Política

MARTELO BATIDO

Governador e primeira-dama gravam vídeo declarando apoio a Adriane Lopes neste 2º turno

Eduardo Riedel e Mônica Riedel vão dizer que respeitam a decisão do PSDB, mas os votos deles são da atual prefeita

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O governador Eduardo Riedel (PSDB) e a primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, vão gravar um vídeo, ainda hoje, declarando apoio à reeleição da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), neste segundo turno das eleições.
 
Segundo apurou o Correio do Estado, no vídeo, Eduardo Riedel e Mônica Riedel dirão que respeitam a decisão do diretório municipal do PSDB, mas que os votos de ambos neste segundo turno vão para Adriane Lopes. 
 
Além disso, o governador vai explicar que se trata de uma questão de Justiça, pois Adriane Lopes, no segundo turno das eleições de 2022, também declarou apoio à candidatura dele ao Governo do Estado.
 
Na edição impressa de terça-feira (8), o Correio do Estado já tinha antecipado que o governador iria caminhar lado a lado com a atual prefeita de Campo Grande neste segundo turno.
 
Após mais de uma hora de reunião a portas fechadas, realizada no fim da tarde de segunda-feira (7), entre Eduardo Riedel, a senadora Tereza Cristina (PP) e a prefeita Adriane Lopes, o apoio do tucano à reeleição da candidata progressista no segundo turno das eleições municipais deste ano foi sacramentado.
 
Apesar de Riedel bater na tecla de que a decisão oficial de o PSDB apoiar ou não Adriane será definida e anunciada no fim da tarde de hoje pelo presidente municipal da sigla, o deputado federal Beto Pereira – que foi o candidato do partido à prefeitura, mas que não conseguiu chegar ao segundo turno –, fontes tucanas e progressistas ouvidas pelo Correio do Estado dão como certa que as duas legendas caminharão unidas mais uma vez.
 
Em 2022, no segundo turno das eleições gerais, Adriane declarou apoio à candidatura de Riedel ao governo do Estado, enquanto a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil) – então candidata derrotada ao cargo no pleito daquele ano – bateu o martelo a favor da candidatura do deputado estadual Capitão Contar (PRTB).
 
Agora, conforme as fontes ouvidas pela reportagem, chegou a vez de o governador retribuir o favor da prefeita e, neste segundo turno, declarar apoio à reeleição dela.
 
Afinal, Adriane é indicação de Tereza Cristina, amiga de longa data de Riedel desde o tempo em que ele era presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Sistema Famasul).
 
E é essa reciprocidade que fez com que a senadora fosse procurar o governador para pedir o apoio dele à prefeita neste segundo turno.
 
Ao Correio do Estado, Tereza Cristina afirmou que a reunião com Riedel foi muito produtiva, mas que ele disse que a definição sobre esse apoio a Adriane sairá do encontro das lideranças municipais do PSDB com Beto Pereira.
 
 “A conversa foi muito boa, mas o Eduardo deixou essa decisão nas mãos do Beto. Ele foi muito receptivo, e agora só nos resta esperar”, declarou, reforçando que o apoio tem de ser pedido, pois ele “não cai do céu”. Tereza Cristina disse à reportagem que estava embarcando para Brasília (DF), onde terá votações importantes no Senado.
 
Contudo, ela revelou que vai aproveitar a estadia na capital federal para conversar com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL), a fim de alinhar o apoio da sigla à candidata Adriane Lopes neste segundo turno.

Beto

Na noite de ontem (8), o presidente municipal do PSDB, deputado federal Beto Pereira, que não conseguiu avança para o segundo turno na disputa pela Prefeitura de Campo Grande, anunciou que não vai apoiar nenhuma das duas candidatas à Prefeitura de Campo Grande, mas que liberou o restante do partido em se aliar à prefeita Adriane Lopes (PP) ou à ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil).
 
Esse posicionamento de Beto Pereira foi adiantado na segunda-feira (7) pelo Correio do Estado. “Nós tivemos uma reunião com o aval da direção estadual do partido, dando à Executiva municipal o direito de se posicionar quanto a Campo Grande e optamos por uma posição independente, liberando a todos os nossos filiados e também àqueles que nos acompanharam durante todo esse processo para que tomem as suas decisões pessoais”, declarou.
 
Ele ainda reforçou que o PSDB não tomará nenhuma posição oficial em favor de nenhuma das duas candidaturas.

“Nós entendemos que, por uma questão de coerência, não vamos dar aval a nenhum dos projetos porque não acreditamos que os projetos representam as ideias reformistas que o PSDB levou à população de Campo Grande”, argumentou.
 
Por isso, prosseguiu Beto Pereira, a legenda entendeu não ser importante e necessário para este momento avalizar nenhum dos projetos para não comprometer aquilo que a sigla entende como mudança necessária para Campo Grande.

“Sobre a possibilidade de o governador Eduardo Riedel apoiar Adriane Lopes, só posso dizer que o voto é secreto e o posicionamento do governador será respeitado”, afirmou.
 
O deputado federal ainda assegurou que vai ficar em Campo Grande e votará no segundo turno. “Vou votar e estarei aqui.

Nós queremos acrescentar que nós não temos nenhuma crítica pessoal a nenhuma das candidatas. Nós respeitamos de forma democrática o resultado das eleições.

Nós estaremos torcendo para que a população de Campo Grande tenha a sabedoria necessária para escolher aquela que ela entenda ser o melhor projeto”, ressaltou.
 
Para concluir, o presidente municipal do PSDB pontuou que agora estamos no fim desse processo e torce para que Campo Grande vá bem.

“Que haja uma administração que promova as reformas necessárias e que nós tenhamos serviços de qualidade sendo proporcionados à nossa população. No meu mandato de deputado federal, dos nossos vereadores, todos eles estarão de forma colaborativa para qualquer que seja a vencedora”, garantiu.
 
Além de discorrer sobre sua posição nas eleições, o deputado agradeceu ao eleitorado por sua expressiva votação, reforçando que o PSDB trouxe esperança a uma parcela significativa da população.

“Tivemos duras críticas aos modelos de gestão anteriores e, por isso, decidimos nos posicionar de maneira independente, liberando nossos filiados a escolherem por conta própria”, explicou.
 
No entanto, o deputado também abordou as dificuldades enfrentadas durante a campanha, denunciando a disseminação de fake news e a parcialidade da cobertura da mídia.

“Desde o início, enfrentamos ataques e fomos alvo de fábricas de fake news, algumas das quais foram identificadas pela Polícia Federal. Esta situação deve ser investigada, pois prejudica o processo democrático”, finalizou Beto.

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Política

Monark é condenado a um ano de prisão por ofensas a Flávio Dino

As falas de Monark consideradas ofensivas pela Justiça ocorreram durante uma transmissão de seu programa de podcast na internet, em 17 de maio de 2023

08/10/2024 21h00

Monark foi condenado a prisão por falas consideradas ofensivas ao ministro Flávio Dino

Monark foi condenado a prisão por falas consideradas ofensivas ao ministro Flávio Dino Reprodução

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A Justiça Federal em São Paulo condenou o youtuber Bruno Aiub, conhecido como Monark, à pena de um ano, um mês e 11 dias de prisão em regime inicial semiaberto por injúria contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino. Ele também deverá pagar uma indenização de R$ 50 mil.

A decisão foi proferida pela juíza Maria Isabel do Prado da 5ª Vara Federal de São Paulo, no dia 2 de outubro. Cabe recurso.

Procurado, Flávio Dino afirmou via assessoria de imprensa que não comentará a decisão. Monark não foi localizado até a publicação desta reportagem.

As falas de Monark consideradas ofensivas pela Justiça ocorreram durante uma transmissão de seu programa de podcast na internet, em 17 de maio de 2023. Na época, Dino era ministro da Justiça do governo Lula (PT).

Monark chamou o ministro de "autoritário do caramba" e "gordola". No vídeo em que ocorrem as ofensas, o youtuber estava fazendo um "react", ou seja, reagindo a um discurso de Flávio Dino em uma reunião do Ministério da Justiça com representantes de plataformas digitais.

Dino fazia críticas aos termos de uso de redes sociais e dizia que não permitiria "uma epidemia de assassinatos em escolas por causa dos termos de uso do Twitter". Essa era uma referência ao massacre ocorrido em uma creche de Blumenau (SC), semanas antes. Na transmissão, Monark interrompe o vídeo da reunião e começa a criticar as falas do ministro.

"Olha o que esse Dino faz, olha o quão perverso é a mente de um homem, o quão malicioso e maldito é a mente desse cara. O cara está pegando crimes que aconteceram em escolas, envolvendo crianças, e tá usando a morte dessas crianças para justificar tirar a liberdade da população", disse.

Em outro trecho do vídeo, ainda reagindo a falas de Dino, Monark volta a usar palavras consideradas ofensivas pela Justiça.

"Esse gordola quer te escravizar. Você vai ser escravizado por um gordola. Esse cara, sozinho, você põe ele ali na rua, ele não dura um segundo, não consegue nem correr cem metros, põe ele na floresta ali para ver se ele sobrevive com os leões. Você vai deixar esse cara, que na vida real é um bosta, ser o seu mestre?."

A juíza Isabel do Prado considerou que Monark , em vez de tecer críticas com argumentos objetivos, visou "precipuamente a ofender a dignidade e o decoro" de Dino.

Antes da atual decisão, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região chegou a suspender a ação. O desembargador Fausto de Sanctis entendeu que o influenciador fez um "mal-educado desabafo" que não justifica uma ação penal e suspendeu a queixa-crime apresentada por Dino.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, em dezembro do ano passado, Monark afirmou que para ele, o crime de injúria tem que acabar. "Tinha que ser direito de todos xingar a pessoa do que quiser."
 

*Informações da Folhapress 

Política monetária

Senado aprova Galípolo para a presidência do Banco Central

Indicado por Lula, Galípolo recebeu 66 votos favoráveis e 5 contrários

08/10/2024 19h40

Gabriel Galípolo será o novo presidente do BC

Gabriel Galípolo será o novo presidente do BC Agência Senado

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O Senado Federal aprovou nesta terça-feira (8) a nomeação de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC), marcando a primeira mudança de comando desde que a autonomia da instituição foi sancionada, em 2021. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Galípolo recebeu 66 votos favoráveis e 5 contrários, sem abstenções, registrando o maior placar para o cargo em mais de 20 anos.

Galípolo foi aprovado por unanimidade na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) horas antes da votação no plenário, onde passou por uma sabatina de quase quatro horas. Com 26 votos a favor na CAE, sua indicação seguiu para votação secreta no plenário do Senado, onde obteve o maior número de votos desde Roberto Campos Neto, que recebeu 55 votos em 2019.

O próximo passo para oficializar a nomeação é a publicação de um decreto presidencial. Com o mandato atual de Roberto Campos Neto se encerrando em 31 de dezembro de 2024, Galípolo assumirá o BC em janeiro de 2025 para um período de quatro anos.

Na sabatina, Galípolo reafirmou que Lula lhe garantiu total autonomia para tomar decisões à frente da instituição, sempre em prol do interesse do povo brasileiro. Ele também destacou a importância de o Banco Central manter seu foco na estabilidade financeira e no controle da inflação. “Cada decisão que tomarmos será orientada pelo compromisso com o bem-estar da população”, afirmou.

Questionado sobre a autonomia do Banco Central, Galípolo destacou que o tema gera um “debate acalorado” e que é essencial que a autoridade monetária continue a seguir as metas e objetivos estabelecidos pelo governo democraticamente eleito.

Ele também ressaltou o bom relacionamento com o atual presidente do BC, Campos Neto, e fez um mea culpa por não ter contribuído para uma relação ainda melhor entre a instituição e o governo.

Como novo presidente do BC, Galípolo terá a responsabilidade de conduzir a política monetária em um cenário de inflação controlada, com metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

Sua missão será conquistar a confiança do mercado financeiro, que receia uma postura mais branda no combate à inflação após a maioria dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) ser indicada por Lula a partir de 2025.

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