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STF define nesta quinta se absolve Dirceu e mais 7 por quadrilha

STF define nesta quinta se absolve Dirceu e mais 7 por quadrilha

G1

27/02/2014 - 07h17
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O Supremo Tribunal Federal (STF) voltará a julgar nesta quinta-feira (27) recursos do processo do mensalão do PT e decidirá se absolve do crime de formação de quadrilha o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e mais sete condenados. Uma eventual absolvição nessa acusação não vai alterar as condenações pelos demais crimes, pelos quais os oito réus já começaram a cumprir as penas.

Nesta quarta (26), quatro ministros (Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia) votaram pela absolvição de Dirceu, do ex-presidente do PT José Genoino, do ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, de ex-dirigentes do Banco Rural e do núcleo de Marcos Valério em relação ao crime de formação de quadrilha. Na primeira etapa da coleta dos votos, apenas o ministro Luiz Fux, relator dos recursos, defendeu manter as condenações.

Para concluir a análise dos chamados embargos infringentes, ainda faltam os votos de seis ministros. Dos magistrados que ainda não se posicionaram, quatro deles votaram no julgamento principal, em 2012, a favor das condenações dos réus pelo crime de quadrilha (Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e Joaquim Barbosa) e um pela absolvição (Rosa Weber).

O único voto ainda esconhecido sobre essa acusação é o do ministro Teori Zavascki, que ingressou na corte após a conclusão da primeira etapa do julgamento do mensalão. Na sessão desta quinta, Zavascki será o primeiro a votar.

No ano passado, ao julgar os primeiros recursos do processo, os embargos de declaração, Teori defendeu que os mesmos oito condenados tivessem penas menores. Na ocasião, aqueles recursos não tinham alcance para converter condenações em absolvições.

Os recursos que serão analisados nesta quinta, por outro lado, podem reverter parte das condenações impostas pelo tribunal no processo do mensalão. Têm direito a esse tipo de recurso os réus que, no julgamento principal de 2012, receberam os votos de pelo menos quatro ministros pela absolvição. Todos os oito que têm recursos analisados foram condenados na quadrilha por seis votos a quatro.

Primeiros votos
Primeiro ministro a votar na análise do embargos infringentes, nesta quarta, o ministro Luiz Fux defendeu a manutenção das condenações pelo crime de formação de quadrilha.
Na sequência, o ministro com menos tempo de corte, Luís Roberto Barroso, votou a favor de livrar os oito reús da condenação. Os ministros Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli acompanharam o voto de Barroso.

Ao se posicionar sobre os recursos, Barroso entendeu que as penas fixadas para os condenados foram elevadas. Na visão do ministro, se a punição ficasse no patamar correto, haveria prescrição do crime e os oito não poderiam mais ser punidos. Diante disso, o magistrado decidiu aceitar os recursos dos oito réus para eles ficarem livres da acusação de quadrilha.

O voto de Barroso irritou o presidente do Supremo, ministro Joaquim Barbosa, que foi o relator do processo do mensalão no julgamento principal. Para Barbosa, Barroso fez "discurso político" no plenário.

Nenhum dos oito condenados começou a cumprir as penas de quadrilha à espera do julgamento dos embargos infringentes. Se forem absolvidos, permanecerão na condição que se encontram. Se as condenações forem mantidas, Dirceu e Delúbio passarão do regime semiaberto para o fechado e perderão o direito de pleitear trabalho externo. Os outros seis não mudarão de regime, mas terão que cumprir pena maior.

Condenações podem mudar
A presença no tribunal dos ministros Luís Roberto Barroso e Teori Zavascki – que não participaram do julgamento do mensalão em 2012 porque foram nomeados depois desta fase 

– pode vir a transformar condenações em absolvições nos casos em que os réus foram condenados por estreita margem de votos. Embora não estivessem no julgamento principal, eles estão participando agora das decisões em relação aos recursos dos réus.

Em 2012, com outra composição em plenário, o Supremo condenou os oito réus pelo crime de formação de quadrilha por seis votos a quatro. A maioria dos ministros entendeu que houve uma associação criminosa.

No ano passado, em outro processo, já com os votos de Zavascki e Barroso, o tribunal condenou o senador Ivo Cassol por fraude em licitação no governo de Rondônia, mas o absolveu da acusação de formação de quadrilha.

No caso de Cassol, com os votos dos quatro ministros que absolveram os condenados por formação de quadrilha no mensalão (Dias Toffoli, Rosa Weber, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski) mais os de Zavascki e Barroso, o plenário entendeu, por seis votos a cinco, que os acusados fraudaram licitações, mas não formaram uma quadrilha.

Agora, no julgamento dos recursos do mensalão, se Teori Zavascki votar como Barroso e os demais ministros mantiverem os votos anteriores, as condenações por formação de quadrilha serão revertidas.

Política

PGR deve se manifestar sobre o caso Silvio Almeida, solicita Ministro do STF

Processo está em sigilo de Justiça

15/09/2024 13h33

 Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça

Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça Fotos: Carlos Moura/ SCO/ STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, pediu manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a competência da Corte para analisar as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida.

Na semana passada, Lula demitiu Almeida, “considerando a natureza das acusações” e por julgar “insustentável a manutenção do ministro no cargo”.

Na última quinta-feira (12), a Polícia Federal (PF) enviou ao STF um relatório preliminar da investigação aberta para apurar o caso. André Mendonça foi sorteado como relator e, nesta sexta-feira (13), encaminhou o processo para manifestação da PGR.

Como as acusações tratam do período no qual o ex-ministro tinha foro privilegiado, a PF pede que o STF defina se a questão deve ser analisada pela Corte ou por instâncias inferiores da Justiça. O processo está em sigilo de justiça, como de costume em ocorrências envolvendo denúncias de violência sexual, e não há prazo para decisão do ministro André Mendonça.

As denúncias contra Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na quinta-feira (5) e confirmadas pela organização Me Too, que atua na proteção de mulheres vítimas de violência. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente pelo então ministro.

Importunação
Entre as vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. Apontada como alvo de importunação sexual, a ministra ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso, mas divulgou uma nota nas redes sociais pedindo respeito à sua privacidade e afirmando ser inaceitável relativizar ou diminuir episódios de violência e abuso sexual.

Na terça-feira (10), a PF ouviu uma das mulheres. O depoimento é mantido em sigilo. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para apurar o caso.

Responsável por investigar irregularidades trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) também instaurou um inquérito civil para apurar as recentes denúncias. Segundo o órgão, a Procuradoria Regional do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins (PRT-10) recebeu uma denúncia anônima contra Silvio Almeida depois do caso noticiado pelo Metrópoles. A partir da denúncia anônima e do noticiário, um procurador do Trabalho decidiu instaurar um inquérito de ofício, ou seja, independentemente de ter sido provocado por uma parte interessada. A medida, por si só, significa que o procurador concluiu ser necessário o MPT apurar os fatos.

Defesa
Advogado, professor universitário e por muitos considerado referência no debate sobre as relações raciais e o racismo na estruturação nacional, Silvio Almeida nega as acusações. Em uma primeira nota divulgada na noite de quinta-feira (5), o ainda ministro chegou a se referir às acusações como “mentiras” e “ilações absurdas”, alegando que lhes faltavam materialidade, ou seja, indícios objetivos da existência de crime.

Na sexta-feira (6), a defesa do ex-ministro informou que acionou a Justiça Federal para obter explicações da organização Me Too. Para o lugar de Silvio Almeida no Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, o presidente Lula nomeou a deputada estadual mineira Macaé Evaristo.
 

*Informações da Agência Brasil 

CAMPO GRANDE

Candidatos à prefeitura já investiram mais de R$ 444 mil com mídias sociais

Nos últimos 90 dias, os cinco principais candidatos a prefeito estão investindo pesado tanto no Facebook quanto no Instagram

14/09/2024 10h00

Candidatos à prefeitura já investiram mais de R$ 444 mil com mídias sociais

Candidatos à prefeitura já investiram mais de R$ 444 mil com mídias sociais Arquivo

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Passados 20 dias da primeira consulta à empresa Metaverso, a Meta, responsável pelas redes sociais Facebook e Instagram, para verificar o quanto os oito postulantes à cadeira de chefe do Executivo de Campo Grande gastaram para impulsionar as suas respectivas propagandas eleitorais, o Correio do Estado registrou um aumento expressivo de mais de seis vezes.

Conforme o levantamento feito pela reportagem, nos últimos 90 dias, os candidatos Rose Modesto (União Brasil), Beto Pereira (PSDB), Adriane Lopes (PP), Camila Jara (PT) e Beto Figueiró (Novo) investiram no total R$ 444.204,00 com impulsionamento no Facebook e no Instagram, enquanto na consulta feita há 20 dias esse montante era de R$ 75.346,00.

Agora, até o momento, a campeã de gastos é a ex-deputada federal Rose Modesto, a qual, em 90 dias, investiu o valor de R$ 175.022,00 – há 20 dias o valor estava em R$ 44.587,00.

Depois dela, aparecem o deputado federal Beto Pereira, que destinou R$ 129.933,00 (antes eram R$ 15.402,00), e a atual prefeita da Capital, Adriane Lopes, que reservou R$ 93.435,00 (anteriormente foram R$ 15.357,00).

Já a deputada federal Camila Jara usou R$ 31.514,00 (antes foram R$ 1.735,00), enquanto o advogado Beto Figueiró aplicou R$ 14.300,00 (há 20 dias eram R$ 4 mil).

Por sua vez, os candidatos Ubirajara Martins (DC), Luso Queiroz (Psol) e Jorge Batista (PCO) – considerados os “azarões” no pleito de 6 de outubro –, até o momento, nos últimos 90 dias, não gastaram com impulsionamento nas duas redes sociais mencionadas.

EM UMA SEMANA

Ainda de acordo com o levantamento realizado pelo Correio do Estado, na última semana, com os postulantes já podendo contar com o reforço da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, os cinco candidatos que estão investindo em impulsionamento no Facebook e no Instagram gastaram 
R$ 219.989,00.

Considerando apenas esses sete dias, o campeão de gastos é Beto Pereira, com investimento de R$ 88.664,00, enquanto logo em seguida aparecem Rose Modesto (com R$ 70.802,00), Adriane Lopes (com R$ 28.623,00), Camila Jara (com R$ 23.835,00) e Beto Figueiró (com R$ 8.065,00).

Segundo os consultores e especialistas em anúncios digitais ouvidos pelo Correio do Estado, é normal nas campanhas eleitorais que a plataforma de anúncios da Meta receba uma avalanche de contratações, tanto dos candidatos a prefeito na Capital e nas cidades do interior quanto dos candidatos a vereador.

Para os especialistas, como os candidatos não tinham ainda a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, a saída foi investir nas redes sociais – que não são uma mídia considerada cara.

Além disso, ainda conforme os consultores, há um direcionamento preferencial dos candidatos para impulsionar os anúncios nessas duas redes sociais, que têm maior abrangência entre os internautas.

INTERIOR

O Correio do Estado também aproveitou para consultar os dados dos sete candidatos a prefeito de Dourados.

Por lá, os campeões de investimentos em impulsionamento no Facebook e no Instagram foram o atual prefeito, Alan Guedes (PP), a empresária Bela Barros (PDT), o professor universitário Tiago Botelho (PP), o radialista Marçal Filho (PSDB) e o farmacêutico Racib Harb (Novo).

Conforme o levantamento realizado pela reportagem, nos últimos 90 dias, esses cinco candidatos a prefeito de Dourados já gastaram quase R$ 60 mil.

Até o momento, a campeã de gastos é Bela Barros, que destinou R$ 26.581,00 em 90 dias – há 20 dias, esse montante era de R$ 3.325,00. Na sequência, aparece Alan Guedes, que no mesmo período investiu R$ 22.200,00 (anteriormente eram 13.296,00).

Mais atrás estão Tiago Botelho, que reservou R$ 8.238,00 em 90 dias (há 20 dias eram R$ 2 mil); Marçal Filho, que usou R$ 2.306,00 (antes foram R$ 962,00); e Racib Harb, que aplicou R$ 531,00 (montante que, anteriormente, era R$ 500,00).

Demais candidatos a prefeito de Dourados, Beto Teles (Psol) e Valderi Garcia (PCO) até o momento não gastaram com impulsionamento nas duas redes sociais nos últimos 90 dias. Na última semana da campanha, o Correio do Estado fará uma nova consulta.

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