Cidades

Nada de suspensão

Pedido de OEA sobre Belo Monte irrita diplomacia brasileira

Pedido de OEA sobre Belo Monte irrita diplomacia brasileira

Folha

05/04/2011 - 21h32
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A solicitação da OEA (Organização dos Estados Americanos) para que o governo suspenda o licenciamento e a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), irritou a diplomacia brasileira, que esperava poder debater mais a questão antes da decisão.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores chamou hoje as declarações da entidade de "precipitadas e injustificáveis".

O pedido foi feito na sexta-feira passada pela CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos), órgão da OEA. O Brasil tem até o dia 15 para respondê-la.

Ela não implica em nenhuma consequência prática imediata. Mas, caso as explicações brasileiras não convençam a comissão, o caso pode chegar à Corte Interamericana de Direitos Humanos, também da OEA. Nela, o país pode ser condenado e sofrer sanções.

O governo considera essa possibilidade remota, segundo a Folha apurou. A reportagem contatou a assessoria da organização, que não retornou os recados.

Em sua solicitação, a comissão estipulou quatro condições para que a hidrelétrica seja construída.

Primeiro, o governo federal deve consultar os indígenas que serão de alguma maneira atingidos pelas obras, "com o objetivo de [se] chegar a um acordo".

Segundo, antes mesmo de serem consultados, os índios da região deverão também ser corretamente informados sobre os planos da usina, tendo inclusive acesso a um EIA (Estudo de Impacto Ambiental) traduzido para suas línguas.

Por fim, o governo deve garantir "a vida e a integridade" dessas comunidades, assim como impedir a "disseminação de doenças e epidemias" entre seus integrantes, diz a CIDH.

DENÚNCIA

A decisão do órgão da OEA foi gerada por uma denúncia de novembro do ano passado, feita por diversas ONGs que tentam impedir a construção da usina, de custo estimado em ao menos R$ 19 bilhões.

A precariedade das consultas feitas às populações locais é um dos argumentos já usados pelo Ministério Público Federal para pedir a suspensão do processo de Belo Monte. Segundo o MPF, ela fere a legislação ambiental brasileira.

"Belo Monte é mais uma obra que ignora o que os povos dessa região pensam. Eles não foram ouvidos. É o modelo da ditadura militar", disse Roberta Amanajás, advogada da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos, uma das ONGs que fez a denúncia.

O ministério defendeu o processo de licenciamento da hidrelétrica e afirmou que "o governo brasileiro está ciente dos desafios socioambientais" do projeto.

"Por essa razão, estão sendo observadas, com rigor absoluto, as normas cabíveis para que a construção leve em conta todos os aspectos sociais e ambientais envolvidos. O governo brasileiro tem atuado de forma efetiva e diligente para responder às demandas existentes."

"O pedido é um absurdo. Fere até a soberania brasileira", disse o senador Flexa Ribeiro, presidente da subcomissão do Senado que acompanhará o andamento das obras no Pará.

ACIDENTE

Quatro vítimas do acidente de ônibus no interior do Estado estão internadas na Santa Casa

Além disso, também há vítimas internadas nas cidades de Costa Rica e Figueirão

29/04/2025 16h10

Ônibus com 40 trabalhadores cai de ponte em MS

Ônibus com 40 trabalhadores cai de ponte em MS Divulgação: BNC Notícias

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De acordo com o que foi noticiado mais cedo pelo Correio do Estado, um ônibus que transportava 40 funcionários de uma plantação de eucalipto, caiu de uma ponte na manhã desta terça-feira (29), na rodovia MS-436, entre os municípios de Camapuã e Figueirão. O acidente aconteceu na altura da ponte conhecida como Pontinha do Coxo.

Nesta tarde, a reportagem do Correio do Estado apurou que o motorista do ônibus perdeu o controle da direção ao passar por um buraco que fica na conexão entre o asfalto e a ponte, momento em que o veículo tombou sobre a barreira de proteção, que se rompeu.

Conforme o secretário de saúde de Figueirão, Pedro Ubiali, a ambulância de Figueirão foi acionada por volta das 7h20, e socorreu 21 passageiros. Desse número, cinco estão internados em Costa Rica, outros 11 estão em observação no Hospital Municipal de Figueirão, sendo que, sete estão sem ferimentos graves e quatro seguem realizando exames.

Além disso, segundo Ubialibi, quatro passageiros negaram atendimento afirmando estarem bem e um passageiro veio transferido para a Santa Casa de Campo Grande, em vaga zero, devido à gravidade dos ferimentos. O secretário negou que tenha tido óbito. “Foi divulgado mais cedo que o motorista tinha falecido, mas essa informação não procede”, afirmou.

Já o secretário de saúde de Camapuã, André Luiz Ferreira, informou que, o município recebeu 16 pacientes, sendo que, três deles vieram para a Santa Casa de Campo Grande em vaga zero, e os outros 13 já receberam alta. “Camapuã não tem mais pacientes internados, todos já foram atendidos e liberados, exceto os que foram para a Capital”, disse.

O Correio do Estado entrou em contato com a Santa Casa de Campo Grande para conseguir informações sobre o estado de saúde dos pacientes transferidos, mas até o fechamento dessa matéria, não houve retorno. Assim que houver notícias, a matéria será atualizada.

POSICIONAMENTO DO GOVERNO

Após o acidente e o socorro das vítimas, o Governo de Mato Grosso do Sul enviou uma equipe da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos – (Agesul), para vistoriar o local e reparar os buracos da MS-436, onde o ônibus tombou após cair em um buraco.

Conforme o Governo do Estado, o trecho da MS-436, entre Camapuã e Figueirão, está dentro de um contrato de obras de restauração rodoviária iniciado no fim de março.

Em nota, Governo ainda ressaltou que, antes do início das chuvas dos últimos dias, a empresa responsável pelos reparos já havia realizado operações de tapa-buracos na pista, e o serviço será retomado após o período chuvoso.

“Após o acidente, equipes técnicas da Agesul foram deslocadas para vistoriar a rodovia e promover os reparos necessários nos novos buracos encontrados na via. Novas intervenções para facilitar o escoamento e prevenir o represamento da água das chuvas nas cabeceiras da ponte serão feitas”, esclareceu o órgão.

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Mato Grosso do Sul

Surto de gripe leva MS a impor distanciamento e até uso de máscara em escolas públicas

Medidas que remetem à pandemia de Covid-19 constam em recomendações da Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul para conter avanço da gripe

29/04/2025 15h42

Surto de gripe leva MS a impor distanciamento e até uso de máscara em escolas públicas

Surto de gripe leva MS a impor distanciamento e até uso de máscara em escolas públicas Divulgação

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Os aumentos de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças causados pela gripe A, levou a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul a adotar medidas semelhantes às adotadas durante a pandemia de Covid-19 para evitar que a doença respiratória se espalhe ainda mais. 

A situação de emergência nas escolas, declarada pelo secretário de Educação Hélio Daher nesta terça-feira (29) é válida para todas as escolas públicas de MS e impõe medidas obrigatórias como o distanciamento social, evitar aglomerações, manter salas abertas e bem ventiladas e uso de máscara para pessoas que apresentarem qualquer sintoma de doença respiratória. 

A medida leva em conta decretos de outras esfera de poder, como o da Prefeitura de Campo Grande, que estabeleceu emergência de 90 dias para conter efeitos de arboviroses outras doenças respiratórias na cidade. 

A falta de leitos públicos também foi levada em consideração para a medida tomada pelo secretário de Educação. 

As recomendações são:

  1. Realizar a vacinação;
  2. Higienizar as mãos frequentemente, usando água e sabão, ou álcool gel;
  3. Utilizar máscara facial cobrindo nariz e boca, caso apresente sintomas respiratórios;
  4. Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal;
  5. Evitar tocar olhos, nariz ou boca;
  6. Evitar apertos de mãos, abraços e beijo social, mantendo o distanciamento físico;
  7. Evitar contato próximo com pessoas que apresentem sinais e sintomas de gripe;
  8. Evitar aglomerações e ambientes fechados;
  9. Promover a constante limpeza e desinfecção de ambientes;
  10. Manter os ambientes bem ventilados

Além disso, pessoas com síndrome gripal devem fazer o uso de máscara facial, procurar atendimento médico, evitando o contato direto com outras pessoas, abstendo-se de suas atividades sociais, de trabalho, estudos ou de aglomerações e ambientes coletivos.

Situação de emergência na saúde pública

No dia 26 de abril, a prefeitura de Campo Grande decretou situação de emergência na saúde pública, após o registro de 884 casos de SRAG e 59 mortes somente na cidade.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), o número de hospitalizações por doenças respiratórias em todo o estado já chega a 1.940 apenas nos primeiros quatro meses do ano, o que dá uma média alarmante, de 18 internações por dia. 

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) indicam que as crianças menores de um ano são as mais afetadas pelos vírus. Entre os 1940 casos de SRAG notificados no estado até o dia 19 de abril, 963 foram confirmados e 66 óbitos foram registrados.

Os vírus mais presentes são o Influenza A H1N1, Rinovírus e o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que é o mais comum associado a quadro graves em crianças menores de seis meses. 


 

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