Política

PRESIDENCIÁVEIS

Sem soluções, pré-candidatos
prometem investimento no campo

Na corrida à Presidência, questão indígena e melhorias fazem parte dos discursos em MS

Continue lendo...

Durante a pré-campanha para as eleições de outubro deste ano, já passaram por Mato Grosso do Sul sete pré-candidatos à Presidência da República, trazendo suas promessas de melhorias para o Estado. Todos eles destacam como fundamental o investimento na agricultura e na pecuária e também comentam sobre a demarcação de terras indígenas, mas são poucas as soluções apresentadas para os casos.

Em março, o senador Álvaro Dias (Podemos) lançou sua pré-candidatura em Campo Grande. Ele avaliou a agropecuária como o fator mais importante em Mato Grosso do Sul. “Agricultura tem que ser prioridade. Percorrendo o País, vi que não há um palmo de chão sem plantar. O agricultor é o que mais ama a terra”, 
afirmou. 

Dias destacou ainda que 40% da área brasileira que pode ser destinada à agricultura está disponível. “Até 2040, teremos 60% a mais de pessoas no mundo para alimentar e precisamos aumentar a produção. É preciso olhar para o campo”, disse, sem explicar o que faria para melhorar no setor. 

Ex-ministro, Aldo Rebelo (SD) visitou a Capital em maio e pontuou a demarcação de terras indígenas. Ele disse que existe um conflito entre brasileiros e índios e isso exige do poder público uma posição de equilíbrio. “Não se pode corrigir injustiças no pretérito e erros fazendo injustiças no presente. Aqui, temos um drama que envolve índios, basta analisar a situação desses nossos irmãos e a taxa de suicídio de algumas dessas comunidades”, avaliou. 

Rebelo contou um fato de quando era ministro do Esporte. “Tentei levar uns equipamentos para a Aldeia de Dourados, mas a descrição que eu recebia dos prefeitos era de muito sofrimento, muito desespero da população indígena. Os índios foram os que ficaram mais distantes do acesso aos direitos sociais”. 

Para ele, não se pode corrigir os erros cometidos contra os indígenas culpando os agricultores. “Eles não podem responder por injustiças feitas há 300 anos. Os brasileiros precisam levar em conta que os índios não são inimigos. As ONGs, Ministério Público e outros que legitimamente defendem as causas indígenas têm que chegar à conclusão de que os fazendeiros não são inimigos”, declarou, sem dar uma solução para o caso, pois, segundo Rebelo, é preciso conhecer a fundo o problema local. 

O discurso do deputado federal e pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) com relação aos indígenas é bem diferente do pensamento de Rebelo. Quando esteve em Campo Grande para lançar o ex-deputado estadual Coronel David ao governo, ele falou sobre a demarcação.

“Há interesses escusos nas demarcações. Eles atacam buscando inviabilizar o agronegócio. Índios não querem latifúndios. Se depender de mim, essa política unilateral de demarcar terra indígena por parte do Executivo vai deixar de existir. A reserva que puder diminuir, eu farei”, pontuou.

No primeiro evento do DEM realizado este ano em Campo Grande, em abril, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), destacou em seu discurso que é preciso ter mais investimentos no agronegócio. “É preciso produzir mais no campo, com custos menores”, declarou.

Maia afirmou ainda que um dos focos de sua gestão é o cuidado com a educação. “Investimos no Ensino Superior igual aos países ricos, mas na educação básica os recursos são menores do que em muitas nações pobres”, analisou.

Também em abril, o dono da rede Riachuelo, Flávio Rocha (PRB), esteve na Capital e ressaltou que o forte de Mato Grosso do Sul é o agronegócio.

“O Estado tem uma área onde o agro está se revelando grandemente e é parte fundamental da nossa economia. Nosso Movimento Brasil 200 trabalha justamente para isso, produção e geração de emprego”, pontuou. 

Também esteve em MS a pré-candidata à vice-Presidência Sônia Guajajara (PSOL).

 

OPERAÇÃO

Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes "faz tudo o que não diz a lei"

PF indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de estado

21/11/2024 20h00

Foto: Senado

Continue Lendo...

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar", disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). "O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

*Com informações da Agência Brasil

Em debate

Projeto para banir celulares nas escolas de MS avança na Assembleia

O projeto de lei foi enviado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso seja aprovado, voltará para a Assembleia e passará por uma nova votação.

21/11/2024 13h35

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul Divulgação/ Alems

Continue Lendo...

Está em tramitação na Assembleia Legislativa o projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por alunos nas escolas da rede pública e privada de Mato Grosso do Sul. Conforme a matéria, que segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), os estudantes seriam impedidos de usar esses aparelhos dentro das salas de aula.

O tema tem sido amplamente discutido em outros estados brasileiros. Em São Paulo, no início deste mês, os deputados aprovaram um projeto de lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos por alunos nas escolas do estado, com previsão de implementação para 2025. 

Apresentado nesta quinta-feira (21) pelo deputado Pedro Pedrossian (PSD), o projeto de lei propõe a proibição do uso de dispositivos eletrônicos nas escolas do Estado. O texto define como dispositivos eletrônicos quaisquer equipamentos com acesso à internet, como celulares, tablets, relógios inteligentes e similares.

O mesmo projeto de lei, apresentado na última semana pelo deputado estadual Roberto Hashioka (União), determina que os alunos que optarem por levar celulares e outros dispositivos eletrônicos para as escolas deverão armazená-los de forma segura, sem acesso durante o período das aulas. Além disso, os estudantes assumirão a responsabilidade por eventuais extravios ou danos, caso escolham levar os aparelhos.

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul Foto: Assembleia Legislativa / Divulgação

De acordo com o documento apresentado pelo deputado Pedro Pedrossian, o uso de dispositivos eletrônicos será permitido nas escolas apenas em situações específicas: quando houver necessidade pedagógica para utilização de conteúdos digitais ou ferramentas educacionais, e para alunos com deficiência que dependem de auxílios tecnológicos para participar efetivamente das atividades escolares.

Preocupado com a saúde mental das crianças, o deputado aponta que a dependência de dispositivos eletrônicos e o uso excessivo das redes sociais podem causar sérios problemas de saúde, como transtornos psicológicos e outros distúrbios mentais. 

 “O debate acerca da limitação do uso de telas e dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes vem crescendo na medida em que se apresentam estudos que indicam diversas consequências graves desse uso indiscriminado, tanto do ponto de vista físico, quanto mental, cognitivo e até social. A dependência ou o uso problemático e interativo das mídias causa problemas mentais, aumento da ansiedade, violência, cyberbullying, transtornos de sono e alimentação, sedentarismo. Além disso, é estimado o limite diário de tela para crianças em uma a duas horas sempre com supervisão, na faixa etária dos 6 aos 10 anos”, justificou o deputado.

A matéria segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e, caso seja aprovada, retornará à Assembleia para a votação dos deputados.


Mais deputados aprovam o projeto 

Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul  Foto: Wagner Guimarães

No último dia 13 de setembro, o deputado estadual Roberto Hashioka (União) apresentou um projeto semelhante na Assembleia Legislativa, argumentando que o uso excessivo de dispositivos eletrônicos pela juventude pode prejudicar a concentração, o desempenho acadêmico e causar outros problemas de saúde.

“O uso constante de dispositivos móveis durante as aulas tem sido associado a uma diminuição significativa na capacidade de concentração e desempenho acadêmico. Além disso, estudos indicam que mesmo a mera presença do telefone pode reduzir a capacidade cognitiva, resultando em uma menor retenção de informações e notas mais baixas”, afirma Roberto Hashioka na justificativa da proposição.

O parlamentar também argumenta que cabe aos governos garantir as melhores condições de educação, incluindo a regulamentação do uso da tecnologia, a fim de proteger os estudantes dos seus aspectos negativos.

“Todas as crianças e adolescentes precisam de um ambiente educacional equilibrado, onde possam desenvolver habilidades digitais essenciais, ao mesmo tempo em que se protegem dos impactos prejudiciais do uso excessivo da tecnologia”, acrescenta. 


Uso de celulares em escolas de São Paulo está proibido 

Caso semelhante ocorreu em São Paulo, onde, nesta terça-feira (12), a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei que proíbe o uso de celulares em escolas públicas e privadas no estado. Agora, o texto segue para a sanção do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Conforme informações do portal G1, o texto tem como objetivo restringir o uso de qualquer tipo de aparelho eletrônico com acesso à internet por estudantes durante o período de aulas, incluindo os intervalos. O texto, de autoria da deputada estadual Marina Helou (Rede) , recebido aval da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Alesp em outubro.


Governo discute proibição de celulares nas escolas 

O Ministério da Educação (MEC) deve apresentar, nas próximas semanas, ao governo brasileiro um projeto de lei que prevê a concessão do uso de celulares em escolas públicas e privadas do país.

De acordo com a massa, o texto tem como objetivo proporcionar segurança jurídica para estados e municípios que já vinham discutindo a concessão.

Em fevereiro deste ano, o uso de aparelhos celulares e dispositivos tecnológicos foi proibido nas escolas da rede pública municipal do Rio de Janeiro. O decreto, assinado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), vetou o uso de aparelhos dentro e fora da sala de aula aula, incluindo nos intervalos e no recreio.

MEC deve apresentar proposta  

Na semana passada, o ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou ao portal G1 que é necessário impor limites ao uso de aparelhos celulares por crianças e adolescentes nas escolas.

Ao ser questionado se o MEC apresentava alguma proposta, o ministro disse que, no momento, desistiu de apresentar uma proposta própria de alcance nacional para implementar essas restrições e optou por ‘aproveitar’ os projetos de lei que já tramitavam na Casa.

Ainda de acordo com o ministro, o projeto de lei 104/2015, que trata do tema, foi aprovado pelos deputados na Comissão de Educação e agora seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Em seguida, será debatido no plenário e, posteriormente, no Senado.

Assine o Correio do Estado.

 

 


 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).