Política

REFORMA TRIBUTÁRIA

Deputados de MS são contra novo imposto do governo

Imposto sobre transações digitais, que muitos chamam de nova CPMF, foi rechaçado por bancada

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A criação de um novo imposto com alíquota entre 0,2% e 0,4% pelo governo federal nos moldes da extinta CPMF, que vai incidir sobre todas as transações digitais, divide a bancada sul-mato-grossense na Câmara dos Deputados, embora tanto parlamentares da base de apoio do governo quanto da oposição considerem necessária uma reforma tributária.  

O Palácio do Planalto deve entregar hoje ao Congresso Nacional uma proposta que será apresentada em três etapas e vai tramitar com outras duas PECs que tratam do assunto, uma do Senado Federal e outra da Câmara. 

A deputada federal Rose Modesto (PSDB) foi enfática: “Sou contra a criação da nova CPMF e qualquer outro imposto novo que onere ainda mais o cidadão”, disse.

Ela prossegue defendendo uma reforma tributária mais justa. 

“Temos de aproveitar a reforma tributária que deve ser apresentada pelo governo para criar um sistema de arrecadação mais justo, que possibilite uma melhor distribuição entre União, estados e municípios”, finalizou.

Outro parlamentar que se manifestou contrário foi Fábio Trad (PSD): “Voto contra a tentativa de recriação da nova CPMF, ainda que com roupagem disfarçada”, opinou.

Trad argumentou que o governo deveria rever despesas públicas ao invés de penalizar trabalhadores e empresas.

“O governo deveria combater as exorbitâncias nas despesas públicas e rever a política de desoneração e incentivo fiscal que privilegia setores econômicos que poderiam incrementar a receita tributária. Nossa carga tributária é elevada e incompatível com um País de renda média”, defendeu.

Também o deputado Beto Pereira (PSDB) afirmou ser contrário à criação do novo imposto: “Precisamos simplificar o processo tributário do País para aumentar a base e diminuir gradativamente a carga tributária”, afirmou.

O tucano disse ainda que o Brasil não suportaria um novo tributo.

“Quanto à possível CPMF, a sociedade brasileira não admite nenhum novo imposto. Nossa carga tributária é altíssima, o sistema é muito complicado, complexo”, justificou.

De oposição ao governo federal, Dagoberto Nogueira (PDT) disse ser favorável à reforma tributária que estava em discussão na Câmara no ano passado. 

“Simplificação dos impostos e, com o tempo, uma diminuição gradual deles. Agora, criar impostos como a CPMF, logicamente que sou contra, não só eu, mas o PDT vai votar contra”, afirmou.

PONDERAÇÃO

O parlamentar sul-mato-grossense que defendeu a criação da nova CPMF foi Luiz Ovando (PSL), que integra a base de apoio do governo. 

“Se essa contribuição [CPMF] for em cima de transações comerciais que nada recolhem, sou a favor. Caso contrário, precisamos reconsiderar”, disse. 

“A reforma tributária, em princípio, busca redução da carga tributária. A questão são as crendices sobre determinadas expectativas. Não há método arrecadatório perfeito na promoção da justiça social. Precisamos discutir e aprimorar”, concluiu Ovando.

Os deputados federais Loester Trutis (PSL), da base de apoio ao governo federal, Vander Loubet (PT), da oposição, e Bia Cavassa (PSDB), que integra partido do grupo que se declara independente, foram procurados pelo Correio do Estado, mas até o fechamento da edição não manifestaram seus posicionamentos. 

Guedes deve mandar a reforma hoje

O ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu entregar hoje a primeira fase do projeto de reforma tributária do governo federal. 

A tendência é a de que o texto a ser apresentado contenha uma proposta para unir os tributos federais PIS-Pasep e Cofins em um único encargo, o Imposto de Valor Agregado (IVA) Dual, sem qualquer citação à nova versão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que voltou a ser defendida pelo ministro e ganhou apoio do presidente Jair Bolsonaro.

O Executivo optou por fatiar a proposta de reforma para não sobrecarregar o Congresso Nacional e evitar atritos no debate, que já tem dois textos de proposta de emenda à Constituição (PEC) sobre o assunto em tramitação, um do Senado (PEC-110) e um da Câmara (PEC-45).  

O governo pretende criar um imposto sobre dividendos das empresas e um outro mais polêmico: sobre transações eletrônicas, que muitos chamam de nova CPMF.

Alternativa

Governo federal é acionado para ajudar a estancar colapso na Santa Casa de Campo Grande

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, senador solicitou apoio imediato do governo federal

23/12/2025 16h45

Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O senador Nelsinho Trad (PSD) alertou para a gravidade da situação enfrentada pela Santa Casa de Campo Grande e defendeu uma resposta imediata com auxílio do Governo Federal para estancar o colapso do sistema de saúde em Campo Grande e em todo o Estado. 

Em contato direto com o ministro da Saúde Alexandre Padilha, o parlamentar solicitou apoio imediato do governo federal para ajudar a estancar a crise na saúde estadual.

“Expliquei a importância da Santa Casa e a urgência do momento. É hora de estender a mão agora para evitar um colapso que, se acontecer, será muito mais difícil de reverter”, afirmou.

Segundo o parlamentar, tanto a prefeitura da Capital quanto o Governo do Estado estão com os repasses em dia, mas a dimensão da crise exige um esforço extraordinário.

“A Santa Casa é a quarta maior do Brasil. Se ela parar, estrangula o sistema de saúde, não só de Campo Grande, mas de todo o Estado”, destacou.

O parlamentar ressaltou que a solução passa pela união de esforços entre governo federal, estadual, prefeitura e a bancada federal. Em entrevista para Jota FM, comentou que outros parlamentares sul-mato-grossenses como a senadora Teresa Cristina (PP), Geraldo Resende (PSDB) e Vander Loubet (PT) já estão mobilizados.

“O horizonte é agir agora, de forma emergencial, para estabilizar a situação e, depois, buscar as soluções estruturais”, comparou.

Segundo o senador, o momento exige rapidez e responsabilidade. “É como um paciente com hemorragia: primeiro estanca o sangramento, depois trata a causa. O emergencial precisa vir antes de tudo”, disse o senador Nelsinho.

Se durante o primeiro dia de impacto nas atividades na Santa Casa os atendimentos e serviços foram 30% paralisados, agora, segundo confirmado pela unidade na manhã desta terça-feira (23), o efetivo que aderiu à paralisação em busca do 13° salário subiu para pelo menos metade. 

A presidente da Santa Casa, Alir Terra Lima, e o Terra, e responsável pelo Sindicato dos Trabalhadores na Área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (SIEMS), Lázaro Santana, reuniram a imprensa para tratar das manifestações de trabalhadores que se acumulavam em protesto na frente da unidade, na manhã de ontem (22).

Conforme repassado por Alir - e como bem abordado pelo Correio do Estado -, a paralisação inicialmente chegou a afetar 30% dos atendimentos/serviços, ou seja, com cerca de 70% do andamento da Santa Casa funcionando por tempo indeterminado ou até o pagamento integral do décimo terceiro.

Colapso iminente 

Em nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Mato Grosso do Sul (CRM-MS) manifestou preocupação com a situação de desabastecimento de medicamentos essenciais e de insumos básicos nas unidades de urgência e emergência sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), incluindo as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e os Centros Regionais de Saúde (CRSs).

Em vistorias realizadas junto à Santa Casa, o CRM verificou baixo estoque de medicamentos indispensáveis ao adequado funcionamento dos plantões de urgência, além da  falta de luvas, lençóis, cânulas e outros materiais essenciais à segurança dos pacientes e dos profissionais de saúde.

Cabe destacar que em decreto recente, a administração suprimiu gratificações dos servidores da saúde, em especial dos médicos da rede municipal, medida que fragilizou as condições de trabalho no hospital.  

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Política

Soraya aconselha patriotas a doar Havaianas e "não rasgar dinheiro"

Senadora calçou seus chinelos customizados com onças, criticou o boicote à indústria brasileira e convidou quem "cansou" do chinelo a fazer uma doação

23/12/2025 15h22

Crédito: Marcelo Camargo / Agência Brasil

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Após a propaganda gravada pela atriz Fernanda Torres, vencedora do Globo de Ouro pelo filme Ainda Estou Aqui, enfurecer a direita, a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) aconselhou a doação de Havaianas.

O vídeo foi publicado no Instagram da parlamentar, que fez questão de mostrar seu chinelo Havaianas customizado com onças, marca registrada desde o debate das eleições de 2022.

A fala que tornou a senadora conhecida nas redes sociais como “onça de Mato Grosso do Sul” ocorreu durante um embate contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Quero dizer ao candidato Jair Bolsonaro: não cutuque onça com a sua vara curta”, disse Soraya à época. A declaração viralizou no X (antigo Twitter).

 

 

 

Desta vez, o comercial em que Fernanda Torres aparece dizendo “não comece 2026 com o pé direito” revoltou setores da direita, incluindo o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS), que publicou em suas redes sociais um vídeo jogando seus chinelos no lixo.

Entrando na onda, a senadora aproveitou o momento para divulgar um projeto que idealizou, voltado à promoção de encontros de empreendedorismo, inovação, gastronomia e cultura.

Soraya também conclamou os “patriotas de verdade” a adquirirem chinelos customizados no Prospera MS, evento idealizado por ela, que ocorre entre os dias 5 e 8 de fevereiro e reúne empreendedorismo, cultura, inovação e gastronomia.

“Para você que é brasileiro e patriota de verdade, que sabe quanto vale o seu dinheiro e o suor do seu trabalho. Você não é bobo nem nada. Não rasgue as suas, doe quando não quiser mais”, disse a senadora.

 

 

O que diz a propaganda?

“Desculpas, mas eu não quero que você comece 2026 com o pé direito. Não é nada contra a sorte, mas vamos combinar que sorte não depende de você. Depende da sorte. O que eu desejo é que você comece o ano novo com os dois pés. Os dois pés na porta, os dois pés na estrada. Os dois pés na jaca. Os dois pés onde você quiser vai com tudo. De corpo e alma, da cabeça aos pés. Havaianas, todo mundo usa", fala Fernanda Torres
 

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