Política

HARMONIA

Prefeita Adriane Lopes recebe novo presidente da Câmara Municipal e encaminha governabilidade

Os dois tiveram uma reunião no início da noite de ontem no Paço Municipal e eles também trataram sobre parcerias do Executivo e Legislativo

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Após passada a posse oficial e a eleição da nova Mesa Diretora da Câmara Municipal de Campo Grande, a prefeita Adriane Lopes (PP) recebeu, no início da noite de ontem (9), no Paço Municipal, o novo presidente da Casa de Leis, vereador Papy (PSDB), e trataram de pôr fim em qualquer tipo de rusga que possa ter aparecido no processo de definição da nova composição do comando do Legislativo.
 
Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, ela revelou que o encontro foi extremamente positivo e serviu para alinhar como será a relação dos poderes Executivo e Legislativo ao longo do seu segundo mandato à frente da Prefeitura de Campo Grande. “Nós tratamos dos assuntos relacionados com o desenvolvimento de Campo Grande e como o trabalho da Casa de Leis poderá contribuir com esse processo”, explicou. 
 
Sobre o fato de o PP ter demonstrado interesse em concorrer à presidência da Câmara Municipal, a prefeita disse que tudo isso já tinha ficado resolvido mesmo antes da posse dos eleitos no dia 1º de janeiro. “Tudo ficou resolvido lá atrás. Está tudo em paz e vamos pensar no bem de Campo Grande”, afirmou, completando que aproveitou o encontro para convidar Papy para a cerimônia de posse dos novos secretários municipais, cuja data ainda será marcada.
 
O presidente da Câmara Municipal reforçou ao Correio do Estado que a conversa com a prefeita Adriane Lopes foi de alinhamento. “Falamos sobre alguns pontos convergentes das primeiras ações da prefeita e os primeiros passos que a gente vai ter aí na gestão juntos, Prefeitura e Câmara”, assegurou.
 
Papy revelou ainda que durante o encontro foram tratadas sobre as composições das comissões permanentes da Casa de Leis e demais temas de interesse comum dos dois poderes. “Foi uma primeira conversa muito amistosa. Acredito que é o caminho para gente seguir trilhando em questão de harmonia e algumas necessidades que a gente precisa fazer”, relatou.
 
Ele também disse que trocaram algumas ideias sobre questões que podem ser realizadas pelo Legislativo e também pelo Executivo. “Enfim, foi uma reunião para alinhar algumas agendas para que os vereadores participem das agendas do Executivo, também sugeri que a Câmara seja um lugar para receber a prefeita e as demandas da Prefeitura, principalmente nos eventos, nos encontros, nos debates. Então, foi uma primeira conversa muito importante, acho que é o início de muitas outras que vão acontecer”, projetou.

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Política

Soberania do país tem que ser resguardada, diz Lula sobre Meta

Presidente criticou mudanças em regras de moderação de redes sociais

09/01/2025 22h00

Presidente Lula

Presidente Lula José Cruz / Agência Brasil

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (9) que fará uma reunião para discutir as novas regras anunciadas pela multinacional Meta, empresa de tecnologia que controla o Facebook, Instagram e WhatsApp, para o funcionamento dessas redes sociais.Presidente LulaPresidente Lula

"O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação", afirmou Lula no Palácio do Planalto, enquanto visitava a galeria de ex-presidentes, que fica no térreo do prédio, e foi reinaugurada há poucos meses.

Na última terça-feira (7), o dono da Meta, o bilionário norte-americano Mark Zuckerberg, anunciou as novas diretrizes de moderação de conteúdo das redes sociais e ressaltou que vai se aliar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pressionar países que buscam regular o ambiente digital. Entre as alterações, estão o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes, o fim de restrições para assuntos como migração e gênero, e a promoção de "conteúdo cívico", entendido como informações com teor político-ideológico.

"Eu acho que é extremamente grave as pessoas quererem que a comunicação digital não tenha mesma responsabilidade de um cara que cometa um crime na imprensa escrita. É como se um cidadão pudesse ser punido porque ele faz uma coisa na vida real e pudesse não ser punido porque ele faz a mesma coisa na digital", comentou Lula sobre o impacto das mudanças.

Até o momento, a nova política de moderação da Meta vale para os EUA, mas deverá se estender para outros países.

Antes do comentário do presidente, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira, já havia criticado as novas regras, que na sua avaliação causarão prejuízo à democracia.

Na mesma linha, o secretário de Políticas Digitais da Secom, João Brant, afirmou que a decisão da Meta sinaliza de forma explícita que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital, em uma antecipação de ações que serão tomadas pelo governo de Donald Trump, que toma posse no dia 20 de janeiro.

Ainda na quarta-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), declarou que a Corte “não vai permitir que as big techs, as redes sociais, continuem sendo instrumentalizadas, dolosa ou culposamente, ou ainda somente visando lucro, instrumentalizadas para ampliar discursos de ódio, nazismo, fascismo, misoginia, homofobia e discursos antidemocráticos”. 

*Com informações de Agência Brasil

Pente-fino

CGU indica falta de transparência em obra com emenda PIX em Dourados

Reforma da Colônia Paraguaia custa R$ 1,8 milhão; dinheiro de emenda PIX foi enviado ao governo e depois à entidade

09/01/2025 18h45

Colônia Paraguaia de Dourados está em obra e deve ser concluída em maio

Colônia Paraguaia de Dourados está em obra e deve ser concluída em maio Divulgação

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Como parte do “pente-fino” determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para que a Controladoria-Geral da União (CGU) investigasse a destinação dos recursos das emendas parlamentares por transferência especial, também conhecidas como “emendas PIX”, o órgão federal realizou uma análise na execução das obras da Colônia Paraguaia de Dourados, localizada a 230 quilômetros de Campo Grande.

Embora a CGU não tenha identificado desvios de recursos públicos na execução da obra, constatou irregularidades legais no repasse dos R$ 1,85 milhão.

Segundo o órgão, o valor foi destinado sem a realização de um chamamento público que permitisse a participação de outras organizações interessadas no projeto.

Além disso, a CGU apontou a falta de prestação de contas adequada e transparente sobre o uso do dinheiro público. A Associação da Colônia Paraguaia de Dourados não possui página oficial na internet, restringindo as informações sobre a reforma a postagens em sua página no Facebook.

“Ainda assim, divulgaram-se apenas fotos da execução da obra, sem detalhar a origem dos recursos recebidos, valores gastos, prazos de execução, cronogramas, etc.”, ressaltou a CGU.

O relatório do órgão federal é categórico ao criticar a falta de transparência.

“Portanto, com efeito, inexiste transparência adequada na divulgação dos recursos recebidos por parte da Associação da Colônia Paraguaia de Dourados/MS”, afirmaram os fiscais.

A verba destinada à reforma tem origem em uma emenda PIX indicada pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB) ao governo de Mato Grosso do Sul.

Após o dinheiro ser transferido ao caixa do governo estadual, foi repassado diretamente à Colônia Paraguaia por meio da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS).

Em novembro de 2023, a reforma foi anunciada com grande destaque pelo deputado Geraldo Resende, pelo ex-prefeito Alan Guedes (PP) e pelo governador Eduardo Riedel.

Monitoramento

Apesar da ausência de transparência por parte da Colônia Paraguaia, que recebeu os recursos, o monitoramento da obra está sendo realizado, conforme a CGU, pela Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul).

Embora a contratação da obra tenha sido feita diretamente pela Colônia Paraguaia, a CGU não encontrou indícios de irregularidades na aplicação dos recursos.

A execução está a cargo da empresa Planew Engenharia, que apresentou a melhor proposta em um processo que contou com a participação de outras duas empresas. 

“O contrato foi assinado em 9 de julho de 2024, no valor de R$ 1.825.089,37. No que diz respeito a este contrato, não foram identificados elementos evidentes que indicassem direcionamento da contratação”, detalhou a CGU.
 

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