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PF prende procurador do Rio por suspeita de propina em obra do Metrô

PF prende procurador do Rio por suspeita de propina em obra do Metrô

ESTADÃO CONTEÚDO

01/07/2019 - 13h31
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A força-tarefa da Lava Jato prendeu na manhã desta segunda-feira, 1, o procurador estadual Renan Saad, suspeito de receber propinas da empreiteira Odebrecht relacionadas a obras do metrô no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela Globo News e confirmada pela reportagem do Estadão.

Agentes deixaram a Polícia Federal por volta das 5h30 para cumprir a ordem de prisão contra Saad em sua casa, em São Conrado, na zona sul do Rio.

A Polícia Federal cumpre ainda dois mandados de busca e apreensão - um na residência do procurador e outro em seu escritório de advocacia, no centro do Rio de Janeiro. As ordens foram expedidas pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, informou a PF.

Renan Saad teria recebido os pagamentos da empreiteira em troca de parecer favorável a alteração das obras da Linha 4 do metrô do Rio, que beneficiaria a organização criminosa liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral.

As obras da Linha 4, que liga a zona sul à região da Barra da Tijuca, foram idealizadas em 1998 e retomadas por Cabral em 2009, após a escolha do Rio como sede Olimpíada de 2016.

O parecer de Saad é mencionado aos 32 minutos da delação premiada do ex-diretor de contratos da Odebrecht Marcos Vidigal do Amaral. Segundo ele, o procurador estadual teria exigido um pagamento de R$ 300 mil para produzir o documento. Emitido em dezembro de 2009, o parecer iniciaria a retomada das obras da Linha 4 no Rio.

O delator indica ainda que o valor foi entregue em escritório do procurador localizado na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio. Segundo Amaral, a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a Carioca realizaram o pagamento, proporcionalmente. Na primeira, a operação foi feita pelo Setor de Operações Estruturadas, indicou o ex-diretor da empreiteira.

Cabral e Pezão réus por propina na linha 4

Em abril, os ex-governadores do Rio de Janeiro Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão se tornaram réus por propinas relacionadas à linha 4 do Metrô do Rio. Ambos já se encontram presos e Cabral já é condenado a 197 anos de prisão.

O Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) acusou Pezão de fazer, em 2015, um aditivo contratual das obras da linha 4 do Metrô do Rio, pagando mais R$ 852 mil à Odebrecht como retribuição por doações à sua campanha em 2014, além de propinas

Segundo o MP-RJ, a arrecadação de recursos seria liderada por Cabral com o objetivo de garantir a permanência de seu grupo político à frente do Executivo fluminense, perpetuando o esquema de corrupção comandado por ele.

Defesa

A reportagem fez contato com o escritório do procurador Renan. O advogado Gabriel Saad informou que a defesa do procurador vai se manifestar após se interar sobre o caso.

Em nota, a Procuradoria Geral do Estado do Rio de Janeiro (PGE-RJ) informa que "já apura o caso internamente para a adoção das medidas disciplinares cabíveis e que colabora de modo pleno com as investigações do Ministério Público Federal para a apuração dos fatos levantados pela Lava Jato no Rio de Janeiro".

A PGE-RJ informa ainda que "os fatos dos quais o procurador é acusado remontam ao período em que ele estava lotado como assessor jurídico chefe da Secretaria de Estado de Transportes (SETRANS), nomeado na gestão do ex-governador Sérgio Cabral, cargo do qual foi exonerado em junho 2012."

SEGUNDO TURNO

Bolsonaro e Riedel gravam vídeos declarando apoio à reeleição de Adriane Lopes; assista

Ao lado da senadora Tereza Cristina, o ex-presidente da República e o governador oficializam que estão com prefeita progressista

10/10/2024 10h07

A senadora Tereza Cristina (PP) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o governador Eduardo Riedel (PSDB)

A senadora Tereza Cristina (PP) com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com o governador Eduardo Riedel (PSDB) Montagem

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A senadora Tereza Cristina (PP-MS) gravou ontem (9) em Brasília (DF) e hoje (10) em Campo Grande (MS) vídeos com o ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL) e com o governador Eduardo Riedel (PSDB) declarando apoio oficial à reeleição da prefeita Adriane Lopes (PP) neste segundo turno.
 
Conforme o Correio do Estado já tinha adiantado, a parlamentar sul-mato-grossense tinha declarado que iria procurar Bolsonaro para conseguir o apoio dele para a campanha eleitoral de Adriane Lopes e, no fim de tarde de ontem, ela gravou com ele o vídeo.
 
“Olá amigos de Campo Grande! Estou com a Tereza Cristina aqui, minha eterna ministra, sensacional, da Agricultura. Que saudades do pessoal do agro tem dela, hein? E nós, de vez em quando, bem de vez em quando, temos um pequeno desentendimento, mas a gente volta realmente com todo o gás, né? Campo Grande, tudo acertado, segundo turno, página virada, vamos em frente, a Adriane, do PP, é a nossa candidata à reeleição por essa Capital”, disse Bolsonaro.

Ele ainda completou que o PP e o PL estão novamente juntos e que outros partidos também farão parte desta ampla aliança. “O que mais é importante?

É o entendimento da população como um todo pela Adriane na reeleição por mais quatro anos à frente de Campo Grande.

Desejo do coração que ela tenha sucesso e, obviamente, entendo também ser o melhor do momento para Campo Grande. É isso mesmo, Tereza?”, perguntou.
 
Já Tereza Cristina agradeceu o apoio do ex-presidente em ficar ao lado da prefeita Adriane Lopes na campanha de reeleição neste segundo turno.

“Vim aqui pedir o apoio do presidente Bolsonaro, que é muito importante para a reeleição da prefeita Adriane Lopes. Fico muito agradecida, presidente, em dizer para o senhor o seguinte: estamos juntos de novo, né? No caminho natural, que é a direita unida por Mato Grosso do Sul’, ressaltou.
 
Para finalizar, Bolsonaro mandou um abraço para Campo Grande, para Nioaque (MS), cidade onde ele serviu como tenente do Exército, e para Mato Grosso do Sul. Nas imagens, é possível verificar a boa relação entre ambos, pois, o tempo todo o ex-presidente abraça a senadora.

Governador

Já na manhã de hoje, em Campo Grande, o governador Eduardo Riedel oficializou o apoio dele à reeleição da prefeita Adriane Lopes em vídeo gravado ao lado da senadora Tereza Cristina
 
“Estou aqui conversando com a senadora Tereza Cristina, e falando sobre o Mato Grosso do Sul, sobre Campo Grande e o futuro do Estado e da Capital. Estamos conversando sobre política e quero declarar o meu voto e o meu apoio à Adriane nesse segundo turno por entender que será o melhor para Campo Grande. Ela reúne as condições para poder avançar numa transformação que a gente quer ver”, destacou Riedel.
 
Tereza Cristina, madrinha política da prefeita Adriane, agradeceu a Riedel pela decisão. “Obrigada governador.

Fico muito feliz pela sua declaração de voto e de apoio à Adriane. Estamos juntos, nunca estivemos separados, mas fomos adversários na eleição neste primeiro turno, mas agora esse é o caminho natural. E eu fico muito feliz pela coerência que nós dois temos na política”, disse a senadora.

Adriane Lopes, que sempre manteve uma postura coerente com seus princípios e valores, havia apoiado Riedel no segundo turno das eleições estaduais de 2022, acreditando no projeto de desenvolvimento para o Mato Grosso do Sul. 
 
Naquele pleito, a senadora Tereza Cristina também esteve ao lado do atual governador, fortalecendo a aliança política entre eles. Agora, essa parceria se reflete no apoio de Riedel à prefeita, criando uma base política sólida e estratégica para a reta final da campanha eleitoral.
 
Ao longo de seu mandato, Adriane articulou diversas parcerias com o Governo do Estado, garantindo contrapartidas importantes para obras da Capital.

A cooperação entre as duas administrações tem rendido frutos que beneficiam diretamente os cidadãos de Campo Grande, como projetos de infraestrutura, mobilidade urbana e investimentos na saúde pública. 
 
Riedel, que é reconhecido por sua gestão técnica à frente do Governo do Estado, é visto como um parceiro essencial para o desenvolvimento contínuo da cidade. “Esse apoio fortalece ainda mais a nossa caminhada rumo ao segundo turno.

O governador Eduardo Riedel é um grande parceiro de Campo Grande, e juntos vamos trabalhar para garantir que nossa cidade continue crescendo de forma sustentável, moderna e com qualidade de vida para todos", afirmou a prefeita Adriane.
 
A adesão de Riedel representa um importante impulso político para a candidatura de Adriane Lopes, que já provou ser uma gestora eficiente ao longo de seu mandato.

Em apenas dois anos, ela revolucionou a educação municipal com a revitalização de 205 escolas, a modernização dos equipamentos públicos, entregas de habitação, obras de pavimentação e drenagem e investimentos na segurança pública.

Além disso, Adriane trouxe o município para o centro da Rota Bioceânica, um projeto que impulsionará o desenvolvimento econômico de Campo Grande e Mato Grosso do Sul nos próximos anos.

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SEGUNDO TURNO

Tereza quer trazer Michelle Bolsonaro para a campanha eleitoral de Adriane

A senadora progressista vai conversar com ex-primeira-dama do País para pedir votos aos bolsonaristas de Campo Grande

10/10/2024 08h00

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes

A ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, com a senadora Tereza Cristina e com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes Foto: arquivo

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Após alinhar o apoio do governador, Eduardo Riedel (PSDB), e da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, à reeleição da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), neste segundo turno das eleições, a senadora Tereza Cristina (PP) agora tenta conseguir o apoio da ex-primeira-dama do Brasil Michelle Bolsonaro, presidente nacional do PL Mulher.

O Correio do Estado apurou que a parlamentar deve aproveitar a presença em Brasília (DF) para cumprir as pautas do Senado para procurar Michelle Bolsonaro. A princípio, Tereza Cristina tinha a intenção de trazer o casal Bolsonaro, mas o ex-presidente da República Jair Bolsonaro está focado na reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que também avançou para o segundo turno, contra Guilherme Boulos (Psol).

Fontes ouvidas pela reportagem revelaram que a vinda de Michelle Bolsonaro sozinha evitaria uma provável indisposição com o PSDB, pois durante o primeiro turno inteiro Bolsonaro não veio a Campo Grande para pedir votos para o candidato tucano, o deputado federal Beto Pereira, gravando apenas um vídeo em que convocava os bolsonaristas a votarem no parlamentar. 

Dessa forma, caso o ex-presidente da República viesse à Capital para subir no palanque de Adriane Lopes, isso não pegaria bem com a cúpula tucana, que negociou pessoalmente com Bolsonaro a aliança PL-PSDB, fazendo inclusive com que ele quebrasse um acordo com Tereza Cristina de que reeditaria a dobradinha da eleição presidencial de 2022 entre PP e PL.

RECEPÇÃO

Além disso, em fevereiro deste ano, Michelle Bolsonaro já esteve na Capital, onde foi recepcionada pela prefeita Adriane Lopes ainda no Aeroporto Internacional de Campo Grande. 

Naquela oportunidade, Adriane presenteou a ex-primeira-dama do Brasil com um exemplar da Bíblia Sagrada.
A chefe do Executivo municipal disse que a escolha do presente refletia a afinidade de valores compartilhados, especialmente em relação à fé cristã e à importância da família.

“A Bíblia é reconhecida como a palavra de Deus, uma poderosa fonte de fé e amor, transmitindo valores morais e éticos fundamentais para muitas pessoas. É uma honra recebê-la, uma referência de mulher forte, que inspira e faz com que as vozes de muitas outras mulheres sejam ouvidas”, disse, na época, a prefeita, que é missionária há 20 anos da Assembleia de Deus Missões.

A cúpula do PP acredita que a presença de Michelle Bolsonaro em Campo Grande apoiando a campanha eleitoral de Adriane Lopes pode fazer com que os bolsonaristas que ainda tenham dúvidas sobre em que votar no dia 27 optem pela candidata progressista.

FORÇA BOLSONARISTA

O diretor do Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), Aruaque Fressato Barbosa, explicou ao Correio do Estado que o ex-presidente Jair Bolsonaro ainda tem muita força junto ao eleitorado campo-grandense.

“Em várias pesquisas de intenções de votos que realizamos ao longo do ano passado e deste ano, entre um mínimo de 23% e um máximo de 26% dos entrevistados com 16 anos ou mais de idade se declararam bolsonaristas em Campo Grande”, apontou.
Portanto, de acordo com Aruaque Barbosa, qualquer ação no sentido de atrair esse fatia do eleitorado da Capital é válida e pode significar a vitória em um segundo turno tão disputado como o deste pleito.

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