Política

TRANSIÇÃO

Eduardo Riedel anuncia mais cinco nomes da secretarias da sua gestão; confira

Ainda faltam quatro nomes para serem anunciados pelo novo governador

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Na manhã desta terça-feira (20), o governador eleito, Eduardo Riedel, juntamente com seu vice e coordenador da equipe de transição, Barbosinha, anunciou, em coletiva de imprensa, mais cinco nomes de futuros secretários de Estado.

Para Riedel, a tarefa principal do secretário é garantir um regime estável de austeridade, condição necessária para que qualquer processo de crescimento sustentado aconteça. 

“Precisamos ter foco, eficiência, produtividade e resolutividade, em especial porque a conjuntura que nos espera adiante tende a ser extremamente desafiadora, com um cenário de menor crescimento do mundo e do Brasil e, portanto, uma menor dinâmica econômica. Vamos respeitar cada centavo de dinheiro público pago com o sacrifício das empresas e dos cidadãos. É nossa obrigação fazer estes investimentos retornarem à sociedade em forma de obras, projetos e programas transformadores da nossa realidade”, enfatizou o governador eleito.

Maurício Simões Corrêa vai estar à frente da Secretaria de Estado de Saúde (SES). Ele é médico cirurgião de cabeça e pescoço, conceituado em Mato Grosso do Sul, gestor reconhecido, que tornou as instituições que presidiu referenciais nacionais. 

Foi da direção da Unimed Campo Grande, onde ocupou vários cargos diretivos na entidade, em diferentes mandatos, entre eles, o de diretor financeiro e diretor-presidente. Foi diretor-presidente da Federação da Unimed Mato Grosso Sul e também diretor-presidente da Unicred. 

A pasta é responsável pela estratégica da gestão do trabalho de conclusão da regionalização da saúde, ampliação de serviços e de fortalecimento de políticas públicas efetivas para atenção básica da saúde, bem como para melhorar a performance dos hospitais estaduais.

Carlos Videira estará à frente da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Ele  ingressou na carreira da área da Segurança Pública no ano de 1990, quando foi aprovado no concurso para Escrivão de Polícia.

Já esteve à frente da Delegacia de Polícia Civil de Fátima do Sul, atuou no Grupo de Operações de Fronteira (GOF), na época comandado pelo coronel da Polícia Militar, Adib Massad, onde permaneceu até 1999.É Bacharel em Direito e pós-graduado em Processo Civil. Aprovado no concurso para Delegado de Polícia Civil assumiu no ano 2000. 

Em 2015 passou a ocupar o cargo de Superintendente de Segurança Pública da Sejusp. Em reconhecimento do trabalho desenvolvido ao longo de sua carreira, no mês de abril de 2016, assumiu a função de secretário adjunto da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública e, em 20 de dezembro de 2017 passou a comandar a Sejusp/MS.

Jaime Verruck estará à frente da Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), antiga Semagro. A pasta cuidará da fase de industrialização do agro sul-mato-grossense e a transformação progressiva da economia, para alcançar a meta coletiva de estado carbono zero já em 2030. 

Ele é economista, mestre em Economia Rural pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), doutor em Desenvolvimento e Planejamento Territorial pela UCM (Universidade Complutense de Madrid) e possui cursos de formação executiva em Estratégias e Inovação pelo INSEAD/França e pela Universidade da Pensilvânia/EUA (Wharton), e pelo Programa CEO FGV.

Foi Diretor Corporativo do Sistema FIEMS (Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul), responsável pela gestão estratégica do SESI, SENAI, IEL e FIEMS.

É ex-professor de Economia da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), ex-professor convidado da FGV (Fundação Getúlio Vargas), ex-sócio da FGV em Campo Grande e Cuiabá e ex-Diretor Regional do Senai/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de Mato Grosso do Sul).

Carlos Eduardo Giron ficará à frente da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (CGE). A pasta é responsável pelo aperfeiçoamento do modelo de estado e da melhora da qualidade do serviço público, de maneira geral.

Ele é formado em Ciências Econômicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1995; e em Direito pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), em 2001; tem mestrado em Administração Pública e Governo pela Fundação Getúlio Vargas (2005) e diversos cursos de liderança e equipe.

Já trabalhou como diretor de Gestão Interna do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União (CGU); chefe de Gabinete da Secretaria-Executiva da Controladoria-Geral da União; chefe da Controladoria Regional da União em São Paulo; chefe da Controladoria Regional da União em Mato Grosso do Sul; e Analista de Finanças e Controle chefe-substituto da Controladoria Geral da União em Mato Grosso do Sul.

Pedro Caravina ficará à frente da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica (Segov). Ele foi eleito deputado com 32 mil votos e largou para assumir a secretaria. 

A pasta possui como tarefa a articulação do conjunto de secretarias setoriais. É onde alinha-se e harmoniza-se o governo, em torno dos grandes objetivos do programa a ser executado e os propósitos da gestão.

Além de Deputado Estadual eleito, ele é formado em Direito e pós-graduado em Gestão Pública, esteve à frente da administração do município de Bataguassu por dois mandatos, além de outros dois mandatos à frente da presidência da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul). 

Caravina é delegado aposentado e integra a Executiva Estadual do PSDB na função de primeiro-secretário.

Ainda faltam quatro nomes para serem anunciados pelo novo governador. 

Outros nomes 

Há uma semana, no dia 13 de dezembro, foram anunciados os primeiros nomes para compor as secretarias. 

Os cinco primeiros nomes anunciados foram: Hélio Peluffo, prefeito de Ponta Porã, que assume a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Seilog), o marido da senadora Simone Tebet, deputado licenciado e secretário de governo da atual gestão, Eduardo Rocha assume a Casa Civil. 

A Secretaria de Fazenda (Sefaz) será comandada pelo ex-vereador de Campo Grande e atual adjunto da Secretaria de Governo (Segov), Flávio César Mendes de Oliveira. 

A advogada Ana Carolina Araujo Nardes continua na Secretaria de Administração e Desburocratização (SAD) e na Procuradoria-Geral do Estado (PGE) de Mato Grosso do Sul continua a advogada Ana Carolina Ali Garcia.

 

POLÍTICA

Em pedido de renúncia, Zambelli diz que segue viva e que Brasil continuará ouvindo sua voz

Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

14/12/2025 22h00

Deputada federal Carla Zambelli

Deputada federal Carla Zambelli Agência Câmara

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A agora ex-deputada federal, Carla Zambelli (PL-SP), usou o pedido de renúncia de seu mandato para elogiar a proteção recebida pela Câmara e para dizer que "segue viva" mesmo após deixar os quadros da Casa. Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por mandar um hacker invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e está presa na Itália desde julho.

"A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz", afirmou, na solicitação encaminhada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos).

Zambelli também agradeceu as decisões da Câmara que mantiveram o mandato da deputada, antes de Supremo Tribunal Federal anulá-las e determinar a perda de mandato de Zambelli. "Esse ato da Câmara foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado", escreveu.

Leia a íntegra do comunicado:

RENÚNCIA AO MANDATO PARLAMENTAR

AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

DEPUTADO FEDERAL HUGO MOTTA

Excelentíssimo Senhor Presidente,

Senhoras e Senhores Deputados,

Povo brasileiro,

Eu, Carla Zambelli Salgado de Oliveira, Deputada Federal eleita para a 57ª Legislatura (2023-2027), representante do Estado de São Paulo, legitimada por 946.244 votos nas eleições gerais de 2022, faço esta manifestação por intermédio de meus advogados constituídos, Dr. Fabio Pagnozzi e Dr. Pedro Pagnozzi, diante da impossibilidade de comparecer pessoalmente a esta Casa, em razão de encontrar-me privada de liberdade em território estrangeiro. Falo, portanto, não apenas como parlamentar, mas como voz de quase um milhão de brasileiros que confiaram em mim sua representação.

O que se registra neste ato não é apenas a renúncia a um mandato, mas um marco institucional. A Câmara dos Deputados exerceu integralmente sua competência constitucional, observando o procedimento previsto no artigo 55 da Constituição Federal, especialmente seus ?? 2º e 3º, que atribuem exclusivamente ao Poder Legislativo a deliberação sobre a perda de mandato parlamentar, mediante decisão do Plenário, assegurados o contraditório e a ampla defesa.

No curso desse procedimento, foi elaborado relatório pelo Relator na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, Deputado Diego Garcia, demonstrando, de forma técnica e fundamentada, que não existem provas jurídicas aptas a sustentar a perda do meu mandato, tampouco elementos que embasem qualquer condenação. Esse relatório trouxe à luz uma verdade elementar do Estado de Direito: não se cassa um mandato sem provas.

Essa compreensão foi confirmada pelo Plenário da Câmara dos Deputados, que, ao não deliberar pela cassação, afirmou que não havia fundamento jurídico legítimo para suprimir um mandato conferido por quase um milhão de brasileiros. Esse ato foi institucional e constitucional: um momento em que a Casa do Povo afirmou a soberania do voto, o devido processo legal e os limites do poder punitivo do Estado.

A História constitucional ensina que os regimes livres somente subsistem quando cada Poder reconhece seus limites. Montesquieu advertia que "todo aquele que detém poder tende a abusar dele, indo até onde encontra limites". O registro aqui produzido reafirma que o Parlamento não é instância acessória, mas Poder constitucional autônomo, cuja competência não pode ser esvaziada sem grave risco ao Estado Democrático de Direito. Este episódio permanecerá como referência institucional para situações semelhantes, nas quais se discuta a preservação do mandato popular frente à expansão indevida do poder punitivo estatal.

Posteriormente, deliberação do Supremo Tribunal Federal determinou a perda do mandato, afastando o resultado do procedimento conduzido por este Parlamento.

É diante desse quadro, e não por medo, fraqueza ou desistência, que comunico, de forma pública e solene, minha renúncia ao mandato parlamentar, para que fique registrado que um mandato legitimado por quase um milhão de votos foi interrompido apesar do reconhecimento formal, por esta Casa, da inexistência de provas para sua cassação.

Este gesto não é rendição. É registro histórico. É a afirmação de que mandatos passam; princípios permanecem. A democracia não se resume às urnas; ela vive no respeito às instituições e na coragem de registrar a verdade.

Dirijo-me, por fim, ao povo brasileiro. Aos meus eleitores, afirmo: a verdade foi dita, a história foi escrita e a consciência permanece livre. Ideias não se cassam. Convicções não se prendem. A vontade popular não se apaga.

A história registra: mandatos podem ser interrompidos; a vontade popular, jamais. Eu sigo viva, a verdade permanece, e o Brasil continuará a ouvir minha voz.

Que Deus abençoe o povo brasileiro, ilumine esta Nação e a conduza, sempre, pelo caminho do direito, da justiça e da liberdade.

Respeitosamente,

Carla Zambelli Salgado de Oliveira

Deputada Federal - Brasil

POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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