Política

Mato Grosso do Sul

Com títulos irregulares, 88 mil eleitores correm risco de não votar em 2026; veja lista

Eleitor com título cancelado deve comparecer a uma unidade da Justiça Eleitoral, ou acessar o aplicativo "e-título"

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A Justiça Eleitoral cancelou 88.124 títulos eleitorais em Mato Grosso do Sul, o que corresponde a 4,33% do eleitorado do estado. No Brasil, o total de documentos cancelados chega a 5.042.047, representando 3,17% dos eleitores.

Quem não regularizar sua situação pode ficar impedido de votar nas eleições de 2026, quando serão escolhidos presidente e vice da República, dois senadores, oito deputados federais, governador e vice, além de 24 deputados estaduais.

Além da impossibilidade de votar, a situação irregular pode gerar suspensão de benefícios sociais, dificuldades para emissão de documentos como passaporte e carteira de identidade, restrição para assumir cargos públicos e renovar matrícula em instituições de ensino, além de entraves para a realização de atos que dependem de quitação eleitoral ou do serviço militar.

De acordo com o Código Eleitoral, o título é cancelado quando o cidadão com voto obrigatório deixa de comparecer a três eleições consecutivas, considerando cada turno como uma eleição, sem apresentar justificativa em até 60 dias nem pagar as multas correspondentes. O processo de cancelamento foi concluído em 2 de junho de 2025 e já afeta milhões de brasileiros.

Para evitar transtornos, a Justiça Eleitoral recomenda que todos os eleitores consultem sua situação. A verificação pode ser feita pela internet, no sistema Autoatendimento Eleitoral disponível no site do TSE, pelo aplicativo e-título no celular ou presencialmente em cartórios eleitorais, centrais de atendimento e postos de atendimento ao eleitor. Se o título estiver cancelado, é necessário iniciar imediatamente a regularização.

O procedimento de reativação também pode ser feito online ou presencialmente. Nos casos em que o eleitor ainda não possui dados biométricos cadastrados, será preciso comparecer ao cartório em até 30 dias após o pedido.

Se a biometria já estiver registrada e válida, a regularização pode ser concluída inteiramente pela internet. Uma resolução do TSE ainda estabelece que eleitores com biometria coletada há mais de dez anos e que não tenha sido utilizada nesse período precisarão realizar nova coleta.

A Justiça Eleitoral reforça que manter o título em situação regular é fundamental para garantir o pleno exercício da cidadania, evitar restrições na vida civil e assegurar o direito ao voto. "Não deixe para a última hora", recomenda o órgão, que conclama todos os eleitores a regularizarem sua situação o quanto antes.

Confira a lista de títulos cancelados por município

Município Títulos
Cancelados
Município Títulos
Cancelados
Município Títulos
Cancelados
Água Clara 905 Coxim 1050 Nova Alvorada do Sul 973
Alcinópolis 78 Deodápolis 438 Nova Andradina 1856
Amambai 1022 Dois irmãos do Buriti 282 Novo Horizonte do Sul 74
Anastácio 877 Douradina 51 Paranaíba 1368
Anaurilândia 164 Dourados 4948 Paranhos 349
Angélica 457 Eldorado 436 Paraíso das Águas 131
Antônio João 178 Figueirão 36 Pedro Gomes 160
Aparecida do Taboado 881 Fátima do Sul 589 Ponta Porã 2702
Aquidauana 1536 Glória de Dourados 245 Porto Murtinho 558
Aral Moreira 131 Guia Lopes da Laguna 352 Ribas do Rio Pardo 961
Bandeirantes 247 Iguatemi 568 Rio Brilhante 1203
Bataguassu 788 Inocência 378 Rio Negro 127
Batayporã 299 Itaporã 231 Rio Verde de Mato Grosso 545
Bela Vista 688 Itaquiraí 855 Rochedo 147
Bodoquena 144 Ivinhema 817 Santa Rita do Pardo 199
Bonito 829 Japorã 149 Selvíria 164
Brasilândia 540 Jaraguari 196 Sete Quedas 256
Caarapó 786 Jardim 1023 Sidrolândia 1560
Camapuã 369 Jateí 114 Sonora 551
Campo Grande 33308 Juti 264 São Gabriel do Oeste 1144
Caracol 59 Ladário 421 Tacuru 297
Cassilândia 525 Laguna Carapã 65 Taquarussu 117
Chapadão do Sul 1008 Maracaju 1290 Terenos 313
Corguinho 68 Miranda 785 Três Lagoas 4020
Coronel Sapucaia 221 Mundo novo 687 Vicentina 143
Corumbá 2315 Naviraí 2078 Mato Grosso do Sul 88124
       
Fonte/ TRE

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Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

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Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

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