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Parlamento

Eduardo Riedel terá ampla maioria na Assembleia e apenas um opositor

A princípio, o governador eleito só terá oposição declarada do único deputado estadual eleito pelo PRTB, Rafael Tavares

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Se depender do apoio da Assembleia Legislativa para iniciar a administração de Mato Grosso do Sul com o pé direito, o governador eleito Eduardo Riedel (PSDB) pode ficar tranquilo.

De acordo com levantamento feito pela reportagem do Correio do Estado, dos 24 deputados estaduais eleitos e reeleitos, apenas um deles, Rafael Tavares (PRTB), deve fazer oposição declarada à gestão de Riedel, por fazer parte do partido do candidato derrotado a governador, deputado estadual Capitão Contar.

Somente com parlamentares do seu partido, o governador eleito já contará com a maior bancada da Casa de Leis, seis deputados estaduais, entre eleitos e reeleitos, sendo eles: Zé Teixeira (PSDB); Paulo Corrêa (PSDB); Jamilson Name (PSDB); Mara Caseiro (PSDB); Pedro Caravina (PSDB) e Lia Nogueira (PSDB).

Além disso, Riedel terá ainda o apoio de dois dos três integrantes da bancada do PL, formada pelos deputados estaduais reeleitos Coronel David (PL), Neno Razuk e João Henrique Catan (PL), que apoiou a candidatura de Capitão Contar.

O deputado estadual reeleito Coronel David afirmou à reportagem que tanto ele quanto Neno Razuk vão continuar na base de apoio ao governador eleito. “Eu farei parte da base de apoio do Riedel até porque fiz parte da coligação e trabalhei com muito afinco até o fim das eleições. Sobre o João Henrique Catan, sinceramente, não sei, mas, quanto ao Neno Razuk, já conversei e ele também fará parte da base aliada na Assembleia Legislativa”, garantiu.

O Correio do Estado ouviu o deputado estadual reeleito João Henrique Catan, que reafirmou que será independente na Casa de Leis.

“Nunca fiz e nunca farei parte da base e nem do comando de ninguém. Minha base são os quase 26 mil eleitores que me trouxeram para a Casa do Povo. Serei oposição apenas àquilo que contraria minha ideologia. Não farei oposição raivosa ou pessoal, desejo sorte ao novo governador. Cobrarei melhorias ao povo e aplicação integral do plano de governo”, ressaltou.

Outra bancada que já é da base aliada do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e deve continuar com Eduardo Riedel é a do PP, formada pelos deputados estaduais reeleitos Londres Machado (PP) e Gerson Claro (PP).

Os deputados estaduais reeleitos Lídio Lopes (Patriotas), Lucas de Lima (PDT) e Antônio Vaz (Republicanos) também vão continuar na base aliada do governador eleito, assim como o deputado estadual eleito Pedro Pedrossian Neto (PSD), que informou à reportagem que pretende dar sustentação ao novo governo.

A princípio, a bancada do PT, formada pelos deputados estaduais reeleitos Pedro Kemp (PT) e Amarildo Cruz (PT) e pelo deputado estadual eleito Zeca do PT, também não deve fazer oposição ao governador eleito, pois apoiou a candidatura dele no 2º turno das eleições.

No caso da bancada do MDB, formada pelos deputados estaduais reeleitos Renato Câmara (MDB) e Marcio Fernandes (MDB) e pelo deputado estadual eleito Junior Mochi (MDB), ainda não foi definido o posicionamento, mas, no 2º turno, o partido apoiou a candidatura do PRTB.

Em entrevista ao Correio do Estado, Junior Mochi disse que o apoio a Capitão Contar não foi por unanimidade dentro do MDB, e sim por parte de algumas lideranças da legenda. “A respeito do posicionamento do partido quanto ao apoio ou não ao governador eleito na Assembleia Legislativa, nós ainda não sentamos para avaliar esse cenário. Mais próximo da posse devemos começar a tratar disso, agora, o momento é de esperar, esfriar e serenar os ânimos”, declarou.

Já o deputado reeleito Rinaldo Modesto (Podemos) disse à reportagem que pretende apoiar todo e qualquer projeto de lei do Executivo que for útil para Mato Grosso do Sul. “Oposição por oposição não contribui para o bem da população do nosso Estado”, ressaltou.

O deputado estadual eleito Roberto Hashioka (União Brasil) informou ao Correio do Estado que não tem motivos para fazer oposição ao governador eleito Eduardo Riedel. “Pretendo ter uma posição independente dentro da Assembleia Legislativa. Por isso, o que for bom para Mato Grosso do Sul, vou votar a favor, e o que eu considerar nocivo para o Estado, votarei contra”, afirmou.

ELEIÇÕES 2026

Pesquisa aponta vitória de Eduardo Riedel no primeiro turno em MS

Correio do Estado/IPR entrevistou 1.700 pessoas nos 12 maiores municípios do Estado no período de 1º a 6 de dezembro

08/12/2025 04h00

O governador Eduardo Riedel (PP) está com reeleição pavimentada no pleito do próximo ano

O governador Eduardo Riedel (PP) está com reeleição pavimentada no pleito do próximo ano Saul Schramm

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A última pesquisa de intenções de votos para governador de Mato Grosso do Sul realizada este ano pelo Correio do Estado e o Instituto de Pesquisa Resultado (IPR) aponta que, se as eleições fossem hoje, Eduardo Riedel (PP) seria reeleito no primeiro turno do pleito.

De acordo com o levantamento estimulado, quando são apresentadas aos entrevistados as opções com os nomes dos candidatos, Riedel obteve 47,06% das intenções de votos, enquanto o segundo colocado, o ex-deputado federal Fábio Trad (PT), somou 9,47%.

Depois, aparecem o deputado federal Marcos Pollon (PL), com 6,06%, o deputado estadual João Henrique Catan (PL), com 1,82%, e o superintendente estadual do Patrimônio da União, Tiago Botelho (PT), com 1,47%. Outros 14,41% não votariam em nenhum deles e 19,71% não sabem ou não quiseram responder.

O governador Eduardo Riedel (PP) está com reeleição pavimentada no pleito do próximo ano

Com a análise somente dos votos válidos, ou seja, quando são excluídos os indecisos, os que não quiseram responder e os que vão votar em branco ou vão anular os votos, o atual governador chega aos 71,4% das intenções de votos, isto é, muito acima dos 50% necessários para ser reeleito no primeiro turno.

ESPONTÂNEA

Já na pesquisa espontânea, quando não são apresentadas aos entrevistados as opções com os nomes dos candidatos, Riedel também lidera, com 9,71% das intenções de votos, seguido, bem de longe, por Fábio Trad, com 1,24%.

Depois, aparecem o ex-deputado estadual Capitão Contar (PL), com 0,82%, Marcos Pollon, com 0,47%, o ex-governador André Puccinelli (MDB), com 0,29%, o deputado estadual Zeca do PT, com 0,29%, e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PL), com 0,24%.

Mais atrás ainda temos a senadora Tereza Cristina (PP), com 0,24%, João Henrique Catan, com 0,18%, o ex-senador Delcídio do Amaral (PRD), com 0,06%, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), com 0,06%, o deputado federal Vander Loubet (PT), com 0,06%, e o presidente da Famasul, Marcelo Bertoni (PP), com 0,06%. E 86,24% não sabem ou não quiseram responder.

REJEIÇÃO

A pesquisa Correio do Estado/IPR também levantou a rejeição para governador de Mato Grosso do Sul e Fábio Trad está na frente, com 13,88%, seguido por Marcos Pollon, com 6,88%, Riedel, com 5,47%, João Henrique Catan, com 4,29%, e Tiago Botelho, com 2,59%. Outros 33,65% não rejeitam ninguém, 16,88% rejeitam todos e 16,35% não sabem ou não quiseram responder.

O levantamento ouviu, no período de 1º a 6 de dezembro deste ano, 1.700 pessoas com 16 anos ou mais, distribuídas pelos municípios de Campo Grande, Dourados, Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Amambai, Paranaíba, Aquidauana, Três Lagoas, Naviraí, Maracaju e Corumbá, tendo grau de confiança de 95% com margem de erro de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos.

Apesar de ter sido feita nos 12 maiores municípios sul-mato-grossenses, a pesquisa cobre onde está a maior parte da capacidade eleitoral do Estado, ou seja, oferece uma fotografia extremamente fiel do cenário real, já que os pequenos municípios têm baixo peso estatístico.

Como as 12 cidades pesquisadas concentram mais de dois terços de todos os eleitores, a ausência dos municípios pequenos não distorce a tendência geral. Dois terços do eleitorado representam cerca de 1,25 milhão de eleitores, enquanto o Estado tem cerca de 1,88 milhão de eleitores (dado utilizado nas análises de 2022-2024).

ANÁLISE

Segundo o diretor do IPR, Aruaque Fresato Barbosa, a intenção de votos para governador mostrou uma diferença muito grande entre o atual chefe do Executivo estadual, Eduardo Riedel, e os outros nomes citados na pesquisa.
“Por isso, se as eleições fossem hoje, o pleito estaria muito próximo de acabar no primeiro turno. Se colocar apenas os votos válidos, com certeza daria primeiro turno se as eleições fossem agora, mas é preciso lembrar que elas serão somente em outubro de 2026”, pontuou.

Ele explicou que se pegar a diferença de Riedel para o segundo colocado, que é Fábio Trad, dá praticamente cinco vezes mais. “E isso porque estou falando apenas do segundo colocado e não citando os demais candidatos. Portanto, hoje é muito favorável à reeleição de Riedel no primeiro turno”, assegurou.

Para Aruaque Barbosa, até agora não apareceram nomes capazes de incomodar ou causar alguma mudança no atual cenário. “Agora, vamos ver se em 2026 as pessoas ficarão mais atentas às eleições, com os veículos de comunicação divulgando mais os candidatos. Aí a gente vai ter uma noção maior”, comentou. 

O pesquisador argumentou que a população sul-mato-grossense quer a reeleição do Riedel, aprova a reeleição dele Riedel e os números só vêm a confirmar esse cenário. 

“Se essa tendência se mantiver até outubro de 2026, a eleição será definida no primeiro turno aqui em Mato Grosso do Sul. Tem que acontecer aí uma mudança muito forte, significativa, para poder dar segundo turno”, reforçou.

Ele ainda citou que na espontânea, em que 86% dos entrevistados ainda não têm definido o nome para governador, o percentual de indecisos é alto porque a eleição ainda está longe. 

“Porém, Riedel tem 9,71% pontos percentuais, o segundo colocado, o Fábio, tem 1,24%, ou seja, aqui a discrepância é maior ainda. É lógico que Riedel, como governador, tem mais mídia, mesmo assim, todos os nomes que foram citados têm intensidade eleitoral mínimas”, afirmou.

terras indígenas

STF volta a julgar marco temporal nesta semana

Corte vai ouvir sustentações orais das partes envolvidas

07/12/2025 23h00

Foto: Naiara Camargo

Foto: Naiara Camargo

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O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia na próxima quarta-feira (10) um novo julgamento sobre a constitucionalidade do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Durante a sessão, não haverá votação dos ministros sobre a questão. A Corte vai ouvir as sustentações orais das partes envolvidas, e a data da votação será marcada posteriormente.

Em 2023, o STF considerou que o marco temporal é inconstitucional. Além disso, o marco foi barrado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vetou o projeto de lei aprovado no Congresso que validou a regra. Contudo, os parlamentares derrubaram o veto de Lula.

Dessa forma, voltou a prevalecer o entendimento de que os indígenas somente têm direito às terras que estavam em sua posse no dia 5 de outubro de 1988, data da promulgação da Constituição Federal, ou que estavam em disputa judicial na época.

Após a votação do veto presidencial, o PL, o PP e o Republicanos protocolaram no STF ações para manter a validade do projeto de lei que reconheceu a tese do marco temporal.

Por outro lado, entidades que representam os indígenas e partidos governistas também recorreram ao Supremo para contestar novamente a constitucionalidade da tese.

Conciliação

Antes de retomar o julgamento, o STF realizou diversas audiências de uma comissão de conciliação entre as partes envolvidas na questão. A conciliação foi convocada pelo ministro Gilmar Mendes, relator das ações.

Além de levar o caso para conciliação, Mendes negou pedido para suspender a deliberação do Congresso que validou o marco, decisão que desagradou aos indígenas.

Em agosto do ano passado, no início dos trabalhos da comissão, a Articulação dos Povos Indígenas (Apib), principal entidade que atua na defesa dos indígenas, decidiu se retirar da conciliação.

A associação entendeu que não havia paridade no debate.

As audiências foram mantidas sem a presença dos representantes dos indígenas. Os trabalhos continuaram com representantes do Senado, Câmara dos Deputados, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e de estados e municípios.

Em junho desde ano, a comissão finalizou os trabalhos e aprovou a minuta de um anteprojeto que poderá ser enviado ao Congresso Nacional após o julgamento para sugerir alterações na Lei 14.701 de 2023, norma que, apesar de tratar direitos dos povos indígenas, inseriu o marco temporal para as demarcações.

A questão do marco temporal não foi alterada porque é uma das questões em que não houve consenso.

A minuta trata de pontos consensuais que, em alguns casos, já constam na Lei 14.701/2323 e foram explicitados, como permissão para turismo em áreas indígenas, desde que seja autorizado pelos indígenas, além da obrigatoriedade de participação de estados e municípios no processo de demarcação.

A minuta também prevê que o processo demarcatório, que é realizado pela Funai, deverá ser público, e os atos deverão ser amplamente divulgados.

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