirar alguns dias de descanso, Marcondes retornou a Dourados e, atendendo a denúncias da população, esteve fiscalizando o atendimento nas UPAs, o que tem gerado desconforto em parte dos servidores da saúde.

O teor das conversas chegou ao conhecimento de Isa, nas quais os profissionais chegaram a mencionar que ela estaria promovendo  “discurso de ódio”.

A vereadora eleita rebateu, alegando que estava apenas relatando a verdade sobre a situação da saúde oferecida aos munícipes de Dourados.

Na conta dela no Instagram diariamente recebe várias reclamações de pessoas falando desde falta de médicos a destrato por parte de alguns servidores no atendimento. 

As mensagens recebidas são publicadas no story, preservando a identidade de quem enviou. 

Durante a campanha, a principal bandeira defendida pela "Cavala do povo douradense" foi justamente a luta pela melhoria no atendimento da saúde pública do município.

Para pôr fim ao burburinho, Isa publicou um vídeo em suas redes sociais no qual afirmou que os servidores que destratam a população são uma minoria e que esses devem mudar de atitude. Ela ressaltou que, no próximo ano, em janeiro, será diplomada vereadora e seguirá com o trabalho de fiscalização.

"Servidores públicos, eu não sou contra vocês. Estou fazendo este vídeo para explicar certinho. Vocês estudaram, passaram no concurso para servir o povo", pontuou Marcondes, e completou:

"Porque é o povo que paga o salário de vocês. O ano que vem serei uma funcionária pública, servirei o povo. O que acontece com o povo de Dourados é muito triste."

Ela também frisou que a maioria dos funcionários públicos trabalha corretamente, enquanto uma minoria "faz o que quer" com a população.

"São esses aí que eu vou fiscalizar, porque é o povo que paga nosso salário. Então, vocês, minoria, que estão fazendo conversas em grupo, só precisam mudar [a forma] de atendimento ao povo. Vocês que estão preocupados, não estou perseguindo ninguém, não. Vocês que são a minoria, mudem porque vou fiscalizar e levar as denúncias ao prefeito e ao Ministério Público. Comecem a mudar."

Zona na saúde?

Com o slogan da campanha "Dourados está uma zona e de zona eu entendo", para demonstrar a insatisfação da população, Isa chegou a publicar outro vídeo com merendeiras que afirmaram já foram maltratadas ao procurar atendimento médico em Upas.

Incomodando muito antes da diplomação, Isa pontuou que, a partir de 2025, será uma “autoridade" e que aqueles que não se enquadrarem serão expostos nas mídias sociais.

Além disso, reforçou que tomará providências dentro do âmbito da lei.

 

 

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Biografia

Simone Tebet presenteia Lula com um exemplar de seu livro

O livro trata da história de vida de Simone em Mato Grosso do Sul, passeia por episódios emblemáticos da política, como a CPI da Covid e a disputa pela presidência, e é um convite para que as mulheres não se intimidem e sigam lutando

23/11/2024 13h30

Crédito: Ricardo Stuckert

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A Ministra do Planejamento, Simone Tebet, presenteou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o livro O Voo das Borboletas, no qual conta um pouco de sua infância e trajetória política.

Por meio do Instagram, Simone posou ao lado do presidente Lula, com quem, em 2022, após ficar em terceiro lugar na disputa pela presidência, compôs a frente ampla democrática para derrotar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

“Tive o prazer de entregar um exemplar do meu livro O Voo das Borboletas (Ed. Amarylis) ao presidente Lula. O livro é um convite à coragem, numa tentativa de inspirar mulheres a lutarem pelo que acreditam e a não desistirem de lutar diante dos obstáculos da vida. Nele, revelo minhas lutas, de vitórias e derrotas, recorrendo à metáfora do ciclo de vida das borboletas. É um convite à participação feminina nos espaços de transformação social e de poder”, escreveu Simone.

Trajetória

Antes de chegar à disputa das eleições de 2022, a obra de Simone Tebet percorre sua vida e compartilha com o leitor fotos de sua infância em Três Lagoas, além de momentos vivenciados em Mato Grosso do Sul.

Já no Senado, Tebet fala sobre violência política, contando episódios de violência política que sofreu, conta o fato de ter sido a primeira mulher a disputar a presidência do Senado Federal.

Aborda situações que lhe deram projeção nacional com a CPI da Covid, no período em que comandava a Bancada Feminina no Senado Federal.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a atuação do governo federal no enfrentamento à pandemia de Covid-19, a bancada feminina ficou marcada pela participação das senadoras, que não tiveram nenhum nome indicado pelos partidos para compor a comissão.

Com o transcorrer da CPI da Covid-19, Simone Tebet ganhou destaque no noticiário nacional, e sua popularidade garantiu-lhe a disputa nas eleições presidenciais de 2022, na qual obteve a terceira colocação, desbancando figurinhas carimbadas como Ciro Gomes (PDT).

 

Imagem Reprodução

O Voo das Borboletas

O desejo da ministra é que o livro inspire mulheres a atuar mais ativamente na vida política e em suas comunidades. O prefácio foi escrito pela ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.

O livro pode ser adquido por R$ 49,90 em sites como Amazon, Editora Martin Fontes, entre outros.

O lançamento com sessão de autógrafos tem data em São Paulo (25/11), Brasília (27/11) e Rio de Janeiro (02/12). A ministra deve vir a Mato Grosso do Sul para a promoção do livro, entretanto a data ainda não foi definida. 

 

Detalhes


Editora: ‎ Amarilys Editora; 1ª edição (25 novembro 2024)
Idioma: ‎ Português
Capa comum: ‎ 178 páginas

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