Política

BRASÍLIA

Maia defende equilíbrio diante de ataques às instituições

Para o presidente da Câmara, apesar de o entorno do presidente da República muitas vezes se comportar de forma antidemocrática, o governo não ameaça a democracia

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Agência Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o Parlamento brasileiro tem dado demonstração de responsabilidade diante das crises política e econômica no País. Segundo ele, no ano passado, o Parlamento comandou a pauta de votação, como a aprovação da reforma da Previdência, mesmo com uma série de ataques às instituições. De acordo com Maia, esses ataques continuam por meio das redes sociais. O presidente participou de evento nesta sexta-feira em São Paulo no Instituto Fernando Henrique Cardoso.

“Quanto custam esses ataques? Quanto se precisa por mês para se manter uma estrutura que ataca as instituições que discordam ou criticam o governo brasileiro? Vivemos um momento difícil. Achei que, no ano passado, ia ser um ano de aprendizado para todos”, disse Rodrigo Maia.

“Começamos o ano da mesma maneira, é uma questão de método e precisamos entender isso e de que forma as instituições reagem”, afirmou.

Na opinião do presidente da Câmara, apesar de o entorno do presidente da República muitas vezes se comportar de forma antidemocrática, não há ameaças à democracia por parte do governo.

Em entrevista coletiva após o evento, Maia criticou o método de pressão de parte do governo. “O entorno do governo tem uma estratégia nas redes sociais e tem operado de forma a classificar as instituições como inimigos da sociedade. Nós temos que ter equilíbrio, paciência e compreender que o governo está pressionado: prometeu muito e não entregou. Nós queremos ajudar”, destacou.

De acordo com Rodrigo Maia, todos os questionamentos sobre a situação democrática no País geram insegurança na sociedade e nos atores econômicos.

“O grande problema é que, quando esse assunto entra na ordem do dia, passamos a ter problemas. O grande problema é que o governo gera uma insegurança grande para sociedade e para os investidores. As pessoas estão deixando de investir pela questão do meio ambiente e pela questão democrática”, reforçou Rodrigo Maia.

Meio ambiente

Segundo Maia, cada vez mais existem investidores estrangeiros que priorizam pela sustentabilidade, e, por essa razão, o meio ambiente é tema bastante sensível e que deve ser levado em consideração.

“O agronegócio não precisa desmatar mais 1m² para aumentar a produtividade. Precisamos de poupança externa, e a questão do meio ambiente é uma precondição importante para investimentos”, disse.

Manifestações

Em relação às manifestações previstas para o dia 15 de março em apoio ao governo e com críticas ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribuna Federal, Maia afirmou que a sociedade é livre para participar, mas destacou que o Parlamento não quer ocupar o espaço que cabe ao Executivo.

“Queremos que o espaço e as prerrogativas parlamentes do Congresso Nacional sejam respeitados”, disse.

Segundo ele, as redes sociais criam um discurso de que o Congresso quer criar um “parlamentarismo branco” apenas para criar alvos e atacar as instituições.

“São 11 milhões de desempregados, a educação pública muito abaixo do setor privado, o coronavírus.... não podemos discutir algo que é criado para viralizar o ódio”, ponderou.

Pauta de votações

Em relação à pauta de votações, Maia afirmou que a reforma tributária (PEC 45/19) será aprovada ainda no primeiro semestre, apesar de resistências enfrentadas em parte dos setores empresariais. Ele aguarda que o Executivo encaminhe proposta de reforma para ampliar o debate. A expectativa de Maia é que o texto sobre unificação de tributos federais seja encaminhado na próxima semana à Câmara. Para ele, é preciso enfrentar as distorções do sistema tributário brasileiro.

Maia também voltou a defender a reforma administrativa e a aprovação das propostas, como a PEC Emergencial, que reorganizam os gastos públicos e ajudam a reduzir a desigualdade e a pobreza no País.

O presidente também destacou que a Câmara deve aprovar nas próximas semanas o novo Fundeb (PEC 15/15), que prevê maior participação do governo no financiamento da educação básica, mas que isso será feito com responsabilidade.

"Sempre fui mais à direita"

Após 10 meses sem partido, deputado Lucas de Lima se filia ao PL

Filiação foi oficializada na manhã desta terça, no gabinete do parlamentar na Alems

05/02/2025 14h34

Filiação foi oficializada na manhã desta terça-feira, no gabinete do deputado

Filiação foi oficializada na manhã desta terça-feira, no gabinete do deputado Foto: Divulgação

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Sem partido desde abril do ano passado, período em que deixou o PDT, o deputado estadual Lucas de Lima oficializou sua ida ao Partido Liberal (PL) na manhã desta terça-feira (5).

A mudança foi acompanhada de perto pelos deputados Neno Razuk, João Henrique Catan e Coronel David, do mesmo partido, além de Aparecido “Tenente” Portela, presidente da sigla em MS.

Sobre a mudança, Lucas de Lima disse ao Correio do Estado que sempre foi alguém mais à direita, e que a escolha pelo PL foi feita junto de Coronel David.

“Sempre fui alguém mais à direita, conversei com o deputado Coronel David, e foi uma mudança muito positiva, porque agora formamos uma bancada”, disse Lucas de Lima.

“Estar sem partido é muito ruim, você fica sozinho. Estamos alinhados com as propostas do Governo do Estado, inclusive sabemos da vaga Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Assembleia”, complementou.

Cabe destacar que a cadeira era ocupada pela deputada Mara Caseiro (PSDB), que deixa o posto após dois anos. 

Reconduzidos

Também nesta manhã, os deputados Londres Machado (PP) e Pedrossian Neto (PSD) foram reconduzidos aos cargos de líder e vice-líder do governo, respectivamente.

A decisão foi comunicada durante a sessão desta quarta-feira (5), pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), Gerson Claro (PP), que fez a leitura do ofício com a decisão do governador Eduardo Riedel (PSDB).


Desde 2024, ambos são encarregados de coordenar as ações do governo e encaminhar votações da bancada na Casa de Leis, além de articularem propostas de interesse do Estado.

“Estou convicto de que os parlamentares indicados desenvolverão, com competência e dinamismo, as atribuições que as funções requerem”, destacou o governador no ofício enviado à Mesa Diretora da Casa de Leis. As indicações devem ser publicadas no Diário Oficial da Alems.  
 

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ELEIÇÕES 2026

Liderança de Lula em pesquisa fortalece a pré-candidatura de Vander ao Senado

O deputado federal petista pretende disputar uma das duas cadeiras da Casa Alta em Mato Grosso do Sul no pleito do próximo ano

05/02/2025 08h00

O presidente Lula e o deputado federal Vander Loubet

O presidente Lula e o deputado federal Vander Loubet Foto: Ricardo Stucker/PR

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O resultado da pesquisa Genial/Quaest sobre intenções de votos para presidente da República divulgada na segunda-feira, na qual o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera em todos os cenários para 2026, fortalece a pré-candidatura do deputado federal petista Vander Loubet ao Senado no próximo ano.

“Esse cenário de liderança do Lula nas pesquisas para 2026 é muito positivo para o nosso projeto de disputa para o Senado. Eu quero ser o candidato do Lula em Mato Grosso do Sul, e, por isso, é muito importante que ele chegue forte para a disputa da reeleição”, declarou o parlamentar ao Correio do Estado.

Vander Loubet, ainda em estrevista exclusiva à reportagem, ressaltou que, com tudo o que construiu nos seis mandatos como deputado federal pelo PT e com as relações edificadas nesse período com lideranças de outras legendas, é possível enxergar que seu nosso projeto para o Senado também ajudaria a trazer votos do centro para o presidente Lula.

“Ou seja, a reeleição do presidente Lula e minha disputa ao Senado se casam em termos de estratégia. E eu não tenho dúvida de que, sendo senador com o Lula reeleito, Mato Grosso do Sul só teria a ganhar. Seria muito positivo para os nossos 79 municípios e, ainda, para o setor produtivo estadual. Poderíamos garantir muito mais investimentos para o nosso estado”, projetou.

ANÁLISE

Com relação à preferência majoritária do eleitorado nos diversos cenários da sucessão nacional de 2026 pelo presidente Lula, o deputado federal pontuou que o petista bateu qualquer um de seus possíveis adversários graças a alguns fatores capitais, entre os quais, a confiança do povo.

Segundo Vander, além de o governo ter ao seu favor um conjunto de excelentes resultados na economia – entre os quais, a queda nos índices de desemprego, que caiu para 6,2% em 2024, menor patamar da série histórica iniciada em 2012 –, a população, de forma geral, faz a comparação entre o presidente e seus eventuais adversários para aferir qual é o mais confiável no cargo.

“É uma espécie de acareação que o povo faz, uma avaliação sobre quem acha que merece seu crédito para governar. E Lula está liderando todos os cenários de intenção de voto, apesar de sua rejeição ter crescido”, argumentou o parlamentar petista.

Ele afirmou que, apesar de levantamentos recentes apontarem que a rejeição ao presidente subiu para 49%, Lula consolidou sua posição de liderança nas consultas sobre intenção de voto.

FAKE NEWS

Para o congressista, a queda do desemprego e outros avanços na economia teriam um efeito bastante positivo na pesquisa, “não fosse o impacto das fake news disseminadas pelos adversários para atacar medidas do governo federal, como a mentira da taxação do Pix”. 

“Essas mentiras desgastaram o governo, mas o eleitorado não deixou que elas contaminassem algo muito íntimo, muito pessoal, que é a sua liberdade de escolher em quem confiar e porque confiar”, ponderou.

No entendimento dele, neste momento, o maior desgaste governamental com a opinião pública se concentra na figura do ministro da Economia, Fernando Haddad, que, a seu ver, vem escolhendo os caminhos mais seguros para enfrentar a pressão monetária e preservar a soberania brasileira, sem receio de optar por decisões nem sempre simpáticas, sobretudo para o mercado.

“Estamos em um cenário de muitas incertezas por conta do início do governo do Donald Trump nos Estados Unidos e o que tudo que isso pode acarretar para o mundo. Mas o Brasil vai atravessar bem esta fase, pois o nosso país é muito maior que as mentiras”, argumentou.

Ele acrescentou que a confiança em Lula não é gratuita nem esporádica.

“Ela é reflexo de mais de 50 anos de dedicação aos interesses nacionais, à democracia, à luta contra as injustiças e a pobreza. É uma confiança que não se quebra, e isso incomoda quem não a tem”, concluiu.

SAIBA

O levantamento estimulado da Quaest coloca Lula na frente de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Romeu Zema (Novo-MG), Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), Ciro Gomes (PDT-PE), Pablo Marçal (PRTB-SP) e Gusttavo Lima (sem partido).

A margem de erro é de 1 ponto porcentual para mais ou para menos. Encomendada pela Genial Investimentos, a pesquisa ouviu 4,5 mil pessoas de 21 a 23 de janeiro e o nível de confiança é de 95%.

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