Política

ELEIÇÕES 2022

PSB estadual confirma apoio a Riedel e Lula em mesmo palanque

Em convenção deste sábado (23), o partido oficializou, também, 20 candidatos aos cargos de deputado/deputada federal e estadual

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Em convenção estadual do PSB – Partido Socialista Brasileiro – neste sábado (23), o partido confirmou apoio ao candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB). Para o cargo à presidência da república, o partido decidiu apoiar a chapa Lula-Alckmin.

A convenção para as eleições gerais de 2022  foi realizada na Câmara Municipal de Campo Grande.

A legenda do PSB decidiu não ter um candidato próprio ao governo do Estado. Por outro lado, o partido lançou a chapa completa para concorrer aos cargos de deputado/deputada estadual e federal, totalizando 20 candidatos oficializados.

Estiveram presentes no evento integrantes do partido e apoiadores. Entre eles, o único deputado estadual do PSB, Paulo Duarte; o prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues; o presidente estadual PSB, Ricardo Ayache; o senador do PT, Thiago Botelho, entre outros.

Segundo o presidente estadual do PSB, Ricardo Ayache, o partido declara apoio a Riedel e Lula no mesmo palanque. O próprio Ricardo não vai concorrer a nenhum cargo em 2022.

“Nós temos o compromisso nacional e nossa convicção é de que essa é a melhor chapa”, afima Ayache.

A formação de um apoio a esse palanque soa contraditória, considerando que Riedel é o candidato ao Governo do Estado apoiado pelo atual presidente, Jair Bolsonaro.

Entretanto, Ricardo Ayache afirma que, para o partido, Eduardo Riedel e a chapa Lula-Alckmin são as melhores escolhas para população de Mato Grosso do Sul e do Brasil.

“A legislação eleitoral não vincula a coligação nacional à coligação local. Tanto que a gente no Rio tem o PSDB junto com o PSB e aqui nós estaremos apoiando o Eduardo Riedel por entender que é o candidato melhor preparado para atender as necessidades da população”, explica.

Além disso, Ayache diz que o Estado cresceu muito nos últimos 8 anos. É um estado forte no agronegócio, mas que não esqueceu, por exemplo, de remunerar bem os educadores.

Desse modo, para o partido, Eduardo Riedel é quem tem o melhor preparo para dar continuidade ao trabalho de Reinaldo Azambuja sendo governador do Mato Grosso do Sul.

Atualmente, além de ter apenas um deputado estadual, Paulo Duarte, o partido possui 19 vereadores, incluindo o presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges (Carlão).

Para o prefeito de Bonito, Josmail Rodrigues,  é um orgulho pertencer ao PSB.

“Desejo a todos os candidatos, deputados federais e estaduais, sucesso, quero ajudar o partido a crescer”, disse.

O deputado estadual do PSB, Paulo Duarte deu os parabéns aos candidatos e candidatas.

“Riedel tem apoio do PSB. Me filiei aos 48 do segundo tempo e eu tô muito bem aqui no PSB, é um dos partidos que mais vai crescer no estado e no país”, afirma.

Vice

O presidente da Câmara de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), não pôde comparecer à convenção.

O nome do vereador está cotado para ser, possivelmente, o vice do candidato Eduardo Riedel, entretanto, essa chapa ainda não está confirmada.

Sobre o lançamento de um vice do PSB, Ricardo Ayache declara que o partido tem trabalhado e conversado muito sobre isso.

“Acreditamos que o nosso presidente da Câmara, o Carlão, é um nome muito importante na política do nosso estado e que contribuiria muito na construção da chapa majoritária”, explica, mas sem confirmar nada por enquanto.

Candidatos ao cargo de deputado e deputada federal pelo PSB

  • Dagmar Carpezani Lopes  
  • Lilian Fernandes
  • Maurício Lemes  
  • Patrícia Palmieri  
  • Ricardo Alves da Silvas

Candidatos ao cargo de deputado e deputada estadual pelo PSB

  • Ana Paula de Andrade Soares Silva  
  • David Enfante
  • Edilson Moreira de Alencar
  • Elanai Rodrigues dos Santos  
  • Elieth Lopes
  • Estelvio Mischalski
  • Gilmar Tosta  
  • Larissa Marca
  • Lauro Davi
  • Marli Nascimento
  • Marlon Brandt  
  • Dora Echeverria
  • Odair Bortoloti
  • Paulo Duarte
  • Coronel Rogégio
  • Ricardo Bueno
  • Sarah Santos
  • Walber Mendes 

 

sem transparência

Bancada enviou R$ 28,11 por habitante de MS em "emendas Pix" sem prestar contas

No 1º semestre de 2024, conforme a Transparência Brasil, foram enviados R$ 77,4 milhões nessa modalidade de emenda

09/04/2025 08h30

Congresso nacional em Brasília

Congresso nacional em Brasília Arquivo

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A bancada federal de Mato Grosso do Sul no Congresso Nacional enviou, por meio de emendas individuais impositivas por meio de transferências especiais, as chamadas “emendas Pix”, o montante de R$ 77.479.339,94 no primeiro semestre do ano passado sem prestação de contas por parte do governo estadual e das prefeituras municipais beneficiadas, conforme levantamento junto à organização Transparência Brasil.

Na prática, dividindo o valor de R$ 77.479.339,94 pela população de MS (2.756.700 habitantes), é possível dizer que a bancada federal enviou R$ 28,11 per capita sem nenhuma prestação de contas, contrariando lei aprovada pelo Congresso e na contramão da transparência exigida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O montante, ainda segundo a Transparência Brasil, põe MS como a 13ª unidade da Federação com o maior valor per capita por meio de “emendas Pix”, ficando atrás do Amapá (R$ 152,12), de Roraima (R$ 104,43), de Rondônia (R$ 58,16), de Sergipe (R$ 45,45), do Piauí (R$ 44,93), do Acre (R$ 41,94), de Tocantins 
(R$ 40,56), de Alagoas (R$ 32,78), do Rio Grande do Sul (R$ 29,60), de Mato Grosso (R$ 29,32), do Rio Grande do Norte (R$ 28,98) e do Maranhão (R$ 28,98).

Em nível nacional, o valor de “emendas Pix” enviadas sem prestação de contas chega a R$ 3,8 bilhões. Ou seja, o valor representa 86% do gasto de prefeitos e governadores a partir das verbas direcionadas pelos parlamentares por essa modalidade – um valor maior, por exemplo, que o previsto no Orçamento de 2024 para o combate a desastres (R$ 2,6 bilhões).

A pesquisa realizada pela Transparência Brasil mostra que 22 das 27 unidades da Federação e 2.757 municípios (metade do total) não apresentaram as informações. As transferências especiais foram criadas em 2019, com a justificativa de serem menos burocráticas – o valor chega mais rápido ao caixa na comparação com outros repasses.

Congresso nacional em Brasília

MPF

Em Mato Grosso do Sul, para garantir a transparência na aplicação de “emendas Pix” e coibir atos de corrupção, o procurador da República Luiz Gustavo Mantovani instaurou um procedimento administrativo 
a fim de acompanhar a aplicação desse recurso durante 2024 por parte do governo estadual 
e de 19 municípios.

Entre as cidades listadas estavam Anastácio, Aquidauana, Bandeirantes, Bodoquena, Bonito, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Dois Irmãos do Buriti, Figueirão, Jaraguari, Miranda, Nioaque, Paraíso das Águas, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Sidrolândia e Terenos.

“Determina-se a realização das seguintes providências: (1) junte-se a presente portaria aos autos em epígrafe; (2) autue-se este procedimento na forma de procedimento administrativo, promovendo-se as alterações necessárias no sistema único, com o prazo de um ano, a contar de 31/12/2024; (3) comunique-se a instauração à egrégia 5ª Câmara de Coordenação e Revisão, eletronicamente, com cópia da portaria de instauração; e (4) ficam nomeados os servidores lotados neste 3º Ofício da Procuradoria da República em Mato Grosso do Sul para secretariar o presente feito, os quais, por serem funcionários do quadro efetivo, atuarão independentemente de compromisso”, trouxe trecho da portaria.

O procurador da República em MS ainda determinou que o Estado e os municípios informem se receberam valores via “emendas Pix” e que, em caso positivo, forneçam “os dados das contas bancárias específicas abertas para a movimentação de tais recursos, bem como informações sobre o valor total recebido e sobre para onde os referidos recursos foram ou serão utilizados”.

Além disso, também foi expedida a recomendação aos entes públicos para que providenciem a completa prestação de contas de todos os recursos utilizados em 2024 na plataforma Transferegov.br.

Mantovani considerou que as “emendas Pix” reduzem a capacidade de controle da aplicação de verbas federais e que, “uma vez que são desprovidas das ferramentas de fiscalização constitucionais, arriscam a se convolar em instrumento deturpador das práticas republicanas”.

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POLÍTICA

Câmara aprova moção de apoio à anistia aos envolvidos na invasão de 8 de janeiro

De autoria de Rafael Tavares (PL), a moção foi aprovada com 17 votos favoráveis e 7 contrários

08/04/2025 13h31

Bancada do PL reunida na sessão de hoje

Bancada do PL reunida na sessão de hoje FOTO: Marcos Rocha

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Na manhã desta terça-feira (08), durante a 14ª sessão ordinária realizada na Câmara Municipal de Campo Grande, os vereadores aprovaram uma moção de apoio à anistia aos envolvidos nos acontecimentos do dia 8 de janeiro de 2023, que provocaram um quebra-quebra na sede do Superior Tribunal Federal (STF), no Congresso Nacional e no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

A moção foi apresentada pelo vereador Rafael Tavares (PL), e aprovada com 17 votos favoráveis e sete contrários. Em sua fala, o autor da moção afirmou que foi apresentada pelo vereador Rafael Tavares (PL), que Dilma Rousseff e José Dirceu foram anistiados por crimes maiores.

Colega de bancada, o vereador André Salinero (PL), afirmou que é uma injustiça ser contra a anistia. “Estão sendo estabelecidas penas de até 17 anos de prisão para quem não fez praticamente nada. Isso é uma injustiça com quem é inocente”, ressaltou.

Em contrapartida, o vereador Marquinhos Trad (PDT) disse que não se trata de ser a favor de Lula ou Bolsonaro, mas do Estado Democrático de Direito. “Vocês seriam generosos caso alguém entrasse na sua casa e depredasse?”, questionou Trad.

O vereador declarou que discorda de anistia completa, mas entende que 90% deveria responder em liberdade, e votou contra a moção, por não defender anistia completa, pontuando que hoje é um e amanhã poderá ser outro grupo político.

A vereadora Luiza Ribeiro (PT) criticou a moção, afirmando que deveriam estar discutindo problemas da cidade, e ponderou que a moção foi apresentada fora do período determinado e deveria ser inviabilizada.

Em resposta, o presidente da Câmara, vereador Papy (PSDB) disse que o regimento prevê registro de moção até as 16 horas do dia anterior, mas ponderou que pode ser aceita em caso de relevância ou autorização da presidência, e pela relevância do tema, autorizou a discussão.

Além disso, o vereador Carlão (PSB) disse que é preciso diferenciar quem estava nos atos de 8 de janeiro e quem financiou. “Sou contra a depredação, mas também não sou favorável a mesma penalização de quem financiou”, explicou em seu voto favorável.

VOTAÇÃO

Foram favoráveis a moção os vereadores, Carlão (PSB), Clodoilson Pires (Podemos), Victor Rocha (PSDB), Herculano Borges, Leinha (Avante), Maicon Nogueira (PP), Neto Santos (Republicanos), Professor Juari (PSDB), Professor Riverton (PP), Ronilço Guerreiro, Veterinário Francisco (União), Wilson Lands, Fábio Rocha (União), Otávio Trad (PSD), André Salineiro (PL), Ana Portela (PL).

Foram contra a moção os parlamentares, Beto Avelar (PP), Delei Pinheiro (PP), Flávio Cabo Almi (PSDB), Jean Ferreira (PT), Landmark (PT), Luiza Ribeiro (PT) e Marquinhos Trad (PDT).

PROJETO

O projeto em questão, que tramita no Congresso Nacional, tem gerado polêmica por buscar anistiar manifestantes e organizadores dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram invadidas e depredadas por bolsonaristas radicais, em Brasília. O texto do projeto de Sóstenes Cavalcanti prevê a anistia para pessoas direta ou indiretamente envolvidas no 8 de janeiro e até mesmo por atos anteriores.

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