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Lula anuncia Mercadante como novo presidente do BNDES e diz que vai acabar com privatizações

Coordenador dos grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro já era tido entre petistas como certo

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O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta terça-feira (13) como presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) o ex-ministro e ex-senador Aloizio Mercadante.

"Aloizio Mercadante, vi algumas críticas sobre você, sobre boatos que você vai ser presidente do BNDES. Eu quero dizer para vocês que não é mais boato: o Aloizio Mercadante será presidente", disse Lula.

O presidente também declarou que "vai acabar a privatização nesse país". Lula participou de evento para encerramento das atividades dos grupos técnicos do gabinete de transição, na tarde desta terça-feira (13).

Ele estava em uma mesa ao lado do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), das primeiras-damas Janja e Lu Alckmin, da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, de ministros já indicados para o futuro governo e outros coordenadores da transição, como o próprio Mercadante.

"Estamos precisando de alguém que pense em desenvolvimento, alguém que pense em reindustrializar esse país, alguém que pense em inovação tecnológica. Que pense na geração de financiamento ao pequeno, grande, médio empresário para que esse país volte a gerar emprego", disse Lula, exaltando o futuro presidente do banco.

Coordenador dos grupos técnicos do gabinete de transição, o ex-ministro já era tido entre petistas como certo para comandar o BNDES. Os rumores envolvendo seu nome, no entanto, vinham provocando reação do mercado.

Para investidores, a nomeação de Mercadante sinalizaria uma política econômica mais desenvolvimentista do governo eleito, com possível expansão do gasto público para impulsionar o crescimento.

Aliado a isso, rumores de mudanças na Lei das Estatais também foram citadas por agentes financeiros como um dos motivos para a forte queda do Ibovespa nesta segunda.

Como Mercadante atuou na campanha de Lula, sua indicação para uma estatal poderia entrar em conflito com a legislação.

Em outro recado que pode ser mal recebido pelo mercado, Lula também afirmou que seu governo não vai promover privatizações de empresas estatais. Acrescentou que as empresas públicas vão poder "mostrar a sua rentabilidade".

"Não haverá chuva, sol, nada nesse mundo, a não ser Deus que me proíba, de fazer esse país voltar a sorrir, fazer o povo voltar a ser alegre, e acreditar que esse país acabou o complexo de vira lata. Não somos inferiores a ninguém, somos iguais a todo mundo e queremos ser donos do nosso território", afirmou o presidente diplomado.

"Vai acabar as privatizações nesse país. Já privatizaram quase tudo, mas vai acabar e vamos provar que algumas empresas públicas vão poder mostrar a sua rentabilidade", completou Lula.

Política

Aécio Neves confirma permanência dos 3 deputados federais de MS no PSDB

Presidente nacional da sigla disse que Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto seguirão no ninho tucano para 2026

08/12/2025 17h40

Deputado federal Aécio Neves

Deputado federal Aécio Neves Foto: Câmara dos Deputados

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Em entrevista ao Correio do Estado nesta segunda-feira (8), o presidente nacional do PSDB, deputado federal Aécio Neves, afirmou que os três deputados federais de Mato Grosso do Sul (Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira) seguem na legenda para disputar as eleições de 2026. A confirmação veio após reunião entre a direção nacional e os parlamentares, e foi reiterada pelo dirigente. 

Segundo Aécio, a nova composição do diretório estadual só foi formalizada após o compromisso dos deputados de seguirem no ninho tucano. Ele destacou que Beto Pereira, atual presidente regional da sigla, já manifestou publicamente a intenção de reorganizar o partido e continuar no projeto tucano.

Cabe destacar que Beto Pereira e Dagoberto foram especulados no Republicanos, enquanto Geraldo Resende teve o nome ventilado no Partido Verde (PV). 

A definição ocorre em meio à insatisfação do deputado estadual Pedro Caravina, que cogita deixar o PSDB após não ser escolhido como vice-presidente estadual.

Questionado sobre o risco de perda de deputados federais e estaduais no Mato Grosso do Sul, Aécio minimizou a possibilidade e disse acreditar na permanência da bancada, apesar de reconhecer decisões individuais.

"O PSDB tá passando por um processo de recuperação política e, obviamente, também nas suas estruturas estaduais. Eu assumo a presidência do partido com a responsabilidade de fazer o PSDB protagonista da política nacional, novamente", disse.

Conforme o deputado, o partido precisa se reestabelecer enquanto oposição histórica ao PT. "Eu não acredito que essa polarização sobreviva por muito tempo. Nós somos o único partido que não se curvou nem ao bolsonarismo nem ao lulipetismo nesses últimos anos, recuperar o nosso papel político contra essa polarização rasa, inculta, radical, que tanto mal vem fazendo ao país", declarou. 

"Em conversas anteriores com  Riedel - hoje no PP - nós chegamos ao entendimento que passa pela permanência dos três parlamentares federais no PSDB. Eu tenho confiança que todos ficarão", disse o deputado, que assegurou que os três sul-mato-grossenses seguirão no ninho tucano para 2026. 

Mesmo com a desfiliação do governador Eduardo Riedel e do ex-governador Reinaldo Azambuja que migrou ao PL, Aécio afirmou que o PSDB seguirá politicamente alinhado ao grupo no Mato Grosso do Sul. Ele classificou essa decisão como excepcional e justificou que a avaliação positiva da gestão estadual e a parceria histórica com o partido pesaram para manter o alinhamento.

Para o líder nacional tucano, o partido poderá eleger de três a quatro deputados federais no Estado nas próximas eleições.

Como já mencionado, no cenário nacional, afirmou que o PSDB será oposição ao governo Lula, mas com uma postura democrática e conceitual. Criticou o que chamou de "gastança, apadrinhamento político e falta de investimentos estruturantes".

Disse preferir apoiar uma candidatura de centro para 2026, mas não descartou lançar um nome próprio caso esse projeto não se consolide. Para ele, o país precisa de uma alternativa ao PT e ao bolsonarismo, e pesquisas recentes mostram que parte expressiva dos jovens já prefere o centro político.

*Colaborou Daniel Pedra 

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Política

MPMS investiga gestão anterior de Naviraí por lavratura de escrituras públicas no Paraná

A apuração, oficializada em despacho do dia 13 de novembro de 2025, tem como alvo a prática de registrar atos oficiais

08/12/2025 16h45

Foto: Divulgação

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O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Naviraí, instaurou uma investigação preliminar para apurar supostas irregularidades na lavratura de escrituras públicas do município durante a gestão de 2020 a 2024. A apuração, oficializada em despacho do dia 13 de novembro de 2025, tem como alvo a prática de registrar atos oficiais em cartórios de outros estados, especificamente no Paraná.

Segundo os autos, a investigação foi motivada por uma representação encaminhada pelo atual prefeito, Rodrigo Sacuno (PL). O documento aponta que, durante o mandato da ex-prefeita Rhaiza Matos (PSDB), diversas escrituras em que o município figurava como parte teriam sido lavradas em serventias notariais de cidades como Ivaté, Marialva e Icaraíma, todas no estado do Paraná.

A administração atual alega que tal prática pode ter gerado dano ao erário devido a despesas com deslocamento da gestora para assinar os documentos em outro estado, além de prejuízo à arrecadação municipal pela não incidência do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) nos cartórios locais. Há ainda a suspeita, relatada nos autos, de que os documentos poderiam ter sido lavrados fisicamente em Naviraí mas registrados fora, o que configura irregularidade notarial.

A Promotora de Justiça Fernanda Proença de Azambuja Barbosa determinou que os cartórios paranaenses citados enviem cópias de todas as escrituras envolvendo o Município de Naviraí. O MPMS também ordenou um levantamento comparativo das tabelas de custos cartorários dos Tribunais de Justiça do Paraná e de Mato Grosso do Sul para verificar se houve variação de custos que justificasse a escolha por serventias de outro estado.

O Correio do Estado entrou em contato com a ex-prefeita e não obteve retorno até o fechamento da matéria. O espaço segue aberto. 

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