Freada nas vendas
Com cerca de 150 mil veículos deixados de serem concluídos neste mês por falta de componentes, especialmente de semicondutores, o mercado brasileiro fechou junho com venda de 158.172 unidades entre carros de passeio e comerciais leves, representando queda de 6,2% ante maio e de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. A picape compacta Fiat Strada manteve a liderança, com 9.802 unidades emplacadas em junho, surpreendentemente seguida pelo veteraníssimo hatch compacto Volkswagen Gol - que deve sair de linha em 2022 -, com 8.964 exemplares vendidos, à frente do hatch compacto Hyundai HB20 (7.973), do SUV compacto Volkswagen T-Cross (6.151), do SUV médio Jeep Compass (5.980), dos SUVs compactos Hyundai Creta (5.832) e Chevrolet Tracker (5.013), do sedã compacto Fiat Cronos (4.861), do utilitário esportivo compacto Fiat Pulse (4.776) e do hatch subcompacto Fiat Mobi (4.633). Entre as fabricantes com produção local, a Fiat permaneceu em primeiro nos dois segmentos, com 32.760 unidades vendidas em junho e participação de mercado de 20,7%, acompanhada da Volkswagen, com 22.995 vendas e “market share” de 15,1%, da General Motors (18.820 e 11,9%), da Hyundai (16.614 e 10,5%), da Toyota (15.873 e 10,1%), da Jeep (11.302 e 7,1%), da Renault (10.096 e 6,3%), da Nissan (5.187 e 3,2%), da Peugeot (4.313 e 2,7%) e da Honda (3.859 e 2,4%).
É só falar
O Hyundai Creta tem mais uma novidade na linha 2023. O modelo produzido na cidade paulista de Piracicaba briga no segmento de utilitários esportivos compactos e ganhou comando de voz para abertura do teto solar nas configurações Platinum, Ultimate e N Line. Atualmente, os comandos de voz já estão disponíveis no Creta para acionamento do ar-condicionado, da ventilação do banco do motorista e para abrir e fechar o vidro do condutor. Na variante Action 1.6, a migração para o modelo 2023 ocorrerá no segundo semestre deste ano. Os preços do Creta são de R$ 120.190 na Comfort (R$ 124.090 para São Paulo), de R$ 132.290 na Limited (R$ 136.790 em SP), de R$ 143.890 na Platinum sem teto solar (R$ 148.790 em SP), de R$ 152.090 na Platinum com teto solar (R$ 157.390 em SP) e de R$ 159.490 na N Line (R$ 165.090 em SP), todas com motor 1.0 turbo. A Ultimate 2.0 custa R$ 165.290 (R$ 171.090 para SP).
Exportadora de “know-how”
Depois de anunciar o final da produção no Brasil – em janeiro do ano passado –, a Ford vislumbrou um novo cenário para o Complexo de Camaçari (BA): o conhecimento. Com isso, os 1.500 profissionais do Centro de Desenvolvimento e Tecnologia da Ford Brasil passarão a atuar em projetos globais voltados ao futuro da mobilidade, como veículos elétricos, autônomos e conectados. A estrutura foi ampliada recentemente com a contratação de mais 500 empregados.
“A inovação contínua é o diferencial entre as empresas que crescerão ou desaparecerão neste mundo em constante mudança. Isso nos leva a outro grande desafio: a demanda cada vez maior por engenheiros e especialistas. Vimos nesse cenário a oportunidade de ampliar nossa atuação com a exportação de serviços de engenharia para os principais mercados da Ford no mundo. Atualmente, nosso Centro de Desenvolvimento opera como uma unidade de negócio autossustentável, com uma expectativa de receita de R$ 500 milhões este ano”, comemora Daniel Justo, presidente da Ford América do Sul.
De volta à linha
Com os novos Q3 e Q3 Sportback, equipados com motor 2.0 de 231 cavalos de potência, a Audi do Brasil retomou as operações em sua fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná. Para viabilizar a reinauguração da unidade, a Audi promoveu um investimento de R$ 100 milhões na modernização da linha de montagem, com novos maquinários, ferramentais, equipamentos de controle de qualidade e sistemas de tecnologia da informação e infraestrutura logística. O montante se soma aos R$ 446 milhões já investidos pela marca desde 2012. A produção no Paraná teve início em 2015 com o A3 sedã. Em 2016, passou a fazer também o Q3. A fabricação do SUV seguiu até 2019, com o fim do ciclo de vida da geração anterior, enquanto o A3 saiu de linha em 2020.
“A Audi tem uma relação sólida e duradoura com o Brasil, e mesmo após a interrupção das operações, sempre acreditamos no potencial de recuperação e crescimento do país. Por isso, a empresa se esforçou para retomar a sua produção local”, comemorou Daniel Rojas, CEO da Audi do Brasil.
Test-drive virtual
Por meio da Amazon Alexa, a BMW introduziu o elétrico iX3 oficialmente no mercado brasileiro, no último fim de semana.
“O iX3 é o primeiro modelo a permitir um test-drive sensorial, por meio do Alexa, de forma a incentivar a experiência real na Rede de Concessionárias. A interação com residências, empresas e com todo o ambiente será cada vez mais constante e seguiremos a liderar a transformação da indústria de mobilidade e tecnologia premium, desde a oferta de atualizações remotas de software nos nossos veículo até várias outras ações que estão por serem implementadas”, antecipa Henrique Miranda, diretor de Eletrificação na BMW do Brasil.
Com até 460 quilômetros de autonomia, o iX3 M Sport é o quarto modelo do BMW Group completamente movido a energia elétrica, somando-se ao i3, ao iX e ao Mini SE. O iX3 começa a ser vendido esta semana no Brasil, com preço de R$ 475.950. Com 286 cavalos (210 kW) de potência e torque de 40,5 kgfm, o elétrico é importado da China.
Só lá
A Citroën acaba de revelar mundialmente os inéditos C4 X e ë-C4 X elétrico, reunindo o design único de um fastback, a versatilidade de um modelo quatro portas e a “pegada” SUV. A versão elétrica tem autonomia de até 360 quilômetros pelo ciclo WLTP.
“Estamos entusiasmados com a oportunidade apresentada pelos novos ë-C4 X e C4 X, pois eles contribuem significativamente para a nossa presença de marca e objetivos de expansão de vendas”, festejou Vincent Cobée, CEO da Citroën.
O ë-C4 X tem 100 kW (135 cavalos) de potência e torque de 26,5 kgfm disponível a qualquer momento, com aceleração de zero a 100 km/h feita em 9,5 segundos. Os dois Citroën C4 X serão produzidos no Polo Automotivo da Stellantis em Madri, e começam a ser vendidos nos principais mercados da Europa, Ásia e do Oriente Médio no início do outono (em setembro) do hemisfério norte. Ainda não existe um plano de trazê-los para o mercado brasileiro.
Para aliviar o bolso
Segundo pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de janeiro de 2021 a junho deste ano, houve um aumento de 39,2% no preço da gasolina no país. Para ajudar os motoristas, Thiago Chagas, consultor da Ricardo Kotaba, empresa cadastrada no aplicativo de serviços GetNinjas, dá dicas de como economizar:
- Manutenção - Sem a devida revisão, contratempos como o filtro de ar entupido ou sujo, velas desgastadas e corpo de borboleta (peça moderna que substitui o carburador) desregulada aumentam o consumo.
- GNV x gasolina - Com o aumento do preço da gasolina, há motoristas que consideram a conversão para GNV (Gás Natural Veicular). Mas o especialista recomenda que o motorista observe alguns aspectos antes de fazer a transformação.
“No caso de carros que fazem curtas distâncias, não é aconselhável a instalação do GNV, não só pelo preço do kit como também pelo desgaste que o motor sofre com a mudança”, explica Chagas. - Pneus - Atenção à calibragem do pneu.
“Um item de suma importância para a economia de combustível é a pressão correta dos pneus. Pneus muito cheios ou vazios influenciam diretamente no consumo de combustível”, aconselha. - Quantidade de combustível - Ao contrário do que se imagina, rodar com o tanque mais vazio ou cheio não influencia no consumo de gasolina. De qualquer forma, não é recomendável trafegar com o tanque na reserva, pois pode prejudicar o funcionamento da bomba.


