Política

INDEPENDÊNCIA

PR sai do bloco que dá apoio à Dilma no Senado

PR sai do bloco que dá apoio à Dilma no Senado

AGÊNCIA BRASIL

04/08/2011 - 00h01
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O PR oficializou ontem (3) o seu desligamento do bloco de apoio ao governo no Senado. O pedido foi lido no plenário da Casa e o partido passará, a partir de agora, a votar de forma independente, seguindo as orientações de seu líder, e não mais do líder do bloco governista, o senador Humberto Costa (PT-PE).

O desligamento do partido do bloco de apoio ao governo no Senado ocorre menos de um mês depois de o senador Alfredo Nascimento (PR-AM) ter pedido exoneração do cargo de ministro dos Transportes. Nascimento saiu do governo em meio a uma série de denúncias de irregularidades na pasta e em um dos seus principais órgãos, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Segundo o líder do PR, Magno Malta (ES), a decisão representa um “apoio crítico” ao governo a partir de agora. “Resolvemos ser liderados por nós mesmos. Quando você é do bloco, vota tudo o que vem do governo, mesmo fazendo beicinho ou achando ruim. Agora não vai ser mais assim. O que acharmos bom, a gente apoia. O que acharmos ruim, votamos contra.”

De acordo com Magno, o partido continua fazendo parte da base e defendendo o governo da presidenta Dilma Rousseff. Os senadores do PR, assinalou, decidirão por si se quiserem assinar algum pedido para abertura de comissão parlamentar de inquérito (CPI), mas não devem fazê-lo. “Não vamos assinar CPI para apoiar quem passou oito anos no governo antes do presidente Lula e nada fez.”

O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reforçou que a saída do partido do bloco não significa que o PR deixou de fazer parte da base aliada do governo Dilma. “Continuo contando com os votos do PR.”

Para ele, é compreensível que os senadores do PR estejam incomodados depois da série de demissões provocadas pelas denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes e no Denit, órgãos que eram comandados por pessoas filiadas ao partido. “O PR está numa situação incômoda. Isso é natural. É natural também que os discursos recrudesçam. Temos que trabalhar para acalmar a situação.”

A saída do PR do bloco do qual o PT também faz parte é “simbólica” e não representará grandes mudanças no cenário da base aliada, acrescentou o líder petista no Senado, Humberto Costa (PE). “É claro que gostaríamos que o bloco permanecesse unido, mas entendemos a simbologia do gesto. Esperamos continuar contando com o PR, que já disse que continuará apoiando o governo.”

Por causa da formação do bloco no início da legislatura, o PT havia cedido um lugar na Mesa Diretora do Senado para o PR. No entanto, a vaga não será pedida pelos petistas porque a formação da Mesa Diretora da Casa passou por votação do plenário.

A composição dos blocos também influenciou as indicações de presidente e membros de comissões, mas elas também passaram por votação e o os senadores acordaram que o tamanho das bancadas é que definiria o espaço de cada partido. Com isso, a saída do PR do bloco também não significará mudanças na composição das comissões.

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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