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Nelsinho Trad deixa de votar e Senado aprova aumento do número de deputados

Voto de Trad seria decisivo para vetar projeto que eleva de 513 para 531 o número de parlamentares

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Senador por Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD-MS), deixou de votar o projeto que eleva de 513 para 531 o número de deputados federais em 2027, mesmo estando presente em plenário.

Ele disse que é contra subir o número de deputados e, até então, pretendia votar contra o projeto. Mas, não foi o que aconteceu.

Ao Correio do Estado, Trad afirmou que o aumento do número de parlamentares não tem cabimento, pois provocará impacto orçamentário nessa criação de novas cadeiras na Câmara dos Deputados. “Por isso, sou contra. Não creio que seja oportuno em um país com tantas outras prioridades”, afirmou o senador.

Ele deixou de votar porque, no momento da votação, assumiu a presidência do Senado por alguns minutos, para substituir o senador e presidente da casa, Davi Alcolumbre (União-AP).

Alcolumbre deixou a presidência temporariamente para votar a favor do aumento da quantidade de deputados.

A votação foi apertadíssima: o projeto foi aprovado por 41 votos a 33. Para um texto ser aprovado, precisa da maioria absoluta, ou seja, exatamente 41 votos. O voto de Trad seria decisivo. Se ele tivesse votado, o projeto teria sido vetado e o número de deputados continuaria o mesmo.

Mas, graças a essa manobra de Alcolumbre, os votos necessários foram alcançados, o texto foi aprovado e o Brasil ganhará 18 novos parlamentares a partir da legislatura de 2027.

O projeto gera um impacto nos cofres públicos de cerca de R$ 95 milhões por ano e R$ 380 milhões durante o mandato de quatro anos dos 18 novos parlamentares.

Outro impacto é o das emendas parlamentares que os novos representantes passarão a ter direito de indicar no âmbito do Orçamento da União.

De acordo com a assessoria de imprensa do senador, Trad foi designado por Alcolumbre a assumir a presiência e, pelo regime da casa, não é permitido que o presidente em exercício vote.

"Ele não teve escolha, o Davi mandou ele assumnir a presidência. O senador já havia se pronunciado anteriomente,  inclusive à imprensa, que é contra o aumento do número de deputados", informou a assessoria de imprensa ao Correio do Estado.

As senadoras sul-mato-grossenses Soraya Thronicke (Podemos) e Tereza Cristina (PP) votaram contra.

A votação ocorreu na noite desta quarta-feira (25), no plenário do Senado Federal localizado no Congresso Nacional, em Brasília.

CENSO

No Brasil, os censos ocorrem de 10 em 10 anos, e o de 2020 foi adiado para 2022 em função da pandemia de Covid-19. 

Se o próximo Censo for em 2030 ou mesmo em 2032, qualquer alteração nas bancadas deverá valer apenas para as eleições gerais de 2034, pois as mudanças têm de ocorrer até um ano antes do pleito.

Do projeto original, Damião Feliciano manteve a possibilidade de os partidos políticos contestarem os dados do Censo perante o Tribunal de Contas da União (TCU), que deverá auditá-los. 

No entanto, não será permitido o uso de dados obtidos por meio de pesquisas amostrais ou estimativas entre cada Censo.

O TCU terá 60 dias para julgar a impugnação, que também poderá ser proposta pela representação jurídica do estado que se considerar prejudicado. 

Embora proíba o uso de outros dados, o relator prevê que, caso o TCU considere os dados não confiáveis, eles não poderão ser utilizados para fins de redistribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados.

Colaborou Daniel Pedra*

Política

Avaliações positiva e negativa do STF crescem e mostram divisão da percepção da população

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano; percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%

19/12/2025 22h00

Supremo Tribunal Federal (STF)

Supremo Tribunal Federal (STF) Crédito: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

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Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 19, mostra que cresceram as avaliações positivas e negativas sobre o trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF), mostrando uma divisão da percepção da população brasileira sobre a atuação da Corte.

O porcentual de brasileiros que avaliam positivamente o trabalho do STF subiu de 23% para 33% entre julho e dezembro deste ano. No mesmo período, a percepção negativa, que segue predominante, avançou de 32% para 36%. Já a avaliação regular recuou de 34% para 24%.

No intervalo entre os dois levantamentos, a Primeira Turma do STF condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Entre as duas edições da pesquisa, também houve mudança no comando da Corte. O ministro Edson Fachin assumiu a presidência do tribunal e o ministro Luís Roberto Barroso se aposentou. Fachin adota um perfil mais discreto e defende a chamada "autocontenção" do Judiciário, em contraste com o antecessor, que sustentava que o Supremo deveria exercer um "papel iluminista" e atuar de forma mais protagonista na definição de direitos.

No mesmo período, o secretário de Estado do governo Donald Trump, Marco Rubio, revogou o visto do ministro Alexandre de Moraes e de seus familiares, além de outros sete integrantes do STF. O governo dos Estados Unidos também aplicou sanções a Moraes com base na Lei Magnitsky, norma criada para punir violadores graves de direitos humanos. Foi a primeira vez que uma autoridade de um país democrático foi alvo das medidas previstas na legislação. Neste mês, o presidente Donald Trump retirou o nome do ministro da lista de sancionados.

Outros poderes

A pesquisa também avaliou os demais Poderes. No Legislativo, a percepção varia conforme a Casa. No Senado Federal, a maior parcela dos entrevistados (34%) classifica o desempenho como regular, porcentual que empata, dentro da margem de erro (2 p p), com a avaliação negativa, de 33%. A avaliação positiva soma 22%, enquanto 11% não souberam ou não quiseram responder.

Na Câmara dos Deputados, a avaliação negativa predomina: 36% consideram o trabalho ruim ou péssimo. A percepção, porém, está tecnicamente empatada com a avaliação regular, que alcança 35%. A avaliação positiva é de 20%, e 9% não responderam.

A pesquisa foi realizada por meio de entrevistas presenciais entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2025. O levantamento tem nível de confiança de 95% e margem de erro de dois pontos porcentuais. Os entrevistados puderam classificar cada Poder como ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo, com os resultados consolidados nas categorias positiva, regular e negativa.

Governo Lula

Em relação ao Executivo federal, 38% dos brasileiros avaliam que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faz um trabalho ruim ou péssimo. Outros 34% consideram a gestão boa ou ótima, enquanto 25% a classificam como regular. Já 3% não souberam ou não responderam.

Política

Ministro do Paraguai fala em disposição construtiva para avançar em acordo Mercosul-UE efetivo

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

19/12/2025 21h00

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais

Segundo Rubén Ramírez Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais Foto: Divulgação

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O ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano, reafirmou a "disposição construtiva" para avançar na concretização efetiva do acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), durante a 67ª reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão decisório de nível ministerial do bloco, nesta sexta-feira, 19, segundo nota do Ministério de Relações Exteriores do país.

"Em particular, o Paraguai confia que os mecanismos de salvaguarda serão abordados e aplicados de maneira compatível com respeito ao negociado e acordado, e também de acordo com as normas multilaterais preservando o equilíbrio de direitos e obrigações das partes", disse Lezcano.

O chanceler também afirmou que "o Paraguai acredita e aposta em um Mercosul que funcione para todos, capaz de traduzir seus princípios em resultados concretos e de responder com pragmatismo e visão aos desafios estruturais que ainda persistem" na região.

Segundo Lezcano, um dos desafios centrais para o Paraguai é a superação das assimetrias estruturais entre os Estados Parte do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e, mais recentemente em 2024, Bolívia). "Não se trata de uma noção abstrata, mas de uma realidade econômica e geográfica que limita nosso desenvolvimento e condiciona nossa competitividade", disse, frisando que a condição mediterrânea do país impõe custos adicionais que encarecem as exportações e restringem a participação nas cadeias regionais de valor.

A reunião do CMC, em Foz do Iguaçu, nesta sexta-feira, foi majoritariamente fechada à imprensa.

No sábado, 20, o Brasil deve passar o bastão da Presidência Pro Tempore do bloco ao Paraguai, durante a 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, também em Foz do Iguaçu. 

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