Política

ELEIÇÕES 2024

Adriane Lopes e Rose Modesto disputarão segundo turno em Campo Grande

Com mais de 98% das urnas apuradas, candidatas matematicamente já estão no segundo turno e disputarão a prefeitura no dia 27 de outubro

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A eleição para a Prefeitura de Campo Grande será decidida no segundo turno e entre duas mulheres. As candidatos Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União Brasil) disputarão a preferência dos eleitores no dia 27 de outubro.

Com mais de 98,43% das urnas apuradas, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já considera a eleição matematicamente definida para o segundo turno.

Até às 17h37, Adriane Lopes somou 31,72% dos votos válidos, enquanto Rose Modesto tem 29,51%.

Na sequência, aparecem os candidatos, já derrotados, Beto Pereira (PSDB) com 25,93% e Camila Jara (PT) com 9,43%.

As candidatas acompanharam a apuração em locais distintos e ainda não se manifestaram publicamente sobre o resultado do primeiro turno.

Pela manhã, ao votar, Adriane Lopes se mostrou confiante de que estaria no segundo turno, ressaltando que teve um crescimento na reta final da campanha e aproveitou para fazer novas promessas.

"Se reeleita eu for, eu vou zerar a lista de espera por uma vaga numa escola e vou terminar todas as obras inacabas de Campo Grande", disse.

A atual prefeita, que busca a reeleição, votou na Escola Municipal Professor Virgílio Alves de Campos, na Mata do Jacinto, acompanhada do esposo, o deputado estadual Lídio Lopes, e dos dois filhos.

Rose Modesto, que também disputará a preferência da população no último domingo do mês, estava mais confiante, acreditando na vitória em primeiro turno, mas sem destacar a possibilidade de um segundo.

“Se tiver aqui um segundo turno, nós vamos continuar fazendo o que eu tô fazendo desde o início, vamos fazer o debate em uma aliança muito fortalecida com os eleitores", enfatizou também que tentará conquistar os eleitores de outros candidatos. 

Ela disse ainda que a eleição foi pautada por fake news.

Rose votou na Escola Municipal Danda Nunes, no Vivendas do Bosque, acompanhada do irmão, o deputado estadual Rinaldo Modesto.

Candidatos

Nas eleições municipais deste ano, sete candidatos concorreram ao cargo de prefeito de Campo Grande.

Além de Adriane Lopes e Rose Modesto, também disputaram o pleito: Beto Pereira (PSDB), Camila Jara (PT), Beto Figueiró (Novo), Luso Queiroz (PSOL) e Ubirajara Martins (DC).

INVESTIGAÇÃO

Testemunha afirma que Neno Razuk foi vítima de 'armação' em investigação do jogo do bicho

Neno Razuk é acusado de chefiar organização criminosa que praticava roubos para assumir o comando dos jogos de azar

24/04/2025 16h00

Deputado Neno Razuk

Deputado Neno Razuk Foto: Luciana Nassar / Alems

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Nesta semana, o processo que acusa o deputado Roberto Razuk Filho, o Neno Razuk (PL), de chefiar uma organização criminosa que praticava roubos na intenção de assumir o comando do jogo do bicho em Campo Grande, teve novos desdobramentos. Conforme a defesa de Razuk, o acusado foi vítima de uma armação.

A informação foi confirmada após o depoimento de uma testemunha afirmar com riqueza de detalhes, que, mesmo com a investigação, a organização criminosa continua atuando. Essa testemunha alegou que foi membro do grupo criminoso, e ainda foi ameaçado de morte por diversas vezes.

A testemunha identificada como Ricardo, relatou que era responsável pelo recolhe do dinheiro, e no dia 16 de outubro de 2023, se encontrou com os supostos assaltantes, em uma residência no bairro Monte Castelo. Em seguida, o homem recolheu o dinheiro das apostas, aproximadamente R$ 10 mil, e foi abordado pelos falsos assaltantes. Depois, ele voltou na casa para e recebeu parte do dinheiro levado.

Nesse mesmo dia, equipes do Grupo de Apoio a Repressão de Roubos e Assaltos – (Garras), estiveram no local e apreenderam 700 máquinas de jogo do bicho, onde supostamente funcionava o QG do jogo do bicho liderado pelo deputado.

Após o depoimento da testemunha, o delegado responsável pelo caso Fábio Brandalise, da DERF (Delegacia Especializada na Repressão de Roubos e Furtos), descartou que a suposta organização criminosa comandada por Neno Razuk (PL), tivesse praticado roubos na guerra para assumir o comando do jogo do bicho em Campo Grande.

Conforme o delegado, os assaltos foram investigados pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) porque aconteceram no mesmo dia, e tiveram como alvo, os responsáveis pelo recolhe de quantias do jogo do bicho.

Além disso, a investigação apontou que o grupo teria planejado os supostos crimes para impor o medo contra o grupo paulista e assumir o comando dos jogos de azar após a falência da família Name com a Operação Omertà, deflagrada pela primeira vez em 29 de setembro de 2019.

ENTENDA

A juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal, julga deste setembro de 2024, a ação penal de organização criminosa e exploração do jogo do bicho contra o deputado estadual Neno Razuk (PL).

Razuk foi denunciado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) na Operação Sucessione. Conforme a ação penal, a suposta organização criminosa estaria usando da violência, inclusive com roubos de malote, para assumir o controle do jogo do bicho em Campo Grande, que ficou sem mandante após a Operação Omertà contra a família Name.

Como tem foro privilegiado, Neno Razuk poderia contar com o apoio dos deputados estaduais para se livrar da denúncia por organização criminosa e exploração do jogo do bicho. Diante disso, o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado - (Gaeco) deflagrou duas fases da Operação Sucessione e denunciou Razuk em dezembro de 2023.

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EXPLICAÇÕES

PL culpa MDB por calote que sujou nome de dois funcionários de Pollon

A dívida foi gerada nas eleições gerais de 2018 no âmbito da coligação "Amor, Trabalho e Fé", liderada pelo partido do ex-governador André Puccinelli

24/04/2025 15h17

Fac símile da cobrança da dívida pela Procuradoria da Fazenda Nacional e que motivou a negativação no Cadin

Fac símile da cobrança da dívida pela Procuradoria da Fazenda Nacional e que motivou a negativação no Cadin Reprodução

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O diretório estadual do PL em Mato Grosso do Sul esclareceu, nesta quinta-feira (24), que o MDB é o responsável legal pela dívida não paga em 2019 e que provocou a negativação de dois funcionários do deputado federal Marcos Pollon junto ao Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados do Setor Público Federal (Cadin).
 
O Correio do Estado divulgou que Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira ingressaram na Justiça com duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência contra o PL do Estado, alegando que ambos não exerciam qualquer função ou cargo no partido durante o período em que a obrigação tributária foi constituída, mas, sim, a partir de 2023, quando Marcos Pollon assumiu o comando da legenda em Mato Grosso do Sul.
 
Por meio de nota oficial, o PL explicou que a dívida mencionada na matéria publicada pelo Correio do Estado, que resultou na negativação dos nomes de Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira no Cadin, refere-se a uma obrigação contraída e não quitada durante a gestão anterior da sigla, no período entre 2018 e 2019, à época sob a presidência de Filinto Gomes de Abreu.
 
Ainda conforme a legenda, conforme documentação disponível, a dívida foi gerada nas eleições de 2018, no âmbito da coligação “Amor, Trabalho e Fé”, lidera pelo MDB, partido do ex-governador André Puccinelli, que tentava retornar ao cargo, e composta ainda pelos partidos PL, PRTB, DC, PHS e PRP. 
 
“Na prática, a responsabilidade era do MDB, que não quitou o débito, entretanto, como o PL integrava a coligação, a obrigação acabou recaindo sobre o partido. É importante destacar que os dois citados jamais exerceram cargos ou funções partidárias no PL durante o período em que a dívida se originou, tendo ingressado no partido apenas em 2023, já sob a gestão do deputado federal Marcos Pollon”, detalhou a nota.
 
A legenda acrescentou também que a atual executiva estadual, que tem como presidente o primeiro-suplente de senador Aparecido Andrade Portela, o “Tenente Portela”, e como vice-presidente o deputado federal Rodolfo Nogueira, “reitera que não teve qualquer participação ou conhecimento prévio sobre esse passivo, que só recentemente se tornou público por meio da imprensa”.
 
A executiva estadual do PL ainda reforçou que não há qualquer relação entre essa dívida e a atual administração do partido, tampouco com os representantes da legenda alinhados ao ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro em Mato Grosso do Sul. 
 
“A responsabilização indevida de pessoas que sequer integravam a legenda no momento da ocorrência é injusta e será devidamente contestada nos meios judiciais apropriados. O PL reafirma seu compromisso com a transparência, a responsabilidade fiscal e a retidão na condução partidária, colocando-se à disposição das autoridades competentes para colaborar com o esclarecimento completo dos fatos”, concluiu a nota.

Entenda

Nas duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência impetradas por Felipe Di Benedetto Júnior e Neysaac Alves Pereira, eles alegaram surpresas com a inclusão dos seus nomes no Cadin, pois ambos não exerciam qualquer função ou cargo no partido durante o período em que a obrigação tributária foi constituída, mas, sim, a partir de 2023, quando Marcos Pollon assumiu o comando da legenda em Mato Grosso do Sul.
 
No caso de Benedetto, os autos trazem, em anexo, documento de nomeação que comprova seu ingresso como secretário-geral do PL no Estado apenas no dia 13 de julho de 2023, muito após os fatos geradores da dívida em questão.
 
Na situação de Pereira, o documento demonstra que a nomeação dele como tesoureiro da legenda também foi na mesma data, ou seja, quatro anos depois da dívida fiscal. Ambos faziam parte da equipe de Pollon no diretório regional da sigla.
 
Ainda nas duas ações declaratórias com pedido de tutela de urgência, eles alegaram que foi um evidente erro administrativo redirecionar a responsabilidade fiscal para ambos, pois causou uma obrigação inexistente e ilegal. 
 
Os ex-membros do diretório regional pontuaram que tal situação se traduz em verdadeira afronta à Justiça e à segurança jurídica, pois a inscrição indevida no Cadin está causando prejuízos gravíssimos e irreparáveis a eles.
 
Para Benedetto, a negativação está causando danos à reputação profissional, pois ele é advogado e depende de sua credibilidade e imagem para exercer suas atividades. 
 
“A inclusão indevida compromete sua confiança junto a clientes e terceiros. Também dificulta o acesso ao crédito, pois a negativa por instituições financeiras impacta diretamente na minha vida pessoal e profissional, e abalo moral, já que a inscrição indevida acarreta constrangimento público, ferindo minha dignidade e imagem junto a órgãos e entidades”, escreveu na defesa.
 
Ele completou que tentou resolver a questão de forma extrajudicial com o atual presidente estadual do PL, Aparecido Andrade Portela, o Tenente Portela, primeiro-suplente de senador. Contudo, ele se manteve “inerte, evidenciando total descaso com os danos causados”.
 
Pereira também explicou que a negativação causou danos à reputação profissional, pois ele é policial civil e depende de sua credibilidade e imagem para exercer suas atividades.
 
Disse ainda que a dificuldade no acesso ao crédito impacta diretamente na sua vida pessoal e profissional, bem como provocou abalo moral, por conta do constrangimento público ferir sua dignidade e sua imagem junto a órgãos e entidades.
 
Diante dos fatos, cada um dos autores solicitou à Justiça para declarar a inexistência de qualquer vínculo jurídico ou fiscal entre eles e a obrigação tributária que originou a inscrição no Cadin e que o PL pague, a título de indenização por danos morais, valor não inferior a R$ 20 mil (para cada um), bem como a condenação do partido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, além da produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente documental e testemunhal, se necessário.
 
O juiz David de Oliveira Gomes Filho, 3ª Vara do Juizado Especial Cível e Criminal, determinou a realização de uma audiência de conciliação entre as partes no dia 20 de março deste ano, porém, não chegaram a um consenso. 
 
Por isso, para a fase contenciosa, foi designada audiência de instrução e julgamento para o dia 10 de junho deste ano, quando as partes deverão apresentar as provas que tiverem e estarem acompanhadas de seus respectivos advogados. 

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