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Cortes no Orçamento atingem
áreas sociais do governo

Cortes no Orçamento atingem
áreas sociais do governo

FOLHAPRESS

08/07/2017 - 11h48
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A interrupção do fornecimento de passaportes e a redução da fiscalização em rodovias não são as únicas áreas sensíveis impactadas pelos cortes do Orçamento.

Setores e ações considerados emblemáticos pelo alcance social e a urgência também estão sendo impactados em várias lugares da Esplanada.

O valor gasto pelo Incra com indenização de imóveis em territórios quilombolas, por exemplo, caiu de R$ 13,2 milhões para 2014 para R$ 3,5 milhões no ano de 2017. Para reconhecimento dos territórios, o valor caiu de R$ 3,4 milhões para R$ 1,3 milhão.

"A situação é gravíssima, o Incra está paralisado, e os conflitos nesses territórios podem se agravar", disse o presidente da organização não governamental Conaq, coordenação nacional de quilombolas, Denildo Rodrigues de Moraes, o Biko.

Uma das áreas mais sensíveis na União é a de monitoramento e fiscalização de terras ocupadas por índios isolados na região amazônica. Há 54 registros de grupos isolados no país, com 20 casos confirmados e mais seis povos de contato recente. Para toda a tarefa, a Funai conta com apenas 113 servidores.

O orçamento para o setor desabou, e a Funai reduziu expedições para checagem da segurança dos índios.

A previsão orçamentária com as frentes desabou de R$ 4 milhões, em 2016, para apenas R$ 1,9 milhão, em 2017. Uma das razões apresentadas pelo então presidente da Funai, Toninho Costa, para pedir demissão do cargo em abril foi justamente a queda dos gastos com essas frentes.

"Se não houver aporte financeiro, ações prioritárias na proteção dos índios isolados ficarão comprometidas, o que pode levar a consequências trágicas", disse Costa nesta sexta (7).

A escassez de dinheiro atinge também atividades de agências reguladoras, como fiscalização da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e da ANA (Agência Nacional de Águas).

O aperto no Orçamento compromete igualmente a atividade diária de universidades e institutos de educação federais -a reportagem falou com duas entidades (a Universidade Federal de Campina Grande e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul), que afirmam que só possuem recursos para pagar contas de energia, água, telefone e vigilância até outubro.

Na saúde, o problema mais grave apareceu nos seis hospitais da rede federal, no Rio. Segundo o procurador Daniel Macedo, mais 600 profissionais (entre médicos e enfermeiros) com contratos temporários estão sendo desligados. No Hospital de Ipanema, as cirurgias foram paralisadas.

OUTRO LADO

O Ministério da Justiça não se manifestou. O Incra disse que executa as ações conforme o orçamento de que dispõe. A ANA disse que tem procurado as polícias ambientais dos governos estaduais para continuar garantindo as ações de fiscalização.

A Anatel informou que passará a fazer uma fiscalização seletiva, cuja prioridade será a verificação de possíveis interferências em aeródromos que possam colocar em risco a segurança do tráfego aéreo.

O Ministério da Educação informou que R$ 347 milhões foram liberados neste mês para as universidades e institutos federais. O Ministério da Saúde disse que os pacientes do Ipanema estão sendo direcionados.

"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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