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Novo ministro da Previdência quer rever reforma

Carlos Lupi também anunciou intenção de zerar fila do INSS

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O novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, anunciou a intenção de revisar a reforma da Previdência e de zerar a fila do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Ao assumir a pasta, ele também defendeu a regionalizacão das regras de aposentadoria.

“Tenho que conversar com os ministros da Fazenda, do Planejamento; mas precisamos cuidar dos atrasos que houve nessa antirreforma [da Previdência]”, disse Lupi diante de uma plateia de convidados que o aplaudiu.

O novo ministro anunciou a intenção de montar uma comissão quadripartite com representantes do governo, de sindicatos de empregadores, de trabalhadores e de aposentados. Segundo ele, essa comissão analisará "com profundidade” as mudanças trazidas pela reforma da Previdência em 2019.

Alegando defender um novo relacionamento entre previdência e seguridade social, Lupi negou que haja déficit na Previdência. Segundo o ministro, isso só seria possível com a destinação "de toda a arrecadação destinada para a Previdência na Previdência". Ele, no entanto, não explicou se destinaria a arrecadação da seguridade social para cobrir o resultado negativo do INSS.

Lupi também defendeu a regionalização das regras de aposentadoria, baseadas na expectativa de vida de cada região do país. Ele não deu prazo para apresentar a proposta, mas disse que poderá ser até o fim do ano.

INSS


O ministro da Previdência anunciou a intenção de zerar a fila para a concessão de benefícios do INSS (aposentadorias, pensões e auxílios). Ele afirmou que pretende trabalhar "nas próximas horas” para elaborar uma proposta de concessão de bônus a servidores do órgão que sejam mais produtivos na análise dos processos.

Outra sugestão para diminuir o tempo de espera para receber as aposentadorias, explicou Lupi, seria a realização de um mutirão em conjunto com governadores e prefeitos.

Durante a cerimônia, o novo ministro anunciou que o líder do PDT na Câmara dos Deputados, Wolney Queiroz (PE), será o secretário-executivo da pasta.

DANÇA DAS CADEIRAS

Prefeita Adriane Lopes inicia reforma administrativa para o seu 2º mandato

O primeiro a ser exonerado foi o controlador-geral, mas lista poderá incluir outros titulares, como os da Semadur e da Sesau

31/10/2024 08h00

A prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), durante as comemorações pela vitória

A prefeita reeleita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), durante as comemorações pela vitória Foto: Gerson Oliveira

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Passado o segundo turno das eleições municipais, quando conseguiu ser reeleita por mais quatro anos, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), já iniciou a reforma administrativa para o seu segundo mandato, exonerando o titular da Controladoria-Geral do Município (CGM), João Batista Pereira Júnior. Conforme apuração do Correio do Estado, as próximas exonerações poderão ser as das titulares da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), Kátia Silene Sarturi, e da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Rosana Leite de Melo.

No entanto, outras secretarias, institutos, agências, fundações e subsecretarias também deverão passar por mudanças de comando nos próximos meses. As exceções, por enquanto, são as secretarias municipais de Finanças e Planejamento (Sefin), Márcia Helena Hokama, de Governo e Relações Institucionais (Segov), Marco Aurélio Santullo, de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro), Ademar Silva Júnior, de Educação (Semed), Lucas Henrique Bitencourt de Souza, e de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Ednei Marcelo Miglioli.

De acordo com fontes ouvidas pelo Correio do Estado, as mudanças são para refrigerar a administração municipal e também para acelerar processos de interesse da população campo-grandense, bem como acomodar os partidos aliados do PP no segundo turno das eleições municipais, como o PSDB, o PL, o PSB, o MDB, entre outras legendas, porém, sempre focando em que os indicados tenham conhecimento técnico.

COMPOSIÇÃO ATUAL

Atualmente, o primeiro escalão do Executivo municipal tem 13 secretarias municipais, além do Gabinete da Prefeita (Gapre), da Procuradoria-Geral do Município (PGM), da Controladoria Geral do Município (CGM), da Superintendência de Comunicação Social (CG Notícias), do Instituto Municipal de Previdência (IMPCG) e das Agências de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), de Tecnologia da Informação e Inovação (Agetec), de Transporte e Trânsito (Agetran) e de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha).

O segundo escalão é formado pelas Fundações Municipais de Esportes (Funesp) e Social do Trabalho (Funsat), bem como as Subsecretarias de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), de Políticas para as Mulheres (Semu), do Bem-Estar Animal (Subea), de Defesa dos Direitos Humanos (SDHU) e de Articulação Social e Assuntos Comunitários (Sugepe).

SEM PRESSA

O Correio do Estado conversou com a prefeita Adriane Lopes sobre a reforma administrativa na prefeitura municipal, mas ela disse que será um processo que acontecerá sem pressa e que deverá se estender até os primeiros meses do próximo ano. 

“Para agora não tem nenhuma mudança de secretariado prevista, a exceção foi na Controladoria-Geral do Município”, explicou.

Ela ressaltou que as principais secretarias municipais estão trabalhando dentro do planejamento já estabelecido pela administração municipal e obtendo os resultados esperados. 

“As atuais equipes estão trabalhando bem, portanto, segue o fluxo”, ressaltou a gestora municipal, assegurando que a “dança das cadeiras” deverá ficar para o próximo ano, quando começará seu segundo mandato.
Entretanto, até os secretários que não deverão ser substituídos nesta reforma administrativa podem deixar a gestão de Adriane Lopes até 2026. 

Nomes como os de Marco Aurélio Santullo, Ademar Silva Júnior e Ednei Marcelo Miglioli são considerados como certos para disputar cargos de deputado estadual ou federal pelo PP, portanto, terão de deixar os atuais cargos. 
 

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eleições

Ciro Nogueira critica Tarcísio e diz que candidato em 2026 depende de Bolsonaro

Ciro Nogueira disse que Tarcísio é competente, mas que isso não basta em uma eventual disputa à Presidência

30/10/2024 21h00

Ciro Nogueira

Ciro Nogueira Foto: Pedro França / Agência Senado

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O presidente nacional do Progressistas (PP), senador Ciro Nogueira (PI), criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pela atuação nas eleições de 2024.

O parlamentar afirmou que o chefe do Executivo estadual está "deixando a desejar" na articulação política, se quiser ser candidato a presidente em 2026.

Ciro Nogueira disse que Tarcísio é competente, mas que isso não basta em uma eventual disputa à Presidência. "Ele pode vir a se tornar o candidato do presidente Bolsonaro para 2026, poucos políticos têm o currículo dele. Um homem que se formou em escola militar de engenharia e passou em um dos concursos mais disputados do País, mas Presidência não é concurso público", afirmou em entrevista ao jornal O Globo publicada nesta quarta-feira, 30.

"Os melhores presidentes não passaram em concurso: Getúlio, Bolsonaro, Juscelino. São pessoas que têm uma visão de país. Os governadores de São Paulo pensam, às vezes, que São Paulo é um país e que ele está acima do Brasil, e isso não pode acontecer com o Tarcísio. Ele está deixando a desejar muito na articulação política. Tem muita insatisfação no nosso partido, no União Brasil, no partido dele, no PL. Hoje só tem um partido que está feliz, com o qual não sei se ele vai contar (em 2026) porque é um partido mais governista, o PSD", afirmou.

Segundo Ciro Nogueira, Tarcísio é o melhor candidato segundo pesquisas internas, mas a eventual candidatura do governador dependeria de sua articulação e do apoio direto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). "A força eleitoral dele é muito grande e quem vai decidir quem é o candidato da direita vai ser ele."

O senador disse que testou diversos nomes em pesquisas e, segundo ele, todos passam de 1% para 30% quando o apoio de Bolsonaro é colocado em jogo. Além do próprio nome, Ciro Nogueira afirmou que as medições incluíram a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

Sobre Bolsonaro, presidente do PP prometeu que vai atuar para o ex-presidente conseguir disputar a eleição em 2026. Por decisões do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o político do PL está inelegível até 2030.

O parlamentar também afirmou na entrevista que vai trabalhar para que o deputado Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara, seja eleito ao Senado. "Vou trabalhar pela eleição dele para o Senado para que ele seja o primeiro homem da história a ter presidido as duas Casas", disse sobre o correligionário.

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