Cidades

SITUAÇÃO INDÍGENA

Mais de 49 mil índios em MS vivem
em terras demarcadas

Grupo que está mais vulnerável a conflito é formado por 12,7 mil pessoas

RODOLFO CÉSAR

27/06/2016 - 19h20
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O Atlas Nacional Digital 2016, publicado virtualmente a partir de agora, confirmou que 79,4% (49.019) da população indígena em Mato Grosso do Sul vive em terras demarcadas. A estatística faz parte do Censo Demográfico 2010 e que, desta vez, está separado em caderno temático para abordar a realidade indígena no Brasil.

Há 61.737 índios vivendo no Estado, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto no Brasil essa população atinge 896.917 pessoas.

A partir desses números, é possível identificar que 12,7 mil índios em Mato Grosso do Sul atualmente vivem fora de área demarcada e estariam em situação vulnerável de conflito por área rural.

O documento do IBGE destacou também que Campo Grande e Amambai são as cidades onde aconteceram um maior crescimento populacional. Na Capital, em 2000 a população residente era de 4.620 pessoas e saltou para 5.657, dez anos depois. A realidade de Amambai foi de 5.367 pessoas para 7.158.

"O numeroso quantitativo de indígenas em Estados de ativa fronteira agropecuária modernizada, como Mato Grosso do Sul (...), reafirma que, além de ser uma dimensão central da geopolítica de ocupação/preservação do Brasil Central, a população indígena possui uma expressão não só cultural, mas até mesmo numericamente expressiva", analisou Nilza de Oliveira Martins Pereira, doutora em saúde pública e pesquisadora do IBGE, que assinou o caderno temático sobre populações indígenas.

O estudo do IBGE pode ser acessado na íntegra a partir deste link.

CONFLITO

Caraapó, que fica a 77 quilômetros de Amambai, município destacado no estudo do IBGE, está no centro de uma disputa por terras. Desde o dia 12 há tensão entre fazendeiros e índios, inclusive com a ocorrência de uma morte (Clodiode Aquileu Rodrigues de Souza, 26 anos) e feridos, entre eles crianças e policiais militares.

A Força Nacional está na região para tentar garantir segurança e dar apoio à Polícia Militar. A equipe deve ficar no local por pelo menos mais 15 dias, contados a partir de hoje.

A principal briga é por conta de decreto assinado no final do governo de Dilma Rousseff (PT) que criou a reserva Amambaipegua I, de mais de 55 mil hectares em áreas dos municípios de Caraapó, Laguna Carapã e Amambai.

Os índios cobram a regulamentação da área por parte do governo federal e os fazendeiros que tem posse documentada exigem indenização pelos bens e pela terra.

"MÃO AMIGA"

Bombeiros de MS 'heróis no RS' participam do 7 de setembro em Brasília

Integrantes do corpo militar sul-mato-grossense viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul

07/09/2024 15h35

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo Federal Reprodução/GovMS

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Bombeiros e policiais militares de Mato Grosso do Sul, que partiram rumo ao Rio Grande do Sul durante as tragédias que assolaram o Estado sulista - foram parte do tradicional desfile cívico-militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), neste sábado (7) feriado da Independência do Brasil.

Ao todo três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional, a convite do Governo Federal, em homenagem ao trabalho de auxílio prestado às vítimas da maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul, sendo:

  • Tenente Vinícius Castro, do CBMMS;
  • Sargento Abraão Anicésio, do CBMMS
  • Cabo João Figueiredo, do CBMMS 
  • Cabo Carlos Eduardo Hickmann, da CGPA da PMMS
  • Anderson Luiz Veras Silva dos Santos, da CGPA da PMMS

 

Tanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, como a Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo da Polícia Militar, prestaram apoio importante ao Estado sulista durante ações de resgate e evacuação da população. 

Relembre

Três bombeiros e dois policiais militares viajaram até a Capital Nacional a convite do Governo FederalReprodução/GovMS/Álvaro Rezende

No fim de abril deste ano as chuvas assolaram o Rio Grande do Sul, com danos de inundações e deslizamentos em boa parte do território, com os sul-mato-grossenses sendo enviados já em 03 de maio. 

Esse primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul, durante cerca de duas semanas, resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, com uma segunda equipe enviada em 11 de maio para trocar os grupos de apoio. 

Cabe lembrar que, em agradecimento ao ato de Mato Grosso do Sul, houve ainda a disponibilização de militares e equipamentos por parte do governador Eduardo Leite, para ajudar no combate às queimadas no Pantanal de MS. 

Momento que simbolizou a união entre os Estados foi o salvamento da bandeira do RS, feito por agentes militares de Mato Grosso do Sul, material que foi devolvido e entregue de Eduardo para Eduardo em solenidade feita em 1º de agosto. 

**(Colaborou Felipe Machado)

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BALANÇO

Painel da CGU soma 571 denúncias de assédio sexual neste ano

No painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União, mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações

07/09/2024 15h09

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel

Não há, até o momento, nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel "Resolveu?", da Controladoria-Geral da União. Arquivo

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Denúncias e reclamações de assédio sexual já somam 571 casos neste ano, segundo informações de ouvidorias de 173 órgãos públicos federais, como ministérios, universidades, hospitais, empresas estatais e autarquias. 

Esse número aparece no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União (CGU), onde mais de 97% das manifestações são denúncias, e 2,5%, reclamações.

A lista é puxada pela Universidade Federal de Rondônia (32 registros), pelo Ministério da Saúde (23), pela Universidade Federal de Pernambuco (20) e pela própria CGU (20).

Nessa sexta-feira (6) à noite, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demitiu o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDH), Silvio Almeida, depois de denúncias de assédio sexual.

Até o momento, não há nenhuma denúncia ou reclamação de assédio sexual no MDH registrado no painel “Resolveu?”, da Controladoria-Geral da União.

A relação segue com manifestações originárias do Complexo Hospitalar de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, cada um com 11 casos.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro tem dez ocorrências. A universidade Federal do Ceará e o Ministério das Mulheres, nove registros cada.

O Comando da Aeronáutica, a Universidade Federal do Pará e a Universidade de Brasília, com oito ocorrências cada, formam a lista das instituições com mais denúncias e reclamações.

Cerca de 60% dos registros no painel da CGU identificam o tipo de denúncia. A maioria é de “conduta de natureza sexual”. No mês de agosto, houve alta de registros, com 122 casos ou 21% das ocorrências anotadas pelas ouvidorias de órgãos públicos federais.

Há pouca informação sobre os denunciantes e reclamantes. Três quartos não informaram a localização ou a cor. Entre as 88 pessoas que identificaram sexo, 66 eram mulheres (75%) e 22 eram homens. 

 

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