Política

ROTEIRO PRESIDENCIAL

Lula inicia viagens pelo Brasil e Vander anuncia vinda dele a MS dia 10 de março

Com popularidade em baixa e a saúde em dia, o presidente da República retomou a estratégia de percorrer todos os estados

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Com índices de aprovação do governo em queda, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu dar início à estratégia de visitar as cinco regiões brasileiras para se aproximar da população e reverter o cenário de desagrado.

Conforme o deputado federal Vander Loubet (PT) disse ao Correio do Estado, um dos estados que devem receber o chefe do Executivo nacional é Mato Grosso do Sul e a data deve ser 10 de março.

Caso seja oficializada pela Presidência da República, essa será a terceira visita de Lula ao Estado nesse terceiro mandato – a primeira foi em Campo Grande e a segunda, em Ribas do Rio Pardo.

“Em 2023 e 2024, eu vejo que o Lula focou bastante na agenda externa, justamente para reinserir o Brasil dentro da geopolítica mundial e para abrir novos mercados para as exportações brasileiras”, ressaltou o parlamentar sul-mato-grossense.

Ele completou que, enquanto isso, no plano interno, o presidente priorizou o relançamento dos programas sociais e das políticas públicas que o País necessitava, como o Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), Minha Casa, Minha Vida, Bolsa Família e Farmácia Popular, e o lançamento de novos, como o Pé-de-Meia.

“Agora, neste ano, o presidente Lula disse que é hora da colheita do que foi plantado pelo governo. Então, faz todo o sentido do mundo ele retomar as viagens pelo Brasil. No dia 18 de fevereiro, tive uma audiência com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, para tratar de uma agenda do Lula aqui em Mato Grosso do Sul, no dia 10 de março”, revelou.

Loubet explicou que o chefe do Executivo virá a Mato Grosso do Sul anunciar cerca de R$ 500 milhões em investimentos do Novo PAC na questão da hidrovia do Rio Paraguai e dos aeroportos de Campo Grande, Dourados, Ponta Porã e Corumbá. 

“É algo grande e importante para a infraestrutura do nosso estado. Durante a nossa conversa, o ministro afirmou que está trabalhando para inserir o presidente Lula nessa agenda, e nós estamos dando todo o nosso apoio para que isso se concretize. Portanto, podemos ter o Lula em Mato Grosso do Sul já na segunda semana de março”, projetou.

PÉ NA ESTRADA

Nesta semana, o presidente Lula já esteve no Rio Grande do Sul para assinar o contrato para a aquisição de quatro navios para transporte de petróleo e derivados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras. 

No evento, Lula afirmou que, se for preciso, visitará até fábrica de palito de fósforo.

“Na próxima semana, vamos para o Espírito Santo e, na outra, vamos para Santa Catarina e Bahia. Ou seja, porque daqui para frente, eu vou visitar até fábrica de palito de fósforo”, assegurou. 

Já na semana passada, em terceira viagem ao Rio de Janeiro, Lula esteve presente na cerimônia de assinatura do contrato de concessão do terminal ITG02, em Itaguaí. Dias antes, o petista visitou a sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém, capital do Pará.

As viagens de Lula não devem parar por aí. A previsão é de que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, também intensifique as visitas aos estados com o intuito de divulgar as ações do governo, para que os anúncios cheguem até a base.

POPULARIDADE

Pesquisa Datafolha divulgada neste mês mostrou que 24% dos entrevistados consideram o terceiro governo Lula ótimo ou bom, enquanto em dezembro do ano passado esse porcentual era de 35%. Ou seja, o índice é o menor patamar atingido pelo petista nos três mandatos.

Para reverter esse cenário, o Palácio do Planalto tem apostado em agendas em diferentes estados, com anúncios de investimentos, programas sociais e obras, na tentativa de disputar a reeleição no ano que vem.

A equipe de Lula trata a queda da popularidade como uma fotografia de cenário, tirada com o rescaldo da crise causada pelo ato normativo da Receita Federal para acompanhar as transferências via Pix. O presidente afirmou que o levantamento não é levado a sério, e sim tratado como um objetivo de estudo.

“Quem me conhece sabe que eu nunca levei definitivamente a sério qualquer pesquisa feita em qualquer momento. Uma pesquisa serve para você estudar, para você saber se você tem que mudar de comportamento, para você saber se tem que mudar de ação, é isso que eu faço”, disse Lula.

Já o deputado federal petista vê que uma parte do problema da popularidade do presidente Lula hoje está relacionada ao sucesso do trabalho dele na questão da política externa e do comércio exterior. 

“É uma ironia. Nosso ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, deu uma entrevista na segunda-feira, destacando que o Brasil, através justamente do governo Lula, abriu 300 mercados para produtos agropecuários em dois anos. E com o aumento das nossas exportações, o preço de alguns alimentos acabou subindo no mercado interno e impactando o bolso da população”, argumentou.

Loubet acrescentou que, se pegar os indicadores econômicos, todos estão positivos: “Registramos em 2023 e 2024 crescimento do PIB [Produto Interno Bruto] acima do esperado pelos analistas. A indústria retomou o crescimento e o turismo, que é um setor muito importante para nossa economia, vem batendo recordes desde 2023”.

Ele prosseguiu, completando que o desemprego é um dos mais baixos da série histórica.

“Muitos economistas e analistas de renome até questionam de onde saem as notícias de que o Brasil estaria em crise. Isso não existe. O Brasil está muito bem”, assegurou.

Na avaliação do petista, essa questão do aumento do preço dos alimentos é uma preocupação do governo não por causa da popularidade do Lula, mas porque isso afeta os mais pobres. 

“Essa sim é uma preocupação nossa e do Lula, mas aí entram diversos fatores. Além do aumento das exportações, também temos questões de sazonalidade, então, a tendência é que os preços possam cair e se normalizar”, analisou.

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POLÍTICA

Carla Zambelli renuncia ao mandato após STF determinar que suplente assumisse

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal.

14/12/2025 15h00

Deputada Federal Carla Zambelli

Deputada Federal Carla Zambelli Divulgação

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Na tarde deste domingo (14), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), informou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) renunciou ao cargo parlamentar. A decisão foi tomada após uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que o suplente, Adilson Barroso (PL-SP),  assumisse o cargo em até 48 horas.

Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou à Secretaria-Geral da Mesa a sua renúncia. "Em decorrência disso, o presidente da Câmara dos Deputados determinou a convocação do suplente, deputado Adilson Barroso (PL-SP), para tomar posse", informou a Casa em nota.

Em maio, Zambelli foi condenada pela Corte a dez anos de prisão e à perda do mandato por envolvimento na invasão cibernética ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feita pelo hacker Walter Delgatti Neto. O caso dela transitou em julgado, sem mais chances de recursos, em junho. 

A decisão foi levada para análise do plenário da Câmara. Na madrugada de quinta-feira (11), foram 227 votos a favor da cassação do mandato de Zambelli contra 170 votos pela manutenção. Eram necessários 257 para que ela perdesse o cargo.

Porém, na sexta-feira (12), o STF anulou a deliberação da Câmara e determinou a perda imediata do mandato. A Corte apontou que a votação violava a Constituição no dispositivo que impõe perda de mandato nos casos de condenação com trânsito em julgado.

Estratégia

A renúncia da deputada foi anunciada antes mesmo da Câmara cumprir a nova determinação do Supremo Tribunal Federal. Segundo aliados de Zambelli, seria uma estratégia para preservar os direitos políticos dela.

“Ao renunciar antes da conclusão da cassação, preserva direitos políticos, amplia possibilidades de defesa e evita os efeitos mais graves de um julgamento claramente politizado”, afirmou o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), líder do PL na Câmara.

Carla Zambelli está presa na Itália, desde julho deste ano, depois de fugir do Brasil em decorrência do trânsito em julgado do processo no STF. O Supremo aguarda a extradição.

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Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

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