Política

VEJA O VÍDEO

Presidente da Câmara dá puxão de orelha em vereador que rasgou projeto

Salineiro disse que sentia vergonha de ser vereador

Continue lendo...

Após o vereador André Salineiro (PSDB) rasgar projeto e dizer que sentia vergonha de ser vereador na sessão da última quinta-feira (19), presidente da Câmara de Vereadores, vereador João Rocha (PSDB) usou a palavra livre nesta terça-feira (24) para se pronunciar sobre o caso. Em seu discurso, Rocha destacou a importância de um parlamentar legislativo e seus deveres, frisou sobre o respeito entre os colegas e deixou um recado para evitar um novo episódio semelhante. “Não posso aceitar atitudes como essa, me machuca ver um projeto rasgado neste plenário, projeto com parecer contrário é normal quando é dado como inconstitucional, como presidente desta casa confio na procuradoria geral e na Comissão de Constituição e Justiça”, disse. 

Ainda em seu discurso, Rocha mencionou que vereadores não podem misturar suas profissões. "Não podemos misturar nossas profissões com as atividades legislativas aqui nesta Casa, é isso que a população espera, não podemos nos vestir de vereadores chegar aqui e exercer nossas outras funções é desvio de função, precisamos ter cuidado no que fazemos, eu jamais rasgaria um projeto, um projeto é a construção de todo um trabalho, eu tenho orgulho de ser vereador de Campo Grande e tenho orgulho dos meus colegas”, disse. 

No final do discurso Rocha disse que tudo está voltado na lição de aprender a lidar com as frustrações. “Precisamos aprender a lidar com as frustrações por esta Casa, pelo tamanho da responsabilidade que Campo Grande espera da gente, nós precisamos seguir trabalhando com honra e respeito”, finalizou.  

POLÊMICA

Marcada por discussões, a sessão ordinária da última quinta-feira (19) na Câmara Municipal de Campo Grande deu o que falar. Durante parecer de um dos projetos pautados para a votação, o vereador André Salineiro (PSDB) protagonizou um barraco após ter o projeto que concedia prêmio a pessoas que comunicassem as autoridades crimes contra a Administração Pública barrado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por quatro votos a um, por ser considerado inconstitucional.

Irritado com a negativa dos colegas, o parlamentar perdeu a paciência e falou aos "quatros cantos" que sentia vergonha de ser vereador e sentia vergonha de "pessoas" que não sabiam justificar o próprio voto contrário. Depois do desabafo e sem pensar duas vezes, o parlamentar rasgou o projeto na frente dos colegas e dos presentes na sessão. 

Durante a confusão, Salineiro disse que o projeto não foi levado em consideração aos vereadores, mesmo entendimento do STJ e STF, mas foi apenas reprovado pelo CCJ da Casa de Leis. “É todo um trabalho jogado fora, apenas é doutrina da nossa CCJ”, ironizou. 

COLEGAS SE MANIFESTARAM

Revoltados com a ação do colega, os vereadores se manifestaram e disseram que o sentimento na Casa de leis é de tristeza e nem um pouco de vergonha por serem quem são. 

O vereador delegado Wellington (PSDB) colega de bancada de Salineiro pediu desculpas a todos na tribuna no lugar do colega. “ Eu me senti ofendido na semana passada, eu acho que o colega vereador deveria vir pedir desculpas a população, aliás, eu peço desculpa a população e não é vergonha para mim ser vereador, outra coisa, a mídia é tendenciosa, não sabe o que fala, eu votei a favor do projeto porque eu não tinha entendido a pergunta, vim com humildade e justifiquei de forma jurídica, nós não podemos transformar gotículas de água em um maremoto”, disse. 

Dr. Cury (Sem Partido) disse que está muito triste porque o vereador é considerado da família. “Fico triste, porque Salineiro faz parte da minha família é amigo dos meus filhos, quando ele fala que tem vergonha dessa Casa, então ele está falando que tem vergonha de mim”, disse. 

Neutro na situação, o Dr. Loester (MDB) disse que às vezes o projeto entra sem conhecimento se é constitucional ou não. “Muitas vezes a gente não tem esse conhecimento, a gente entra com o projeto mas as vezes não sabe se é inconstitucional, eu fico chateado, eu acho que o erro não foi pelo projeto, mas pela conduta do colega, fiquei um pouquinho chateado porque houve um somatório de erros, mas entendo que isso acometeu ao espírito do vereador”, contou. 

Para Valdir Gomes (PP) conversa de “Maria lavadeira” não vai resolver a situação. “As pessoas vão votar nos projetos pela relevância e não pela quantidade, não é porque tem uma eleição que é para se promover em cima, eu honro meu mandato, cada um tem que trabalhar de forma correta e não acusar companheiros desta casa”, disse. 

Vereador Carlão (PSB) finalizou a série de desabafos e disse que é triste quando vê notícias relacionadas e quando a pessoa usa o vídeo para falar que é melhor do que os outros e pediu harmonia na Casa. “Tem espaço para todos, tem 1000 vereadores que queriam estar aqui, vamos pensar na cidade, ajudar o povo, eu não tenho vergonha, eu tenho orgulho, eu fiz muito por Campo Grande, peço harmonia entre nós”, finalizou.

Política

Lei Orçamentária Anual será votada após recesso parlamentar

Informação foi divulgada pelo relator senador Angelo Coronel

20/12/2024 23h00

Lei Orçamentária Anual será votada após recesso parlamentar

Lei Orçamentária Anual será votada após recesso parlamentar GERALDO MAGELA/AGÊNCIA SENADO

Continue Lendo...

A votação do projeto da Lei Orçamentária Anual de 2025 (LOA) ficará para o próximo ano. Havia a expectativa de que o projeto pudesse ser votado até amanhã, mas o relator da matéria, senador Angelo Coronel (PSD-BA), informou que seu relatório será apreciado no ano que vem “após o recesso parlamentar.”

Em nota divulgada à imprensa na noite desta quinta-feira (19), Coronel disse entender a necessidade de avançar na apreciação do orçamento, mas que ainda faltam informações consolidadas sobre a matéria. "Apreciar a peça mais importante do parlamento merece cuidado e tempo”, disse, em nota divulgada na noite de ontem (19).

Entre as informações pendentes, estão as relacionadas ao salário-mínimo, que “afetam significativamente despesas previdenciárias, benefícios sociais e metas fiscais, exigindo cálculos e projeções mais precisos”.

A expectativa é que o Senado vote ainda nesta sexta-feira (20) outro projeto do pacote de corte de gastos do governo, Projeto de Lei (PL) 4.614/24  - que limita o ganho real do salário-mínimo aos limites do arcabouço fiscal (inflação medida pelo INPC e ganho real entre 0,6% e 2,5%) e restringe o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC).

“Além disso, a própria LDO, aprovada na quinta com centenas de emendas, encontra-se pendente de sanção e análise de possíveis vetos, o que pode alterar substancialmente as diretrizes norteadoras do orçamento”, diz a nota.

Coronel disse que o objetivo do adiamento não é retardar o processo, “mas assegurar um documento que de fato retrate as prioridades nacionais, o equilíbrio das contas públicas e o compromisso com as metas de médio e longo prazos”.

“Sem uma base normativa plenamente definida e um cenário fiscal delineado por todos os elementos votados e sancionados, corremos o risco de produzir uma peça orçamentária desconectada da realidade”, diz a nota.

jogatina e propina

CPI das bets, relatada por senadora de MS, entra na mira da PF

Uma irmã e o genro do lobista acusado de ter cobrado propina de R$ 50 milhões são nomeados no gabinete da senadora Soraya Thronicke

20/12/2024 09h40

Soraya Thronicke diz que familiares de lobista foram nomeados em seu gabinete por conta do

Soraya Thronicke diz que familiares de lobista foram nomeados em seu gabinete por conta do "perfil técnico e profissional de ambos"

Continue Lendo...

Reportagem publicada pela Folha de S. Paulo revela que a Polícia Federal abriu uma investigação sobre supostos pedidos de propina feitos por um lobista a empresários do setor de apostas esportivas online que estão na mira da CPI das Bets, no Senado. Uma das vítimas é ligada ao cantor Gusttavo Lima, segundo apurou a Folha de S.Paulo.

A relatora da CPI é a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) e, segundo a reportagem, familiares dos supostos pedidos de propina são nomeados no gabinete da senadora.

O lobista investigado é Silvio Barbosa de Assis, empresário conhecido pela atuação nos bastidores de Brasília. Ele chegou a ser preso pela Polícia Federal em 2018 e é réu no TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) acusado de cobrar propina para emitir, ilegalmente, registros de sindicatos junto ao Ministério do Trabalho.

Uma das vítimas da tentativa de extorsão disse à Folha de S.Paulo, pedindo para não ser identificada, que foi procurada por Silvio no fim de novembro. O encontro ocorreu no escritório do lobista, em Brasília.

Segundo a versão desta vítima, Silvio teria dito que tem influência sobre senadores que participam da CPI das Bets e pediu R$ 50 milhões para evitar a convocação e o futuro indiciamento do empresário.
 

Silvio negou à Folha de S.Paulo que tenha pedido propina. "Eu estou fazendo um documentário, que já está bem adiantado, e vou fazer proposta para a Netflix, Prime Video e Globoplay. Estou ouvindo algumas bets, entendeu? Quanto a isso de ‘ah, fez extorsão’, deve ser o meu documentário. Como é que eu vou extorquir se não sou senador ou membro de CPI?"
 

Silvio afirmou que um empresário do setor de apostas online o procurou supostamente com o objetivo de contratá-lo para cuidar das relações institucionais da empresa, diante da abertura da CPI das Bets —negociação que, segundo Silvio, não prosperou.

A senadora Soraya Thronicke foi escolhida para a função por ter sido a autora do pedido de abertura da investigação. Soraya Thronicke e Silvio Assis se aproximaram há cerca de quatro anos. Soraya contratou, em seu próprio gabinete, a irmã e o genro do lobista, Sandra Assis e Davi Vinicius de Oliveira.

Em resposta à Folha de S.Paulo, a senadora afirmou que "dizer que meu nome tem sido usado por alguém para pedir propina a empresários é uma acusação muito séria e grave. Quem afirma isso tem o dever de apresentar provas".
 

Soraya disse que soube que "há várias pessoas poderosas, inclusive políticos, envolvidas em crimes de lavagem de dinheiro por meio de bets" que estariam "gastando milhões na mídia para tentar abalar a minha credibilidade, o que não vão conseguir".

"O que fiz a respeito foi procurar imediatamente o diretor-geral da Polícia Federal, doutor Andrei Rodrigues, e me colocar inteiramente à disposição, autorizando, desde já, a quebra dos meus sigilos fiscais, bancários e telemáticos. Pedi também a realização de uma acareação entre os citados, pois precisamos provar quem realmente tem a verdade", disse.

Sobre os familiares de Silvio em seu gabinete, a senadora disse que os contratou pelo "perfil técnico e profissional de ambos". Disse ainda que conheceu o lobista "por intermédio de vários senadores".
 

Silvio Assis disse que "no Senado, conheço todo mundo" e relatou relação de amizade com congressistas que integram a CPI das Bets. Afirmou ainda suspeitar que as denúncias sejam feitas em perseguição à senadora Soraya Thronicke.

"Não sei se é uma perseguição contra a senadora, entendeu? Se é um problema com ela, se estão querendo fazer essa narrativa de denúncia. Contra ela não vão achar nada; contra mim, não tem. Pode investigar", afirmou.

A suspeita envolvendo o lobista e a CPI das Bets foi levantada pela revista Veja, na semana passada. Até a publicação da reportagem, Silvio circulava pelo Senado e acompanhava os depoimentos pessoalmente.

Os rumores de pedido de propina foram levados nos últimos dias ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por ao menos quatro senadores. Segundo um dos parlamentares, Pacheco conversou com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e pediu agilidade nas apurações.

Um senador que tratou do assunto com o presidente disse que ele ficou consternado ao ouvir as informações. Pacheco também afirmou que uma denúncia dessa gravidade mancha a imagem da instituição e de todos os parlamentares, não só daqueles envolvidos.

Outro senador que procurou o presidente do Senado disse que ele afirmou ser preciso esperar as investigações antes de fazer juízo de valor sobre qualquer um dos colegas.

Em nota, a Polícia Federal afirmou à Folha de S.Paulo que "não se manifesta sobre eventuais investigações em curso".

FUTEBOL NA MIRA

Outra CPI em curso no Senado mira a suspeita de manipulação em apostas esportivas e partidas de futebol. As denúncias, no entanto, recaem sobre a CPI das Bets, aberta em 12 de novembro com o objetivo de investigar a influência das apostas no orçamento das famílias e possíveis práticas de lavagem de dinheiro.

Em pouco mais de um mês, a comissão realizou seis sessões e ouviu três empresários ligados às bets. Ainda prestaram depoimento delegados que conduzem investigações sobre as apostas esportivas, membros do governo Lula (PT) e o presidente da Loterj (Loteria do Estado do Rio de Janeiro), Hazenclever Lopes Cançado.

As informações sobre os supostos pedidos de propina geraram constrangimento nos corredores do Senado e levaram o vice-presidente da comissão, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), enviar à PGR (Procuradoria-Geral da República) um pedido para que se investigue o caso.

"Os potenciais fatos acima relatados, em razão de sua inequívoca gravidade, merecem uma investigação imediata por parte da PGR, de sorte que, caso confirmados, sejam adotadas as providências necessárias para a responsabilização dos agentes —públicos e privados— supostamente envolvidos", disse.

O presidente da CPI das Bets, senador Hiran Gonçalves (PP-RR), disse à reportagem que as suspeitas devem ser investigadas. "Deve-se apurar. E temos que trabalhar muito para regulamentar essa jogatina desenfreada e sem regras claras no país", completou.
 

(Informações da Folhapress)

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).