Política

Vereador

Só pedido de desculpas salva o mandato de Sandro Benites após discurso golpista

Sandro Benites, em ato bolsonarista, em Campo Grande, também chamou o presidente eleito de "ladrão e narcotraficante"

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Por atitude antidemocrática e golpista, o vereador campo-grandense Sandro Trindade Benites (Patriota) corre o risco de amargar um processo de cassação do mandato. Na quarta-feira (2), ele subiu em um trio elétrico e, em frente a uma multidão de bolsonaristas irados com a vitória de Lula, que se concentraram em frente a um quartel do Exército, suscitou a ideia de retorno do regime da ditadura.

O discurso de Sandro foi postado em suas redes sociais e lá permanecia até o início da noite de ontem (3). O comportamento do parlamentar foi repreendido por colegas, os quais já se manifestaram por meio de representações em prol da cassação de seu mandato.

O presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), afirmou que Sandro Benites, que sumiu desde a sessão da Câmara, ontem pela manhã, deve fazer uma retratação pública

pelo que disse no manifesto em frente à unidade militar.
Ainda pela manhã, contudo, logo depois da polêmica sessão, o vereador André Luis, o Professor André (Rede), já havia dito que preparava uma representação contra Sandro Benites, na qual pediria a cassação dele por crime federal.

“Vou fazer uma representação no Tribunal Superior Eleitoral, no Tribunal Regional Eleitoral de MS e no Ministério Público Federal e pedir uma representação na Comissão de Ética da Casa”, sustentou o parlamentar, que acrescentou: “Fiquei indignado com a situação, porque uma coisa é você apoiar o presidente [Bolsonaro], outra coisa é pedir por uma intervenção militar”.

O vereador Otávio Trad (PSD) criticou o colega, que, segundo ele, “foi desastroso”.
“Precisamos deixar claro que democracia se faz com mais democracia”, afirmou a vereadora Camila Jara (PT), que foi eleita deputada federal.

O COMEÇO

O episódio esquentou após do vazamento de um áudio que circulou pelo WhatsApp com falas de Carlão discordando da atitude de Sandro Benites. A conversa que escapou envolvia Carlão e Sandro.

No manifesto em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), Benites aparece em cima de um trio elétrico, envolto a uma Bandeira Nacional, e à sua frente uma multidão de bolsonaristas contrários à eleição de Lula. 
O parlamentar dizia uma palavra e os seguidores do presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi derrotado nas eleições de domingo (30), repetiam.

“Nós, campo-grandenses, patriotas, humildemente, pedimos socorro, nos livre desse mal, e juntos não aceitamos ser governados por um ladrão, por um narcotraficante, nos ajude, general”, vociferava o vereador.
No áudio vazado, o presidente da Câmara Municipal, Carlão, disse a Benites: “A Câmara é um Poder Legislativo que respeita a democracia. Se eu estou na Câmara, é porque fui eleito e os outros respeitaram a minha eleição. Respeitaram a sua também”. 

Sandro Benites não compareceu à Câmara nesta quinta-feira (3). A reportagem também não conseguiu conversar com ele à tarde, no gabinete, nem pelo próprio telefone do parlamentar, tampouco com a assessoria de imprensa, que emudeceu-se.

Depois do vazamento da conversa, Carlão encerrou a sessão e reuniu-se com lideranças para tratar do assunto.

EXCESSO

Na tarde de ontem, ao Correio do Estado, Carlão afirmou: “O vereador [Sandro] sabe que se excedeu, muito por estar motivado pelo calor do momento, pela multidão ao redor. Não temos nada pessoal. A questão em si foi o vazamento do áudio, por ser uma questão interna, me senti traído, porque o vazamento foi proposital. Outros nomes também se pronunciaram, mas o recorte vazado foi o meu”, afirmou Carlão, que disse desconhecer o motivo e quem teria vazado a conversa.

O presidente da Câmara destacou ainda que as falas de Sandro Benites não fazem sentido, uma vez que, segundo ele, o pedido do vereador Sandro por intervenção militar, interferiria em sua própria atividade legislativa. 

“Ele é parlamentar. Em caso de intervenção militar, as coisas não serão as mesmas”, pontuou Carlão. 
O chefe do Legislativo municipal afirmou também que o erro de Sandro Benites foi convocar generais e se manifestar de forma contrária ao resultado das urnas de domingo (30). 

“Se ele quiser xingar o Lula, aí é problema dele. O que não pode é agir dessa forma, lembrar de ditadura”, afirmou Carlão. 

Questionado sobre quais seriam os próximos passos após o vazamento do áudio, Carlão disse que Sandro Benites deve se pronunciar e se retratar sobre o fato até terça-feira (8). 

“Estou aqui para apagar incêndio, o que ele fez não foi um erro irreparável. Conversamos, e ele fará uma retratação até a próxima terça”. 

A ligação na qual a reportagem dialogava com Carlão caiu, mas novas tentativas foram feitas por meio do WhatsApp. Carlão foi indagado se somente a retratação não seria uma espécie de “panos quentes” sobre o assunto. O presidente, contudo, não retornou a ligação.

BIOGRAFIA

Sandro Trindade Benites, 46 anos, é filho de militar, nasceu e foi criado em Campo Grande. Ele é major do Exército, médico pediatra, nutrólogo e toxicologista. Seu partido, o Patriota, é representado pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e pelo esposo dela, Lídio Lopes, deputado estadual reeleito.

Pesquisa IPR

Nelson Cintra lidera briga pela prefeitura de Porto Murtinho

Na pesquisa espontânea, o candidato do PSDB aparece com 56,77% da preferência dos entrevistados

20/09/2024 12h12

Nelson Cintra

Nelson Cintra

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Pesquisa de intenções de voto para prefeito de Porto Murtinho (MS), realizada pelo Instituto de Pesquisa Resultado (IPR), no período de 14 a 16 de setembro, junto a 303 moradores do município com 16 anos ou mais, revela que, se as eleições municipais fossem hoje, o atual prefeito Nelson Cintra (PSDB) seria reeleito. 

Na pesquisa espontânea, quando não são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, Nelson Cintra aparece com 56,77% da preferência dos entrevistados.

Já o segundo colocado, Fábio Netto (PL), tem 13,53%, o terceiro, Ton Olmedo (PSB), tem 5,61%, e a quarta, Dulce Leão (Republicanos), tem 1,65%, e 22,44% ainda estão indecisos.

Na pesquisa estimulada, quando são oferecidas opções de nomes aos entrevistados, o atual prefeito amplia sua vantagem, alcançando 61,72% das intenções de voto.

Na sequência, aparecem os candidatos Fábio Netto, com 18,15%, Ton Olmedo, com 7,92%, e Dulce Leão, com 2,31%, enquanto 8,58% estão indecisos e 1,32% votarão em branco ou anularão.

REJEIÇÃO

O IPR ainda levantou a rejeição dos quatro candidatos a prefeito de Porto Murtinho. Nesse quesito, 24,75% dos entrevistados falaram que, se as eleições fossem hoje, não votariam de jeito nenhum em Ton Olmedo, seguido por Nelson Cintra, com 11,55%, Dulce Leão, com 7,59%, e Fábio Netto, com 1,98%, enquanto 46,53% não rejeitam nenhum dos quatro, 1,32% rejeitam todos os candidatos e 6,27% estão indecisos.

Além disso, o IPR também avaliou a administração de Nelson Cintra, e verificou que 70,62% dos entrevistados a aprovam. Desses, 33,66% classificaram sua gestão como ótima, e 36,96% a consideraram boa.

Outros 15,18% disseram que a gestão é regular, 2,64% falaram que é ruim, 9,57% declararam que é péssima e 1,98% não souberam ou não responderam.

QUEM GANHA

O instituto perguntou aos 303 entrevistados quem será eleito prefeito de Porto Murtinho nas eleições deste ano, independentemente dos seus respectivos votos, e 70,63% falaram que será Nelson Cintra. 
Já 13,86% disseram que será Fábio Netto, 5,61% citaram Ton Olmedo e 1,65% apontaram Dulce Leão, enquanto 8,25% se declararam indecisos. 

 O levantamento realizado pelo IPR foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o nº MS-04019/2024, tendo margem de erro de 5,6 pontos porcentuais para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. (DP)

Mudanças

Crhistinne Maymone é exonerada da Ses

A decisão foi publicada nesta sexta-feira (20) no Diário Oficial do Estado

20/09/2024 10h09

Crédito Governo do Estado

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Secretária adjunta da Secretaria Estadual de Saúde (SES), a doutora em ciências Crhistinne Cavalheiro Maymone Gonçalves, foi exonerada do cargo hoje, sexta-feira (20), segundo publicação 11.621 do Diário Oficial do Estado (DOE)

Conforme o informativo, a exoneração, assinada pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), decorre da aposentadoria de Crhistinne na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Devido a essa mudança em seu regime previdenciário, a profissional se afastará do cargo na SES.

Nomeada em 2 de janeiro de 2023 para o cargo em comissão de Administração Superior e Assessoramento da SES, Crhistinne recebia uma remuneração fixa de R$ 34 mil.

Com vasta experiência na área da saúde, a profissional é graduada em Odontologia pela UFMS, a secretária chegou a ocupar  outros cargos de chefia no setor. Veja a nota:



"Ela permanece no cargo, a exoneração foi apenas por questões previdenciárias, devido a aposentadoria dela no serviço federal".

Confira a publicação:
 

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