Elize Araújo Kitano Matsunaga, que no dia 19 de maio deste ano matou e esquartejou seu marido, Marcos, e posteriormente confessou o crime, apresenta indícios de “psicopatia, uma perversão e uma fantasia persecutória”, afirma a terapeuta que atendeu o casal nos meses que antecederam o crime.
O depoimento dela à polícia – obtido com exclusividade por ÉPOCA – ilustra a disposição de Elize nos dias que antecederam o crime e dificulta a sua defesa. Seu advogado, Luciano Santoro, pediu na Justiça que o testemunho fosse retirado dos autos do processo. Ele argumentou que o inquérito sobre o caso conduzido pela Polícia Civil já havia sido encerrado quando a psicóloga foi ouvida. O juiz não concordou e negou o pedido.
Os Matsunaga procuraram a psicóloga no dia 14 de março deste ano. Segundo o depoimento dela, Elize disse que o relacionamento do casal começou a desandar quando nasceu a filha dos dois, em abril de 2011. Elize disse que não conseguia dormir direito e ficava irritada. Foi nessa época que começou a tomar remédios para dormir. Melhorou dos distúrbios do sono, mas a irritação continuou. “Eles vinham brigando com certa freqüência, por motivos generalizados”, disse a psicóloga. “Elize estava sempre muito nervosa e irritada. Brigando, atacando, agredindo fisicamente e com palavras seu marido”.