Política

Eleições

Veja o desempenho de Adriane Lopes e Rose Modesto nos bairros de Campo Grande

Adriane Lopes venceu em cinco zonas eleitorais e Rose, em uma

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Mais votada no primeiro turno das eleições para prefeito de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) venceu em cinco das seis zonas eleitorais da cidade, enquanto sua oponente no segundo turno, a ex-deputada federal Rose Modesto (União Brasil), venceu em apenas uma.

A Justiça Eleitoral divide Campo Grande em seis zonas eleitorais. Curiosamente, os melhores desempenhos de Rose Modesto e Adriane Lopes ocorreram em zonas eleitorais vizinhas: a 35ª, única vencida por Rose, e a 54ª, onde Adriane teve sua maior vantagem sobre os adversários.

Essas duas zonas eleitorais, que separam os melhores e piores desempenhos das candidatas, são divididas pela Avenida Júlio de Castilhos.

Na 35ª, Rose venceu Adriane por uma margem apertada (30,80% dos votos contra 30,36%). Essa zona abrange bairros como o Grande Santo Amaro, Coopatrabalho, Jardim Seminário e vai até o Grande Nova Lima. Com 117.286 eleitores, é a terceira maior zona eleitoral da cidade.

Já na 54ª Zona Eleitoral, onde Adriane Lopes teve seu melhor desempenho, ela conquistou 33,66% dos votos (15.963), enquanto Rose Modesto obteve 27,48% (13.030). Essa zona abrange bairros como Amambaí, Bandeirantes, Nova Campo Grande e Indubrasil, e tem o menor contingente de eleitores (68.926). Adriane também venceu em outras quatro zonas eleitorais, incluindo as duas maiores: a 53ª e a 8ª.

Desempenho dos candidatos por zona eleitoral:

8ª Zona Eleitoral (Centro, Arnaldo Estevão, Itamaracá, Itanhangá, Maria Apda. Pedrossian, Miguel Couto, Moreninhas, Noroeste, Universitário, Tiradentes e Vilas Boas)

  • Adriane Lopes (PP): 27.611 votos (32,03%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 24.771 votos (28,74%)
  • Beto Pereira (PSDB): 22.300 votos (25,87%)
  • Camila Jara (PT): 8.440 votos (9,79%)
  • Beto Figueiró (Novo): 2.307 votos (2,68%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 552 votos (0,64%)
  • Ubirajara Martins (DC): 217 votos (0,25%)

36ª Zona Eleitoral (Centro, Autonomista, Carandá, Chácara dos Poderes, Cel. Antonino, Cruzeiro, Estrela D'Alva, Jd. dos Estados, Vila Margarida, Mata do Jacinto, Monte Castelo, Novos Estados, Santa Fé, São Francisco e Jardim Veraneio)

  • Adriane Lopes (PP): 23.215 votos (32,04%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 21.302 votos (29,4%)
  • Beto Pereira (PSDB): 17.390 votos (24%)
  • Camila Jara (PT): 7.061 votos (9,74%)
  • Beto Figueiró (Novo): 2.822 votos (3,89%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 464 votos (0,64%)
  • Ubirajara Martins (DC): 203 votos (0,28%)

35ª Zona Eleitoral (Anache, Colúmbia, Jd. Aeroporto, José Abrão, Nova Lima, Santo Amaro, Santa Lúcia, Seminário, Vila Nassar, Vila Planalto e Zé Pereira)

  • Rose Modesto (União Brasil): 24.849 votos (30,8%)
  • Adriane Lopes (PP): 24.496 votos (30,36%)
  • Beto Pereira (PSDB): 21.293 votos (26,39%)
  • Camila Jara (PT): 7.360 votos (9,12%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.914 votos (2,37%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 566 votos (0,70%)
  • Ubirajara Martins (DC): 198 votos (0,25%)

54ª Zona Eleitoral (Amambai, Bandeirantes, Nova Campo Grande, Indubrasil, Vila Popular, Santo Antônio, Taveirópolis e União)

  • Adriane Lopes (PP): 15.963 votos (33,66%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 13.030 votos (27,48%)
  • Beto Pereira (PSDB): 12.308 votos (25,95%)
  • Camila Jara (PT): 4.308 votos (9,08%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.339 votos (2,82%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 346 votos (0,73%)
  • Ubirajara Martins (DC): 129 votos (0,27%)

44ª Zona Eleitoral (Amambai, Aero Rancho, Coophavila 2, Guanandi, Jacy, Pênfigo, São Conrado, Taquarussu, Tarumã e Tijuca)

  • Adriane Lopes (PP): 19.683 votos (30,6%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 19.068 votos (29,65%)
  • Beto Pereira (PSDB): 18.031 votos (28,03%)
  • Camila Jara (PT): 5.899 votos (9,17%)
  • Beto Figueiró (Novo): 1.035 votos (1,61%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 469 votos (0,73%)
  • Ubirajara Martins (DC): 133 votos (0,21%)

53ª Zona Eleitoral (Aero Rancho, Alves Pereira, Centenário, Centro-Oeste, Jockey Club, Lageado, Los Angeles, Parati, Pioneiros e Piratininga)

  • Adriane Lopes (PP): 29.945 votos (31,89%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 28.505 votos (30,35%)
  • Beto Pereira (PSDB): 24.194 votos (25,76%)
  • Camila Jara (PT): 8.898 votos (9,48%)
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (1,56%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 710 votos (0,76%)
  • Ubirajara Martins (DC): 187 votos (0,2%)
Mapa das zonas eleitorais de Campo Grande

No resultado final das eleições deste domingo (6), os candidatos obtiveram os seguintes votos:

  • Adriane Lopes (PP): 140.913 votos (31,67%)
  • Rose Modesto (União Brasil): 131.525 votos (29,56%)
  • Beto Pereira (PSDB): 115.516 votos (25,96%)
  • Camila Jara (PT): 41.966 votos (9,43%)
  • Beto Figueiró (Novo): 10.885 votos (2,45%)
  • Luso de Queiroz (PSOL): 3.108 votos (0,70%)
  • Ubirajara Martins (DC): 1.067 votos (0,24%)

REFORMA ADMINISTRATIVA

Thelma Lopes é cotada para assumir secretaria com "superpoderes"

Atualmente, ela é a atual chefe de gabinete da prefeita e pode ser a secretária especial da Casa Civil de Campo Grande

20/12/2024 08h00

Thelma Fernandes Nogueira Lopes é a atual chefe de gabinete

Thelma Fernandes Nogueira Lopes é a atual chefe de gabinete Foto: Reprodução

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Por meio do Projeto de Lei nº 11.504/2024, o qual dispõe sobre a adequação da estrutura da administração direta e indireta do município de Campo Grande e que foi aprovado pelos vereadores em sessão extraordinária no dia 11, a prefeita Adriane Lopes (PP) criou a Secretaria Especial da Casa Civil, a qual já está sendo chamada de “supersecretaria”.

Isso porque – conforme o texto final aprovado pela Câmara Municipal e encaminhado para a sanção da prefeita – a Pasta terá sob a sua supervisão e fiscalização e o seu controle a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Emha), a Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg) e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran).

Na prática, a Secretaria Especial da Casa Civil terá como responsabilidade as agências que controlam as principais áreas da Capital, como as políticas que geram o desenvolvimento ordenado da cidade, as moradias populares e os assentamentos rurais, a regulação dos serviços públicos e o transporte coletivo urbano e o trânsito campo-grandense.

Para uma Pasta tão importante, era esperada a nomeação de uma pessoa com grande potencial técnico, afinal, terá jurisdição sobre pontos nevrálgicos da administração municipal. Entretanto, conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, o cargo deve ficar com a atual chefe de gabinete da prefeita, Thelma Fernandes Mendes Nogueira Lopes.

Ela está no cargo desde 31 de outubro de 2022 e faz parte do chamado “núcleo duro” de Adriane Lopes, que inclui ainda a secretária municipal de Finanças e Planejamento, Márcia Helena Hokama.

O Correio do Estado procurou a prefeita para comentar a possibilidade da nomeação de Thelma para a Secretaria Especial da Casa Civil. Por meio de sua assessoria de imprensa, Adriane informou que ainda não escolheu nenhum nome e que todas as cadeiras do seu novo secretariado ainda estão vazias.

Além disso, a prefeita disse, ainda por meio de nota, que “somente depois do Natal vou anunciar os nomes dos novos secretários que vão ingressar na gestão e também daqueles que devem permanecer na administração municipal”.

COMPETÊNCIAS

Ainda conforme o Projeto de Lei nº 11.504/2024 aprovado pela Câmara, a Secretaria Especial da Casa Civil de Campo Grande ficará responsável, entre outras funções, pela coordenação, pela supervisão, pelo controle e pelo gerenciamento das atividades de apoio direto à prefeita Adriane Lopes.

A Pasta também cuidará da promoção do apoio e do assessoramento político-administrativo à prefeita e à vice-prefeita, bem como a assistência direta e imediata nas suas representações política, institucional e social.

Outra função dessa secretaria especial será o recebimento, a triagem, o estudo e o preparo do expediente da prefeita Adriane Lopes, bem como o acompanhamento e o controle da execução das determinações dele emanadas.

A prestação de apoio à prefeita nas suas relações político-administrativas com os munícipes, as entidades públicas e privadas e a imprensa ainda caberão à Pasta.

A formulação de campanhas e promoções de caráter público ou interno e o apoio a Adriane Lopes e aos titulares de órgãos e entidades da administração municipal no relacionamento com os meios de comunicação também fazem parte das obrigações da Secretaria Especial da Casa Civil.

Ainda caberá ao titular dessa secretaria municipal a execução das atividades do cerimonial público e a condução e a organização de solenidades de interesse da Prefeitura de Campo Grande, visando garantir a eficiência, a qualidade e a efetividade do protocolo da gestão municipal.

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Disputa acirrada

Candidato da prefeita vai para o "tudo ou nada" contra tucano pela presidência da Câmara

Com apoio de Adriane Lopes, Beto Avelar (PP) já tem apoio do Avante contra Papy (PSDB), que uniu PL, PT e grupo de Carlão (PSB)

19/12/2024 21h06

Beto Avelar deve bater chapa contra Papy em disputa pela presidência da Câmara

Beto Avelar deve bater chapa contra Papy em disputa pela presidência da Câmara TRE-MS

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O cenário pode mudar até a manhã do próximo dia 1º de janeiro, quando será escolhido o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande para o biênio 2025-2026, mas, a julgar pela reunião ocorrida na noite de quinta-feira (19) de dezembro, a prefeita Adriane Lopes (PP) está disposta a bancar o atual líder de seu governo no Legislativo e vereador reeleito, Beto Avelar (PP), para a presidência.

Na semana passada, a impressão na Câmara era de que a disputa tinha se arrefecido e estava se formando um consenso em torno da candidatura do vereador Papy (PSDB) para a presidência da casa.

Os números ajudam a explicar este quase consenso: Papy teria, no momento, o apoio de 23 dos 29 vereadores e, do outro lado, estão os quatro vereadores do PP e mais dois vereadores do Avante, partido umbilicalmente ligado ao entorno político de Adriane Lopes e do deputado estadual Lídio Lopes, marido dela.

A candidatura de Beto Avelar foi selada em reunião ocorrida na sede do PP, e dela participaram os seis vereadores que estão com Beto Avelar.

O Correio do Estado apurou que a reunião foi convocada e articulada pelo marido de Adriane, Lídio Lopes, e que a prefeita teria sido clara em seu recado: o candidato dela é Beto Avelar. Um dos temas centrais do encontro foi a tentativa de viabilizar mais votos, uma vez que o outro lado está fortalecido.

Apesar da articulação do marido de Adriane, oficialmente, ela disse que seu aval foi dado para que os vereadores do PP viabilizassem suas candidaturas. “Não determinei um embate”, afirmou, via assessoria de imprensa.

E quem está do outro lado?

Do outro lado, apoiando Papy, está nada menos que o atual presidente da Câmara, Carlão (PSB). O vereador, que no próximo dia 31 deixará a presidência da casa após quatro anos no comando, é um dos grandes atores na articulação para que Papy seja o presidente.

Na formação sendo articulada, Carlão será o primeiro secretário. Políticos fortes no Estado, que não exercem mandato de vereador, mas que têm uma grande influência no cenário político de Mato Grosso do Sul, como o ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente do diretório regional do PSDB, e seu correligionário, o governador Eduardo Riedel, também estão com Papy.

“Olha, faz 20 dias que o Beto (Avelar) tá com essa válvula aí. Desde quando o Riverton (PP) e o Delei Pinheiro (PP) disseram que não são mais candidatos”, disse Carlão ao Correio do Estado. “Agora, vamos ver se eles conseguem montar a chapa. Eles têm dois do Avante. Eles podem (concorrer), o problema é que o Papy já tem um grupo forte, mas nada é impossível”, complementou Carlão.

Puxadinho?

Carlão também disse que o grupo de Papy tem o compromisso de dar a Adriane Lopes a governabilidade necessária e que ele será aliado no que for necessário para ajudar a cidade, mas lembrou que o Legislativo tem sua força.

“Tem que ser independente, viu? Legislativo não pode ser puxadinho da casa da prefeita, não pode ser anexo do gabinete dela, mas tem que ser parceiro dela nas coisas boas para a cidade. Presidente da Câmara não pode ter barganha não”, asseverou Carlão.

No grupo de Papy há uma grande diversidade de partidos e uma convergência difícil de ver em tempos de polarização. Além dos cinco vereadores de seu partido, o PSDB — maior bancada da Câmara — também estão presentes os três vereadores do PL e os três vereadores do PT, por exemplo. O ex-prefeito Marquinhos Trad (PDT), que lançou Adriane Lopes na política ao colocá-la como sua vice-prefeita nas duas vezes em que administrou Campo Grande, também está no grupo de Papy, que ainda teria os vereadores do União Brasil, Republicanos, MDB e Podemos.

Papy disse ao Correio do Estado que sua candidatura é plural e contempla vários partidos, e que a de Beto Avelar é um “interesse político individual”. “Seria melhor uma chapa de consenso, mas, se não for possível, vamos para o embate”, disse Papy.

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