Política

ELEIÇÕES 2020

DEM tenta compor chapa com PSD e indicar vice de prefeito

Partido de Mandetta não descarta lançar candidatura própria para disputar o Executivo de Campo Grande

Continue lendo...

O Democratas (DEM) pretende indicar um nome para disputar o Executivo na chapa com o atual prefeito, Marcos Trad (PSD), em outubro deste ano. Conforme informações de bastidores, o partido do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do vice-governador do Estado, Murilo Zauith, também pretende ganhar espaço no poder municipal.

De acordo com o presidente estadual da agremiação, Murilo Zauith, as escolhas da executiva municipal ficaram a cargo do primo de Trad, Luiz Henrique Mandetta. “Ele que pediu Campo Grande. Ele ia conduzir o processo em Campo Grande, como nós [Murilo Zauith e Tereza Cristina] somos da estadual, não estamos tratando de Campo Grande. Eu não sei”, afirmou.  

Avaliando a situação da saída de Mandetta do cargo, o vice-governador afirmou que o ex-ministro ganhou mais destaque do que o presidente no combate à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). “A briga de Mandetta com Bolsonaro foi que o Mandetta ficou maior. Bolsonaro errou o tempo, entrou mal, seguiu a cabeça do pessoal dele e errou na avaliação. Penso que a situação do Bolsonaro é muito difícil perante a população”.  

Secretário do partido em Campo Grande, Hélio Mandetta, afirmou que a sigla não descarta compor uma chapa na reeleição de Marcos Trad, ou então lançar candidatura própria.  

“Há diversos nomes, bons nomes, que possam de forma legítima pleitear uma vice. Estamos analisando todo um cenário, tem muita água para passar por debaixo dessa ponte até agosto, mas estamos analisando. Quem sabe, até uma candidatura própria ou compor uma chapa, ser vice ou indicar um vice do nosso partido. Como estou te falando, está muito cedo para essa definição”.

Questionado se uma candidatura própria não comprometeria a reeleição de Trad e ainda traria uma indisposição na família, já que Trad e Mandetta são primos, Hélio disse que “esse grau de parentesco não atrapalha. Tivemos um primo candidato a governo em 2014 e estávamos na chapa do governador Reinaldo”.

Unidos na administração estadual, DEM e PSDB devem ser concorrentes no Executivo da Capital. Os tucanos devem cumprir o acordo entre Reinaldo Azambuja e Marcos Trad feito no pleito de 2018 – no qual Trad declarou apoio à reeleição do tucano e Azambuja se comprometeu a fazer o mesmo na disputa deste ano.

Procurado, o presidente do ninho tucano em Mato Grosso do Sul e secretário de articulação política, Sérgio de Paula, declarou que é natural outros partidos procurarem seu espaço na disputa de outubro e também na chapa de Marcos Trad.  

O PSDB deve indicar o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, João Rocha, para compor com o prefeito. Mas não descarta lançar candidatura própria, dependendo da decisão do candidato a reeleição.  

“Estou dizendo que nós vamos procurar um espaço com o Marcos [Trad], temos musculatura. Ele pode aceitar ou não aceitar. Se ele não aceitar, vamos pegar o partido, sentar com o governador, a executiva, o diretório municipal, para discutir qual será a estratégia. Também vamos ponderar, temos três deputados federais, cinco deputados estaduais, oito vereadores. O partido tem peso, e o prefeito sabe disso. Tem tranquilidade, temos desgaste natural do governador no mandato, mas vamos procurar o diálogo na tranquilidade junto do Marcos e do Lacerda”, disse, citando o secretário de Governo de Trad, Antônio Lacerda.

Sobre a possibilidade de o DEM também buscar espaço na possível reeleição de Trad, o tucano afirmou que é natural e tudo será feito com respeito. “Temos que respeitar, o Marcos vai avaliar o cenário, a reeleição. O DEM tem bons quadros, temos dois deputados dentro da Assembleia Legislativa, Barbosinha era o líder do governo. Eles vão buscar os espaços deles e nós vamos buscar os nossos. Isso vamos fazer com muita tranquilidade, vamos ouvir nossa liderança maior, que é o governador Reinaldo [Azambuja]”.

ESPAÇO

De acordo com o presidente estadual do PSDB, Sérgio de Paula, primeiro, o partido deve buscar uma aliança para  o pleito de outubro na gestão de Marcos Trad e, depois, em caso de reeleição ou segundo turno, devem ser discutidos os espaços na gestão. ”Primeiro, o PSDB quer participar da chapa majoritária; depois que a gente conversar, estamos conversando, logicamente a indicação do vice, vamos buscar outros espaços. O partido tem bons quadros para algumas pastas dentro da prefeitura”, disse Sérgio de Paula.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

Continue Lendo...

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

Assine o Correio do Estado

Política

PT oficializa pré-candidatura de Fábio Trad ao governo do Estado

Nome de ex-deputado foi oficializado em encontro realizado neste sábado (13)

13/12/2025 18h00

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Foto: Pedro Roque / Reprodução

Continue Lendo...

Ex-deputado federal, Fábio Trad foi oficializado como o postulante à governadoria estadual pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A indicação ocorreu na tarde deste sábado (13), em reunião da cúpula petista na Capital, que contou com a presença do presidente nacional da sigla Edinho Silva e diversas lideranças do partido. 

Filiado ao partido desde agosto último, Fábio Trad migrou para o campo mais à esquerda após deixar o Partido Social Democrático (PSD), sigla a qual pertencia há 10 anos.

Fábio Trad, ressaltou o simbolismo político da visita do líder da sigla à Capital e afirmou que a presença da direção nacional recoloca o campo progressista sul-mato-grossense no centro do debate nacional.

“A vinda do presidente nacional do PT significa que a esquerda de Mato Grosso do Sul está, sim, no radar político nacional. Não é possível que um Estado da importância geopolítica de Mato Grosso do Sul não tenha um palanque competitivo, ideologicamente coerente com o campo progressista liderado pelo presidente Lula”, afirmou.

Ao Correio do Estado, o ex-deputado destacou que os partidos que compõem a frente progressista construirão um grande palanque para o Lula em Mato Grosso do Sul, voltado "às conquistas sociais e econômicas para o nosso povo", disse.

À reportagem, destacou que, a disputa pelo executivo estadual partiu de uma decição do presidente nacional do partido, decisão que viu com bons olhos.

"Sobre a construção em torno da minha participação na campanha, o presidente Edinho destacou a preferência do PT de MS para que a jornada seja encabeçada por mim. As definições estão se concretizando e eu espero contribuir com o presidente Lula para fazer em MS o papel que ele me incumbiu de exercer", declarou. 

Além de mirar o posto mais alto do executivo estadual, o partido deve priorizar a corrida pelo Senado, já que Soraya Thronicke (Podemos) e Nelsinho Trad (PSD), irmão de Fábio, não possuem vaga garantida para o próximo ano. 

"O presidente Lula está muito atento ao cenário aqui do estado e fará todo o esforço para que o campo progressista tenha êxito em todas as instâncias de disputa, inclusive o Senado com o companheiro Vander", disse. 

À direita da imagem, Fábio Trad acompanha fala de Edinho Silva Ex-deputado Fábio Trad / Foto: Marcelo Victor / CE

À época de sua filiação, Trad já era cotado para disputar as eleições para governador no pleito geral de 2026, contudo, havia rechaçado o embate contra o atual governador Eduardo Riedel (PP) nas urnas.

Diferente dos irmãos, ele vem de uma formação mais à esquerda. Advogado formado na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), conheceu o movimento brizolista (ligado à Leonel Brizola).

Em Mato Grosso do Sul, já teve dois mandatos de deputado federal pelo PSD, onde sua família esteve abrigada durante quase toda década passada.

Após a pandemia de Covid-19, voltou-se mais à esquerda quando se colocou como um dos oposicionistas do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em 2022, não conseguiu se reeleger. Disputou a eleição pelo antigo partido e também foi derrotado na disputa pelo governo do Estado.

Em 2023, recebeu um cargo na Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), no governo Lula.

Assine o Correio do Estado 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).