Política

RECURSOS

Ministra aplica decisão sobre a Lei da Ficha Limpa

Ministra aplica decisão sobre a Lei da Ficha Limpa

DA REDAÇÃO

01/04/2011 - 00h00
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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie determinou o envio de três recursos extraordinários que discutem a chamada Lei da Ficha Limpa para o Tribunal Superior Eleitoral. O entendimento pela não aplicação da Lei Complementar 135/2010 às eleições de 2010 foi dado pelo Plenário no último dia 23 de março, no julgamento do RE 633703, que teve a repercussão geral reconhecida pelos ministros.

As decisões da ministra, publicadas no Diário da Justiça de ontem (31 de março), foram proferidas no RE 632431, de José Luiz Nogueira de Souza, no RE 635084, de Francisco Flamarion Portela e no RE 636280, de Uebe Rezeck, todos considerados inelegíveis em decorrência da aplicação da LC 135/2010.

Os três recursos serão devolvidos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conforme prevê o Regimento Interno do STF. “Nos casos de matérias submetidas ao Plenário para a análise da existência de repercussão geral, é possível, nos termos do art. 328 do RISTF, a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no artigo 543-B do CPC”, afirmou a ministra.

O RE 632431 foi ajuizado pela defesa de José Luiz Nogueira de Souza, candidato a deputado estadual no Amapá, considerado inelegível com base na alínea “l”, da LC 135/2010, que prevê a inelegibilidade para os que forem condenados por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito. O candidato a deputado estadual em São Paulo Uebe Rezeck também foi acusado com base na mesma alínea.

Já o RE 635084, de Francisco Flamarion Portela, candidato a deputado estadual em Roraima, discutia a inelegibilidade relativa à alínea “j” da LC 135, que dispõe sobre condenação por corrupção eleitoral, captação ilícita de sufrágio, doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma.

Repercussão Geral

A repercussão geral é um instrumento que permite ao STF selecionar e julgar os recursos extraordinários e agravos de instrumento que tratem de temas com relevância social, econômica, política ou jurídica que ultrapassem os interesses subjetivos da causa. Segundo o instituto, decidida a questão, as demais instâncias judiciárias devem aplicar o entendimento da Suprema Corte a todos os recursos que abordem tema idêntico ao que teve a repercussão geral reconhecida e julgada.

JUSTIÇA

STF condena mulher que pichou estátua a 14 anos de prisão

Débora foi condenada por cinco crimes, inclusive golpe de estado

25/04/2025 17h40

Pichação feita na estátua da Justiça, localizada na frente do STF

Pichação feita na estátua da Justiça, localizada na frente do STF Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a 14 anos de prisão a cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase "Perdeu, mané" na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.

A condenação a 14 anos por cinco crimes foi obtida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, e Luiz Fux aplicou pena de um ano e seis meses de prisão.

Com o fim do julgamento, a cabelereira está condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Após a publicação da decisão, a defesa de Débora poderá recorrer da decisão. Ela está em prisão domiciliar. 

Divergência

O julgamento foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o caso para julgamento.

Na manifestação proferida hoje, Fux votou pela condenação a um ano e seis meses de prisão somente pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. O ministro absolveu a acusada dos crimes contra a democracia.

"O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida", justificou o ministro.

Após o voto de Fux, Moraes publicou um adendo ao seu voto para reafirmar que ela participou dos atos golpistas e também deve ser condenada pelos crimes contra democracia, não só pela depredação. 

Segundo Alexandre de Moraes, Débora confessou que saiu do interior de São Paulo, veio para Brasília e ficou acampada em frente do quartel do Exército para participar dos atos golpistas.

"Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao estado de direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de intervenção das Forças Armadas”, afirmou o ministro.  

Defesa 

No início do julgamento, os advogados afirmaram que receberam o voto do ministro Alexandre com "profunda consternação". Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um "marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro".

Eleições 2026

Com Tereza à frente, "superfederação" quer 1 senador, 3 federais e 5 estaduais

Em MS, a federação PP-União Brasil terá 19 prefeitos, 24 vices, 206 vereadores, 1 senadora e 1 deputado federal e 3 estaduais

25/04/2025 08h30

A senadora Tereza Cristina assumirá o comando da

A senadora Tereza Cristina assumirá o comando da "superfederação" em Mato Grosso do Sul Andressa Anholete/Agência Senado

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Os partidos PP e União Brasil bateram o martelo na noite de quarta-feira sobre a formação de uma "superfederação" a ser chamada União Progressista, a qual será anunciada no dia 29, às 14h (horário de MS), no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF).

Com 109 deputados federais (50 do PP e 59 do União Brasil) sendo a maior bancada da Câmara e a terceira maior do Senado, com 13 senadores (6 do PP e 7 do União Brasil) , em Mato Grosso do Sul, a "superfederação" já nasce com 19 prefeitos, 24 vice-prefeitos, 206 vereadores, uma senadora, um deputado federal e três deputados estaduais.

Ainda no Estado, o comando ficará nas mãos da senadora Tereza Cristina, presidente estadual do PP, que terá como principal meta eleger nas eleições gerais de 2026 um senador, três deputados federais e cinco deputados estaduais.

Para isso, a chapa única da "superfederação" terá um candidato a senador, nove candidatos a deputado federal (três mulheres e seis homens) e 25 candidatos a deputado estadual (nove mulheres e 16 homens).

Direto de Buenos Aires, capital da Argentina, onde participa da 2ª Cúpula Agro Global Sul-Americana, Tereza Cristina disse ao Correio do Estado que ela, após a oficialização da "superfederação", na próxima semana, pretende realizar em MS uma grande reunião com as lideranças do PP e do União Brasil para alinhar os próximos passos no Estado já de olho nas eleições gerais do próximo ano.

"Vamos sentar e conversar bastante sobre como será a atuação dessa federação partidária. Para formar a chapa única que vai concorrer às eleições de 2026, o PP e o União Brasil vão definir os melhores nomes da composição. 

Os nossos nomes a gente já tem, agora precisamos ver quais são os do União Brasil", declarou.

Já o diretor tesoureiro do PP em MS, Marco Aurélio Santullo, afirmou ao Correio do Estado que a senadora Tereza Cristina, após reeleger a prefeita Adriane Lopes, comprova mais uma vez a sua liderança política. "Com essa 'superfederação', ela amplia a possibilidade para crescer ainda mais e fazer uma bancada federal forte em 2026", projetou.

UNIÃO BRASIL

Por parte do União Brasil, a presidente estadual da sigla, Rose Modesto, comentou ao Correio do Estado que a "superfederação" vai ser muito importante porque passa a ser o maior partido do País.

"Com a junção do União Brasil com o PP, passamos a ser o maior partido lá na Câmara dos Deputados. Nacionalmente, ficamos muito grandes para ir, inclusive, para a discussão de um candidato próprio à Presidência da República ou para uma composição, se for o caso", analisou.

Localmente, conforme Rose Modesto, a importância dessa "superfederação" se deve também à possibilidade de uma coligação forte para disputar as eleições proporcionais.

"É muito difícil você montar uma chapa sozinha, e todos os partidos sofrem com isso. Então, no nosso caso aqui, a gente vai ter as lideranças do PP e parte das lideranças do União Brasil montando a chapa de estadual e federal. E isso, com certeza, facilita um pouco essa montagem e é muito importante", afirmou.

Como presidente estadual do partido, Rose Modesto frisou que vai trabalhar para ter nomes que vão compor essa chapa estadual/federal.

"Se a gente conseguir fazer pelo menos uns três deputados estaduais e ao menos dois federais do União Brasil, e mais, com a participação do PP, a gente teria, de repente, uma das maiores bancadas, tanto na Câmara dos Deputados quanto na Assembleia Legislativa [de Mato Grosso do Sul]", argumentou.

Na avaliação do deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil), em MS, a "superfederação" acaba sendo muito importante, uma vez que a formação terá duas grandes lideranças políticas a ex-deputada federal Rose Modesto e a senadora Tereza Cristina.

"Além disso, ainda teremos o deputado federal Dr. Luiz Ovando e os deputados estaduais Gerson Claro e Londres Machado. Isso consolida a força dos dois partidos, os quais, com certeza, terão forte influência nas eleições de 2026", opinou.

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