Política

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Público reclama da estrutura para a posse de Lula, e alguns deixam a Esplanada

As pessoas se queixam de água para beber e de banheiros

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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que estão na Esplanada dos Ministérios para acompanhar a cerimônia de posse reclamam da falta de estrutura no local.

As pessoas se queixam de água para beber e de banheiros. Algumas delas, inclusive, resolveram ir embora.
Na Praça dos Três Poderes, uma multidão enfrenta o sol sem oferta de comida e praticamente sem acesso a água e sombra.

Policiais no local afirmaram que banheiros foram disponibilizados, mas muitos dos presentes reclamavam de não haver -e a reportagem não os encontrou.

Para aplacar o calor, bombeiros estão lançando jatos d'água sobre o público. Houve registros de pessoas passando mal que precisaram ser socorridas pelas equipes de saúde.

Durante a revista para acessar o local, houve desorganização.
Mais de uma vez, grupos grandes de pessoas passaram pela barreira de uma só vez, e a reportagem flagrou gente atravessando sem ser revistada.

Após a lotação da Praça, o acesso foi fechado pela Esplanada foi fechado. Esse é um dos pontos sensíveis do ponto de vista da segurança pela proximidade com o Palácio do Planalto.
A cerimônia de posse incluirá desfile em carro, shows musicais e discursos de Lula. Os organizadores do evento esperam um público total de 300 mil pessoas na Esplanada.

O petista e Geraldo Alckmin (PSB) devem chegar às 14h20 na Catedral de Brasília, com as esposas Janja e Lu Alckmin.

Depois irão ao Congresso onde será realizada uma sessão solene de posse, às 15h. Uma hora depois, Lula deve sair do Senado e ir até a área externa do Palácio do Planalto, onde terá início a cerimônia de honras militares e entrega da faixa presidencial na rampa da sede do Executivo.

Milhares de pessoas tomam a Esplanada para assistir à posse. As filas para revista na entrada do local já reuniam centenas de apoiadores antes das 8h, com intenso fluxo de pessoas chegando nas proximidades da rodoviária central de Brasília para acessar a Esplanada.

Homens e mulheres foram divididos em filas para passar pela inspeção de segurança, e policiais pediam para esvaziarem bolsos e mochilas.
Dentro da área isolada para o Festival do Futuro, evento com mais de 50 atrações musicais, uma segunda fila se formou, percorrendo toda a Esplanada, para os apoiadores que desejavam entrar na Praça dos Três Poderes.

A reportagem flagrou o momento em que pessoas furaram o bloqueio da Polícia Militar, sem serem notadas pela segurança. Apoiadores que já estavam dentro do local protestaram e avisaram agentes da Polícia Militar, que se deslocaram para o local.

Pouco depois das 9h, a fila para entrar na Praça dos Três Poderes se transformou em uma aglomeração de pessoas. Houve correria e reclamações de "fura fila" entre os apoiadores que tentavam entrar na área mais restrita da cerimônia.

Na revista para a entrada na Praça dos Três Poderes, houve aglomeração em frente aos cinco detectores de metais e não havia orientação, sinalização, nem pessoas trabalhando para organizar a fila.

Na passagem pelo detector, policiais fizeram nova inspeção em bolsos e mochilas de quem passava.
Autoridades do Governo do Distrito Federal e integrantes do grupo de transição avaliam que a posse na capital federal deve receber cerca de 300 mil pessoas, que tomaram a capital federal divididas entre a euforia e o receio, em razão dos recentes episódios de violência e das ameaças de ataque terrorista.

Cerca de 50 mil pessoas de outras cidades se cadastraram no PT para informar que participariam da cerimônia de posse.

Para acomodar os apoiadores, o partido conseguiu autorização para usar escolas públicas como alojamento e distribuiu o restante do grupo em barracas no Parque da Cidade, no estádio Mané Garrincha e na Granja do Torto.

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Política

Após disputa acirrada, Rose e Adriane devem ficar no mesmo partido

Reunião do PP na semana que vem irá decidir uma possível federação com o União Brasil

13/03/2025 09h15

Foto: montagem

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Depois de trocarem "farpas" durante a campanha eleitoral e disputarem um segundo turno acirrado, Adriane Lopes e Rose Modesto podem se tornar "colegas de partido".

O presidente do Partido Progressista (PP), senador Ciro Nogueira, marcou para a próxima terça-feira (18) uma reunião para discutir a possível federação do partido com o União Brasil.

Foram convocados os deputados federais, senadores e presidentes de diretórios da legenda que não sejam parlamentares.

A reunião será realizada às 18h, na Sala de Reuniões do Colégio de Líderes, na Câmara dos Deputados.

Disputa acirrada

As eleições municipais de 2024 foram marcadas pela disputa entre Adriane Lopes e Rose Modesto, que levaram a decisão para o segundo turno. Nas campanhas, houve troca de farpas e críticas uma a outra. Agora, as duas podem ficar "do mesmo lado".

Adriane foi reeleita com 51,45% dos votos válidos, contra 48,55% de Rose. Em números absolutos, foram 222.699 votos para Adriane e 210.112 votos para Rose, uma diferença de 12.587 votos entre elas.

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TAXAÇÃO AMERICANA

Nelsinho defende a não reciprocidade e pede comissão para negociar com os EUA

O senador marcou para hoje audiência com ex-presidentes da CRE para tratar da elevação da tarifa sobre aço e alumínio do Brasil

13/03/2025 08h00

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional

O senador Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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Em reunião marcada para hoje, em Brasília (DF), na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado, o senador sul-mato-grossense Nelsinho Trad (PSD) disse ao Correio do Estado que vai defender a não reciprocidade do Brasil em relação à implementação da tarifa adicional de 25%sobre o aço e o alumínio brasileiros adotada pelos Estados Unidos.

Além disso, o parlamentar, que é o atual presidente da CRE do Senado, também vai sugerir a criação de uma comissão brasileira para negociar com o governo norte-americano, a exemplo do que já ocorreu de 2019 para 2020, quando houve exatamente essa taxação e a então ministra da Agricultura e Pecuária e atual senadora Tereza Cristina (PP) foi até os EUA negociar.

“A minha intenção é de que o Brasil priorize o diálogo e evite bater de frente com os Estados Unidos, para que não tenhamos mais prejuízos nas nossas relações internacionais. O Brasil já negocia cotas e condições diferenciadas para setores estratégicos. Nesse sentido, sou defensor para que isso continue sendo o melhor caminho”, reforçou o senador, ressaltando que a relação comercial com os americanos já ultrapassa os 200 anos. 

A questão será debatida com o ex-presidente da República José Sarney e com os ex-presidentes da CRE Eduardo Suplicy, Heráclito Fortes, Eduardo Azeredo, Cristovam Buarque, Kátia Abreu e Aloysio Nunes, por sugestão de Nelsinho, que tomou a dianteira na discussão sobre o impacto das novas tarifas dos Estados Unidos ao organizar esse encontro histórico.

De acordo com ele, a iniciativa busca alinhar estratégias para o Brasil em um cenário global cada vez mais instável, marcado pelo protecionismo norte-americano. 

“A União Europeia já anunciou retaliações, enquanto o governo brasileiro convocou reunião para avaliar os impactos e, aqui no Senado, eu defendo que o Legislativo seja proativo para que o País faça frente aos desafios atuais”, disse.

Além da questão das tarifas, o encontro na CRE abordará as relações do Brasil com seus principais parceiros comerciais, o fortalecimento da diplomacia parlamentar e a necessidade de ampliar a presença nos fóruns internacionais. 

Um dos principais focos do senador sul-mato-grossense está na integração regional, especialmente por meio da Rota Bioceânica, um projeto estratégico que pode abrir novos mercados para o Brasil na Ásia.

“Vivemos uma nova ordem global, e o Brasil precisa atuar de acordo com seu tamanho e sua importância. Precisamos de uma política externa assertiva, que defenda nossos interesses e aproveite as oportunidades que surgem nesse cenário desafiador”, afirmou.

Nelsinho disse ainda que é possível afirmar que todas as medidas que estão sendo anunciadas na área do comércio, como taxação de produtos como o alumínio e o aço, podem e devem ser revertidas em uma conversa sensata e moderada entre as partes.

Para o parlamentar, o Legislativo brasileiro não pode se dar ao luxo de ser um mero espectador das atuais transformações da economia e da geopolítica global.

“Em um mundo marcado por disputas comerciais, conflitos geopolíticos, avanço da inteligência artificial na tomada de decisão e mudanças climáticas, uma nação com a relevância do Brasil precisa ter seu Poder Legislativo com inserção estratégica na política externa. É preciso diminuir as vulnerabilidades nacionais, e o nosso Congresso é um ator central na defesa dos interesses do País”, disse.

Ele reforçou que a legislação brasileira deve acompanhar as profundas transformações globais e avançar de uma postura defensiva para outra mais proativa em relação ao comércio exterior.

“No Senado, a CRE tem o compromisso e a responsabilidade de garantir as medidas necessárias para fortalecer a política externa e evitar prejuízos aos interesses de todos os setores nacionais”, pontuou.

O senador argumentou ainda que o Brasil não pode esperar e que a política externa deve ser conduzida de maneira integrada e fortalecida, não podendo ser levada pelos ventos da conjuntura. 

“O Senado está pronto para atuar com estratégia, pragmatismo e visão de futuro, garantindo que o Brasil participe das transformações globais e lidere caminhos para seu crescimento e prosperidade com segurança”, assegurou.

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