Política

Governador de MS

Eduardo Riedel já se filiou ao PP e deve ter cargo na executiva nacional

O governador assinou a ficha de filiação no dia 15 (sexta-feira) e hoje participa de evento da federação União Progressista em Brasília (DF)

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O governador Eduardo Riedel assinou na sexta-feira a ficha de filiação ao PP, conforme consta na sua certidão de filiação partidária, disponibilizada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e hoje vai a Brasília (DF) para participar da convenção nacional do partido, às 8h (horário de Mato Grosso do Sul), no Auditório Petrônio Portela, no Senado, para sacramentar a federação União Progressista, formada pela legenda com o União Brasil.

Conforme apuração do Correio do Estado, durante o evento político na capital federal, Riedel anunciará oficialmente o ingresso nos quadros do Progressistas, para ocupar cargo de destaque na executiva nacional da legenda pela qual tentará a reeleição ao governo de Mato Grosso do Sul no pleito do próximo ano.

O governador já desembarca no PP com status de estrela e, de acordo com apuração da reportagem, deve ocupar uma das vice-presidências da executiva nacional da legenda. A oficialização de Riedel no Progressistas teve origem no trabalho incansável de sua aliada na política e amiga senadora Tereza Cristina, presidente estadual do PP e líder da sigla no Senado.

Na federação que será oficializada hoje em Brasília, Tereza também será uma das protagonistas e, apesar de o governador esconder a informação sobre sua ida ao PP a sete chaves, seu processo de filiação já estava adiantado há meses.

Entretanto, somente ontem foi informado ao presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, durante reunião em Campo Grande que teve a presença do ex-governador Reinaldo Azambuja, presidente estadual do partido, mas que também trocará o ninho tucano pelo comando regional do PL, e dos deputados federais da legenda no Estado.

Riedel chega ao PP levando um outro aliado a tiracolo: o secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez. O governador faz um mandato de centro, mas com a aproximação das eleições deu uma guinada mais à direita em seus gestos pessoais.

Os sinais de correção de rota começaram com o apoio à anistia dos envolvidos nas manifestações repletas de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 e, mais recentemente, com seu posicionamento contra a prisão domiciliar do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Os gestos de Riedel foram o suficiente para que o PT, que ainda ocupa cargos em sua administração, anunciasse a saída do governo. Conforme fontes ouvidas pelo Correio do Estado, essa debandada dos petistas foi vista com bons olhos no Parque dos Poderes, pois poupou Riedel do trabalho de exonerá-los.

No PP, Riedel deve integrar uma ampla aliança de centro-direita para sua reeleição, que dará palanque a um candidato à Presidência da República da centro-direita. O PL, próximo destino de Reinaldo Azambuja, o PSD, o Republicanos e o Podemos, entre outros partidos de centro, estão neste arco de aliança.

Nas eleições de 2022, Riedel também integrava uma aliança de centro-direita, mas a disputa com o então deputado estadual Capitão Contar (PRTB) no segundo turno, na época mais alinhado à extrema direita, fez com ele tivesse votos decisivos de petistas para se eleger, obrigando o governador recém-eleito a abrigar parte da esquerda na sua administração.

REUNIÃO COM PERILLO

Após ser informado pelo govenador que trocou o PSDB pelo PP, Marconi Perillo também recebeu a notícia de que Azambuja deixará o ninho para se filiar no PL, mas ambos devem permanecer aliados em nível estadual. "A saída das duas principais lideranças não significará ruptura com a estrutura partidária local. Tudo isso foi conversado de forma clara, transparente e muito bem articulada", frisou o dirigente nacional.

Além da definição em Mato Grosso do Sul, Perillo ressaltou que o PSDB trabalha em uma estratégia nacional para se fortalecer nas próximas eleições. A meta é mais que dobrar a bancada de deputados federais, conquistar assentos no Senado e apoiar candidaturas competitivas a governos estaduais.

Ele também reafirmou o papel histórico da sigla. "O PSDB tem uma história, tem um legado no Brasil, 37 anos de existência, criou os melhores programas e as melhores políticas públicas do País nessas últimas cinco décadas. Nós vamos manter esse legado", concluiu.

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ACEITOU

Moraes autoriza Bolsonaro a ser submetido a ultrassom na prisão

Exame será feito com equipamento portátil nas regiões inguinais

14/12/2025 11h30

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão

Alexandre de Moraes aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão Foto: Reprodução

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para realização de um exame de ultrassonografia dentro da prisão. A decisão foi proferida na noite deste sábado (13).

Bolsonaro está preso em uma sala da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde cumpre pena de 27 anos e três meses de prisão pela condenação na ação penal da trama golpista.

“Diante do exposto, autorizo a realização do exame no local onde o condenado encontra-se custodiado, nos termos requeridos pela defesa. Dê-se ciência da presente decisão à Polícia Federal. Intimem-se os advogados regularmente constituídos”, decidiu o ministro.

O pedido de autorização foi feito na última quinta-feira (11) após Moraes determinar que Bolsonaro passe por uma perícia médica oficial, que deve ser feita pela própria PF, no prazo de 15 dias.

O exame será feito pelo médico Bruno Luís Barbosa Cherulli. O profissional fará o procedimento com um equipamento portátil de ultrassom, nas regiões inguinais direita e esquerda.

A defesa disse que a medida é necessária para atualizar os exames do ex-presidente. Ao determinar a perícia, Moraes disse que os exames apresentados por Bolsonaro para pedir autorização para fazer cirurgia e cumprir prisão domiciliar são antigos.

Na terça-feira (9), os advogados de Bolsonaro afirmaram que o ex-presidente apresentou piora no estado de saúde e pediram que ele seja levado imediatamente ao Hospital DF Star, em Brasília, para passar ser submetido a cirurgia.

Espera

Motta aguarda assessoria jurídica da Câmara para definir posse de suplente de Zambelli

Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli

13/12/2025 21h00

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta

Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta Foto: Câmara dos Deputados

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), espera uma resposta da assessoria jurídica da Casa para definir o destino do mandato da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) até segunda-feira, 15.

A equipe de Motta afirmou à reportagem que a decisão deve tratar não necessariamente da cassação de Zambelli, mas da posse de Adilson Barroso (PL-SP). O prazo de 48 horas dado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) à Câmara menciona especificamente a posse do suplente, não a cassação da titular.

A Primeira Turma do STF confirmou, ontem, 12, a decisão do ministro Alexandre de Moraes que decretou a perda imediata do mandato de Zambelli. O colegiado também chancelou a determinação para que a Mesa da Câmara dê posse ao suplente da deputada em até 48 horas, como prevê o regimento interno da Casa.

A decisão anulou a deliberação da própria Câmara de rejeitar a cassação de Zambelli, o que foi visto como afronta ao STF. Foram 227 votos pela cassação, 170 votos contrários e dez abstenções. Eram necessários 257 votos para que ela perdesse o mandato.

Moraes disse em seu voto que a deliberação da Câmara desrespeitou os princípios da legalidade, da moralidade e da impessoalidade, além de ter "flagrante desvio de finalidade".

O ministro afirmou que a perda do mandato é automática quando há condenação a pena em regime fechado superior ao tempo restante do mandato, já que o cumprimento da pena impede o trabalho externo.

Nesses casos, cabe à Casa legislativa apenas declarar o ato, e não deliberar sobre sua validade.

O STF condenou Zambelli em maio pela invasão de sistemas e pela adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena é de 10 anos de prisão em regime inicial fechado, e tem como resultado a perda do mandato na Câmara.

A deputada, no entanto, fugiu do País antes do prazo para os recursos. Ela hoje está presa preventivamente na Itália, e aguarda a decisão das autoridades italianas sobre a sua extradição.

A votação em plenário na madrugada da quinta-feira, 11, contrariou a decisão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, que, na tarde desta quarta-feira, 10, tinha aprovado a cassação.

Zambelli participou por videoconferência da deliberação da CCJ e pediu que os parlamentares votassem contra a sua cassação, alegando ser inocente e sofrer perseguição política. "É na busca da verdadeira independência dos Poderes que eu peço que os senhores votem contra a minha cassação", disse.

No plenário, a defesa ficou com Fábio Pagnozzi, advogado da parlamentar, que fez um apelo para demover os deputados. "Falo para os deputados esquecerem a ideologia e agir como seres humanos. Poderiam ser o seus pais ou seus filhos numa situação dessas", afirmou. O filho da parlamentar, João Zambelli, acompanhou a votação. Ele completou 18 anos nesta quinta-feira.

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), discursou pedindo pela cassação. "Estamos aqui para votar pela cassação que já deveria acontecer há muito tempo", disse.

O PL trabalhou para contornar a cassação, para esperar que Zambelli perca o mandato por faltas. Pela regra atual, ela mantém a elegibilidade nessa condição.

Caso tivesse o mandato cassado, ficaria o tempo de cumprimento da pena mais oito anos fora das urnas. Ela só poderia participar de uma eleição novamente depois de 2043. Estratégia similar foi feita com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que deverá ter a perda do mandato decretada pela Mesa Diretora.

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