Análise dos resultados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - divulgados na última semana pelo Ministério da Educação (MEC) - sobre Campo Grande em 2023, mostram o município tem a sétima pior nota entre as capitais para os anos iniciais da rede pública.
Segundo os dados publicados pelo instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), levando em conta o indicador de análise dos anos iniciais da rede pública - ou seja, escolas estaduais e municipais - a Cidade Morena registrou nota 5,3 na edição 2023 do Ideb.
Sendo que no levantamento anterior, feito em 2021, Campo Grande teve 5,4 em nota, o índice indica queda e a Cidade Morena só fica a frente dos seguintes municípios:
- (BA) Salvador| 5,3 (5,4 em 2021)
- (SE) Aracaju| 5,2 (5,0 em 2021)
- (PB) João Pessoa| 5,2 (5,0 em 2021)
- (AP) Macapá| 5,1 (4,9 em 2021)
- (RS) Porto Alegre| 4,8 (4,5 em 2021)
- (RN) Natal| 4,6 (4,4 em 2021)
Ainda, se lançado olhar em análise entre os piores, é possível observar também que apenas Campo Grande e Salvador não conseguiram melhorar os índices e pioraram suas notas no Ideb entre um levantamento e outro.
Abaixo, você confere a relação das capitais, em comparativo com os respectivos desempenhos para os anos iniciais registrados pelo Ideb em 2021 e 2023:
Nesses anos iniciais, Campo Grande registra queda no índice desde o levantamento de 2017, anotando 5,7 na nota daquele ano; que se repetiu em 2019 e caiu para 5,4 em 2021; mesma pontuação que havia anotada ainda em 2015.
Já quando lançado olhar para o desempenho geral da rede pública nos anos finais, Campo Grande figura com uma melhor posição entre as 27 capitais, ocupando o 11º lugar do ranking, porém também com uma piora no índice.
Isso porque, segundo o Inep, entre os anos de 2021 e 2023, a nota do Ideb para escolas municipais e estaduais da Cidade Morena saiu de 5,1 no balanço passado para 4,8 na divulgação mais recente.
Entre as 10 primeiras capitais acima de Campo Grande aparecem:
- (PI) Teresina| 5,7 (5,4 em 2021)
- (TO) Palmas| 5,4 (5,4 em 2021)
- (PR) Curitiba| 5,4 (5,3 em 2021)
- (RJ) Rio de Janeiro| 5,2 (5,1 em 2021)
- (AM) Manaus| 5,1 (5,0 em 2021)
- (GO) Goiânia| 5,3 (5,4 em 2021)
- (CE) Fortaleza| 5,2 (5,2 em 2021)
- (PE) Recife| 4,9 (5,0 em 2021)
- (AC) Rio Branco| 4,9 (4,8 em 2021)
Abaixo você também confere a nota de cada capital, segundo Inep, no índice para anos finais, além de um comparativo do desempenho com os respectivos resultados imediatamente posteriores:
Nessa classificação de anos finais, Campo Grande saiu de uma crescente que era registrada desde 2005, quando a Capital teve 3,5 de nota - anotando 4,2 em 2007; 4,4 por três anos seguidos; 4,8 em 2015 e 2017; até chegar no pico de 5,1 do levantamento de 2021 - que só foi interrompida no índice deste ano.
Situação local
Divulgados os dados ainda na última semana, como bem acompanhou o Correio do Estado, a educação escolar em MS melhorou e Mato Grosso do Sul, apesar da evolução, ainda figura abaixo da média nacional, anotando 5,6 em 2023 para o índice dos anos iniciais.
Esse número está a frente dos 5,2 registrados em 2021, porém, ainda não supera a nota de 5,7 que MS marcou no levantamento pré-pandemia de 2019.
Se feito um ranking entre os Estado, nos anos iniciais Mato Grosso do Sul, que aparece com o mesmo índice de Tocantins e Rondônia, fica na décima sexta colocação, atrás de:
- AC: 5,8
- AL: 6,0
- AM: 5,7
- CE: 6,6
- DF: 6,4
- ES: 6,3
- GO: 6,3
- MG: 6,3
- MT: 6,0
- PB: 5,7
- PE: 5,7
- PI: 5,9
- RS: 6,0
- SC: 6,4
- SP: 6,5
Já nos anos finais, marcando 4,8 na nota do Ideb de 2023, o Estado - que também empatou no índice com Rondônia e Amazonas -, aparece entre os 10 piores e só ficou a frente de:
- AP: 4,3
- BA: 4,2
- MA: 4,5
- PA: 4,4
- PB: 4,5
- RN: 4,1
- RR: 4,3
- SE: 4,4
Enquanto nacionalmente é observada uma relativa melhora geral até na taxa de aprovação, MS e seus municípios mostra um desgaste inclusive nesse índice ao redor dos anos, como pode-se notar na figura abaixo: