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CENSO

Informações apontam que população brasileira pode ter aumentado 9,46%

Informações apontam que população brasileira pode ter aumentado 9,46%

PORTAL BRASIL

04/11/2010 - 07h59
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Dados preliminares do Censo 2010 divulgados na edição de hoje do Diário Oficial da União pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica um aumento de 9,46% da população brasileira. Se em 2000 eram somava 169 milhões de brasileiros, o número subiu para 185 milhões neste ano.

Segundo o IBGE, os municípios terão vinte dias a partir da divulgação parcial dos dados para contestar as informações, já que a verba repassada pela União ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) depende do número de moradores contabilizado pelo censo em cada localidade.

Durante o prazo de contestação, os recenseadores podem voltar a visitar determinados domicílios e checar as informações prestadas pelos moradores. A previsão é que os dados finais estejam contabilizados no dia 27 de novembro. Nessa data, as informações serão repassadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), que faz o cálculo para repasse ao fundo dos municípios.

Mudanças

Conforme os dados divulgados nesta quinta-feira há mudanças na pirâmide etária brasileira, o que pode ser considerado resultado da queda da fecundidade (número de filhos por mulher), envelhecimento da população e imigração de estrangeiros para o Brasil. Também foi constatada a redução do número de moradores por domicílio entre 2000 e 2010, de 3,79 para 3,34.

O censo é uma pesquisa nacional que tem como objetivo traçar um retrato do País, investigando as condições de infraestrutura dos domicílios como rede elétrica e de saneamento e aspectos como sexo, renda, trabalho, escolaridade, estado civil e religião.

Pela primeira vez, os questionários da pesquisa incluem perguntas sobre cônjuge do mesmo sexo, língua indígena, tempo de deslocamento para o trabalho e acesso à internet, por exemplo. As informações ajudarão no planejamento de políticas públicas e investimentos privados.

EMERGÊNCIA

Campo Grande decreta estado de emergência pela falta de leitos hospitalares

A medida acontece devido o aumento de casos de síndromes respiratórias e Sesau cogita até suspensão das aulas

26/04/2025 11h30

Secretária Municipal de saúde, Rosana Leite

Secretária Municipal de saúde, Rosana Leite FOTO: Tamires Santana

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Foi  publicado hoje (26), no Diário Oficial de Campo Grande - (Diogrande), o decreto que vai instituir situação de emergência na saúde de Campo Grande, inicialmente pelo período de 90 dias, diante do aumento de casos de síndromes respiratórias e atual falta de leitos nos hospitais da Capital.

A declaração foi feita na manhã deste sábado (26), durante uma reunião do Centro de Operações de Emergência (COE) para Doenças Respiratórias e Arboviroses, que contou com a presença da prefeita Adriane Lopes, da secretária municipal de saúde, Rosana Leite, do chefe de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul – (SES/MS), Frederico de Moraes, da vice-prefeita, Camila Nascimento e demais entidades envolvidas no comitê.

Secretária Municipal de saúde, Rosana LeiteReunião contou com a presença da prefeita, vice-prefeita, secretaria de de saúde, vereadores e demais entidades do comitê - FOTO: Tamires Santana

Na ocasião, foram apresentados pela secretária de saúde, Rosana Leite, dados atuais de como está o sistema de saúde nos últimos dias. Conforme Rosana, a situação é crítica e já estão sendo adotadas medidas para frear o aumento dos casos. “Os casos de Influenza A e do Vírus Sincicial Respiratório estão aumentando significativamente e os leitos já estão lotados. A maioria dos casos são graves, o tempo de internação é grande, o que dificulta a rotatividade de leitos, correndo o risco de faltar leitos nas próximas 4 ou 6 semanas”, afirmou.

Ainda segundo Rosana, está sendo realizado um monitoramento contínuo e diante da atual situação, algumas medidas serão adotadas com urgência, entre elas:

  • Liberação da vacinação para todos os públicos a partir de segunda-feira (28), em todas as unidades de saúde de Campo Grande;
  • Obrigatoriedade da utilização de máscaras dentro das Unidades Básicas de Saúde - (UBS) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs);
  • Instituição do Plano de Contingência de Atendimento Pediátrico.

Conforme a secretaria, o grande causador do cenário atual da saúde é a baixa procura pela vacinação contra a Influenza, que começou par o público-alvo há mais de um mês, mas até o momento, apenas um terço da meta foi atingida. “Conforme o boletim da Fiocruz, o Infogripe, Mato Grosso do Sul, tem sustentado esse aumento de casos e a tendência é que continue assim pelo menos nas próximas quatro a seis semanas. Ou seja, essa circulação do vírus é muito grande, e diante disso, nós vamos decretar uma situação de emergência por conta do aumento dos casos, da situação epidemiológica e da falta de leitos disponíveis. A partir do decreto de situação de emergência, várias outras medidas poderão ser tomadas no âmbito ético e legal que vai, sobretudo, garantir um melhor atendimento à população”, explicou.

O chefe de imunização da Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul – (SES/MS), Frederico de Moraes, afirmou que a SES/MS vai atuar e cooperar com a situação da saúde de Campo Grande. “Nós já estamos trabalhado de maneira articulada com a Sesau, na semana passada por exemplo, nós trouxemos uma resolução com incentivo financeiro para ampliar as ações, principalmente voltado para o público prioritário, que é aquele que tem maior risco de adoecimento, agravamento, totalização e óbito”, explicou ele.

Moraes ainda ressaltou que a volta da vacinação no modelo drive-thru, também é uma possibilidade para estimular a imunização da população de uma maneira mais prática. “O drive foi uma estratégia utilizada do dia 2 até o dia 17 de abril, e agora, com a abertura da vacinação para todos os públicos, nós vamos avaliar se o retorno do drive será a melhor estratégia para a ampliação”, disse.

A prefeita Adriane Lopes não falou diretamente com a imprensa sobre a situação, mas durante a reunião, ela afirmou que está ciente e segue atuando junto com a Sesau. Além disso, segundo ela, tudo o que pode ser feito para frear o aumento dos casos já está acontecendo.

70 ÓBITOS EM QUATRO MESES

Rosana ainda ressaltou que uma das grandes preocupações no cenário atual, vem do número de óbitos confirmados por Síndrome Respiratória Grave, de janeiro até o final abril. “Nós já temos mais de 70 óbitos de síndrome respiratória grave desde janeiro até agora, e nos últimos meses, nós tivemos óbitos de quatro crianças abaixo de quatro anos, sendo duas com idade abaixo de um mês e uma com um mês”, contou.

Diante dessa situação, a secretaria cogitou a possibilidade de suspensão das aulas nos próximos dias. “Existe sim essa possibilidade, não agora, mas futuramente! No momento, nossa maior recomendação é evitar sair de casa, principalmente com bebês abaixo de seis meses, evitar visitas e aglomerações, tendo em vista que, o sistema imunológico desses bebês ainda é muito frágil”, alertou.

VACINAÇÃO NAS ESCOLAS

Na intenção de diminuir os casos de síndromes respiratórias, o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS), a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e a Secretaria Estadual de Educação (SED/MS), lançaram o Programa Aluno Imunizado, que pretende levar doses da vacina até os alunos nas escolas.

A vacinação depende da autorização dos pais que recebem um pedido no caderno das crianças, e precisam assinar para que a vacina seja aplicada. “Todas as escolas, tanto municipais quanto estaduais receberão a vacina. O pedido de autorização é feito por uma questão de respeito aos pais ou responsáveis, mas felizmente, todos os pais estão autorizando e essa também é uma maneira de conter o avanço das doenças”, afirmou.

ABERTURA DE LEITOS NO INTERIOR

Para a imprensa, a secretaria municipal de saúde, Rosana Leite, afirmou que está conversando com o secretário estadual de saúde, Maurício Simões, sobre a abertura de mais 10 leitos, inicialmente para a cidade de Três Lagoas, para atender pacientes tanto do interior do Estado, quanto de Campo Grande, se houver possibilidade. Isso pode acontecer na tentativa de minimizar a sobrecarga dos leitos existentes na Capital sul-mato-grossense.

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PREVISÃO

Fim de semana em MS deve ser marcado por chuvas intensas novamente

Alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) colocou 35 municípios sul-mato-grossenses sob probabilidade de chuvas intensas, que podem chegar a 100 mm

26/04/2025 10h30

Chuvas intensas devem continuar neste final de semana

Chuvas intensas devem continuar neste final de semana Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Sem dar trégua, as chuvas devem marcar o final de semana em Mato Grosso do Sul, além de temperaturas amenas que não passarão dos 30°C.

Segundo alerta do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 35 cidades sul-mato-grossenses estão sob risco de chuvas intensas, ou seja, que vão de 30 a 100 mm por dia. Este aviso começou na manhã deste sábado (26) e deve ir até às 10h deste domingo (27).

Além da precipitação, podem haver ventos fortes e risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas, acontecimentos frequentes neste mês, principalmente em Campo Grande. O restante dos municípios que não estão em alerta de chuvas intensas, estão sob risco de chuvas de 20 a 50 mm.

De acordo com dados fornecidos pelo meteorologista Natalio Abrahão, a maioria das principais cidades do estado já ultrapassaram o esperado de volume de chuva para abril. Por exemplo, a capital registrou três valores diferentes, a depender da região: 305,2 mm (Jardim Panamá), 242,2 mm (Vila Progresso) e 154,1 mm (Embrapa). Todas as marcações estão acima da média histórica, que é de 105,2 mm.

Segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), a capital sul-mato-grossense recebeu 88,6 mm de chuva entre o início da manhã do dia 24 e às 7h50 de sexta-feira (25). Diante disso, muitas regiões da cidade registraram estragos, como diversas crateras, desabamentos, árvores caídas e alagamentos

A prefeita Adriane Lopes explicou que medidas efetivas só irão ser tomadas após a chegada da estiagem e que, por enquanto, as equipes estão fazendo trabalhos paliativos, assim como também afirmou o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Marcelo Miglioli.

Ou seja, esta trégua tão aguardada pelo executivo de Campo Grande não deve chegar tão cedo, segundo previsão fornecida pelo Inmet.

Já no interior do estado, cidades como Coxim, Corguinho, São Gabriel do Oeste, Ponta Porã, Dourados, Maracaju, Rio Verde de Mato Grosso, Corumbá e Dois Irmãos de Buriti também já ultrapassaram a barreira dos 200 mm acumulados em abril e, consequentemente, superaram a média histórica.

Temperatura

Segundo o Cemtec, a mudança no tempo ocorre devido à combinação de diversos fatores, como o intenso transporte de umidade, à atuação de uma área de baixa pressão atmosférica sobre o norte da Argentina e no Paraguai, um cavado em médios níveis da atmosfera e a formação de um ciclone extratropical associado a uma frente fria na altura do litoral da região Sul do Brasil.

Conforme a previsão, haverá queda nas temperaturas, com mínimas entre 12ºC e 14ºC e máximas 26-28°C em alguns locais. 

No Pantanal e regiões próximas, esperam-se mínimas entre 18-21°C e máximas entre 26-28°C. Na capital, em Campo Grande, o frio deve chegar de maneira breve, com mínimas entre 22-23°C e máximas entre 25-28°C ao longo dos três dias.

Já nas regiões do bolsão, leste e norte, os termômetros devem registrar mínimas de 21° a 23°C e máximas entre 28-31°C. Em relação aos ventos, os valores poderão variar entre 40-60 km/h e, pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

*Colaborou Alicia Miyashiro

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