Política

CORREIO EXPLICA

Saiba quem é: Giselle Marques, candidata ao governo de MS

Conheça o perfil pessoal, histórico profissional, repercussões midiáticas e questões jurídicas da vida de cada concorrente ao cargo de governador

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Candidata ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores (PT)/Federação Brasil da Esperança**, Giselle Marques de Araújo (54), nasceu em Campo Grande -  Mato Grosso do Sul, no dia 07 de abril de 1968. É casada, mãe de três filhas e formou-se em direito, em 1989, pela Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) de Campo Grande.

Alguns anos depois, em 1991, Giselle realizou sua especialização em Direito Civil também pela UCDB, conforme informações do seu currículo Lattes. Posteriormente,  em 2004, a candidata formou-se mestre em Direito pela Universidade Gama Filho (UGF),  no Rio de Janeiro; e realizou seu doutorado pela Universidade Veiga de Almeida (UVA/RJ), na mesma cidade, em 2015.

Por fim, Giselle realizou seu pós-doutorado em Ciências Ambientais e Desenvolvimento Regional, no ano de 2020, pela universidade Anhanguera Uniderp, na cidade de Campo Grande. 

Histórico

Giselle Marques é filiada ao PT desde 1986 e presidiu o diretório municipal da legenda em Campo Grande, em 1989, conforme reportagem do G1. A primeira disputa eleitoral da advogada ocorreu em 2018, período em que foi segunda suplente na chapa de Zeca do PT ao Senado Federal, que terminou na quinta colocação nessa disputa.

De acordo com a plataforma Lattes da candidata, Marques foi gerente de Controle Ambiental do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL) entre 2002 e 2004 e atuou ainda como Superintendente do Procon/MS, nos anos de 2004 a 2007.

Giselle é professora titular de Direito Ambiental na universidade Anhanguera Uniderp, trabalha como consultora jurídica ambiental da Águas Guariroba, concessionária da Rede Pública de Água e esgoto em Campo Grande - MS. 

Ela ainda exerce ofício como advogada voluntária do Centro de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã Y, do qual foi presidente entre os anos de 1997 e 1999. Além disso, desde 2015, Giselle é conselheira do Conselho Internacional de Estudos Contemporâneos em Pós-Graduação (CONSINTER).

Durante sua trajetória acadêmica e política, Giselle Marques recebeu algumas condecorações, como por exemplo, em 1998, ano em que foi considerada advogada destaque pela Ordem dos Advogados do Brasil MS. Em 2021, recebeu medalha de mérito advocatício da Câmara Municipal de Campo Grande - MS.

Questões jurídicas

Quanto ao histórico jurídico da candidata, a equipe do Correio Verifica realizou buscas pelo Google e no site Jusbrasil, foram encontrados alguns processos envolvendo o nome de Giselle, sendo a maioria deles do TJMS, seguido por TRT24.

Segundo a assessoria de Giselle Marques, ao longo de sua carreira, a advogada atuou em diversos processos judiciais, a maioria deles na defesa de trabalhadores, com sucesso de causa.

Giselle começou a advogar nos anos 90, e esteve em algumas situações envolvendo filiados de sindicatos que não apresentaram comprovante de vínculo empregatício em alguns processos, o que levou ao arquivamento destes e posterior ação contra a mesma na busca de receber os valores não pagos pelo Estado. 

Destes, há quatro ainda em tramitação. Além disso, a candidata ao Governo de Mato Grosso do Sul apresentou uma ação relativa a críticas feitas a um juiz em um processo no qual atuou a favor do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza.

Repercussões na mídia

Conforme afirmação feita por Giselle - em entrevista ao jornal Correio do Estado no dia 16 de setembro -, ela é a candidata de Luiz Inácio Lula da Silva para o Mato Grosso do Sul, com intenção de se tornar a primeira mulher a governar o Estado. 

Com 30 anos de militância no Partido dos Trabalhadores, embora tenha apoio oficial de um presidenciável, Giselle Marques (que tem como vice Abílio Vaneli), não foi o primeiro nome cotado pelo Partido dos Trabalhadores (PT) para concorrer ao governo do Estado. No lugar dela, a primeira opção havia sido José Orcírio Miranda dos Santos, mais conhecido como Zeca do PT

Em abril deste ano - conforme reportagem publicada pelo Correio do Estado -,  Zeca desistiu de concorrer ao cargo de governador por “motivos pessoais”, a princípio. Posteriormente, seu assessor informou que o afastamento do ex-governador seria para “resolver questões jurídicas”, por denúncia de suposto esquema de desvio de dinheiro através de agências de publicidade que serviam o Estado, a chamada “farra da publicidade”. 

Também, a mídia local deu atenção às falas de Giselle sobre uso do orçamento participativo, e das críticas à alta dos alimentos, inclusive aos preços da cesta básica no Estado, como cita matéria do G1. A candidata também enfatiza a necessidade de zerar o ICMS dos itens alimentícios, para que a população se alimente com dignidade.

Por que explicamos

O Correio Verifica investiga conteúdos suspeitos sobre eleições em Mato Grosso do Sul que viralizam nas redes sociais. Já o Correio Explica é uma ferramenta utilizada para que os leitores entendam um conteúdo que está viralizando midiaticamente. 

Como estamos a pouco tempo das eleições, apresentaremos o perfil de cada candidato - em sorteio definido por ordem alfabética (segundo nome de candidatura dos concorrentes) -, informando aos leitores um pouco da vida pessoal e principalmente a carreira política daqueles que concorrem ao governo do Estado, a fim de desfazer boatos, para que a sociedade tenha direito de votar com base em informações verídicas.

O governo de MS é disputado por sete candidatos, maior número desde a criação do Estado, em 11 de outubro de 1977, ano quando teve o território separado do vizinho Mato Grosso.

Além de Giselle Marques, do PT, em suas publicações a equipe do Correio Verifica traçará também os perfis: do ex-governador André Puccinelli, do MDB; o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, do PSD; a deputada federal Rose Modesto, do União Brasil; o deputado estadual capitão Contar, do PRTB e Eduardo Riedel, do PSDB.

Ficha do Candidato:

Nome: Giselle Marques de Araújo

Vice: Abílio Vaneli (PT)

Partido: Partido dos Trabalhadores (PT)

Idade: 54

Data de nascimento: 07/04/1968

Ocupação: Advogada

Grau de Instrução: Superior completo

Estado Civil: Casada

Município de nascimento: Campo Grande - MS

 

Saiba mais sobre o Correio Verifica 

Entre algumas checagens que já realizamos estão: PSDB-MS não apoia Simone Tebet, ao contrário do que ela afirmou em entrevista ao Jornal Nacional; e agência de Iara Contar não recebeu R$90 milhões em propagandas políticas, ao contrário do que afirma vídeo

 

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Política

Após "miniférias", Riedel reassume governo de Mato Grosso do Sul

Governador se licenciou para visitar o filho na Alemanha e o vice, Barbosinha, ficou no comando do Estado de 13 a 20 de abril

22/04/2025 11h00

Eduardo Riedel reassumiu as funções de governador após período de licença

Eduardo Riedel reassumiu as funções de governador após período de licença Foo: Marcelo Victor / Arquivo / Correio do Estado

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Após um período de licença, o governador Eduardo Riedel (PSDB) reassumiu as funções de chefe do Executivo Estadual nesta terça-feira (22). Entre os dias 13 a 20 de abril, o vice-governador, José Carlos Barbosa, o Barbosinha, atuou como governador em exercício.

A autorização para a licença das funções de governador de Eduardo Riedel foi aprovada pelo deputados estaduais.

Durante o período, Riedel viajou, junto com a esposa Mônica Riedel, para a Alemanha, onde mora o filho do casal há cerca de um ano, fazendo pós-graduação.

" É um momento importante, ele está há quase um ano lá e nós ainda não fomos vê-lo, saber um pouquinho da rotina dele, da vida dele, da universidade que ele está, estar mais próximo um pouquinho aproveitando esse feriado", disse o governador, antes da ida.

Nesta segunda-feira, o governador recebeu Barbosinha em seu gabinete, onde se informou sobre as ações do Executivo Estadual durante sua ausência.

Em vídeo publicado no Instagram, o governador disse que foram discutidas as ações emergenciais para os municípios afetados pela chuva do feriadão.

"A semana passou com muitas coisas acontecendo, mas quero destacar aqui o volume de chuvas essa semana, e o Barbosinha teve contato com várias prefeituras discutindo como apoiar algumas situações específicas e que tiveram grandes prejuízos para vários municípios", disse.

Riedel também manifestou condolências pela morte do Papa Francisco, ocorrida nessa segunda-feira (21).

"Não tem como deixar de falar sobre a perda do nosso Papa Francisco, eu como cristão católico, um homem que trouxe uma imagem e uma mensagem muito forte para toda a humanidade e a perda dele, sem dúvida nenhuma, deixa um vazio nas pessoas, de uma maneira geral, mas tenho certeza que a Igreja Católica vai conduzir todo o processo para que a gente tenha uma nova liderança cristã no mundo, que está precisando demais", disse.

Por fim, Riedel agradeceu o trabalho de Barbosinha como governador em exercício.

O vice-governador, por sua vez, disse ser uma alegria receber Riedel de volta a Mato Grosso do Sul e destacou que foi uma semana de muito trabalho a frente do Executivo.

Nesta segunda (14), além de agenda interna, Riedel participa de encontro institucional do Comando Militar do Oeste (CMO), com a presença do general de Exército Richard Fernandez Nunes, Chefe do Estado-Maior do Exército.

 

Licença

A autorização para a licença das funções de governador de Eduardo Riedel foi aprovada na sessão do dia 9 de abril, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems).

"Comunico a esta Casa de Leis que no período de 13 a 20 de aril de 2025 a me licenciarei do exercício das funções de governador do Estado. Oportunamente em que poderei me ausentar do estado e do País. Informo que durante o referido período, a chefia do Poder Executivo será exercida, em substituição, pelo vice-governador José Carlos Barbosa", dizia o ofício enviado pelo governador.

Em suas redes sociais, Riedel informou que aproveitaria o feriadão de Páscoa para conhecer a rotina do filho, que faz pós-graduação na Alemanha.

"É um compromisso que assumi com ele e comigo mesmo, pois acredito que cuidar da família também nos fortalece como líderes e pessoas", disse nas redes sociais, antes da viagem.

TROCA PARTIDÁRIA

Em Naviraí, vereador do PP diz que partido ganhará reforço de colegas do PL e PSDB

Márcio Araguaia posta no Instagram que Bruno Liuti e Éderson Dutra vão para o progressista

22/04/2025 10h40

Os vereadores Éderson Dutra (PSDB), Bruno Liuti (PL) e Márcio Araguaia (PP), todos de Naviraí (MS)

Os vereadores Éderson Dutra (PSDB), Bruno Liuti (PL) e Márcio Araguaia (PP), todos de Naviraí (MS) Reprodução

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O vereador Márcio Araguaia, do PP de Naviraí, provocou um verdadeiro rebuliço na política partidária do município ao postar na sua conta na rede social Instagram uma celebração da filiação no partido dos colegas vereadores Bruno Liuti (PL) e Éderson Dutra (PSDB).
 
No entanto, com exceção de Éderson Dutra, que terá 30 dias para trocar de partido a partir da oficialização da fusão do PSDB com o Podemos, Bruno Liuti não teria essa possibilidade e, caso resolva mesmo sair do PL, poderá ter o mandato cassado por infidelidade partidária.
 
De acordo com a legislação eleitoral, não há janela para trocas de partidos até março de 2028 e mudanças antes desse prazo podem resultar na perda de mandato. Na publicação, Márcio Araguaia afirmou que a filiação dos dois parlamentares ao PP fortaleceria a bancada do partido, que passaria a ser a maior da Câmara Municipal de Naviraí, com seis vereadores.
 
Atualmente, o PP conta com dois vereadores e deve ganhar o reforço de outros dois, caso o União Brasil oficialize a federação partidária para as eleições de 2026, sendo assim, com vinda de Éderson Dutra, já que o PSDB pretende fazer uma fusão com o Podemos, os progressistas chegariam a cinco vereadores certos, a dúvida seria apenas Bruno Liuti, que correria o risco de perder o mandato.
 
“Essa união representa mais que números: mostra força, diálogo e compromisso com o futuro da nossa cidade”, postou Márcio Araguaia, ignorando a legislação eleitoral, pois na eventualidade de o vereador do PL, partido do prefeito Rodrigo Sacuno, resolva trocar de partido poderá perder o mandato em base da infidelidade partidária.
 
A infidelidade partidária ocorre quando um político deixa o partido pelo qual foi eleito sem justa causa ou fora das janelas permitidas. Especialistas em Direito Eleitoral ouvidos pela reportagem alertam que o anúncio público de filiação fora do prazo legal configura indícios de infidelidade partidária.
 
De acordo com a Lei nº 9.096/1995 e com jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), parlamentares só podem trocar de partido durante “janelas” específicas. O anúncio prévio de uma filiação fora da janela eleitoral pode ser uma prova, mas depende de outras atitudes, principalmente formais. O prazo para vereadores trocarem de partido é seis meses antes da eleição, que seria apenas em 2028.

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